https://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/issue/feedRevista Educação Pública2025-11-28T22:23:31+00:00Coordenação Editorial - Seção Divulgação Científica e Ensino de Ciênciaseducacaopublicadc@cecierj.edu.brOpen Journal Systems<p><em><span style="font-weight: 400;">Divulgação Científica e Ensino de Ciências</span></em><span style="font-weight: 400;"> é uma seção da </span><em><span style="font-weight: 400;">Revista Educação Pública, </span></em><span style="font-weight: 400;">vinculada à Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro, CECIERJ. A seção, associada à vice-presidência científica da instituição, destina-se à publicação de pesquisas voltadas às temáticas primárias da divulgação científica e do ensino de ciências. Serão aceitos para avaliação artigos científicos, de revisão e relatos de experiência, seja nos âmbitos teórico ou prático.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Os manuscritos serão recebidos em fluxo contínuo, não sendo cobrada quaisquer taxas para tal. Alguns volumes poderão vincular dossiês 一 seções de temáticas especiais que podem permitir modalidades de submissão diferentes das rotineiras explicitadas nas</span><a href="https://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/about/submissions"> <span style="font-weight: 400;">Diretrizes para os autores</span></a><span style="font-weight: 400;">. Estão previstos três números anuais e as submissões podem ser realizadas, exclusivamente, no portal da</span><a href="https://educacaopublica.cecierj.edu.br/ojs/index.php/educacaopublica/about/submissions"> <span style="font-weight: 400;">Revista Divulgação Científica e Ensino de Ciências</span></a><span style="font-weight: 400;">, durante todos os meses do ano.</span></p> <p><a href="https://educacaopublica.cecierj.edu.br"><span style="font-weight: 400;">Revista Educação Pública</span></a><span style="font-weight: 400;">:</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">ISSN: 1984-6290</span><span style="font-weight: 400;"><br /></span><span style="font-weight: 400;">B3 em ensino - Qualis, Capes</span><span style="font-weight: 400;"><br /></span><span style="font-weight: 400;">DOI: 10.18264/REP</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Apoio:</span><a href="http://www.faperj.br/"> <span style="font-weight: 400;">FAPERJ</span></a></p>https://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/304Aproximando Meninas da Área de STEM: 2025-08-15T17:16:36+00:00Vanessa Petróvanessapetro@gmail.comIsabela Hadres Mendesisahadres@gmail.comSabrina Hahn Melosabrina.melo@aluno.feliz.ifrs.edu.br<p><em>Este artigo descreve uma ação de extensão proposta para meninas entre o 6º e o 8º ano do Ensino Fundamental de escolas municipais do município de [omitido para revisão]. O objetivo da ação é contribuir para incentivar o interesse de meninas na área de Computação, por meio da divulgação das contribuições de mulheres para a ciência e para a tecnologia, bem como o desenvolvimento de habilidades na área. O artigo analisa uma das ações promovidas pelo projeto de extensão [omitido para revisão], que foi um conjunto de quatro encontros com meninas, que focaram no desenvolvimento de habilidades na área de computação e no reconhecimento da contribuição de mulheres para a área de tecnologia. Ao longo dos encontros foram apresentadas as principais contribuições de Ada Lovelace, foram discutidos estereótipos de gênero, e o Scratch foi apresentado para o desenvolvimento de jogos online. As participantes demonstraram interesse pela proposta, pois conheceram uma área do conhecimento a qual não estavam familiarizadas.</em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/323Incentivos e Barreiras para o Acesso de Meninas nas Engenharias: Levantamento de Opinião de Adolescentes do Ensino Médio2025-08-15T17:09:20+00:00Elaine Cristina de Jesus Tavareselainearmando08@gmail.comCamila de Sousa Pereira-Guizzo camila.pereira@fieb.org.brMarinilda Lima de Souzamarinilda.lima@fieb.org.brThais Afonso Andradet.afonsoandrade@yahoo.comTatiana Gesteira de Almeida Ferraztatianaa@fieb.org.brJosiane Dantas Viana Barbosajosianedantas@fieb.org.brVanessa Barbosa Romera Lemevanessaromera@gmail.comFernanda Aguillera fernanda.aguillera@usp.br<p>Este estudo visa identificar incentivos e barreiras para o acesso de meninas nos cursos de ciências exatas, especificamente, nas Engenharias. Participaram 91 estudantes do Ensino Médio, do gênero feminino, com idade média de 16,07 anos, provenientes de escolas pública e privada do Estado da Bahia. Os dados foram coletados por meio de questionário. Os resultados indicaram que em relação ao incentivo para o acesso de meninas nas engenharias observou-se: exemplos de mulheres bem-sucedidas nas exatas; programa de reforço nas disciplinas no ensino fundamental e médio; bolsas de estudos. Como barreiras, verificaram-se: dificuldade na aprendizagem em disciplinas de exatas; estereótipos de gênero, que dificultam o acesso na área das engenharias. Recomenda-se o fomento de práticas educacionais que promovam a desmistificação quanto aos estereótipos de gênero que atravessam a escolha profissional de meninas, além de políticas públicas que garantam o acesso e a permanência de estudantes do gênero feminino no ensino superior. </p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/334Qual é a cor da Ciência? Oficina “Colorindo Personalidades Femininas Negras” como estratégia de Popularização da Ciência nas áreas STEAM2025-10-09T13:14:05+00:00Aline Silva Dejosi Neryalinesnery@gmail.comRenata Pereira Laurindorenata.p.laurindo@gmail.comLohrene de Lima da Silva Naveganteslimalohrene@gmail.com<p><em>A Oficina “Colorindo Personalidades Femininas Negras” foi desenvolvida com o objetivo de aproximar crianças e jovens das trajetórias de intelectuais negras e promover a representatividade de mulheres negras nas áreas STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). A atividade partiu do reconhecimento de que as desigualdades de gênero e raça ainda impactam fortemente o interesse, o acesso e a permanência de meninas e mulheres negras em carreiras científicas e tecnológicas. A metodologia consistiu na seleção de imagens de personalidades negras atuantes nas STEAM, disponibilizadas gratuitamente online, impressas e oferecidas como material de colorir. Os participantes puderam utilizar lápis de cor com diferentes tonalidades de pele, promovendo o reconhecimento da diversidade racial e a valorização das múltiplas formas de existir. As atividades ocorreram durante o evento “Sábado da Ciência”, promovido pelo Espaço Ciência Viva, museu interativo e participativo de ciências voltado à divulgação e popularização científica para diversos públicos. A Oficina contou com a participação de 204 pessoas, sendo 58% do público composto por meninas e mulheres. Os resultados evidenciam o interesse por materiais mais representativos e demonstram o potencial dessas ações para fomentar debates sobre racismo estrutural, identidade e pertencimento. A experiência mostrou que práticas educativas sensíveis e lúdicas podem ser eficazes para ampliar a compreensão sobre a importância da diversidade étnico-racial e de gênero na Ciência, além de estimular o interesse de meninas negras pelas áreas STEAM.</em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/339Caminhos Para a Inclusão Feminina nas áreas STEM: Experiência Formativa no Programa “Pesquisa para Elas”2025-08-15T17:01:19+00:00Bruna Rabelo Ribeiro Dominguesbrunarabelo@usp.brLetícia Longattoleticia.longatto@usp.brGabriel dos Santos Félix g.dossantosfelix@gmail.comPriscila Medeirospriscila.neuro@usp.br<p><span style="font-weight: 400;">O presente relato de experiência tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas no programa “Pesquisa para Elas”, uma iniciativa voltada a estimular o interesse de meninas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). As atividades consistiram em aulas expositivas e dialogadas ministradas por uma pesquisadora (mentora) para duas estudantes (mentoradas) do ensino médio. Os conteúdos abordados foram elaborados com o intuito de introduzir temas relacionados à pesquisa científica e à participação feminina. A dinâmica dos encontros e os temas trabalhados culminaram na elaboração de um projeto científico, no qual foi possível observar o engajamento das participantes com o tema proposto. A experiência gerou reflexões sobre a importância da criação de mais espaços que favoreçam a inserção feminina no meio acadêmico.</span></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/346A Universidade é um Lugar para as Meninas Negras: Um Relato de Experiência no Projeto de Extensão “Julho das Pretinhas na Química”2025-08-18T13:25:29+00:00Paloma Nascimento dos Santospns.paloma@gmail.comFabio Ribeiro de Jesusjesusf@ufba.brIrlan Wallace dos Santos Mattoswallacemattos5963@gmail.comJoyce Marques Melo dos Santosjoyce.marques@ufba.brJucimara de Jesus Santos dos Santosjucimarajss@hotmail.com<p>Este texto tem como objetivo apresentar um relato de experiência sobre as atividades realizadas pelo projeto de extensão “Julho das Pretinhas na Química”. O referido projeto é uma ação que aproxima meninas negras da Escola Básica da universidade por meio de uma imersão que inclui projeto de pesquisa experimental, participação em rodas de conversa e palestras com universitárias, universitários e pesquisadoras e visita ao campus. Todas as atividades foram construídas centradas nas relações étnico-raciais e na perspectiva antirracista nas Ciências e os resultados da experiência demonstram que iniciativas que busquem oportunizar a aproximação de meninas negras com as ciências são urgentes e necessárias, e o diálogo com universitárias e pesquisadoras ainda no Ensino Médio é uma alternativa para incentivar meninas negras a planejarem um futuro para si no Ensino Superior.</p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/350Cartas na Mesa:2025-08-15T17:18:40+00:00Selene de Souza S. Soaresselene.soares@ufsc.brAna Julia Dal Fornoana.forno@ufsc.brLouise Reipslouisereips@gmail.comGraziela Piccoli Richettigraziela.richetti@ufsc.brFabiana Schmitt Corrêafabiana.s.c@ufsc.brAline Vanessa Poltronieri Gessneraline.gessner@ufsc.br<p><em>O jogo “Mulheres Cientistas” têm como objetivo principal promover a valorização das mulheres na Ciência e ampliar o debate sobre igualdade de gênero nas áreas de Ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Por meio de atividades realizadas na Instituição A, em escolas de educação básica e em espaços públicos, buscou-se incentivar meninas a seguirem carreiras em áreas científicas, resgatar a cultura e a ludicidade e conectar a universidade com a sociedade local. O público-alvo foram estudantes do ensino fundamental a partir do sexto ano, com especial foco nas meninas. As metas incluíam alcançar um público de 2.000 pessoas em 5 municípios. Essas metas foram superadas, visto que participaram 4.765 estudantes em 15 municípios. Para possibilitar a participação de mais grupos de estudantes e garantir a inclusão, foram produzidos vários exemplares do jogo com adaptações para estudantes com deficiência auditiva e visual. Entre os principais resultados, destacam-se uma maior conscientização sobre o papel das mulheres na Ciência e a motivação de meninas para explorar carreiras nas áreas de Ciência, tecnologia, engenharia e matemática. As atividades geraram um impacto positivo tanto nas escolas participantes quanto na comunidade acadêmica. Como conclusão, as atividades tiveram êxito em fortalecer a interação entre a universidade e a sociedade, promovendo inclusão, diversidade e educação científica de forma inovadora e acessível.</em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/358Brilhante Mente2025-08-18T15:24:28+00:00Michele Bertoldo Coêlhomichele.nhg@gmail.comItiara Mayra B. de Albuquerqueitiara.albuquerque@usp.brRaiana W. L. Oliveiraraianawilsa@gmail.comAna Carolina C. Soaresacarol_94@hotmail.comFernanda Selingardi Matiasfernanda@fis.ufal.br<p><em><span style="font-weight: 400;">O “Brilhante Mente” visa inspirar e empoderar meninas e mulheres a seguirem carreiras em ciências exatas, utilizando Física Estatística e Computacional aplicada à Neurociência. Com uma abordagem interdisciplinar, como desenvolvimento de pesquisa, palestras, monitorias e oficinas, o projeto conecta as alunas do ensino médio à universitárias e cientistas renomadas. Com isso, espera-se fortalecer a autoconfiança das participantes, construir uma rede de apoio entre pesquisadoras experientes e iniciantes, ensinar as alunas do ensino médio sobre ferramentas de matemática, física estatística e programação para análise de dados e discutir temas como gênero, raça e saúde mental, propondo soluções coletivas. Financiado pelo CNPq, o projeto fornece atualmente 27 bolsas para meninas e mulheres em diferentes estágios da carreira. Esse apoio é essencial, pois, além de contribuir individualmente para as participantes, contribui nacionalmente ao alinhar-se às diretrizes do Plano Nacional de Educação. Neste artigo apresentamos as atividades realizadas, os resultados obtidos por um questionário que avalia o impacto do projeto, e discussões sobre temas como gênero, raça, maternidade e carreira nas exatas. Mostramos que o projeto tem impactos positivos, como a satisfação das participantes em integrar uma rede colaborativa e o aumento do interesse pelas ciências exatas. As alunas do ensino médio relataram ampliação de conhecimentos e perspectivas de carreira, enquanto as universitárias valorizaram a oportunidade de monitorar e inspirar as mais jovens. Os próximos passos incluem fortalecer as conexões entre as participantes, ampliar a produção científica e continuar avaliando os impactos do projeto, endossando a importância de políticas públicas que reduzam desigualdades nas ciências.</span></em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/372Mulheres na Ciência2025-08-29T18:24:37+00:00Claudia Smaniotto Barinclaudiabarin@ufsm.brRicardo Machado Ellensohnricardoellensohn@unipampa.edu.br<p><em><span style="font-weight: 400;">A relevância do papel das mulheres nas ciências, vem ganhando destaque na última década tanto em nível nacional como internacional. </span></em><em><span style="font-weight: 400;">No entanto, </span></em><em><span style="font-weight: 400;">como a inserção das mesmas no mundo do trabalho científico vem se modificando nos últimos anos? Visando compreender esse universo na perspectiva da área Multidisciplinar, analisou-se os dados disponibilizados no painel de dados do observatório da pós-graduação, da Plataforma Sucupira, da CAPES, no período de 2017-2023. A área Multidisciplinar é constituída de cinco subáreas: Biotecnologia, Ciências Ambientais, Ensino, Interdisciplinar e Materiais. Os dados do observatório foram tabulados e analisados por meio da estatística descritiva. A participação das mulheres pesquisadoras na área Multidisciplinar, passou de 44,88% em 2017, para 45,10% em 2023, apresentando ligeiro crescimento. Entretanto, quando analisamos os dados em cada uma das subáreas, essas diferenças são bastante distintas. A única subárea que apresenta um número de mulheres superior ao dos homens é a subárea de Ensino, onde a média de mulheres pesquisadoras, nesse recorte temporal, é 53,59% ∓ 0,42, enquanto que nas demais áreas elas aparecem em menor proporção, sendo a subárea com menor participação feminina a de materiais, onde as mulheres são em média 30,02% ∓ 0,21 dos pesquisadores. Estes dados nos permitem inferir que a inserção das mulheres na pesquisa, nesta área, não ocorre de maneira uniforme e ainda é limitada à área de Ensino, que historicamente tem predominância feminina. No entanto, ao analisar o perfil dos pós-graduandos, apenas a área de materiais permanece sendo predominantemente masculina.</span></em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/377Mulheres Pioneiras nas Ciências no Brasil: Trajetórias, Desafios e Conquistas 2025-09-16T13:53:43+00:00Rúbia Estefania Pinto da Silvarubiae.silva@gmail.comMaria Beatriz Dias Coutinhocoutinhobiaa@yahoo.com.brJeane Cristina Gomes Rottajeane@unb.brCláudia Regina Gonçalves Batistacrgaia@yahoo.com.brCássia Gonçalves de Souzaprofessora.cassiags@gmail.com<p><em>A participação das mulheres nas Ciências tem sido historicamente marcada por desafios e barreiras, tanto estruturais quanto culturais.</em> <em>A invisibilização de mulheres cientista ainda é um fenômeno mundial, onde nota-se que as mulheres têm uma baixa representatividade em cursos de Ciências Exatas e Engenharias. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa foi conhecer as trajetórias de mulheres cientistas brasileiras nas áreas de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática homenageadas nas sete edições das publicações “Pioneiras nas Ciências no Brasil”, destacando suas contribuições para o desenvolvimento científico, assim como os processos de invisibilização e lutas que permearam suas histórias.</em> <em>Esta pesquisa teve abordagem qualitativa interpretativa, com cunho de análise documental assumindo como referencial metodológico a Análise Textual Discursiva identificou a história de 18 cientistas. Foram identificadas duas categorias finais “Gênero, Resistência e Apagamentos na Construção das Trajetórias de Mulheres nas Ciências” e “Presença Feminina como Ato Político na Formação e na Produção da Ciência” e os resultados evidenciaram que várias cientistas biografadas atuaram como gestoras, mentoras ou educadoras, redesenhando as estruturas institucionais a partir de uma perspectiva emancipadora. Ainda que o reconhecimento, em muitos casos, tenha vindo de forma tardia, suas trajetórias mostram uma atuação que desafiou a lógica masculina da ciência hegemônica.</em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/381Onde Estão As Mulheres no Museu?2025-08-28T17:34:01+00:00Patricia Figueiró Spinellipatriciaspinelli@mast.brAlejandra Irina Eismannalejandraeismann@mast.brIsabella Lourenço Santos de Souzaisabellasouza@mast.brLorena dos Santos Silvalorenasilva@mast.brJosiane Kunzlerjosianekunzler@mast.br<p align="justify"><span style="font-size: small;">Este artigo descreve uma visita mediada proposta pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins, intitulada “Onde Estão as Mulheres no Museu – Histórias Não Contadas”. A ideia de realizar uma visita que revelasse a história de cientistas mulheres não surgiu da abundância, mas da lacuna: a ausência de representações femininas na expografia da instituição. A visita trata-se portanto de uma ação de divulgação científica em contexto de educação museal, concebida com o objetivo de evidenciar as contribuições das mulheres na ciência, frequentemente apagadas dos espaços de memória. A partir de um percurso estruturado pelo Museu, foram explorados conceitos científicos e trajetórias de vida de cientistas, destacando os desafios estruturais enfrentados pelas mulheres no campo científico e estabelecendo relações com conceitos do feminismo. Buscou-se também vincular essas histórias a objetos e documentos do acervo institucional que dialogam com esses percursos. No contexto da divulgação científica, a abordagem feminista é essencial para ampliar a representatividade feminina na ciência, desconstruir estereótipos, promover a justiça epistêmica e assumir um compromisso ético com as memórias silenciadas. Com base nos registros fotográficos realizados pelos participantes, analisamos os tensionamentos provocados pela experiência e propomos uma reflexão que contribua para os debates em divulgação científica e educação museal. </span></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/391Mulheres Na Ciência: Um Olhar Para Os Filmes Comerciais Entre Os Anos 1980 A 20202025-09-17T18:15:18+00:00Adina Da Silva De Oliveiraadinasilva16@gmail.comThamires Luana Cordeirothamiresluanac@gmail.comEliane Goncalves dos Santoseliane.santos@uffs.edu.br<p><em>Esta análise fílmica tem como foco a história das mulheres na ciência, considerando a desigualdade entre mulheres e homens cientistas ao longo do tempo. O objetivo foi investigar e descrever a presença de mulheres cientistas em filmes comerciais lançados entre os anos de 1980 e 2020. Para isso, foram selecionadas as seguintes obras cinematográficas: Nas Montanhas dos Gorilas (1988), Jurassic Park (1993), Alexandria (2009) e Estrelas Além do Tempo (2016). A análise seguiu os seguintes critérios: I – quantas mulheres cientistas são apresentadas; II – qual é a cor dessas mulheres; III – como elas são retratadas; IV – em qual período histórico se passa o filme; V – qual é a contribuição da personagem feminina para a ciência; VI – se a narrativa é baseada em fatos reais ou em ficção. De modo geral, observou-se que, mesmo quando presentes nas produções analisadas, as mulheres cientistas costumam ocupar papéis secundários e têm, frequentemente, pouca oportunidade de fala, o que reforça sua sub-representação nesse tipo de mídia.</em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/396Quando Meninas e Mulheres Falam de Ciência: Saberes Situados, Afetos e Resistência2025-09-17T18:29:03+00:00Andréa do Carmo Bruel de Oliveiraandreacbruel@gmail.comMara Fernanda Parisotomara.parisoto@ufpr.br<p>Este artigo analisa os discursos de meninas e professoras participantes do projeto Rocket Girls 2018 até 2020, que visava incluir meninas em situação de vulnerabilidade e imigrantes em práticas científicas na Astronomia e Astronáutica. O objetivo é compreender como essas sujeitas discursivas produzem resistências às normas de gênero, raça e classe, ressignificando a ciência como espaço de pertencimento e emancipação. Analisar essas narrativas se faz necessário para visibilizar e enfrentar as desigualdades estruturais que limitam o acesso feminino à ciência e tecnologia. A fundamentação teórica apoia-se em Foucault, Butler, hooks, Haraway, Louro e Schiebinger, que justificam a análise discursiva como ferramenta para evidenciar processos de subjetivação e resistência na ciência. Utilizou-se a análise do discurso foucaultiana sobre relatos colhidos em entrevistas com participantes do projeto. As conclusões indicam que os discursos produzem deslocamentos identitários, práticas colaborativas e afetivas que desafiam a ciência hegemônica, fortalecendo processos de inclusão e reinvenção epistemológica. Essas descobertas são relevantes para promover políticas educacionais e científicas mais equitativas e inclusivas.</p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/299Mais Meninas nas Exatas: Relato de Experiência de uma Prática de Pesquisa e Extensão no Ensino Médio em Francisco Beltrão-PR2025-08-26T12:42:02+00:00Camila Nicola Boeri Di Domenicocamiladomenico@utfpr.edu.br<p><em>O presente artigo apresenta o relato de experiência de um projeto voltado à promoção da participação de meninas do ensino médio nas áreas de ciências exatas e engenharias, desenvolvido em escolas públicas do município de Francisco Beltrão, Paraná. Considerando o histórico de exclusão feminina nesses campos do conhecimento, o projeto buscou enfrentar estigmas e desigualdades por meio de ações práticas e pedagógicas integradas. As atividades propostas incluíram atividades de iniciação científica, construção de estufas sustentáveis de secagem solar com materiais de baixo custo, modelagem matemática do processo de desidratação de frutas, visitas ao campus universitário e aulas complementares de matemática. As estudantes participaram ativamente das etapas de planejamento, execução e análise dos resultados, favorecendo o desenvolvimento de competências científicas, senso de pertencimento e valorização da trajetória acadêmica na área das exatas. Os resultados observados apontam para o fortalecimento do interesse das alunas pelas ciências, o aumento do engajamento escolar e a ampliação de suas perspectivas quanto à continuidade dos estudos em áreas tradicionalmente masculinas. Conclui-se que ações educativas dessa natureza, quando desenvolvidas de forma sensível às questões de gênero e em articulação entre escola e universidade, são eficazes na promoção da equidade e no estímulo à participação feminina nas ciências exatas e engenharias. </em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/306Enculturamento Científico Em Meninas Em Vulnerabilidade: O Clube Das EstrELAS Como Porta De Entrada Para A Ciência 2025-08-18T12:25:09+00:00Camila Maria Sitkocamilasitko@professores.utfpr.edu.brDébora Ferreira da Silvadeborafsilva@utfpr.edu.brGustavo Pricinottogpricinotto@utfpr.edu.brOscar Rodrigues dos Santososcarsantos@utfpr.edu.brTaisy Fernandes Vieiraprof.taisy@gmail.comMichel Corci Batistamichel@utfpr.edu.br<p><em>A presença de meninas e mulheres nas áreas de ciências exatas, engenharias e computação ainda é marcada por barreiras estruturais e simbólicas, que se agravam quando consideramos questões étnico-raciais e de classe social. Em resposta a esse cenário, iniciativas de longo prazo voltadas ao enculturamento científico emergem como estratégias fundamentais para promover não apenas o acesso, mas também a permanência e o protagonismo feminino na ciência. Neste artigo, será apresentado o Clube das EstrELAS, projeto de extensão da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR – Campo Mourão), voltado à formação científica de meninas da Educação Básica em situação de vulnerabilidade. A partir da Astronomia como eixo mobilizador, o clube articula ensino, mentoria e pertencimento científico, com resultados que apontam para impactos formativos significativos e duradouros. </em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/324Mulheres na Astro & Física2025-08-18T13:38:23+00:00Michele Bertoldo Coêlhomichele.nhg@gmail.com<p><em><span style="font-weight: 400;">A depender da perspectiva teórica, a educação é fundamental para expandir a visão de mundo dos indivíduos, mas a sub-representação feminina nas ciências, especialmente em Física e Astronomia, perpetua uma visão distorcida da história e das capacidades das meninas e mulheres para as exatas. Livros didáticos e referências em sala de aula focam esmagadoramente em cientistas homens, ignorando as significativas contribuições de mulheres. Essa invisibilidade não se deve à ausência de mulheres na ciência, mas à falta de registro e crédito. Estudos mostram que meninas desenvolvem, desde cedo, a percepção de que "brilhantismo" é uma característica masculina, desestimulando-as a considerar carreiras científicas. Pesquisas em livros didáticos de física revelam que, mesmo quando uma cientista, Marie Curie, é representada visualmente, suas contribuições são omitidas no texto. Diante dessa lacuna, o </span></em><span style="font-weight: 400;">site</span><em><span style="font-weight: 400;"> "Mulheres na Astro & Física" foi criado em 2024. Este projeto, desenvolvido no contexto de um estágio de docência, visa ser um glossário de mulheres que fizeram contribuições relevantes para a Física e Astronomia, disponibilizado de forma digital e acessível, servindo como recurso para professores e pessoas interessadas no tema. O </span></em><span style="font-weight: 400;">site</span><em><span style="font-weight: 400;"> organiza as cientistas por linha temporal e disciplina, com informações concisas e visuais, combatendo a invisibilidade e incentivando a inclusão dessas figuras inspiradoras no ensino e na pesquisa. O "Mulheres na Astro & Física" conta atualmente com 60 cientistas e tem caráter dinâmico, buscando expansão contínua para abranger mais cientistas e áreas.</span></em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/338Percepções de Gênero no Ensino de Ciências2025-08-18T18:47:14+00:00Daniela Pedrosa de Souzadaniela.psouza@ufrpe.brHelaine Sivini Ferreirahelaine.ferreira@ufrpe.br<p>Este artigo investiga como professoras de ciências da rede pública constroem sentidos sobre desigualdades de gênero a partir de suas trajetórias pessoais e das interações em uma Comunidade de Prática. Adota-se uma abordagem qualitativa de inspiração etnográfica, centrada na escuta das participantes e na análise de narrativas produzidas ao longo de quatro encontros presenciais. Participaram 25 professoras que atuam em escolas públicas de diferentes municípios de Pernambuco. As experiências compartilhadas envolveram relatos autobiográficos, reflexões individuais e discussões coletivas sobre vivências pessoais, normas sociais e práticas escolares relacionadas ao gênero. Os dados foram construídos por meio de observação participante, produções escritas e histórias de vida, com atenção às expressões verbais e não verbais das participantes. A análise evidenciou que as desigualdades de gênero são percebidas pelas professoras como elementos presentes em suas vivências familiares, profissionais e escolares. As interações no grupo permitiram identificar tensões entre as normas socialmente instituídas e os modos como cada professora se posiciona diante dessas regras. Conclui-se que a Comunidade de Prática constituiu-se como um contexto significativo para que as participantes elaborassem interpretações mais conscientes sobre suas experiências, revelando deslocamentos nas formas de compreender o próprio percurso e os desafios do ensino de ciências diante das desigualdades de gênero.</p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/341A Ciência que se Aprende Fazendo2025-09-16T17:17:49+00:00Manoela Lorentzen Harmsmanoela.harms@estudante.uffs.edu.brNataly de Moura Schinvelskinataly.schinvelski@estudante.uffs.edu.brTamara Brandt tamara.brandt@estudante.uffs.edu.brFabiano Cassolfabiano.cassol@uffs.edu.brMarlei Veiga dos Santosmarlei.santos@uffs.edu.br<p><em><span style="font-weight: 400;">O programa Futuras Cientistas tem como objetivo promover a equidade de gênero nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) por meio de iniciativas como as imersões científicas para alunas do segundo ano do ensino médio e professoras da rede pública. O projeto desenvolvido na <instituição dos autores>, em duas edições, janeiro de 2024 e de 2025, foi a construção de um fotômetro utilizando a plataforma Arduino. Este artigo busca avaliar o impacto do projeto e do programa na vida das participantes e também das monitoras, para isso as mesmas responderam um questionário online de forma anônima e voluntária. A análise das respostas foi realizada de forma qualitativa utilizando a metodologia da categorização temática das respostas de Bardin, tendo o objetivo de identificar qual a influência e as mudanças provocadas na vida das participantes das Imersões Científicas realizadas na <instituição dos autores>. A análise resultou em quatro categorias temáticas emergentes: (1) Empoderamento e superação de desafios; (2) Desmistificação da ciência e do ambiente universitário; (3) Impacto na visão de futuro e na trajetória acadêmica; e (4) Trabalho coletivo e colaboração. A partir da análise foi possível concluir que a participação na Imersão Científica teve impactos positivos e significativos na vida das estudantes. As alunas superaram desafios e desmistificaram a visão de ciência e de universidade, passando a vê-las como algo possível para as mulheres. Além disso, identificou-se a preferência das alunas pelas atividades práticas, evidenciando a metodologia do aprender fazendo como o fator principal do engajamento e aprendizagem das participantes.</span></em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/347Arduínas: Um Relato de Experiência de Inclusão2025-08-18T15:07:24+00:00Adriana Cardinotacardinot@pq.uenf.brElis Mirandaelismiranda@id.uff.brMaria Priscila Pessanha de Castromariapriscila@uenf.br<p><em>Este relato de experiência apresenta os principais aprendizados, desafios e impactos observados durante a implementação do projeto de pré-iniciação científica Arduínas, voltado à promoção do engajamento de alunas do ensino médio público em atividades de pesquisa em física e tecnologia. Realizado em Campos dos Goytacazes (RJ), o projeto se propôs a aproximar jovens em situação de vulnerabilidade social do ambiente científico universitário, por meio de práticas experimentais com placas Arduino e acompanhamento por mentores da graduação. A análise das entrevistas e observações revelou obstáculos estruturais, sociais e pedagógicos significativos à permanência das alunas no projeto, mas também indicou impactos positivos sobre o senso de pertencimento, a autoconfiança e o interesse por carreiras científicas. As experiências vivenciadas evidenciam que projetos dessa natureza exigem escuta ativa, flexibilidade e sensibilidade institucional para se adaptar às múltiplas realidades das estudantes. Com a renovação do apoio institucional, o projeto inicia uma nova fase com a ampliação das ações e aprofundamento das estratégias de acompanhamento. O relato busca contribuir com a literatura sobre capital científico e equidade de gênero nas ciências, oferecendo subsídios para pesquisadores, professores e gestores interessados na construção de práticas mais inclusivas na educação científica. </em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/357Mulheres nas Ciências:2025-08-18T16:31:42+00:00Claudia Mosterclaudiamoster@ufrrj.brKarine Bueno Vargaskarinevargas@gmail.comCarolina Gomes Moreiracarolinagomesmoreira@gmail.com<p class="p1">A igualdade de gênero na ciência enfrenta desafios, como a baixa representação feminina em áreas exatas e cargos de liderança, apesar do aumento da participação feminina no ensino superior. O projeto “Elas nas Ciências”, desenvolvido entre a UFRRJ e o Colégio Estadual Baldomero Barbará, buscou despertar o interesse de jovens mulheres pela carreira científica, promovendo encontros com cientistas e incentivando a pesquisa e a escrita. O trabalho foi desenvolvido com uma equipe de três orientadoras e uma bolsista da universidade, três alunas de ensino médio e uma professora, bolsistas do colégio. uma A iniciativa, apoiada pela FAPERJ, foi desenvolvida durante o ano de 2022, com encontros presenciais e online, resultou em um e-book e na aproximação dos estudantes com o sonho universitário. As ações incluíram vídeos com depoimentos de cientistas brasileiras, rodas de conversa, palestras, comunicação educativa no mural da escola e questionários sobre interesses profissionais com alunos do ensino médio. O desenvolvimento do projeto motivou a visita dos alunos à UFRRJ, onde puderem conhecer os cursos disponíveis, laboratórios e políticas de ingresso e permanência estudantil, motivando-os para o ensino superior. Como resultados principais, foi possível identificar a importância da iniciação científica no ensino médio e a estratégia de propiciar a vivência na realidade, como estímulos significativos para o engajamento dos jovens e de inspiração à carreira científica.</p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/362Entre o Apagamento Histórico e os Desafios Atuais: A Participação de Mulheres nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação2025-08-18T13:40:16+00:00Luciane Fernandes Goesluciane.goes@iq.usp.brElisa Maria Silvaelisamariacostasilva@estudante.ufscar.br<p><em>A participação feminina nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação segue marcada por desigualdades históricas, sociais e culturais que limitam o ingresso, a permanência e o reconhecimento das mulheres nesses campos. Apesar do aumento da presença feminina no ensino superior, fatores como estereótipos de gênero, invisibilização histórica de cientistas mulheres, ausência de referências femininas, divisão sexual do trabalho e a maternidade ainda atuam como barreiras persistentes. Este trabalho tem como objetivo investigar as causas da sub-representação de meninas e mulheres nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação, analisando como os estigmas sociais e institucionais influenciam suas trajetórias acadêmicas e profissionais. A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão bibliográfica qualitativa, com abordagem exploratório-interpretativa, com base na análise de 80 dissertações e teses da BDTD e 6 artigos científicos da base SciELO. A análise temática revelou cinco eixos centrais: estereótipos de gênero desde a infância; ausência de referências femininas nas áreas exatas; apagamento histórico das contribuições de mulheres cientistas; impacto da maternidade na carreira acadêmica; e necessidade de políticas públicas e educacionais inclusivas. Os resultados apontam que a desigualdade de gênero na ciência não decorre da falta de interesse ou capacidade das mulheres, mas da persistência de uma estrutura androcêntrica que naturaliza exclusões. A presença feminina na ciência precisa ser garantida não apenas pelo acesso, mas pela permanência, visibilidade e valorização, por meio de ações institucionais, práticas pedagógicas inclusivas e políticas de equidade que combatam estigmas e promovam um ambiente científico mais justo e representativo.</em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/375Mulheres Pesquisadoras do Norte: Um Estudo Sobre as Mulheres Professoras Atuando na Pós-graduação do Amazonas2025-08-18T18:32:36+00:00Maria Izaíra da Silva Gilm.izairagil@gmail.comMaria Lúcia Tinoco Pachecomaria.gil@semed.manaus.am.gov.br<p> <em>Este estudo teve por objetivo analisar a presença da mulher na ciência, partindo das trajetórias: a) levantamento de Estado da Arte foco “mulher na ciência” - b) a participação da mulher pesquisadora que atua como docente na pós-graduação nas áreas de licenciaturas no Amazonas. Trata-se de um estudo bibliográfico, de cunho qualitativo, tomando como público alvo os programas de pós-graduação de três universidades públicas do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas -UFAM, Universidade do Estado do Amazonas -UEA e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas -IFAM. A partir do levantamento e análise dos dados presentes nas páginas oficiais dos programas de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado. Identificamos a participação de mulheres como docentes ainda em nível de desigualdade em relação ao homem. Apontamos como resultados o levantamento de trabalhos com foco na “mulher na ciência” identificando, sua trajetória de invisibilidade, silenciamento epistemológico, luta de classe; e na análise dos cursos identificamos que a mulher se faz presente na pós-graduação, mas longe de estar em pé de igualdade nos cargos com maior ascensão no magistério. </em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/379Meninas nas Ciências2025-10-10T16:43:40+00:00Rafaele Rodrigues de Araujoaraujo.r.rafa@gmail.comTauana Pacheco Mesquitatauanapachecomesquita@gmail.com<p><em>Esta investigação buscou problematizar o que emerge dos trabalhos destaques do prêmio "Meninas nas Ciências” no projeto de extensão "Feira das Ciências: Integrando Saberes no Cordão Litorâneo". O projeto tem como objetivo a promoção e incentivo à produção de Feiras das Ciências nas escolas de Educação Básica do município do Rio Grande/RS por meio da experimentação e de práticas investigativas, inclusivas e interdisciplinares. O prêmio “Meninas nas Ciências” ocorre desde o ano de 2019, com a finalidade de incentivar o público feminino a participar de ações nas suas escolas voltadas à disseminação do conhecimento científico. Para análise dos trabalhos apresentados nesse destaque, utilizamos como metodologia a Análise de Conteúdo encontrando duas categorias: “Meninas com a Ciência em Ação: Da Natureza às Exatas” e “Meninas que transformam: Desafios e emergências da sociedade”. Com a discussão realizada, significamos a importância das Feiras das Ciências nas escolas, a fim de propiciar o envolvimento dos estudantes, como ativos no planejar, pensar e pesquisar os projetos, incentivando que as meninas sejam protagonistas desse processo. Além disso, que esses espaços sejam potenciais para possibilitar que as estudantes se percebam como futuras cientistas em qualquer área do conhecimento.</em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/382Narrativas Multiplataforma e Educação STEM:2025-08-15T17:12:53+00:00Viviane Japiassú Vianavivijvambiental@gmail.com<p><em>Este artigo apresenta os resultados da aplicação de uma sequência didática desenvolvida no âmbito do projeto “Meninas e Mulheres na Redução de Riscos de Desastres e Desigualdades”, que integrou leitura, produção de podcasts e criação de jogos digitais sobre a história de mulheres negras. A proposta adotou uma abordagem decolonial, feminista e antirracista, com o objetivo de estimular o interesse de meninas do ensino fundamental pelas carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) e promover representatividade ao apresentar mulheres negras que se destacam em diferentes áreas. A metodologia baseou-se em pesquisa-ação, combinando atividades práticas com a avaliação dos produtos gerados e da percepção das participantes por meio de análise de seus diários de bordo. As oficinas foram realizadas entre março e junho de 2024 com 13 meninas de escolas públicas do Rio de Janeiro. Os resultados evidenciam que a leitura de livros escritos por ou sobre mulheres negras despertou orgulho, curiosidade e senso de pertencimento nas participantes. A criação de podcasts e jogos digitais possibilitou o desenvolvimento de habilidades de comunicação, pensamento crítico e iniciação à programação, além de fomentar o protagonismo das meninas e o diálogo com suas comunidades. A experiência demonstrou o potencial das narrativas transmídia como estratégia pedagógica para promover representatividade, letramento racial e empoderamento feminino nas ciências. Conclui-se que a abordagem utilizada tem potencial para ampliar a participação de meninas nas áreas STEM, valorizando suas vozes e histórias.</em></p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Públicahttps://educacaopublica.cecierj.edu.br/divulgacao-cientifica/index.php/educacaopublica/article/view/393Engenheiras do Futuro: Extensão Universitária como Ferramenta de Transformação e Igualdade de Gênero2025-08-27T17:16:45+00:00Elaine Ferreira Torreseftorres.uerj@gmail.comDenise Celeste Godoy de Andrade Rodriguesdenisegodoy@fat.uerj.brPatrícia Helena Araujo da Silva Nogueirapatricia@fat.uerj.brRenata da Silva Soaresrenata.soares@discentes.fat.uerj.brJuliana Macedo da Costa Amazonasjumcamazonas@gmail.com<p>O presente relato de experiência apresenta o projeto de extensão “Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação: Engenheiras do Futuro”, desenvolvido em uma universidade estadual, no município de Resende, com o objetivo de promover a participação de meninas e mulheres, especialmente negras, nas áreas STEAM e combater desigualdades de gênero e raça historicamente presentes nessas carreiras. O projeto atua por meio de ações como curadoria e criação de conteúdo digital, eventos, oficinas práticas em escolas, atividades de educação ambiental e divulgação científica, utilizando metodologias inovadoras e parcerias institucionais. Os resultados apontam para o fortalecimento da identidade e do protagonismo das participantes, desenvolvimento de competências socioemocionais e promoção do sentimento de pertencimento ao ambiente universitário.</p>2025-11-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Educação Pública