"Ciência Jovem”, mais que um evento: uma estratégia pedagógica para estimular a experimentação e a pesquisa na escola

Resumo

Este artigo é baseado na experiência da feira Ciência Jovem e busca refletir sobre o conceito de feira de Ciência. Partimos da perspectiva lançada por José Reis, que, em 1965, considerou a feira de Ciência como uma “revolução pedagógica”. Para que essa perspectiva se torne efetiva, é necessário criar raízes nas escolas, fomentando uma educação científica focada na experimentação e na pesquisa. A Ciência Jovem, realizada há 29 anos pelo Espaço Ciência – Museu Interativo de Ciência de Pernambuco –, é um exemplo de como uma feira de Ciência pode ir além do evento anual e se inserir no contexto escolar: desde formações de professores e fomento à realização de feiras escolares e municipais até cláusulas no regulamento, que estimulam a pesquisa continuada na escola. Neste trabalho, apresentamos um relato de experiência para repensar as feiras de Ciência como iniciativas que excedem os eventos e se configuram como sementes de uma transformação pedagógica. É fundamental que tais iniciativas sejam encaradas como oportunidades de incentivar a curiosidade e a criatividade dos alunos, estimulando-os a serem protagonistas de sua aprendizagem e da construção de instrumentos para a transformação social.