A Ciência que se Aprende Fazendo

Experiências de Alunas e Professoras da Rede Pública em um Projeto de Imersão Científica

Autores

  • Manoela Lorentzen Harms Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nataly de Moura Schinvelski Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Tamara Brandt Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Fabiano Cassol Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Marlei Veiga dos Santos Universidade Federal da Fronteira Sul

DOI:

https://doi.org/10.18264/repdcec.v4i2.341

Palavras-chave:

Mulheres na Ciência, Empoderamento Feminino, Desmistificação da Ciência, Química Analítica, Arduino

Resumo

O programa Futuras Cientistas tem como objetivo promover a equidade de gênero nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) por meio de iniciativas como as imersões científicas para alunas do segundo ano do ensino médio e professoras da rede pública. O projeto desenvolvido na <instituição dos autores>, em duas edições, janeiro de 2024 e de 2025, foi a construção de um fotômetro utilizando a plataforma Arduino. Este artigo busca avaliar o impacto do projeto e do programa na vida das participantes e também das monitoras, para isso as mesmas responderam um questionário online de forma anônima e voluntária. A análise das respostas foi realizada de forma qualitativa utilizando a metodologia da categorização temática das respostas de Bardin, tendo o objetivo de identificar qual a influência e as mudanças provocadas na vida das participantes das Imersões Científicas realizadas na <instituição dos autores>. A análise resultou em quatro categorias temáticas emergentes: (1) Empoderamento e superação de desafios; (2) Desmistificação da ciência e do ambiente universitário; (3) Impacto na visão de futuro e na trajetória acadêmica; e (4) Trabalho coletivo e colaboração. A partir da análise foi possível concluir que a participação na Imersão Científica teve impactos positivos e significativos na vida das estudantes. As alunas superaram desafios e desmistificaram a visão de ciência e de universidade, passando a vê-las como algo possível para as mulheres. Além disso, identificou-se a preferência das alunas pelas atividades práticas, evidenciando a metodologia do aprender fazendo como o fator principal do engajamento e aprendizagem das participantes.

Biografia do Autor

Manoela Lorentzen Harms, Universidade Federal da Fronteira Sul

Graduada em Química Licenciatura pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Cerro Largo. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis, UFFS, campus Cerro Largo.

Nataly de Moura Schinvelski, Universidade Federal da Fronteira Sul

Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Cerro Largo.

Tamara Brandt , Universidade Federal da Fronteira Sul

Engenheira Ambiental e Sanitarista pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Cerro Largo.

Fabiano Cassol, Universidade Federal da Fronteira Sul

Doutor em Fenômenos de Transporte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Cerro Largo, onde atua nos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil e no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis. Desenvolve atividades nas áreas de qualidade do ar, programação com Arduino e calorimetria.

Marlei Veiga dos Santos, Universidade Federal da Fronteira Sul

Doutora em Química Analítica pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professora da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Cerro Largo, onde atua nos cursos de Química Licenciatura, Engenharia Ambiental e Sanitária e no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis. Desenvolve atividades nas áreas de química analítica, formação de professores e tecnologias aplicadas ao meio ambiente.

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Publicado

2025-11-28

Edição

Seção

Dossiê Temático Meninas e Mulheres na Ciência