Cartas na Mesa:

adaptação do “jogo do mico” para divulgação de mulheres cientistas

Autores

  • Selene de Souza S. Soares Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau
  • Ana Julia Dal Forno Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau
  • Louise Reips Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau
  • Graziela Piccoli Richetti Universidade Federal de Santa Catarina
  • Fabiana Schmitt Corrêa Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau
  • Aline Vanessa Poltronieri Gessner Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau

DOI:

https://doi.org/10.18264/repdcec.v4i2.350

Palavras-chave:

Extensão, Mulheres na Ciência, Ciências da Natureza, Engenharias, Matemática

Resumo

O jogo “Mulheres Cientistas” têm como objetivo principal promover a valorização das mulheres na Ciência e ampliar o debate sobre igualdade de gênero nas áreas de Ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Por meio de atividades realizadas na Instituição A, em escolas de educação básica e em espaços públicos, buscou-se incentivar meninas a seguirem carreiras em áreas científicas, resgatar a cultura e a ludicidade e conectar a universidade com a sociedade local. O público-alvo foram estudantes do ensino fundamental a partir do sexto ano, com especial foco nas meninas. As metas incluíam alcançar um público de 2.000 pessoas em 5 municípios. Essas metas foram superadas, visto que participaram 4.765 estudantes em 15 municípios. Para possibilitar a participação de mais grupos de estudantes e garantir a inclusão,  foram produzidos vários exemplares do jogo com adaptações para estudantes com deficiência auditiva e visual. Entre os principais resultados, destacam-se uma maior conscientização sobre o papel das mulheres na Ciência e a motivação de meninas para explorar carreiras nas áreas de Ciência, tecnologia, engenharia e matemática. As atividades geraram um impacto positivo tanto nas escolas participantes quanto na comunidade acadêmica. Como conclusão, as atividades tiveram êxito em fortalecer a interação entre a universidade e a sociedade, promovendo inclusão, diversidade e educação científica de forma inovadora e acessível.

Biografia do Autor

Selene de Souza S. Soares, Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Espírito Santo (2003), Mestrado (2007), Doutorado (2012) em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos e Pós doutoramento pela Faculdade de Economia Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAUSP). Atualmente é professora no departamento de Engenharia Têxtil da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC - Campus Blumenau e membro Associado do Programa All 4 Food. Atua como como pesquisadora junto ao Center for Organization Studies (NAP/CORs), SINERGIA (UFSC) e All4Food. Tem experiência na área de Teoria das Organizações, Organização Industrial, Finanças e Gestão de Projetos. Mãe de quatro filhos, esteve em licença maternidade nos anos de 2009, 2012, 2017 e 2019.

Ana Julia Dal Forno, Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau

Professora Adjunta na Universidade Federal de Catarina (UFSC) - campus Blumenau, Departamento de Engenharia Têxtil.Leciona na graduação em Engenharia de Materiais, Têxtil e Automação; também leciona no PGETEX - Programa de Pós Graduação em Engenharia Têxtil (2019). Realizou o Pós Doutorado em
Engenharia de Produção (UFSC-2014), na qual também é Doutora pela mesma Universidade e fez Sandwich pela Technische Universität Berlin (TUB - Alemanha). Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC (2008). Graduação em Engenharia de Produção (UNISC-2004). Foco da pesquisa: Gestão da Inovação, Benchmarking, Manufatura Enxuta, Melhoria de Processos. Lean e Indústria 4.0. Grupos de Pesquisa certificados: Desenvolvimento de Processos e Produtos Têxteis e LabTEI - Laboratório de Tecnologia, Empreendedorismo e Inovação.

Louise Reips, Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau

Possui graduação em Matemática - Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008) e Doutorado em Matemática Aplicada pela Westfälische Wilhelms - Universität Münster (2013) na Alemanha. É professora do Departamento de Matemática da UFSC - Campus Blumenau e bolsista de extensão pelo IMPA desde 2017, atuando como coordenadora de diversos projetos vinculados à Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) na região do Vale do Itajaí. Tem interesse na pesquisa em Biomatemática, modelamento cinético, dinâmica imunológica e, também, em estudos envolvendo o protagonismo feminino nas exatas.

Graziela Piccoli Richetti, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora e mestra em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Licenciada e bacharel em Química pela UFSC. Atualmente é professora do Departamento de Ciências Exatas e Educação da UFSC, campus Blumenau, na área de Educação Química. É vice-líder do Grupo de Pesquisa em Educação Química, Ciências e Tecnologia e membro do grupo de pesquisa do Laboratório de Tecnologia, Empreendedorismo e Inovação. É editora de seção da Revista ACTIO: Docência em Ciências desde 2021. Tem experiência na área de Ensino de Ciências e Química, atuando principalmente nos temas referentes à formação de professores, alfabetização científica e tecnológica e Educação CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade).

Fabiana Schmitt Corrêa, Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau

Mestra em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Educação Inclusiva pelo Centro Universitário Leonardo Da Vinci (2005) e em Educação Especial pela Universidade Regional de Blumenau (2010). Graduada em Pedagogia pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (2003) e em Letras/Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011). Atualmente é docente (DE) de Libras na Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, campus de Blumenau/SC.

Aline Vanessa Poltronieri Gessner, Universidade Federal de Santa Catarina - campus Blumenau

Especialista em Tradução e Interpretação de Libras/português pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) câmpus Palhoça Bilíngue. Bacharel em Letras Libras - Língua Brasileira de Sinais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tradutora-Intérprete de Libras-Português da UFSC câmpus Blumenau.

Referências

BERTOLDI, Anderson. Alfabetização científica versus letramento científico: um problema de denominação ou uma diferença conceitual? Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 25, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/zWmkbLPy9cwKRh9pvFfryJb/?lang=pt. Acesso em: 19 jul. 2025.

CACHAPUZ, António; GIL-PEREZ, Daniel; CARVALHO, Anna M. P.; PRAIA, João; VILCHES, Amparo. A necessária renovação do Ensino das Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.

CLEOPHAS, Maria G., SOARES, Márlon H. F. B. Didatização Lúdica no Ensino de Química/Ciências: Teorias de Aprendizagem e Outras Interfaces. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2018.

HEERDT, Bettina; BATISTA, Irinéia L. Questões de gênero e da natureza da Ciência na formação docente. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 21, n. 2, p. 30-51, ago. 2016. Disponível em: https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/7. Acesso em: 19 jul. 2025.

HENDGES, Ana P. B.; SANTOS, Rosemar A. Obstáculos epistemológicos em livros didáticos de Física: o gênero na Ciência-Tecnologia. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 39, n. 2, p. 584-611, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/85678. Acesso em: 19 jul. 2025.

MARQUES, Humberto R.; CAMPOS, Alyce C.; ANDRADE, Daniela M.; ZAMBALDE, André L . Inovação no ensino: uma revisão sistemática das metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), v. 26, p. 718-741, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/C9khps4n4BnGj6ZWkZvBk9z/. Acesso em: 19 jul. 2025.

MASSARANI, Luisa; CASTELFRANCHI, Yurij; FAGUNDES, Vanessa; MOREIRA, Ildeu (org.). O que os jovens brasileiros pensam da Ciência e da tecnologia: pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT). Rio de Janeiro: Fiocruz/COC, 2021. Disponível em: https://www.inct-cpct.ufpa.br/wp-content/uploads/2021/02/LIVRO_final_web_2pag.pdf. Acesso em 19 jul. 2025.

MELO, Hildete P.; LASTRES, Helena M. M.; MARQUES, Teresa C. N. Gênero no sistema de Ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Revista Gênero, Niterói, v. 4, n. 2, p. 73-94, dez. 2012. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31033/18122. Acesso em 19 jul. 2025.

NAIDEK, Naiane; SANTOS, Yane; SOARES, Patricia; HELLINGER, Renata; HACK, Thayna; ORTH, Elisa. Mulheres cientistas na química brasileira. Química Nova,v. 46, n. 6, p. 823-836, maio de 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/qn/a/L8mY73ZKdMk6SVntnN8hLHt/. Acesso em: 19 jul. 2025.

SILVA, Fabiana F.; RIBEIRO, Paula R. C. A participação das mulheres na Ciência: Problematizações sobre as diferenças de gênero. Revista Labrys Estudos Feministas, n. 10, p. 1-25, dez. 2011. Disponível em: http://www.tanianavarroswain.com.br/labrys/labrys20/bresil/fabiene.htm. Acesso em: 19 jul. 2025.

SILVEIRA, Camila; CARVALHO e SOUZA, Clara; Machado, Clara M. B. Divulgação Científica de/sobre/para Meninas e Mulheres nas Ciências na rede social Instagram. Conexão ComCiência, v. 2, n. 2, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/conexaocomCiência/article/view/8145. Acesso em: 19 jul. 2025.

SOARES, Márlon H. F. B. O Lúdico em Química: jogos e atividades aplicados ao ensino Química. 2004. Tese (Doutorado em Química) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/6215?show=full. Acesso em: 19 jul. 2025.

United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Message from Ms Audrey Azoulay, Director-General of UNESCO, on the occasion of the International Day of Women and Girls in Science. UNESCO, 2025. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000392690#:~:text=Girls%20around%20

the%20world%20must,fields%2C%20they%20need%20role%20models. Acesso em: 19

jul. 2025.

United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. UNESCO, 2024. Disponível em: https://www.unesco.org/pt/days/women-girls-science. Acesso em: 19 jul. 2025.

VIEIRA, Elaine; VOLQUIND, Lea. Oficinas de ensino: O quê? Por quê? Como? 4. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.

VILELA, Mariana L.; SELLES, Sandra E. É possível uma Educação em Ciências crítica em tempos de negacionismo científico? Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 37, n. 3, p. 1722-1747, dez. 2020. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/74999. Acesso em: 19 jul. 2025.

Downloads

Publicado

2025-11-28

Edição

Seção

Dossiê Temático Meninas e Mulheres na Ciência