Mulheres nas Ciências:

A Extensão Universitária Como Ponte Entre Meninas do Ensino Médio e Mulheres da Academia

Autores

  • Claudia Moster Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Karine Bueno Vargas Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Carolina Gomes Moreira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.18264/repdcec.v4i2.357

Palavras-chave:

Direitos humanos, Gênero, Equidade, Ensino médio

Resumo

A igualdade de gênero na ciência enfrenta desafios, como a baixa representação feminina em áreas exatas e cargos de liderança, apesar do aumento da participação feminina no ensino superior. O projeto “Elas nas Ciências”, desenvolvido entre a UFRRJ e o Colégio Estadual Baldomero Barbará, buscou despertar o interesse de jovens mulheres pela carreira científica, promovendo encontros com cientistas e incentivando a pesquisa e a escrita. O trabalho foi desenvolvido com uma equipe de três orientadoras e uma bolsista da universidade, três alunas de ensino médio e uma professora, bolsistas do colégio. uma A iniciativa, apoiada pela FAPERJ, foi desenvolvida durante o ano de 2022, com encontros presenciais e online, resultou em um e-book e na aproximação dos estudantes com o sonho universitário. As ações incluíram vídeos com depoimentos de cientistas brasileiras, rodas de conversa, palestras, comunicação educativa no mural da escola e questionários sobre interesses profissionais com alunos do ensino médio. O desenvolvimento do projeto motivou a visita dos alunos à UFRRJ, onde puderem conhecer os cursos disponíveis, laboratórios e políticas de ingresso e permanência estudantil, motivando-os para o ensino superior. Como resultados principais, foi possível identificar a importância da iniciação científica no ensino médio e a estratégia de propiciar a vivência na realidade, como estímulos significativos para o engajamento dos jovens e de inspiração à carreira científica.

Biografia do Autor

Claudia Moster, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutora em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo; Mestre em Recursos Florestais com opção em Conservação de Ecossistemas Florestais pela Universidade de São Paulo/ESALQ; Bacharel em Engenharia Florestal e Licenciatura em Ciências Agrárias pela Universidade de São Paulo; Docente do Departamento de Ciências Ambientais do Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Karine Bueno Vargas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Graduada em Geografia (bacharelado/licenciatura) pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. É Mestra e Doutora em Geografia (Análise Ambiental e Regional) pelo Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Atualmente é professora adjunta do Departamento de Geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGGEO. É vice coordenadora do Laboratório Integrado de Geografia Física Aplicada (LIGA), e coordena o Grupo de Estudos em Biogeografia e Dinâmicas da Paisagem e o Programa de Extensão Guarda Compartilhada Flona Mário Xavier. Faz parte da diretoria da Associação Brasileira de Biogeografia - ABBIOGEO. Possui experiência em Geografia Física e atualmente se dedica as seguintes áreas: Biogeografia, Gestão de áreas protegidas e Educação Ambiental.

Carolina Gomes Moreira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui duas Graduações, em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2009) e em Engenharia Ambiental pela Universidade Cruzeiro do Sul (2024), Especialização em Engenharia Ambiental pela Universidade Católica de Petrópolis (2011), Mestrado Profissionalizante em Engenharia Ambiental na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2014) e Doutorado em ciências da tecnologia de processos químicos e bioquímicos na Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2020). Atualmente é assistente de laboratório da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem experiência nas áreas: de Ciência e Tecnologia de Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: microbiologia e fermentação e de Engenharia Ambiental atuando principalmente no Controle das Emissões de Efluentes, micropoluentes, qualidade da água, desreguladores endócrinos, atividade estrogênica-ensaio in vitro YES, ecotoxicidade, cromatografia líquida, processos oxidativos avançados e processos com membranas.

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Publicado

2025-11-28

Edição

Seção

Dossiê Temático Meninas e Mulheres na Ciência