Um Vídeo animação “Você sabe o que é limpo e sujo? Nós vamos te contar”: percepções das crianças pequenas em uma visão antropológica

Autores

  • Lenine Bandeira da Costa Unigranrio
  • Beatriz Brandão dos Santos Unigranrio

DOI:

https://doi.org/10.18264/repdcec.v3i4.175

Palavras-chave:

Educação Infantil. Educação Antropológica. Limpo e sujo. Produto Educacional.

Resumo

Este artigo descreve a criação e os objetivos da animação intitulada “Você sabe o que é limpo e sujo? Nós vamos te contar: percepções das crianças pequenas em uma visão antropológica” como parte integrante do projeto de mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação em ensino das Ciências da UNIGRANRIO. A animação tem como propósito principal abordar o tema higiene a partir de uma perspectiva de Educação Antropológica, para compreender como as crianças pequenas (3 e 4 anos de idade) entendem o conceito de limpo e sujo em um contexto coletivo educativo, partindo do princípio de que o desconhecimento desses conceitos impactam de forma concreta na saúde de seus corpos, possibilitando o surgimento de novas doenças. A criação da animação correlaciona o discurso coletivo após coleta e análise dos dados de pesquisa atrelados aos conteúdos considerados relevantes para o coletivo das profissionais da unidade infantil, lócus da pesquisa. A animação poderá ser incorporada ao planejamento pedagógico nas unidades infantis de todo o país como ponto de partida para desenvolverem suas próprias animações a respeito dos conceitos de limpo e sujo imbuídas das percepções de suas crianças pequenas. As educadoras poderão agregar novas descobertas na busca por essas percepções e refletir a respeito de suas estratégias pedagógicas. Acredita-se que por meio deste movimento de Educação Antropológica em um movimento inverso a projetos assistencialistas na educação infantil quando se fala em higiene, haverá a facilidade de compreensão dos conceitos também pela animação produzida e linguagem direcionada às crianças pequenas. A animação, apesar de se encontrar em fase prototípica, tem repercutido de maneira positiva entre as profissionais da Educação participantes da pesquisa que colaboraram para a idealização desse Produto Educacional. O projeto tem se revelado uma evocação convidativa para outros pares caminharem rumo à direção de práticas significativas e libertadoras na Educação Infantil.

Biografia do Autor

Beatriz Brandão dos Santos, Unigranrio

Professora dos Programas de Pós Graduação em Humanidades, Cultura e Artes (PPGHCA) em Ensino de Ciências e Saúde (PPGECS) da Unigranrio. Atualmente coordena o núcleo interdisciplinar de História, Letras e Pedagogia de Residência Pedagógica (CAPES). Possui Pós-Doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo, USP (2019-2022). Doutora em Ciências Sociais pela PUC-RIO (2013-2017). Mestra em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ (2011-2013). Atuou como pesquisadora do IPEA na pesquisa nacional sobre metodologias de cuidado a usuários problemáticos de drogas (2019-2020). Foi professora substituta do departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, IFCS-UFRJ (2017-2019). Foi professora colaboradora da Pós-Graduação em Educação e Divulgação Científica do Instituto Federal do Rio de Janeiro, IFRJ (2016-2022). Integrou a pesquisa sobre refugiados na Itália, por meio do Intercâmbio entre UERJ, a Università degli Studi di Roma Tor Vergata e CREG - Centro di Ricerche Economiche e Giuridiche (2011-2013). Possui Pós-Graduação/ Especialização em Políticas Públicas pela Escola de Políticas Públicas e Governo do Instituto de Pesquisa do Rio de Janeiro, EPPG-IUPERJ e Especialização em Estudos Diplomáticos pelo CEDIN. Graduada em Ciências Sociais (Licenciatura) e em Comunicação Social - Jornalismo. Pesquisa temas relacionados às trajetórias institucionais, conflito e arte, em diálogo com questões de corpo, saúde e gênero.

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Publicado

2024-12-28

Edição

Seção

Divulgação Científica e Ensino de Ciências - Fluxo Contínuo