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Trabalho e desafio permanentes

Armando Correa de Siqueira Neto

Psicólogo e professor

Um estudo sobre o coração, realizado pelo Dr. Ary L. Goldberger, professor de medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, demonstrou que há uma relação direta entre a variação dos batimentos cardíacos relacionada à monotonia e à atividade (doença e saúde, respectivamente). Ele apontou a necessidade de as pessoas quebrarem a rotina e se tornarem mais irregulares, contra a ideia de acomodação.

A saúde do ser humano compreende abalos e inconstâncias. Cuidado, trabalhadores de plantão! A rotina não apenas desmotiva como também pode ser inimiga da saúde.

Margareth Wheatley enfatizou:“Toda vida vive em desequilíbrio, num mundo que está aberto à mudança. E toda vida é auto-organizadora. Não precisamos temer o desequilíbrio nem abordar a mudança tão temerosamente. Em vez disso, temos condições de perceber que, como tudo que é vivo, sabemos nos desenvolver e evoluir em meio ao fluxo constante das coisas”. Viver é um desafio constante, se assim compreendermos a necessidade de mudança e, com ela, o desequilibrante movimento das transformações que podem servir de impulso às motivações humanas.

O desafio é, por conseguinte, uma atitude vital e saudável para o desenvolvimento pessoal e profissional, além de energizar o cotidiano no trabalho.

O negócio é aproveitar o aqui e agora, inclusive (e por que não especialmente?) no convívio profissional. Passamos ricos anos em contato com alunos e colegas no trabalho. Não seria justo investir energia nesses tipos de relacionamento? Ou melhor, não vale a pena gerar mais motivação junto àqueles com quem se convive abundantemente?

O negócio é estar inquieto. A motivação, sob a perspectiva de Stephens Robbins, “consiste na disposição para fazer alguma coisa; é condicionada pela capacidade de satisfazer uma necessidade do indivíduo. Necessidade significa uma deficiência física ou psicológica que faz determinado resultado parecer atraente.” “Uma necessidade não satisfeita gera tensão, o que estimula a vontade do indivíduo. Essa vontade desencadeia a busca de metas específicas que, uma vez alcançadas, terão como consequência a satisfação da necessidade e a redução da tensão. Os trabalhadores – e aí se destacam os professores – motivados estão em estado de tensão, de insatisfação. Para aliviá-la, engajam-se em atividades. Quanto maior a tensão, mais atividades serão necessárias para proporcionar alívio”.

O jogo é inquietar-se e inquietar os outros, provocando desafios que motivam. Desafiar é emocionar-se. Lembre-se de que emoção forte como a raiva deve ser canalizada para objetivos que requeiram mais atitude, passos mais ousados e decisivos. Quantos projetos precisam ser impulsionados pelo desejo de cada um de nós? Desafie-se, desafie seus alunos e prove cada vez mais o doce sabor da motivação que se instala em suas aulas, impulsionando os projetos profissionais que você tem como objetivo.

Publicado em 30 de novembro de 2010

Publicado em 30 de novembro de 2010

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