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Projeto Sonho Brasileiro

Tatiana Serra

O que nossos jovens sonham para o Brasil?

“Compartilhar com o Brasil nossas descobertas transformadoras sobre o jovem brasileiro. Assim nasceu a ideia de realizar o Sonho Brasileiro: um estudo aberto, sem viés de consumo, sem fins lucrativos, que visa ouvir a primeira geração global de brasileiros para entender seus valores, a forma como enxerga o país, os papéis que se propõe a desempenhar nele e os cenários futuros em que se vê atuando”, afirma a equipe Box1824, empresa com atuação no mapeamento de tendências de comportamento.

No início de 2010, a Box1824 saiu às ruas de 173 cidades em 23 estados brasileiros para descobrir qual é o sonho do jovem brasileiro para o seu país. Para isso, entrevistou 2.900 jovens de 18 a 24 anos, com diferentes perfis sociais e das classes A, B, C, D e E. O resultado, divulgado em junho de 2011, mostra que nossos jovens têm orgulho de serem brasileiros, otimismo quanto ao futuro do país e apresentam comportamento mais coletivo e atuante na sociedade. Ponto para a esperança dos brasileiros!

“Eu acredito na transformação das pessoas através da coletividade” (A. 19 anos, São Paulo). Fonte: Vídeo do Projeto Sonho Brasileiro.

Em entrevista à revista Exame, o sociólogo Gabriel Milanez afirmou que o resultado do estudo reflete dois aspectos: “pelo viés interno, o Brasil está melhor do que no passado, é um lugar onde as coisas são possíveis; pelo lado externo, o mundo está reconhecendo o país”.

Hoje o Brasil tem 25.906.194 jovens entre 18 e 24 anos, e para entender e conhecer seus desejos os pesquisadores partiram de um questionamento muito simples: qual é o seu maior sonho? 55% dos jovens disseram que desejam ter a formação profissional e o emprego dos seus sonhos. É importante ressaltar que o jovem brasileiro deseja a formação superior: entre os 79% que ainda não estão ou não passaram pelo ensino superior, 77% têm a intenção de cursar uma faculdade, e isso se repete em todas as classes sociais.

Quando observada a simbologia do trabalho para esse público, conclui-se que ele está associado à realização pessoal: essa geração não pensa em trabalho necessariamente como seus pais pensavam. Não que os jovens de hoje não deem importância ao dinheiro ou à estabilidade, mas definitivamente para eles o trabalho é cada vez menos visto como necessidade e cada vez mais como elemento de realização e expressão.

“Eu não sonho com nenhuma revolução, enxergo meus sonhos muito no meu dia a dia” (L. 22 anos, Recife). Fonte: Vídeo do Projeto Sonho Brasileiro.

Depois de compreender o sonho pessoal dos jovens brasileiros, os pesquisadores quiseram saber o que eles sonham para seu país. Menos violência (18%), menos corrupção (13%) e menos desigualdade social (10%) estão entre os maiores sonhos desses jovens dispostos a mais do que apontar os problemas; eles enxergam pequenas ações no seu dia a dia que podem impactar grandes sonhos coletivos; não acreditam no mito de que o Brasil é o país do futuro; para eles, vivemos o momento mais propício para que uma reparação aconteça.

O valor da transformação está justamente na participação de todos. Daí a importância dos educadores sociais ou jovens-ponte. Além de serem verdadeiros exemplos de ética e cidadania, esses jovens se propõem a formar outros cidadãos que atuem da mesma maneira. Para isso, mobilizam diversas modalidades de educação (formais ou informais) para transformar cada vez mais brasileiros em cidadãos éticos e participativos dentro de suas realidades.

Projeto Sonho Brasileiro
Fonte: Projeto Sonho Brasileiro

Segundo Carla Mayumi, sócia da Box1824, em entrevista à Exame, “todos eles acreditam que estão transformando a sociedade. Se pegarmos essas microrrevoluções, teremos um impacto muito grande”, lembrando que 8% dos entrevistados se encaixam nesse perfil, o que significaria dois milhões de jovens, considerando um total de quase 26 milhões, segundo dados do IBGE.

E você, já se sentiu parte de um sonho coletivo? Acesse www.osonhobrasileiro.com.br e conheça mais sobre o projeto Sonho Brasileiro, que recebeu patrocínio das marcas Itaú e Pepsi, além do apoio de mídia da Globo.

Publicado em 5 de julho de 2011

Publicado em 05 de julho de 2011

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