Este trabalho foi recuperado de uma versão anterior da revista Educação Pública. Por isso, talvez você encontre nele algum problema de formatação ou links defeituosos. Se for o caso, por favor, escreva para nosso email (educacaopublica@cecierj.edu.br) para providenciarmos o reparo.
Documentário Avatar: utilizando recurso lúdico no ensino de Física em turmas do Ensino Médio e em Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Adriana Oliveira Bernardes
Professora; doutoranda em Ensino de Ciências (UENF); tutora do curso de Licenciatura em Matemática do Consórcio Cederj; coordenadora do Clube de Astronomia Marcos Pontes
Cena recorrente do filme Avatar: vários personagens aparecem abrindo os olhos.
Não seria a hora de abrirmos os nossos em relação à questão ambiental?
O filme Avatar entrou para a história cinematográfica como uma das produções de maior arrecadação de bilheteria. Apesar de não ter ganhado o Oscar, o filme traz importantes discussões que podem ser levadas para sala de aula; entre outras, a questão da possibilidade de vida em outros planetas, de viagens interplanetárias, da deficiência (o personagem principal Jaick Sully é cadeirante) e outras ligadas a tecnologia, ecologia e até mesmo sobre o conceito de civilidade.
Química, Matemática, Biologia, Artes, Filosofia e Sociologia, os temas desenvolvidos foram utilizados para a produção de um documentário no qual, a partir de palestras, debates e entrevistas realizados, mostramos o envolvimento de toda a comunidade escolar, apresentando o resultado do trabalho na escola a partir de vídeos produzidos pelos alunos.
Filmes podem ser considerados recursos lúdicos e ser utilizados para o ensino de conteúdos de Física no Ensino Médio.
Neste trabalho apresentamos um relato de experiência no qual o filme Avatar fez parte de um projeto interdisciplinar envolvendo as disciplinas mencionadas, trazendo para a escola discussões importantes. O projeto deu origem a um documentário amador, produzido pelos alunos, que discute várias questões importantes com a comunidade escolar.
Na foto Jaick Sully aprende a cultura alienígena do povo Navy..Jaick Sully e Nitiry são os protagonistas do filme. Será que o aprendizado do homem pertencente ao povo civilizado será fácil?
Objetivos do projeto
- Utilizar a linguagem de cinema no contexto escolar como recurso lúdico;
- Desenvolver um trabalho interdisciplinar junto aos alunos;
- Produzir vídeos com relato de experiências em relação ao filme, discutindo temas polêmicos apresentados no filme com professores, alunos e a comunidade;
- Mostrar que o ensino de Física pode se dar de forma interdisciplinar.
Desenvolvimento do projeto
Inicialmente os alunos assistiram ao filme Avatar e a uma palestra na qual foram abordados temas do filme como: civilidade, degradação do meio ambiente pelo homem, possibilidade de vida em outros planetas e possibilidade de viagens interplanetárias.
Foram realizados na escola debates em que cada um desses temas foi discutido por alunos e professores.
A partir de vídeos gravados com entrevistas e debates, os alunos produziram um documentário com as opiniões da comunidade escolar sobre os temas tratados no filme.
Conclusões sobre o projeto
O projeto em si demonstrou a possibilidade do desenvolvimento de projeto interdisciplinar dentro de escolas públicas em que o laboratório de informática possa ser um agente importante na construção do conhecimento por alunos e professores. No nosso caso, o laboratório foi utilizado para a edição dos vídeos produzidos e a produção do documentário.
Foi verificado que o trabalho com o lúdico, no caso o filme Avatar, pode trazer para a escola conhecimento de forma descontraída e envolvente.
Mostramos que as novas tecnologias são um agente facilitador do processo de ensino e aprendizagem e que materiais didáticos podem ser produzidos a partir da interação professor-aluno.
A perspectiva do projeto é fazer um trabalho envolvendo professores de várias disciplinas, no qual o documentário seja apresentado, possibilitando a identificação de seus aspectos importantes no que se refere a mostrar a possibilidade de desenvolvimento de um projeto interdisciplinar dentro da escola pública aliado à utilização de novas tecnologias.
Referências
BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/CNE, 2001.
BOTTENTUIT JUNIOR, J. B.; COUTINHO, C. P. Desenvolvimento de vídeos educativos com o Windows Movie Maker e o YouTube: uma experiência no ensino superior. In: VIII Lusocom: Comunicação, Espaço Global e Lusofonia. Lisboa: Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. p. 1052–1070, 2009.
BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Básica. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2006.
DELORS. Jacques (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XI. São Paulo: Cortez; Brasília: MEC/Unesco, 1980, cap. 4, p. 89-102.
Outras fotos do projeto:
Aluna do 3º ano realiza entrevista sobre os temas discutidos no filme.
A diretora Marilene Amaral discute a questão da Amazônia em depoimento.
Aluna da turma de EJA entrevista professor de História sobre questões discutidas no filme.
Um dos objetivos do projeto era trazer a discussão para o ambiente escolar.
Na foto, alunos participam da gravação de entrevista.
Professora de Ciências, Sônia Patti é entrevistada sobre a questão ambiental.
Leia também: Produzindo um vídeo educativo com turmas de EJA e Ensino Médio
Publicado em 12 de julho de 2011
Publicado em 05 de julho de 2011
Novidades por e-mail
Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing
Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário
Deixe seu comentárioEste artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.