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Os pais e suas atitudes mais sustentáveis: em casa assim como na sociedade de consumo

Tatiana Serra

Pode ser que muitos pais não se deem conta do quanto suas atitudes falam mais que as palavras. Pequenas ações, como guardar um copo plástico vazio até que encontre uma lixeira, podem dizer muito sobre seus valores e, assim, vai se construindo um cidadão...

Basta olhar para trás e puxar da memória o que mais lembramos dos nossos pais. Certamente suas atitudes deixaram as maiores marcas, mais do que os conselhos, mais do que qualquer palavra.

Conforme essas atitudes vão se transformando em aprendizado para os filhos, outras transformações também vão ocorrendo entre eles e seus pais. Então, há uma grande torcida para que um dia o retorno dos filhos surpreenda esses pais, ao virem o quanto eles são importantes na construção de um cidadão...

Talvez até desapareça um certo ou possível desconforto pelas responsabilidades que um dia esses pais não desejaram, consciente ou inconscientemente – responsabilidades que podem ser chamadas de oportunidade de observar suas próprias atitudes e valorizar o futuro próximo... E olha aí a construção de um cidadão...

No último Dia dos Pais, o jornalista André Trigueiro falou à rádio CBN sobre a importância dos pais (e mães) na formação de um cidadão com atitudes mais sustentáveis. Embalado pela urgência de tomar um novo rumo enquanto ainda podemos nos entender como gente, sem caos nem disputa por recursos que estão se tornando escassos (e lembrando que onde há escassez não há paz), o jornalista lançou a seguinte pergunta aos ouvintes da rádio:

“como a gente pode participar efetivamente da construção de um mundo melhor, mais justo, mais sustentável dentro de casa?”.

Pequenas situações na rotina familiar podem motivar atitudes responsáveis, educativas e divertidas para crianças e adolescentes. E que tal incentivar a responsabilidade ambiental nos filhos de maneira descontraída e lúdica? Lembrando que pequenos passos podem realmente fazer a diferença, o EcoDesenvolvimento.org separou 10 dicas de como despertar a consciência ecológica nas crianças sem ir muito longe de casa. Clique aqui e saiba quais são elas.

Também conhecido como EcoD, o EcoDesenvolvimento.org é considerado hoje o maior provedor de conteúdos sobre sustentabilidade da internet brasileira de iniciativa da sociedade civil.

Na opinião de André Trigueiro, deve-se dar à escola a mesma importância quanto às ações sustentáveis. É preciso, por exemplo, saber se a instituição de ensino está praticando o que vem ensinando. “Eu sempre desconfio da escola que está falando de ecologia mas não mostra na prática como isso funciona. E ela pode didatizar isso com visitas in loco. É importante mostrar para a garotada para onde vai o lixo, de onde está vindo a água, porque é isso que fica registrado na memória e faz diferença na construção de uma cidadania em que essas questões socioambientais estejam entre suas preocupações”, afirma ele.

Para ser um bom exemplo aos filhos e alunos, “apenas” jogar o lixo no local correto não é o suficiente. É preciso se observar inclusive como ser consumidor: como tem sido sua postura na sociedade de consumo em que vivemos?

André indica que é possível perceber a encrenca que são as armadilhas da sociedade de consumo: “quando você tem dificuldade de entender que dinheiro é bom, mas gastá-lo com aquilo que significa opulência, que significa exibicionismo irracional, mostra que você tem mais do que o necessário e gera um baita deslocamento da realidade”.

Portanto, é preciso, primeiramente, tomar cuidado para não ser refém dessas armadilhas e, então, mostrar aos filhos e alunos, que são especialmente bombardeados o tempo todo com publicidade de consumo, quais são os reais valores que importam e, aí sim, ajudá-los a definir o que deve ser consumido e de que forma.

E olha aí a responsabilidade e a oportunidade de ser um cidadão melhor. Olha aí a importância da preservação do meio ambiente para que se tenha um cenário onde se possa deixar viver e onde se possa contar uma história.

Publicado em 30 de agosto de 2011

Publicado em 30 de agosto de 2011

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