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Redes sociais demais: Uso recomendado por todos e excessos recriminados até pelo Papa

Tatiana Serra

Não faz muito tempo que elas chegaram e já estão mudando a maneira como nos relacionamos com nossos familiares, amigos, colegas, empresas etc. São elas as redes sociais, responsáveis por 16% do tempo gasto online e segundo colocada entre as categorias de sites mais acessadas pelos usuários brasileiros, perdendo apenas para os buscadores. E olha que a maioria dos brasileiros não têm computador em casa!

Estando a frente até mesmo de categorias mais populares, como mensagens instantâneas, as redes sociais, como Twitter, Facebook e Orkut, foram visitadas por 70% dos internautas brasileiros em 2010, 4% mais que em 2009, de acordo com a empresa de consultoria comScore.

A preocupação com os excessos no uso dessas redes já chegou no Vaticano. É que, em janeiro de 2011, o Papa Bento 16 se expressou sobre o assunto numa mensagem cujo título era “Verdade, proclamação e autenticidade da vida na era digital”. Foi o que publicou o INFO Online, da editora Abril. 

Embora não seja adepto das redes sociais, o pontífice “afirmou que as possibilidades das novas mídias e redes sociais oferecem ‘uma grande oportunidade’, mas alertou sobre os riscos de despersonalização, alienação, falta de autocrítica e sobre o perigo de ter mais amigos virtuais que reais”.

"É importante lembrar sempre que o contato virtual não pode e não deve substituir o contato humano real com as pessoas, em todos os níveis de nossas vidas", disse o Papa, acrescentando que “os vastos horizontes das novas mídias "exigem urgentemente uma séria reflexão sobre a importância da comunicação na era digital".
 
E não é preciso ser católico para concordar ou no mínimo refletir sobre a importância dos alertas feitos por Bento 16. Também observando a gravidade desse comportamento, a Universidade de São Paulo (USP), desde 2006, trata
esses excessos virtuais como vício e mantém um grupo de apoio aos viciados em internet.

Segundo Dora Sampaio Góes, psicóloga do Ambulatório Integrado de Transtornos do Impulso do Hospital das Clínicas (HC), "eles (os viciados em internet) são dependentes da interação virtual com outras pessoas, porque não têm habilidades sociais  muito desenvolvidas no mundo real". Situação difícil de admitir mas, infelizmente, cada vez mais fácil de ser encontrada.

Para saber se você é um viciado em internet, ou mesmo para descobrir se as redes sociais começam a atrapalhar sua rotina, uma das opções seria anotar quantas vezes acessa esse tipo de site diariamente. "Conforme eles percebem porque acessam tantas vezes a rede social, eles começam a diminuir os acessos", afirma Dora.

Durante o tratamento gratuito de 18 semanas do Hospital das Clínicas não é proibido o acesso a internet e, no final, a maior dos viciados consegue se recuperar e continuar a usar a internet. De acordo com a psicóloga, o passo seguinte é se envolver com atividades do "mundo real" aos poucos, como ir ao cinema com os amigos, retomar algum curso, praticar esportes etc.

Como em todos os outros vícios, o primeiro passo deve partir do próprio viciado. Mas como saber se o seu fraco são as redes sociais? Além de registrar o número de acessos diários, outros detalhes são importantes. Por isso, o Ig publicou 10 sinais que revelam um viciado em redes sociais, segundo a psicóloga Dora Sampaio Góes e o americano ex-viciado Nnamdi Osuagwu. Confira! 

Publicado em 6 de setembro

Publicado em 06 de setembro de 2011

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