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Infância sem racismo

Alexandre Alves

Descrever a img desde que não seja apenas ilustração

Uma das mais importantes campanhas do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em vigor atualmente trata do combate ao racismo desde a infância.

O objetivo é, utilizando ações sociais de rede, desenvolver mobilizações que “assegurem o respeito e a igualdade étnico-raciais desde a infância”. Para isso, a campanha conta com o apoio de pessoas, entidades públicas e privadas e governos, de modo a atingir o maior número de cidadãos.

A diversidade étnico-racial entre as crianças deve ser motivo de orgulho – e não razão para discriminação. Ao jogar luzes sobre os impactos do racismo na formação de uma criança, são reconquistados os valores e as atitudes que têm a virtude de reconhecer a riqueza da diversidade brasileira e de reconhecer essa riqueza como bem imaterial para nossas crianças e adolescentes, o que certamente ajuda a tornar nossa sociedade mais justa.

Diz o documento do Unicef: “O Brasil tem desenvolvido muitas ações relevantes em favor da criança. Mas a distância entre a política pública e as crianças indígenas, brancas e negras é muito grande e persiste há muitos anos. Para fazer acontecer a igualdade é preciso olhar de frente essa questão e dar o valor devido à diversidade.”

O objetivo da campanha é contribuir para reduzir esse fosso, levando crianças e adolescentes a conhecer e valorizar os diferentes modos de agir, de pensar, de ver o mundo e de aprender a se relacionar com o outro, de travar contato com culturas diferentes, com expressões humanas distintas das do seu grupo social.

Com isso, crianças passam a ser reconhecidas em suas identidades e a desenvolver a sua autoestima e seus valores como grupo étnico ou histórico, sem medo ou discriminação – seja pessoal, institucional ou material.

Certamente será necessário reavaliar diversos livros didáticos que ainda privilegiam os lourinhos e bonitinhos; professores e escolas deverão estar preparados para atuar junto a pessoas e comunidades que praticam outros valores culturais, ao mesmo tempo que atentam para atitudes individuais que possam caracterizar algum tipo de preconceito ou desvalorização social.

Para obter mais informações e materiais da campanha, além de inscrever-se para participar de ações específicas, o interessado deve visitar o endereço da campanha.

08/02/2011

Publicado em 08 de fevereiro de 2011

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