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Na direção do sonho profissional

Armando Correa de Siqueira Neto

Psicólogo, professor, palestrante

Em inícios de ano, é comum desenharmos metas pessoais, coletivas, profissionais. Um objetivo integral é formado por objetivos parciais, como cada degrau que constitui a escada inteira. Passo a passo pode-se escalar a montanha e chegar ao seu cume. Para alcançar determinado cargo que se tem em mira (objetivo integral), a peregrinação por outras funções e aprendizagens (objetivos parciais intermediários), faz-se necessária, além de ser pontual, assíduo, competente, solícito (objetivos parciais).

Outra forma de ter objetivos é sonhar com eles. Costumo dizer que para sonhar é preciso estar bem acordado. Uma contradição que faz despertar a curiosidade a respeito da necessidade de sonharmos fazendo uso da consciência. É claro que me refiro à capacidade de empreendermos sonhos que um dia se tornarão realidade, sejam eles quais forem. Os sonhos têm a dimensão que dermos a eles. Contudo, mais do que formar planos contando com a força do sonho, este é uma rica fonte de motivação, chegando inclusive a superar a descrença que muitos têm acerca da possibilidade de realização em muitos projetos ousados, especialmente se esse projeto se vincula à educação. Por acaso não foi um sonho audacioso a criação de um motor e a construção de carros em série para Henry Ford? E, anos depois, o atrevido jovem Lee Iacocca, afirmar que seria presidente da gigante Ford Motor Company dos Estados Unidos – e conseguir tal êxito nos anos 1970? Há tantos outros que maravilharam o mundo com a sua coragem!

Ouso afirmar que quem possui um bom sonho está mais vivo do que nunca e sabe o que é ser inundado pela esperança do porvir, do êxito que se aproxima com o empreendimento do trabalho. Pobre daquele que se mantém distante de tamanho bem-estar, desiludido com o mundo e empobrecido com as poucas contribuições que oferece. A mesmice é o seu lema. Pouco importa se o dia amanhece ensolarado ou chuvoso; para ele é sempre a mesma coisa: repetir e repetir...

Sonhar, todavia, é elevar-se ao reino das participações e pincelar o seu próprio dia com cores que agradam e transformam qualquer ambiente. É pintar a tela que apraz e assinar sem medo o seu nome no espaço dos merecedores de glória. Quem sonha é um artista, mesmo sem sabê-lo.

Não obstante, para todo empreendimento há uma idealização inicial que antecede a obra. O filósofo inglês Thomas Hobbes escreveu: “É dado que andar, falar e os outros movimentos voluntários dependem sempre de um pensamento anterior de como, onde e o que; é evidente que a imaginação é a primeira origem interna de todos os movimentos voluntários”. Ideia e execução.

O negócio é ter objetivos constantemente, e quando atingimos um é convidativo já ter levantado outro para assumir o posto disponível. Tanto os líderes quanto os seguidores precisam se empenhar para fazer da geração de objetivos um hábito, aumentando o nível de motivação que se forma e alcançar os resultados pretendidos, mesmo que leve tempo.

Afinal, objetivo é objetivo!

Publicado em 10/01/2012

Publicado em 10 de janeiro de 2012

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