Este trabalho foi recuperado de uma versão anterior da revista Educação Pública. Por isso, talvez você encontre nele algum problema de formatação ou links defeituosos. Se for o caso, por favor, escreva para nosso email (educacaopublica@cecierj.edu.br) para providenciarmos o reparo.

A avaliação a distância: um estudo de caso

Alberto Hércules dos S. C. Barbosa

Especialista em Educação a Distância (UFF); professor da rede estadual de ensino

Este trabalho pretende analisar os diversos tipos de avaliação ao longo do curso Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância (PIGEAD), usando como referencial teórico os materiais disponibilizados ao longo da disciplina Avaliação da Aprendizagem Institucional e opiniões e pontos de vista descritos nos fóruns de discussão propostos. Esse curso de pós-graduação lato sensu realiza a maior parte de suas atividades por meio de ambiente virtual, inclusive suas avaliações. Essa metodologia, abrangendo a proposta do curso, busca uma avaliação eficiente na modalidade EAD, fundamentando-se nas diretrizes do MEC e em estudos na área, perfazendo, então, uma firme e coerente base teórica para as realizações das atividades.

Avaliação e desafio

A avaliação sempre foi encarada como mito e desafio na educação. Sua proposta de diagnóstico e acompanhamento sempre foi muito pouco aplicada em nossas escolas e faculdades, atribuindo-se a ela o peso da punição e da troca, uma arma para o professor e uma ameaça ao aluno.

Como a EAD é uma nova proposta de ensino-aprendizagem, dentre os conceitos revistos está a avaliação, que não é encarada mais como um fim em si mesma, como uma espécie de centro do ensino e da aprendizagem. Ao contrário, com a ideia de que o centro do processo é o aluno, os métodos para avaliá-lo não podem tornar-se protagonistas de suas atividades.

Com base nesse novo paradigma, o professor passa a conceber a avaliação como um meio de saber se os objetivos preestabelecidos estão sendo atingidos, se o aluno está percorrendo com segurança e clareza o caminho da aprendizagem e se os métodos de ensino estão certos, se precisam de ajustes, se precisam ser mudados etc.

A partir dessa nova concepção, o desafio se torna a aprendizagem eficaz do aluno, seu desenvolvimento, sua autonomia e pensamento crítico, fins cuja avaliação é auxiliar para que sejam alcançados.

Avaliação no curso PIGEAD

Desde agosto de 2010, quando ingressei no curso, deparei-me com uma nova realidade educacional, repleta de novidades e desafios propostos, dentre os quais os métodos de avaliação.

A valorização da opinião e do pensamento crítico do aluno foi um ponto que me chamou muito a atenção na forma de avaliação do curso. Os estímulos para discussões nos fóruns, tarefas propostas com base em reflexões e tomadas de posição e autoavaliação compõem o quadro inovador dos métodos de avaliação do curso.

Apesar de os métodos variarem de acordo com as disciplinas, a linha teórica de uma aprendizagem fundamentada na reflexão e no pensamento crítico sustenta as atividades.

Os recursos online mais usados são os fóruns, os chats e a produção e o envio de tarefas escritas, além de mídias audiovisuais para a ilustração ou complementação dos conteúdos, como vídeos, músicas, animações etc.

A avaliação tem como base a pontuação dividida em várias atividades diferentes. Em todas as disciplinas, os fóruns foram pontuados e houve tarefas escritas. Em algumas, superando até mesmo aquilo que seria uma limitação na EAD, foram realizados trabalhos em grupo, totalmente online ou com encontros no polo de apoio presencial.

A participação dos tutores na realização das atividades também é um ponto importante a ser destacado. O incentivo e os esclarecimentos prestados ao estudante são de vital importância no processo de aprendizagem e avaliação, tornam o aluno mais seguro e o ambiente mais interativo.

No âmbito das possibilidades, não há diferenças da avaliação presencial para a realizada a distancia. Com base em conceitos corretos e cumprindo a verdadeira razão de avaliar, as verificações necessárias da aprendizagem do aluno, do método ou do conteúdo podem ser observadas sem dano algum ao estudante ou ao professor/tutor, como se pode extrair das experiências no curso.

Observando e comparando as postagens, comentários e trabalhos realizados nesse quase um ano de estudos, posso perceber o quanto algumas opiniões foram mudadas, preconceitos derrubados e um exercício constante de reflexão e crítica estão acontecendo em minha trajetória acadêmica. Pude aprender novos métodos e propostas de avaliação e aplicá-los aos meus alunos, aprimorando minha atuação profissional.

Por fim, de todas as experiências de avaliação vividas ao longo do curso, caminhei um passo à frente na construção de minha autonomia, do meu pensamento crítico e no ato de refletir, os principais alvos que toda avaliação deve despertar naquele que aprende.

Publicado em 2 de outubro de 2012

Publicado em 02 de outubro de 2012

Novidades por e-mail

Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing

Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário

Deixe seu comentário

Este artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.