Este trabalho foi recuperado de uma versão anterior da revista Educação Pública. Por isso, talvez você encontre nele algum problema de formatação ou links defeituosos. Se for o caso, por favor, escreva para nosso email (educacaopublica@cecierj.edu.br) para providenciarmos o reparo.
Academia Brasileira de Literatura de Cordel
Mariana Cruz
Literatura de Cordel: bonita de se ver e divertido de se ler
http://www.ablc.com.br/
Em 1988 foi fundada a Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Mas conseguir uma sede não foi lá muito fácil; os cordelistas acadêmicos mudaram algumas vezes de sala e, quando ficavam sem pouso, as reuniões eram em bares e restaurantes. Até que chegou o dia em que conseguiram sede em Santa Teresa – o bairro carioca com maior concentração de artistas por metro quadrado. Junto a isso veio a necessidade de elaborar um calendário acadêmico e um quadro de beneméritos. Atualmente, a ABLC conta com quarenta cadeiras, ocupadas por cordelistas de diversos estados do Brasil: Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro, Piauí, Minas Gerais etc.
O site da Academia Brasileira de Literatura de Cordel faz uma ampla e profunda apresentação desse gênero literário. No tópico Cordel são reveladas curiosidades, como o fato de o cordel não ser algo genuinamente brasileiro, como muitos podem pensar, e sim algo que já existia bem antes de o Brasil ser descoberto: “na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões etc., a literatura de cordel já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta de século XVI”. E, quando aportou por aqui, o estado que primeiro a recebeu foi a Bahia, na cidade de Salvador.
São vários os desdobramentos da literatura do cordel. Assim, é obrigatório acessar o link “Gravuras”, onde é possível ter o primeiro contato com os cordelistas, já que, junto às imagens, consta uma pequena biografia de seu autor.
O site traz o endereço do blog da ABLC, com os eventos sobre cordel; a notícia do próprio lançamento do site está lá, devidamente registrado.
Após essa visão panorâmica do mundo do cordel, é hora de conhecer a vida e a obra dos grandes cordelistas, como Cego Aderaldo, Expedito Sebastião da Silva, Manoel Camilo dos Santos, Zé da Luz, Mestre Azulão e Patativa do Assaré, entre tantos outros.
Por fim, é hora de começar a leitura da razão de ser do site: os próprios cordéis. Há vários deles digitalizados. Pelos títulos nossa curiosidade já fica aguçada para conhecer cada um deles: A mulher que deu tabaco na presença do marido; Camisinha para todos; Ai, se sêsse!; O cavalo que defecava dinheiro; História de Boi Leitão ou o Vaqueiro que não mentia. Esses e outros títulos jocosos são uma prévia das histórias engraçadas e com certa dose de realismo fantástico que vamos encontrar pela frente.
Para quem quiser arriscar e escrever o seu próprio cordel, é só clicar no link que ensina a métrica desse estilo. Lá, as partes que compõem o cordel são explicadas passo a passo: o início; o verso de quatro sílabas; as sextilhas; as décimas; a meia quadra e outros termos que vamos aprendendo na medida em que lemos os cordéis, estes livretos bonitos de ver e divertidos de ler.
Publicado em 30 de outubro de 2012
Publicado em 30 de outubro de 2012
Novidades por e-mail
Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing
Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário
Deixe seu comentárioEste artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.