Este trabalho foi recuperado de uma versão anterior da revista Educação Pública. Por isso, talvez você encontre nele algum problema de formatação ou links defeituosos. Se for o caso, por favor, escreva para nosso email (educacaopublica@cecierj.edu.br) para providenciarmos o reparo.

Profissionais com diploma x Crescimento da renda?

Tatiana Serra

As estatísticas vêm mostrando que ter um diploma pode não significar maior probabilidade de crescimento na renda de um profissional. Recente estudo do IBGE mostra que o diploma de curso superior não tem assegurado, necessariamente, crescimento do poder de compra nos últimos anos. Na média, a renda média dos trabalhadores com diploma universitário teria ficado praticamente estagnada de 2003 a 2011.

No último dia 21 de fevereiro, a Folha de S. Paulo divulgou que, segundo o levantamento do IBGE, o rendimento do trabalho na renda nacional diminuiu 11,8%, entre 1995 e 2002; enquanto houve acréscimo de 2,5%, entre 2002 e 2009 – e nesse mesmo ano (2009) a parcela do rendimento do trabalho foi 9,6% inferior à verificada em 1995. O rendimento do trabalho é a porcentagem do salário do trabalhador em relação à renda nacional.

Sim, o Brasil vem se recuperando economicamente, porém a renda do brasileiro tem evoluído pouco. Essa é a conclusão da análise "Evolução da parcela do rendimento do trabalho durante a recente estabilidade monetária", divulgada no início de fevereiro de 2012 pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Saiba mais.

As opções feitas pelos indivíduos quanto à vida profissional também pode influenciar a insegurança de quem tem diploma de curso superior, o aumento da busca por cursos técnicos e a queda na renda dos profissionais.

Ainda no mês de fevereiro, o programa Entre aspas, da GloboNews, falou sobre o citado estudo do IBGE e destacou que a escolha dos estudantes foi um dos fatores que gerou a diferença entre os profissionais diplomados e aqueles com cursos técnicos.

No programa, a jornalista Mônica Waldvogel entrevistou a consultora em recursos humanos Karin Parodi e o professor de Administração da USP e da PUC-SP Arnaldo Mazzei Nogueira.

Nogueira destacou que muitas vezes os jovens não sabem ler o mercado de trabalho e suas reais exigências. “O jovem é muito imediatista na escolha da carreira”. Muitos escolhem ir para a área de humanas, enquanto faltam pessoas em outras áreas, como engenharia e tecnologia.

Sempre há tempo para rever seus objetivos e seguir o melhor caminho, mas é bom lembrar que “a formação é apenas o início da carreira”, afirmou Karin Parodi.

06/03/2012

Publicado em 06 de março de 2012

Novidades por e-mail

Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing

Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário

Deixe seu comentário

Este artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.