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Trabalho prazeroso e motivação
Armando Correa de Siqueira Neto
Psicólogo, professor e mestre em Liderança
Mudar requer uma nova aprendizagem a respeito do que se pretende transformar. Uma nova crença, um novo entusiasmo para empreender algo com o qual não se está acostumado. Para o sufismo, que é uma coleção de ensinamentos, a vontade significa: “cada ato deliberado é composto de sua concepção, motivação e capacidade para realizá-lo”. E “vontade livre é parte da natureza humana... Ao contrário dos animais, temos a habilidade de voltarmos as costas para nossos melhores interesses”. E de fazermos as escolhas mais apropriadas. Nada como um inovador período plasmado por intensa e promissora motivação. É um desafio.
Em muitos casos, é a falta de um significado para viver e trabalhar nas pessoas que as torna tão apáticas. Em razão do período que passou em campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o psicanalista Viktor Frankl estudou o seu próprio comportamento e o de outras pessoas aprisionadas e compreendeu: “o homem procura sempre um significado para sua vida. Ele está sempre se movendo em busca de um sentido para seu viver; em outras palavras, devemos considerar a ‘vontade de sentido’ como um interesse primário do homem”. Hoje em dia vivemos uma forte onda de falta de sentido para as coisas que fazemos. Devemos nos ocupar de tal questão a fim de nos dedicarmos à busca de planos que contemplem o sentido de viver, de empreender e de nos motivar no ambiente de trabalho, na escola, no escritório.
Ah! Um lembrete: quando realizar o seu plano de carreira pessoal, não se esqueça de considerar o que lhe agrada, o que lhe causa prazer num determinado tipo de trabalho. Se a vida impõe a obrigação de aceitar qualquer ofício para sobreviver num momento cuja prioridade é manter-se de pé, logo em seguida imponha o seu desejo e vá atrás do que realmente quer. A motivação requer motivos.
É exorbitante o número de pessoas que trabalham sem encontrar prazer naquilo que fazem. Muitas se adaptaram, mesmo sem o devido entusiasmo. Outras ainda lutam contra a situação (várias sequer fazem ideia de por que sofrem no trabalho) e o restante, de menor porção, está a caminho de se realizar profissionalmente com prazer, uns tantos já chegaram à condição mais plena de tal questão.
Pergunte aos professores bem-sucedidos, aos profissionais do mercado realizados qual é a receita e ouvirá invariavelmente a resposta sobre o seu sucesso: prazer no que faz (eles trabalham inclusive de madrugada, e com alegria), vontade (motivação por se sentir feliz com aquilo que executa e com os diversos ganhos em perspectiva) e persistência (quem tem prazer e motivação encontra alento nos momentos mais difíceis, transpondo-os e aumentando a sua resistência e obstinação).
Aquele que tem objetivos claros e os persegue com força poderá aceitar coisas que o desagradem também. Entretanto, é por força de seu direcionamento que consegue superar tal desprazer.
Publicado em 18 de junho de 2013
Publicado em 18 de junho de 2013
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