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As três dimensões do conteúdo na educação física: tematizando as brincadeiras na escola pública

Daniel Teixeira Maldonado

Doutorando em Educação Física (USJT); docente da rede municipal de São Paulo

Daniel Bocchini

Mestre em Educação Física (USJT); docente da rede municipal de São Paulo

Introdução

Nas últimas décadas, a Educação Física passou a ser considerada, pelos acadêmicos e pela legislação, um componente curricular. Dessa forma, essa matéria escolar possui a finalidade de formar pessoas com consciência crítica para agir com autonomia em relação às manifestações da cultura corporal de movimento e munir o sujeito de possibilidades de se tornar um cidadão (González; Fenstesrseifer, 2010).

Para que esse objetivo seja alcançado, acreditamos que os professores de Educação Física que atuam na escola necessitam ensinar todos os conteúdos planejados enfatizando as três dimensões do conteúdo (procedimental, conceitual e atitudinal). Nesse sentido, Darido et al (2001) mencionam que, a partir do lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física, o papel desse componente curricular ultrapassou o ensino dos temas da cultura corporal, como apenas seus fundamentos e técnicas (dimensão procedimental). O professor também necessita pensar nos conceitos que estão ligados aos procedimentos selecionados (dimensão conceitual) e nos valores e atitudes (dimensão atitudinal) que os alunos devem ter nas práticas corporais ensinadas.

Na condição de docentes de Educação Física do município de São Paulo, decidimos ministrar as nossas aulas na escola com a intenção de ensinar as diversas manifestações da cultura corporal de movimento enfatizando as três dimensões do conteúdo. No ano de 2012 tivemos a oportunidade de ministrar aulas para o 3º ano do Ensino Fundamental. Ao entrar em contato com as crianças e realizar um primeiro diagnóstico, percebemos que, para esses alunos, a aula de Educação Física era sinônimo de brincadeira (futebol para os meninos e pular corda para as meninas). Esse fato nos preocupou, pois os discentes não enxergavam essas aulas com a importância das outras disciplinas escolares. As próprias professoras polivalentes faziam comentários que nos desagradavam sobre as aulas de Educação Física.

Embasados na colaboração de Molina Neto (2010), que menciona que a etnografia é uma importante metodologia para compreender os problemas no âmbito educacional, podendo ser um instrumento satisfatório para que os professores possam produzir conhecimento a partir da prática cotidiana e refletir sobre a sua intervenção nos ambientes escolares, além de sistematizá-la e torná-la pública, decidimos mencionar a nossa experiência de tematizar as brincadeiras para os nossos alunos enfatizando as três dimensões do conteúdo. Utilizamos diários de campo e fotografamos as aulas para expressar nossas experiências neste artigo.

Portanto, nossa intenção foi desenvolver uma prática pedagógica que vai muito além de apenas fazer as praticas corporais; também decidimos debater, refletir e compreender os conceitos dessas práticas, tentando mostrar outra forma de trabalhar essa disciplina na escola.

Além desse diagnóstico, os professores construíram o projeto político-pedagógico da escola dando ênfase para o trabalho com as diferenças, pois os alunos não estavam respeitando a diversidade cultural existente na escola. Além disso, o enfoque de todas as disciplinas deveria estar pautado no desenvolvimento da leitura e da escrita.

Ao planejarmos o projeto de brincadeiras, traçamos os seguintes objetivos para as aulas:

  • vivenciar as brincadeiras populares que as crianças gostariam de fazer e resgatar algumas brincadeiras realizadas pelos familiares desses alunos;
  • realizar todas as aulas com grupos de meninos e meninas, com a intenção de discutir a diversidade cultural;
  • compreender os conceitos das capacidades físicas nas brincadeiras realizadas;
  • desenvolver atividades com enfoque na leitura e na escrita relacionadas com o conteúdo proposto; e
  • debater a importância de se movimentar para a saúde.

A seguir, explicaremos as dinâmicas propostas para os alunos durante as aulas. Primeiramente, descreveremos as experiências que tiveram com as brincadeiras realizadas, logo após faremos a sistematização dos conceitos da disciplina de Educação Física que foram explorados durante as aulas e, para finalizar, falaremos sobre os debates e as reflexões que foram estimuladas na temática selecionada. É importante ressaltar que essa separação das experiências obtidas em aula foi sistematizada apenas para melhor compreensão do leitor. No complexo do cotidiano escolar, esses aprendizados ocorreram ao mesmo tempo, de acordo com cada dinâmica que estava sendo realizada.

Desenvolvimento da prática pedagógica

Iniciamos as aulas solicitando aos alunos que desenhassem algumas brincadeiras de que mais gostassem, com a intenção de construir um painel com todas essas atividades. Nesse momento, queríamos a participação efetiva das crianças nas aulas, pois entendemos que professor e alunos constroem de forma conjunta a prática pedagógica durante as aulas de Educação Física.

Após a realização desses desenhos, surgiram diversas brincadeiras populares que os alunos gostariam de realizar. Colocamos esses desenhos em cartolinas e levamos para a sala de aula. Nesse momento, as crianças escolheram quais daquelas brincadeiras que iríamos realizar naquele momento e tivemos as seguintes escolhas: barra manteiga, queimada, rouba bandeira, corre cotia, boliche, pega corrente, mãe da rua, vampiro, que horas são?, duro ou mole americano e cabo de guerra.

Durante a realização das brincadeiras selecionadas pelos alunos, sempre nos preocupamos com que meninos e meninas realizassem as brincadeiras juntos e sempre discutíamos essa participação no final das aulas. Também podemos perceber, nas imagens que estão expostas a seguir, que nessas turmas estudava um menino com necessidades especiais. Vamos chamá-lo por um nome fictício – Marcelo. Ele teve participação em todas as atividades, devido à ajuda da cuidadora, que esteve disponível em todas as aulas para ajudá-lo nas dinâmicas propostas.

As principais adaptações realizadas pelas crianças para que esse aluno participasse das aulas foram: em atividades de pegar, os alunos tinham que fugir ou capturar o Marcelo apenas se estivessem correndo de costas, e quando o Marcelo tinha que capturar a cuidadora empurrava a cadeira; no cabo de guerra, foi amarrada a corda na cadeira do Marcelo, e a cuidadora ajudou a empurrar as crianças do time adversário; no rouba bandeira esse aluno era o guardador da bandeira do seu time; na queimada e no boliche ele arremessou a bola em algumas oportunidades. Vale ressaltar que essa criança tinha deficiência física e intelectual e seria impossível a sua participação sem a presença dessa profissional que o ajudava na realização da maioria das tarefas no ambiente escolar.

Tínhamos como maior objetivo nesse momento que os alunos vivenciassem as brincadeiras populares que eles conheciam e de que mais gostavam, além de possibilitar a participação de todas as crianças juntas, a fim de provocar reflexões e debates sobre a questão de gênero nas aulas de Educação Física. A seguir estão imagens das crianças realizando as aulas.

19 de Novembro 2012 054
Queimada
19 de Novembro 2012 057
Barra manteiga
19 de Novembro 2012 044
Rouba bandeira
19 de Novembro 2012 março 008
Corre cotia
19 de Novembro 2012 março 052
Boliche
Aniversário sara 013
Pega corrente
Apresentações talarico 019
Vampiro, que horas são?
19 de Novembro 2012 março 014
Cabo de guerra
Salesopolis 013
Duro ou mole americano
Apresentações Mídia e Esporte 2 037
Mãe da rua

Já percebemos, nessas vivências, que as crianças começaram a ter outra postura nas aulas de Educação Física, realizando as atividades com maior atenção e percebendo que as brincadeiras fazem parte dos conteúdos desse componente curricular e podem ser tematizadas na escola com diversos objetivos, tirando a impressão que as crianças tinham, de essa aula ser um momento livre ou de lazer.

Enquanto realizávamos essas diversas brincadeiras nas aulas, ficamos refletindo sobre quais conceitos trataríamos com os alunos nesse momento. Decidimos deixar as aulas começarem a ocorrer para saber as curiosidades que eles tinham. Surgiram algumas dúvidas relacionadas com as capacidades físicas: por exemplo, por que ficamos cansados quando corremos? Por que conseguimos desviar das outras crianças nas corridas? Por que alguns alunos conseguem vencer mais as brincadeiras que outros?

Começamos a discutir capacidades físicas com os alunos após realizar as brincadeiras na quadra. Mostramos para as crianças que, quando uma pessoa desvia da outra em uma brincadeira, ela está usando a sua agilidade; a equipe que consegue vencer no braço de ferro possui mais força que a outra; os discentes que possuem mais capacidade cardiorrespiratória conseguem correr mais nas brincadeiras de pegar e que nós precisamos de tempo de reação para participar de uma atividade como barra manteiga.

Tratamos muitas vezes desses conceitos em rodas de conversa durante as próprias vivências e em alguns momentos ficamos em sala de aula para discutir esses conceitos. Em uma das aulas em que estávamos desenvolvendo brincadeiras de pegar, decidimos também ensinar os alunos a aferir sua frequência cardíaca, para que eles compreendessem a dinâmica dos batimentos do coração.

Aproveitamos esse momento para também discutir com os alunos a importância, para a saúde, de realizar atividades físicas. Mostramos para os alunos que se movimentar é muito importante para as pessoas ficarem menos doentes e mais dispostas. Levando em conta que essas crianças possuíam em média oito anos, decidimos não nos aprofundar em conceitos mais específicos voltados para a promoção da saúde.

Enquanto realizamos as brincadeiras, pedimos que os alunos perguntassem aos seus familiares se eles conheciam aquelas atividades que estavam sendo realizadas durante as aulas de Educação Física. Muitas crianças não sabiam que os seus pais e avós também faziam aquelas brincadeiras quando eram crianças, e discutimos nesse momento as diferenças e semelhanças da infância dos seus familiares e delas.

Apresentações talarico 020
Alunos aferindo a frequência cardíaca

Para finalizar o projeto, decidimos estimular que os alunos escrevessem sobre as brincadeiras realizadas; pedimos que eles explicassem as duas brincadeiras que eles mais gostaram de realizar durante as aulas. A seguir, estão as explicações dos alunos. Gostaríamos de mencionar que deixamos as frases exatamente como foram escritas, corrigindo apenas os erros de português.

Aluno 1 - Barra manteiga: você tem que formar dois times, um virado para o outro. Um dos times tem que ficar com as mãos estendidas e o outro time vai sair para bater na mão de uma criança e correr sem ser pego. Algumas vezes a gente jogava três ao mesmo tempo.

Aluno 2 – Cabo de guerra: tem que ficar um grupo de cada lado. Quando o professor contar 1,2,3, todo mundo tem que puxar a corda. O time que passar da linha perde.

Aluno 3 – Queimada: fica um time de cada lado. A queimada a gente jogou com duas bolas ao mesmo tempo. E quem acertava o outro ganhava um ponto. A gente fez com líder e quem acertasse o líder ganhava o ponto.

Aluno 4 – Corre cotia: a gente brinca assim. Uma pessoa é escolhida, e aí essa pessoa tem que escolher outra pessoa, aí a pessoa que foi escolhida tem que pegar a outra pessoa antes que a outra pessoa sente no seu lugar. Se a pessoa sentar, a outra tem que pagar um mico.

Aluno 5 – Rouba bandeira: a gente brinca assim. Um time para cada lado. Se o outro time pegar a bandeira do outro, um ponto para o outro time. O time tem que pegar a bandeira sem o outro time te pegar.

Aluno 6 – Mãe da rua: uma pessoa fica no meio da rua e o outro time na calçada. Aí o time passa e o que tá na rua tem que pegar e ficar com ele.

Embora a pouca idade tenha dificultado que as crianças compreendessem com certa profundidade os conceitos ensinados, identificamos que muitos alunos aprenderam durante as reflexões realizadas nas aulas e começaram a valorizar um pouco mais a disciplina Educação Física. Durante as aulas teóricas ou as reflexões em rodas de conversa, muitos discentes queriam perguntar coisas, falar das suas experiências e compartilhar conhecimentos adquiridos em casa, mostrando a importância de tratar o conteúdo também na sua dimensão conceitual.

Outro objetivo nosso era que os alunos entendessem que meninos e meninas podem realizar qualquer prática corporal sem sofrer qualquer tipo de preconceito, mesmo sabendo que na sociedade muitas pessoas ainda acreditam que as meninas só possam praticar balé e os meninos futebol, por exemplo.

Para debater esse tema, em todas as brincadeiras realizadas discutíamos nas rodas de conversa. Os alunos começaram a perceber, durante as reflexões, que algumas atividades as meninas ganhavam e em outras os meninos saíam vencedores. Até naquelas que exigiam mais força (cabo de guerra), os grupos que tinham meninas também venciam. Também desmistificamos que os meninos são mais velozes e ágeis que as meninas e começamos a mostrar exemplos de atletas do sexo feminino que são muito habilidosas (usamos o exemplo da Marta, no futebol).

Além das reflexões realizadas em rodas de conversa, decidimos assistir ao filme Kung Fu Panda, pois nessa história, um panda com excesso de peso e desajeitado se torna o melhor lutador de kung fu e a tigresa também sabe lutar muito bem e salva várias vezes os colegas no filme. Depois do vídeo, conversamos com as crianças sobre essas situações e mostramos para elas que as meninas também podem realizar atividades que normalmente os meninos realizam e vice-versa. Importante ressaltar que as próprias crianças trazem muitos preconceitos em relação ao tema, pois seus familiares influenciam na formação de sua opinião. Para finalizar, as crianças realizaram alguns desenhos do filme, mostrando o que elas tinham entendido da nossa discussão. A seguir mostraremos alguns desenhos dos alunos.

Dificuldades encontradas para realizar o projeto

Nossa maior dificuldade para tematizar as brincadeiras durante as aulas foi a cultura dos alunos com a Educação Física. Como esse foi nosso primeiro contato com as turmas, muitas crianças já estavam com a ideia cristalizada de que iriam apenas brincar das atividades que quisessem. Quando começamos a realizar reflexões, propor dinâmicas em sala de aula, realizar aulas expositivas e cobrar alguns conhecimentos, muitos alunos ficaram resistentes às mudanças, dificultando a nossa prática pedagógica.

O lado positivo da história foi que esses alunos ainda estavam no 3º ano do Ensino Fundamental e conseguimos, com o tempo, modificar algumas posturas e atitudes que atrapalhavam durante as aulas. Ficou claro para nós a importância de criar uma cultura de Educação Física reflexiva desde cedo, para que todos se acostumem com as dinâmicas propostas e valorizem esse componente curricular na escola.

Também tivemos algumas dificuldades com a indisciplina de algumas crianças. No contexto em que estamos inseridos, o desrespeito às regras e a violência para resolver os problemas fazem parte da cultura desses alunos. Essa postura atrapalhou muito, pois tínhamos que estar com a atenção redobrada para que não houvesse brigas nas aulas ou que as crianças não se desrespeitassem.

Outra dificuldade foi a postura de algumas professoras polivalentes. No inicio do trabalho, acreditamos que essas profissionais estavam acostumadas com professores de Educação Física com outra proposta de trabalho, mas elas não davam a devida importância às nossas aulas. Muitas vezes elas queriam ficar, durante as nossas aulas, com alunos que não tinham terminado a lição, queriam tirar algumas crianças das nossas atividades como castigo e não se sentiam confortáveis quando usávamos a sala para ministrar as nossas aulas.

Ter uma criança com necessidades especiais participando das atividades também foi um fator dificultador, pois a dinâmica da aula precisou ser alterada em função da participação efetiva desse aluno, porém os colegas de turma adoravam criar estratégias para que o Marcelo participasse da aula, e a cuidadora que o acompanhava sempre esteve muito disposta a ajudar. Acreditamos que, pela postura positiva das crianças e da cuidadora, não tivemos muitas dificuldades com essa situação.

Reflexões finais

Ao final do projeto, acreditamos que as crianças já tinham outro olhar relacionado à importância das aulas de Educação Física no ambiente escolar. Mesmo utilizando as brincadeiras como conteúdo para as nossas aulas, refletir sobre alguns conceitos da Educação Física que foram problematizados e debater os preconceitos existentes, como a questão de gênero, nos ajudou a atingir o objetivo de valorizar essa disciplina no ambiente escolar. Percebemos que as professoras ficaram um pouco mais resistentes a essa mudança de proposta, mas também compreenderam a nossa forma de atuar.

Gostaríamos de reforçar a importância de iniciar uma proposta reflexiva durante as aulas de Educação Física Escolar, para que os alunos se acostumem e valorizem essa disciplina na escola. Caso os estudantes tenham durante muito tempo uma Educação Física que se preocupe apenas com a dimensão procedimental, ficará cada vez mais difícil tratar essa disciplina como componente curricular.

Outro aspecto que ressaltamos é que as crianças possuíam muitas dúvidas e na maioria das vezes queriam contribuir com suas experiências pessoais durante as aulas. Essa animação dos alunos reforça que sempre é possível realizar uma prática pedagógica que exerça um olhar além do fazer nas aulas de Educação Física na escola.

Mesmo com todas as dificuldades de resistência dos alunos e do corpo docente com a nova proposta, indisciplina e um aluno com necessidades especiais na turma, acreditamos que atingimos os objetivos traçados inicialmente e que, com o processo de reflexão, poderemos modificar para melhor a nossa prática pedagógica.

Referências

DARIDO, S. C.; RANGEL-BETTI, I. C.; RAMOS, G. N. S.; GALVÃO, Z.; FERREIRA, L. A.; MOTA e SILVA, E. V.; RODRIGUES, L. H.; SANCHES, L.; PONTES, G.; CUNHA, F. A Educação Física, a formação do cidadão e os Parâmetros Curriculares Nacionais. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v. 15, n. 1, p. 17-32, jan.-jun. 2001.

GONZÁLEZ, F. J.; FENSTERSEIFER, P. E. Entre o “não mais” e o “ainda não”: pensando saídas para o não lugar da EF escolar II. Cadernos de Formação RBCE, p. 10-21, mar. 2010.

MOLINA NETO, V.; TRIVIÑOS, A. N. S. A pesquisa qualitativa na Educação Física: alternativas metodológicas. In: MOLINA NETO, V. Etnografia: opção metodológica para alguns problemas de investigação no âmbito da Educação Física. 3ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2010.

Publicado em 12 de novembro de 2013

Publicado em 12 de novembro de 2013

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