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BNM Digit@l

Para conhecer nossa história, para que nunca mais aconteça

Imagem da página inicial do site
http://bnmdigital.mpf.mp.br/#!/

Em 1979, em plena ditadura militar, religiosos e advogados obtiveram de forma legal informações e evidências de violação dos direitos humanos perpetradas pelas instituições do regime militar no poder desde 1964.

As cópias desses documentos foram microfilmadas e enviadas para o exterior, para salvaguardar sua existência, e foram publicadas no livro Brasil: nunca mais.

Com isso, foi possível identificar quantos presos passaram pelos tribunais militares, quantos foram formalmente acusados, quantos foram presos, quantas pessoas declararam ter sido torturadas, quantas pessoas desapareceram, quais eram as modalidades de tortura mais praticadas, e quais eram os centros de detenção, além de listar os nomes dos médicos que davam plantão junto aos porões e os funcionários. Foi a primeira vez em que a tortura nos porões da ditadura era documentada.

Em 1985, depois da volta ao governo civil, com Sarney, foi publicado o livro que resumia os resultados das pesquisas e análises.

Depois de instalada a Comissão da Memória e da Verdade, o projeto foi retomado e beneficiou-se dos avanços tecnológicos, com os recursos digitais de arquivamento e pesquisa.

O site é bastante simples, mas significativo. No alto, grandes fotos mostram momentos e personalidades marcantes do projeto (D. Paulo Evaristo Arns; rev. Jaime Wright; rev. Charles Roy Harper Jr.; Eny Raimundo Moreira; Paulo Vannuchi; entrega do acervo ao Ministério Público); logo abaixo, boxes menores indicam as seções básicas do site: a história, orientações gerais de pesquisa, sumário dos processos, a repatriação dos acervos.

Esses itens estão repetidos na coluna à esquerda, acrescidos de links para vídeos, fotos, acervos relacionados, formas de contato com a equipe de produção e pesquisa do projeto e um link institucional, incluindo a relação das diversas entidades que colaboraram na retomada desse material – inclusive a repatriação.

Para quem quer conhecer um pouco mais da nossa história, das formas de resistência e repressão e de como foi possível retirar esses documentos do interior dos tribunais militares, esta é uma oportunidade e tanto. Um acervo e tanto em nome da memória e da verdade.

Publicado em 6 de maio de 2014

Publicado em 06 de maio de 2014

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