Produção de jogos como recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem da Geografia e Meio Ambiente

Monalisa Cristina Silva Medeiros

Geógrafa, mestra e doutora em Recursos Naturais (UFCG), professora na Educação Básica (Secretaria de Educação do Estado da Paraíba)

Adriano Pequeno Santos

Geógrafo, especialista em Análise Regional e Ensino de Geografia (UFCG), professor na Educação Básica (Secretaria de Educação do Estado da Paraíba)

Maria da Conceição Marcelino Patrício

Geógrafa, especialista em Gestão e Análise Ambiental (UEPB), mestra e doutora em Recursos Naturais (UFCG)

Introdução

Existem muitos desafios enfrentados pelos professores em sua vida profissional. No tocante à disciplina de Geografia há grandes dificuldades quanto à linguagem e à metodologia frente aos desafios trazidos pelo contexto atual. É comum identificar frequentemente as dificuldades dos alunos para compreender conceitos e conteúdos trabalhados em sala de aula. Portanto, diante desse panorama, se faz necessário trazer os conceitos estudados para a realidade vivida pelo aluno de forma dinâmica e interativa, que envolva e chame a atenção dos educandos.

Assim, para que se possa ter e manter o dinamismo e as finalidades do processo de ensino-aprendizagem, é preciso utilizar e reformular novas formas estratégicas e metodologias didáticas. Sendo a Geografia uma disciplina dinâmica, interdisciplinar e privilegiada no currículo escolar, devido à sua atuação direta na formação de cidadãos críticos e atuantes no espaço geográfico, o novo professor tem a difícil missão de estimular e ampliar a capacidade de seus alunos na construção do seu próprio saber.

O professor, no mundo contemporâneo, desempenha papel de transformador social; mesmo diante de todas as dificuldades do sistema atual da educação, o docente é ainda um dos poucos profissionais que lutam por uma causa acreditando na mudança desse sistema, que vem de séculos, com a missão de se dedicar à transformação do cidadão e à sua inclusão social por meio da igualdade de ensino.

Uma das formas de incluir esse aluno é por meio de estratégias diferenciadas que motivem o discente em sala de aula, ao mesmo tempo que torne a aprendizagem significativa e mais proveitosa. Nesse sentido, surgiu o interesse de avaliar e propor jogos didáticos para a sala de aula no ensino de Geografia e Meio Ambiente, tendo em vista que ambas as áreas estão intrinsecamente ligadas. Logo, este trabalho tem como objetivo apresentar como os jogos didáticos podem contribuir para o processo de ensino e aprendizagem em Geografia, bem como na área de Meio Ambiente, com base na experiência desenvolvida na E. E. E. F. Poeta Carlos Drummond de Andrade, localizada em Campina Grande/PB, em turmas do Ensino Fundamental II, tendo como metodologia pesquisa qualitativa, observação participante e realização de oficinas pedagógicas.

Materiais e métodos

Para Gil (2008), a pesquisa é desenvolvida mediante os conhecimentos disponíveis, a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos; desenvolve-se ao longo de um processo envolvendo inúmeras fases. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, em que o pesquisador interpreta o mundo real do sujeito com base nas perspectivas subjetivas e características apresentadas pelo sujeito sob estudo. Minayo (2010, p. 21) afirma que o aspecto qualitativo evidencia-se no direcionamento de um estudo consistindo na apreensão do “universo dos significados, motivações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos [...] que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”. Em meio a essa abordagem, foi utilizada a observação participante, que consiste num processo pelo qual um pesquisador se coloca como observador de uma situação social com a finalidade de realizar uma investigação científica; além disso, o pesquisador social tem de relativizar o espaço social de onde provém, aprendendo a se colocar no lugar do outro (Minayo, 2010).

Desse modo, no decorrer deste trabalho foram desenvolvidas atividades de pesquisa, observação de imagens e debates, proporcionando a análise de discursos e posterior orientação. Também foi realizada a seleção dos materiais que foram utilizados nas oficinas pedagógicas para confecção dos jogos didáticos, em que os educandos foram orientados a entender sua aplicabilidade e sua finalidade.


Figura 1: Localização da E. E. E. F. Poeta Carlos Drummond de Andrade
Fonte: Santos (2018)

Essas etapas foram desenvolvidas visando à construção e à resolução de jogos educacionais como recurso didático pelos alunos, com auxílio da professora, em turmas de 7º Ano do Ensino Fundamental II na E. E. E. F. Poeta Carlos Drummond de Andrade (Figura 1).

A produção dos jogos didáticos compõe a oficina pedagógica, um importante instrumento que torna as aulas mais dinâmicas ao mobilizar a participação dos alunos e ao mesmo tempo romper o ensino tradicional baseado apenas na assimilação de conteúdos já prontos. A oficina é a fase em que o aluno pode colocar o conteúdo estudado em prática a partir da reflexão e da ação, o que pode ser observado quando se ressalta que:

a oficina pedagógica atende, basicamente, a duas finalidades: (a) articulação de conceitos, pressupostos e noções com ações concretas, vivenciadas pelo participante ou aprendiz; e b) vivência e execução de tarefas em equipe, isto é, apropriação ou construção coletiva de saberes (Paviani; Fontana, 2009, p. 79).

A importância do lúdico na sala de aula

Explorar a ludicidade permite um leque extenso de opções; nesse campo, os jogos consistem em um estímulo tanto para melhorar a compreensão do conteúdo quanto para o crescimento e o desenvolvimento intelectual do aluno – fundamental para atingir a responsabilidade e a maturidade (Verri; Endlich, 2009).

A criação de jogos educacionais pelos alunos com o auxílio do professor aproxima o prazer dos jovens pelos diferentes tipos de jogos, relacionando-os ao aprendizado dos diversos conteúdos em estudo. O aluno, antes visto como sujeito passivo que apenas ouve as aulas sem participação alguma, passa agora a agir e a participar das aulas de forma mais interativa, “brincando”. Também é uma das formas de ensinar os conteúdos geográficos de maneira crítica, significativa e interativa ao educando. Silva e Muniz (2012, p 65) destacam que “os jogos representam uma ferramenta instigante para o ensino da Geografia, pois têm um caráter desafiador, permitem desenvolver a capacidade ativa de raciocínio e trabalhar a vontade de autossuperação”.

Além disso, como ressalta Verri e Endlich (2009), por meio do jogo liberam-se tensões, desenvolvem-se habilidades, criatividade, espontaneidade, surgindo o prazer. E esse aspecto deve ser aproveitado como ferramenta interessante e capaz de desenvolver várias habilidades. Empregando o jogo ao conteúdo adequado, os alunos poderão trabalhar em situações altamente motivadoras, principalmente quando aplicado a conteúdos de difícil assimilação. Assim, tem-se um novo aliado do professor na ativa parceria ensino-aprendizagem.

Diante das necessidades atuais, é necessário que o modelo de Geografia escolar que visa a romper as práticas descritivas formais do ensino de seu conteúdo enfatize “a dinamicidade, a flexibilidade, a diversificação, as diferentes leituras de um mesmo fenômeno e as diversas formas de expressão, o debate e a construção de uma perspectiva crítica plural” (Candau, 2000, p. 14).

Sobre o ensino de Geografia e Meio Ambiente

O ensino de Geografia, até bem pouco tempo, apresentava caráter meramente descritivo e propositalmente alienante (Cavalcanti, 1998). Essa postura tradicional que a Geografia adotou ao longo dos anos e que permanece ainda hoje em muitas escolas resultou na crise vivenciada pela Geografia escolar e encontrou sua raiz no seio da educação tradicional, que, fundamentada pela base teórico-metodológica positivista, preocupou-se simplesmente com a transmissão de conhecimentos, desconsiderando o papel político, cultural e social da educação, como ressaltam Silva e Muniz (2012).

No entanto, percebemos que tais práticas têm mudado ao longo dos anos, principalmente pelo fato de que na contemporaneidade é perceptível como as novas tecnologias vêm interferindo no modo de vida da sociedade, ganhando valorização e aceitação cada vez maiores. Diante disso, é preciso buscar estratégias que se adéquem à realidade do aluno e a essa nova realidade que se afirma cada vez mais.

Segundo os PCN, o professor não deve se colocar unicamente como profissional no ensino de Geografia, mas sim como um educador, que deve buscar a realidade dos seus alunos e mostrar-lhes a importância que tem a Geografia para a compreensão de seu cotidiano. Em relação ao ensino de Geografia, os PCN (2001, p. 55) ainda afirmam:

para isso o professor poderá se comportar didaticamente, valorizando a realidade concreta do aluno. Para começar a trabalhar espaço, território, paisagem e lugar como categorias imprescindíveis para a explicação e compreensão na análise geográfica, deve instigar o aluno a querer saber como o olhar geográfico pode contribuir para ajudar a desvendar a natureza dos lugares e do mundo como habitat do homem.

Diante de tal afirmação, o ensino de Geografia tem uma missão importantíssima para sensibilizar o alunado de sua participação social no mundo. Se antes a Geografia era vista como uma disciplina em que se decoravam, se descreviam paisagens, hoje ela vai além: exige que seja feita uma reflexão a fim de compreender vários fenômenos nos âmbitos sociais, naturais e culturais, dentre outros. Silva, Farias e Oliveira (2013) ressaltam que o professor deve desafiar seus alunos para que eles saibam analisar, compreender, contextualizar o conteúdo e afirmam que essa mudança exige que o professor procure outros métodos para inovação e para desenvolver essas habilidades nos alunos.

Alves et al. (2013) fala que o processo de ensino necessita de mobilizações que promovam a aprendizagem e que acompanhem o desenvolvimento social, econômico e cultural da sociedade, trazendo para o âmbito escolar não só as temáticas atuais como também as formas alternativas de transposição didática de conteúdo. Logo, é fundamental que o professor seja consciente do seu papel de formador de opiniões e articulador de novas estratégias de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, os jogos educacionais constituem uma alternativa viável que pode promover resultados satisfatórios por parte dos discentes.

Tratando-se de Geografia, existem várias possibilidades de trabalhar com esses recursos didáticos devido ao volume de temas sociais, críticos e contemporâneos abordados nos conteúdos programáticos. Além disso, existe a necessidade gritante de tornar a disciplina mais interessante para os alunos, haja vista que, por vezes, eles a classificam como uma disciplina desinteressante.

Outro ponto a ser destacado é que a ciência geográfica é interdisciplinar, pois, por ser tão ampla, faz “ponte” com vários outros conhecimentos e áreas; um bastante enfatizado dentro da Geografia é Meio Ambiente ou questões ambientais, que perpassa todas as séries da Educação Básica. É importante destacar que atualmente presenciamos uma problemática ambiental alarmante, e diante disso é fundamental a conscientização das pessoas em relação ao mundo em que vivem para que possam ter acesso a uma melhor qualidade de vida sem desrespeitar o meio ambiente, tentando criar um modelo de comportamento que leve toda a sociedade a refletir e a repensar seus valores acerca do meio ambiente – e a educação é uma das formas mais viáveis de contribuir e atingir um grande público.

Destaca-se então a Educação Ambiental, que consiste em uma ferramenta de extrema importância e tem sido componente importante para repensar as teorias e práticas que fundamentam as ações educativas nos contextos formais ou informais, com finalidade de constituir verdadeiras comunidades de aprendizagem com vista a um desenvolvimento sustentável. E, como afirmam Silva e Gomes (2010), as escolas são locais privilegiados para implementação de atividades que propiciem a reflexão ambiental, e, nessa perspectiva, também é importante pautar discussões que se voltem para a realidade do aluno, com vista a criar identidade do sujeito com o problema debatido.

Diante desse panorama, é imperdível buscar inovações e possibilitar novos meios de ensino-aprendizagem aos alunos que não consistam em substituir a lousa e o livro didático pelo moderno, mas, acima de tudo, objetivem formar cidadãos capazes de problematizar, dialogar, desconstruir e reconstruir o conhecimento e dar a ele um direcionamento, no espaço próximo ou distante, a partir da educação geográfica (Silva; Muniz, 2012).

Resultados e discussões

As atividades foram desenvolvidas e aplicadas ao longo do 3° bimestre do ano letivo de 2017 com o auxílio da professora. A proposta expressa o objetivo de evidenciar a importância da relação entre a teoria e prática, visando à mediação do conteúdo sistematizado ao longo das aulas, vinculando-o à prática e à realidade do docente, buscando a interiorização das temáticas trabalhadas durante a aula mediante a produção de jogos didáticos.

Foram elaboradas atividades lúdicas com a finalidade de favorecer a construção do conhecimento dos educandos, proporcionando a dinamicidade e a participação dos discentes a partir de um conteúdo novo e lúdico que mobiliza o conhecimento teórico produzido/sistematizado. Nesse contexto, o projeto foi realizado em etapas distintas:

1ª Etapa

Desenvolveu-se a socialização da temática proposta com o alunado; buscou-se nesse momento fazer uma sondagem sobre a opinião dos alunos quanto à utilização dos jogos didáticos em sala de aula e se achariam interessante e relevante usá-los durante a aula para ajudar na compreensão do conteúdo. Esse momento possibilitou aos alunos uma reflexão sobre o papel e a importância desse recurso didático ainda não explorado na sala de aula, deixando-os assim instigados e animados para a concretização do que foi exposto e discutido.

Nesse momento foi decidido com os alunos quais os jogos didáticos produzidos por eles, analisando a viabilidade deles, o tempo necessário e o material que seria utilizado para a produção e posterior utilização por eles, aproveitando para revisar e fixar o conteúdo visto em sala de aula. Assim, definiu-se a produção dos seguintes jogos didáticos:

  • Jogo da velha (conteúdo: problemas ambientais rurais e urbanos do Brasil)
  • Caça-palavras (conteúdo: aspectos históricos e geográficos do Brasil e transformações das paisagens de Campina Grande)
  • Jogo da memória (conteúdo: paisagens e biomas naturais brasileiros)
  • Palavras cruzadas (conteúdo: desenvolvimento sustentável)
  • Bingo geográfico (todos os conteúdos).

2ª Etapa

A segunda etapa foi desenvolvida em dois momentos, para a confecção dos jogos por partes dos alunos (Figura 2, A e B). Primeiramente, a turma foi dividida em cinco grupos, tendo em vista que foram produzidos cinco jogos diferentes. Em seguida, foram explicadas e entregues a cada grupo as instruções para confecção dos jogos e o material; posteriormente deu-se início à confecção desses recursos.


Figura 2, A e B:
Alunos produzindo os jogos
Fonte: Medeiros (2017).

Os alunos puderam interagir, discutindo o tema e as estratégias para confeccionar o recurso, desenvolvendo novas habilidades, estimulando-se e assim adquirindo iniciativa e autoconfiança, proporcionando o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração (Figura 3, A e B).


Figura 3, A e B: Alunos produzindo os jogos
Fonte: Medeiros (2017).

Segundo Macedo (1995), “as crianças quando jogam, são sérias, são intensas, entregam todo o seu corpo, toda a sua alma para o que estão fazendo”. Isso foi observado no decorrer da atividade proposta, diante do comprometimento dos alunos em elaborar e desenvolver esse trabalho. Além disso, vale destacar que esses recursos são pouco aplicados em sala de aula, mas de elevado valor, já que, segundo pesquisas realizadas nesse âmbito, essas estrat égias ajudam a desenvolver uma melhor coordenação motora, ativa o raciocínio lógico e melhora a habilidade nas tomadas de decisões (Vieira; Sá, 2007).

3ª Etapa

Nessa fase objetivou-se a utilização dos jogos confeccionados pelos alunos, visando assim auxiliar e fomentar o processo de ensino e aprendizagem, por meio da revisão do conteúdo visto em sala de aula para melhor fixação e assimilação do conteúdo. Foi perceptível a empolgação de todos os alunos “jogando” e aprimorando seus conhecimentos, com um recurso desenvolvido por eles mesmos por meio de suas habilidades e estratégias, desenvolvendo também a escrita e o raciocínio lógico, de modo a contribuir de forma interdisciplinar para o aprendizado.

Após a confecção dos jogos, os grupos jogaram entre si, uma equipe versus outra, de forma intercalada, para que todos pudessem participar. Todos tiveram a oportunidade de participar, e para eles foi uma forma “divertida”, lúdica, que ajudou na assimilação do conteúdo e ainda a tirar dúvidas, pois o professor deve intervir no momento em que algum aluno não sabe a resposta para esclarecer o entendimento.

Os momentos que se seguem revelam como os alunos se envolveram e interagiram nesse trabalho, que foi sem dúvida relevante para o aprendizado deles (Figura 4, A e B).


Figura 4: (A) Alunos jogando jogo da velha em equipe; (B) Alunos jogando jogo da memória
Fonte: Medeiros (2017).

Em outro momento, foi realizado o bingo geográfico, que foi extremamente importante e proveitoso, pois todos os alunos puderam participar e se envolver ao mesmo tempo (Figura 5, A e B). É interessante destacar que esses jogos produzidos e desenvolvidos pelos discentes são pertinentes a qualquer assunto, bem como a qualquer disciplina, adaptando à sua necessidade e à sua realidade. A produção deles não demandou grandes custos orçamentários, tendo em vista a simplicidade do material, porém extremamente positivo para a aprendizagem desses alunos.


Figura 5, A e B: Alunos no momento do Bingo Geográfico
Fonte: Medeiros (2017).

Existem vários estudos relacionados à utilização de jogos nas aulas de Geografia, embora esse tipo de iniciativa ainda seja muito tímida devido, muitas vezes, ao medo de inovar e ultrapassar as barreiras burocráticas que instituições impõem, além das dificuldades estruturais, principalmente no ensino público. No entanto, constatou-se a aceitação dos alunos por esse tipo de iniciativa e melhor rendimento no processo de ensino e aprendizagem.

Esses jogos lúdicos são importante ferramenta para o educador, pois com ele espera-se que o educando desenvolva várias respostas a diferentes estímulos (Silva; Gomes 2010), fundamentais para o processo de aprendizagem, assim como foi verificado no desenvolvimento do projeto e da pesquisa.

Considerações finais

Todos os esforços, ações e intenções vindos dos diversos grupos que compõem a escola são válidos; diante disso, conclui-se que essa atividade lúdica pode tornar a aula mais interessante e atrativa, além de facilitar a aprendizagem. Os jogos educativos são bons auxiliares no processo de ensino e aprendizagem, se forem trabalhados de forma correta e objetiva, e não apenas para diversão, conforme pôde ser evidenciado.

A aula tem que ter sentido para o aluno, fazer relação com seu dia a dia, apresentar fatos concretos, observáveis e mensuráveis, tendo relação com o conteúdo programático exposto em sala de aula. É importante que o professor esteja sempre inovando e se diversificando para tornar suas aulas mais atraentes e prazerosas, possibilitando melhor aproveitamento no processo de ensino e aprendizagem.

Ao término de cada atividade didática, a compreensão do assunto proposto foi expandida pelo tratamento integrador entre conteúdo programático e, de modo geral, destacam-se os resultados positivos a partir da confecção de ferramentas educativas pelos alunos e sua respectiva utilização, pois não apenas contribuem para a aprendizagem de conteúdo como também desenvolvem novas habilidades e estratégias, somando assim ao processo ensino e aprendizagem como um todo.

Referências

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CANDAU, V. M. (Org.). Reinventar a escola. Petrópolis: Vozes, 2000.

CAVALCANTI, L. S. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MACEDO, L. Brincar é mais que aprender. Nova Escola, 2007. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/brincar-mais-que- aprender-jogos-brincadeiras-aprendizagem-541594.shtml. Acesso em: 5 mar. 2016.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.

PAVIANI, N. M. S.; FONTANA, N. M. Oficinas pedagógicas: relato de uma experiência. Conjecturas, v. 14, n. 2, p. 77-88, maio/ago. 2009. Disponível em: ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/download/16/15. Acesso em: 31 dez. 2017.

SANTOS, Adriano Pequeno. A apropriação dos conceitos geográficos a partir do estudo do meio. Monografia – Especialização em Análise Regional e Ensino de Geografia. Universidade Federal de Campina Grande. Campina Grande, 2018.

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VERRI, Juliana Bertolino; ENDLICH, Ângela Maria. A utilização de jogos aplicados no ensino de Geografia. Revista Percurso, Maringá, v. 1, n. 1, p. 65-83, 2009.

VIEIRA, C. E.; SÁ, M. G. de. Recursos didáticos: do quadro-negro ao projetor, o que muda? In: PASSINI, E. Y. Prática de ensino em Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007. p.101-116.

Publicado em 05 de junho de 2018

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