Conscientização para hábitos alimentares saudáveis na escola

Carla Roberta Ferraz Carvalho Bila

Aluna do curso de Especialização em Ciências Biológicas (UFJF)

Paulo Henrique Fonseca da Silva

Professor universitário (ICB/UFJF)

Michélia Antônia do Nascimento Gusmão

Tutora do curso de especialização em Ciências Biológicas (UFJF)

De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil (1998), seção II, Art. 196, todos têm direito à saúde e esta deve ser garantida também com políticas sociais que visem à redução de risco a doenças.

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Brasil, 1988, p. 1).

Conforme a Organização Mundial da Saúde (1948), “saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença”. Nota-se nessa definição que o conceito de saúde abrange muito mais do que as enfermidades em si, estando relacionado também às relações pessoais e sociais, ou seja, com a qualidade de vida como um todo. De acordo com o Guia alimentar para a população brasileira (2008), a saúde é tida como um conceito abrangente e positivo que se apoia nos recursos sociais e pessoais e não somente na capacidade física ou nas condições biológicas dos sujeitos.

Neste sentido, a saúde de um indivíduo é influenciada por vários fatores, como moradia, alimentação, condições de saneamento básico, sedentarismo, estresse, alcoolismo, fumo, entre outros (Santos et al., 2014). Em outras palavras, a saúde do indivíduo é influenciada pelo seu estilo de vida. Segundo o mesmo autor, o estilo de vida adotado por um ser humano pode ter efeito profundo na sua saúde. Sendo assim, uma das formas mais eficientes de promover a adoção de hábitos saudáveis é por meio da educação.

A partir da edição da Lei nº 5.692/71, Art. 7º, a educação em saúde se tornou obrigatória nas escolas.

Art. 7º. Será obrigatória a inclusão de Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e Programas de Saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de 1º e 2º graus, observado quanto à primeira o disposto no Decreto-Lei nº 369, de 12 de setembro de 1969 (Brasil, 1971, p. 1). 

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a educação para a Saúde deve ser tratada como tema transversal, permeando todas as áreas que compõem o currículo escolar, assegurando a integração intencional entre a educação e a saúde, já que ambos estão relacionados com a formação crítica e com o protagonismo social. Sob o ponto de vista do processo saúde-doença, as suas múltiplas dimensões, por si sós, justificam a opção de caracterizar a Educação para a Saúde como um tema transversal do currículo. Para tanto, somente a participação de diferentes áreas da educação, com seus conhecimentos específicos, pode garantir que os alunos formem uma visão ampla e bem formulada do que é saúde (Brasil, 1997, p. 263).

Sendo assim, com base nas definições apresentadas, observamos que o ensino de Saúde deve ser administrado nas escolas em todos os níveis de ensino, principalmente nas séries iniciais, visto que esse tema está relacionado ao bem-estar das crianças e à manutenção da saúde na vida adulta. Desta forma, toda a escola – professores de diferentes disciplinas, direção e funcionários de apoio – deve estar comprometida com o ensino voltado para a saúde, tendo em vista que ela é essencial para o desempenho e rendimento do aluno, além de ser extremamente necessária para a presença e permanência dele na unidade escolar, garantindo assim um outro direito que é a Educação. Vale ressaltar, porém, que, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Saúde (1997), a escola sozinha não levará os alunos a adquirir saúde. Entretanto, pode e deve fornecer elementos que os capacitem para uma vida saudável.

Fernandes et al. (2014) salientam que, apesar de a Educação em Saúde no ambiente escolar ter se consolidado, as atividades desenvolvidas com os alunos nem sempre produzem resultados satisfatórios. Para esses autores, há deficiência na formação dos professores em relação à Educação em Saúde e aos conhecimentos didáticos apropriados. Além disso, esses resultados também são influenciados pela não participação de todos os funcionários da escola no tema. Krasilchik (2000) destaca que a tradição escolar determina que a responsabilidade de temas transversais como saúde, educação ambiental e educação sexual recaem basicamente nas disciplinas científicas, principalmente Ciências/Biologia. Mesmo diante desses apontamentos, os autores destacam que a escola ainda é um importante cenário para os programas de incentivo à saúde.

Oliveira et al. (2014) defendem que uma proposta adequada de Educação para a Saúde deve estar orientada para o desenvolvimento de competências que levem os alunos a agir de forma responsável e coerente em relação à saúde. Nesse sentido, o Ministério da Saúde (1999) salienta que a alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção à saúde, possibilitando o potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Assim, a educação alimentar mostra-se uma competência a ser trabalhada nas escolas com o intuito de ajudar a melhorar a saúde dos alunos e fazer com que eles apresentem hábitos saudáveis no futuro, já que a saúde passa necessariamente pela eliminação da fome, da má nutrição e dos agravos relacionados ao excesso de peso, meta essencial para a qualidade de vida das coletividades (Brasil, 2008).

A educação alimentar é regulamentada pela Lei nº 11.947/09, que estabelece:

A inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem perpassa o currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional (Brasil, 2009, p.1).

Dessa forma, a educação alimentar mostra-se uma ferramenta promissora a favor da conscientização das crianças sobre a importância de priorizar os alimentos com melhor valor nutricional e assim garantir um melhor crescimento e desenvolvimento. Além disso, o hábito da alimentação saudável na infância representa um dos principais fatores de prevenção de algumas doenças na fase adulta (Silva, 2015; Nascimento et al., 2018).

Vale ressaltar que é na infância que os hábitos alimentares são aprendidos e tendem a persistir ao longo da vida (Nascimento et al., 2018). A família, os fatores sociais e os ambientais podem influenciar os hábitos alimentares das crianças (Rossi et al., 2008). Porém é no ambiente escolar que as crianças se deparam com muitas guloseimas e facilmente dão preferência aos doces e refrigerantes. Visando combater essa prática entre os alunos e incentivar hábitos de alimentação saudáveis, os Ministérios da Saúde e da Educação instituíram pela Portaria Interministerial nº 1.010/06 as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio das redes públicas e privadas em âmbito nacional. Pode-se destacar no Art. 5º as estratégias que devem ser implantadas para alcançar uma alimentação saudável no ambiente escolar, como:

V - restringir a oferta e a venda de alimentos com alto teor de gordura, gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na escola;
VI - aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e verduras (Brasil, 2006, p. 1).

Dessa maneira, a escola, por meio da educação nutricional, tem papel fundamental para estimular os alunos a consumir frutas e vegetais e, consequentemente, adquirir hábitos saudáveis como garantia de uma boa saúde. A transmissão de conceitos gerais sobre a importância da alimentação saudável e os benefícios das frutas e hortaliças pode encorajar as crianças a entender a relevância do consumo de uma variedade de alimentos e estimular o aumento da ingestão espontânea de vegetais (Kringel, 2016).

Para Silva (2015), a educação nutricional deve abranger conteúdos do cotidiano e ser aplicada de forma dinâmica e participativa. Krasilchik (2000) defende que a aula prática motiva a aprendizagem e leva ao desenvolvimento de habilidades técnicas; principalmente, auxilia a fixação de conhecimento. No mesmo raciocínio, Oliveira e Ramos (2015) afirmam que em aulas expositivas, em que os alunos são meros ouvintes, o processo de ensino e aprendizado é prejudicado; defendem que o uso de material lúdico em sala de aula desperta o interesse do aluno sobre determinado assunto, estimula a criatividade e o gosto pela ciência, além de tornar a aula mais criativa. Nesse sentido, a dinamização durante a aula de educação nutricional tem o intuito de fazer com que as crianças percebam a importância dos nutrientes presentes nas frutas e verduras de maneira espontânea, prática e divertida e passem a dar preferências a esses alimentos. Assim, pode-se prevenir diversas doenças, dentre elas a obesidade infantil.

De acordo com Alecrim et al. (2018), a obesidade entre crianças e adolescentes teve aumento significativo nos últimos anos, fato justificado pela falta de atividade física, pelos avanços tecnológicos e pelas alterações nos hábitos alimentares. Os resultados obtidos por esses autores mostraram que menos de 10% das crianças entrevistadas afirmaram comer frutas e verduras diariamente. Esses dados são preocupantes, já que a alimentação inadequada, juntamente com fatores predisponentes, pode desencadear graves problemas de saúde devido à baixa ingestão de nutrientes importantes para o bom funcionamento do metabolismo.

Tora et al. (2009) confirmam que os adolescentes dão preferência a dietas ricas em gorduras, açúcares e sódio, com pequena participação de frutas e hortaliças. Assim, educar para comer bem é um desafio, pois o sabor dos alimentos calóricos e com baixo valor nutricional é mais atrativo para as crianças e adolescentes. Uma opção seria preparar alimentos saborosos, ricos em nutrientes e baixa caloria, com receitas saudáveis e fáceis de preparar. Acredita-se que assim os adolescentes possam ficar mais atraídos pelo alimento saudável e reverter a ideia que comida saborosa não pode apresentar hortaliças, frutas e legumes e sim ser rica em carboidratos e lipídios.

O presente trabalho se justifica pela necessidade de promover a conscientização sobre alimentação saudável para os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Waldemiro Pitta, já que é nessa fase escolar que eles aprendem sobre o corpo humano e a importância do seu bom funcionamento, além de ser um momento em que os alunos formam opinião sobre alimentos e podem levar para a adolescência e fase adulta bons hábitos alimentares.

O colégio caracteriza-se como uma escola de zona rural em que grande parte dos pais são produtores de tomate e muitos alunos ajudam nessa função. Apesar de estarem inseridos em um ambiente rico em lavouras, durante o turno escolar nota-se que os alunos dão preferência a alimentos industrializados e altamente ricos em calorias, como refrigerantes, biscoitos, balas e picolés. Sendo assim, o presente trabalho mostra-se como uma ferramenta de mudança dos hábitos alimentares e contribui para uma reeducação alimentar voltada para conscientização dos benefícios dos nutrientes presentes nos alimentos in natura.

Nesse sentido, o projeto focou nos estudos dos macronutrientes e micronutrientes presentes nos alimentos mais comuns do dia a dia, na importância da alimentação saudável e promoveu a elaboração e degustação de receitas saudáveis e saborosas. O intuito foi promover uma aula dinâmica e atrativa sobre os alimentos e seus componentes, além de demonstrar que as frutas e verduras também são saborosas e que podem estar presentes na alimentação diária. Assim, os alunos aprenderam as vantagens de fazer escolhas nutricionais que beneficiem o funcionamento do corpo e lhes proporcione mais saúde e, consequentemente, uma vida adulta com melhor qualidade.

Objetivo geral

Conscientizar os alunos sobre a importância da alimentação saudável.

Objetivos específicos

  • Ensinar os alunos a diferenciar os macronutrientes e micronutrientes e em quais alimentos estão presentes em maior ou menor quantidade;
  • Compreender as funções dos nutrientes dos alimentos no organismo humano;
  • Conhecer os diferentes nutrientes presentes nos diversos tipos de alimentos;
  • Aprender a importância de uma alimentação saudável para a saúde; e
  • Abordar receitas fáceis e saudáveis que podem ser preparadas em casa.

Metodologia

O presente trabalho foi realizado no dia 23 de novembro de 2018 no Colégio Estadual Waldemiro Pitta, localizado em Monte Verde, na Rua Coronel Sérgio Pitta, 400. Monte Verde é um dos distritos do município de Cambuci, na região Noroeste do Rio de Janeiro. Essa instituição de ensino público foi inaugurada em 1966 e abrange as modalidades: Ensino Fundamental e Ensino Médio; este é constituído por Formação Geral e Formação de Professores. O colégio possui atualmente 17 turmas e um total de 191 alunos matriculados.

Participaram do projeto 26 alunos do 8º ano do Ensino Fundamental. Essa turma foi escolhida porque é nesse ano que os alunos estudam o corpo humano, saúde, doenças e atitudes saudáveis. Logo, a alimentação está intimamente ligada ao currículo mínimo do 8º ano; ou seja, o conteúdo aplicado no presente trabalho é apropriado para o ano de ensino em que foi administrado. A aplicação do projeto teve duração de cinco horas, abrangendo as seis aulas do período vespertino.
O projeto foi executado em três etapas apresentadas a seguir.

Aula teórica – Composição Nutricional dos alimentos

Nesse primeiro momento, os alunos tiveram uma aula teórica sobre os principais macronutrientes presentes nos alimentos: carboidratos, lipídios e proteínas. Nessa fase os alunos aprenderam as funções dessas macromoléculas no organismo humano e a importância da ingestão balanceada dos alimentos ricos nesses macronutrientes, já que o excesso pode levar à obesidade e a outras doenças relacionadas à má alimentação.

Em um segundo momento da aula, os alunos estudaram os micronutrientes (vitaminas e sais minerais), os alimentos que os contêm e suas principais funções. Foi destacada a necessidade de os alunos darem preferências a frutas, legumes e vegetais, já que eles são ricos em micronutrientes tão importantes para diversas funções no organismo e podem funcionar como substitutos de alimentos industrializados e calóricos.

Essa primeira etapa do projeto teve duração de duas aulas (1h e 40min) e abrangeu os seguintes conteúdos: macronutrientes e micronutrientes presentes nos alimentos; funções dos principais nutrientes; pirâmide alimentar; e alimentação saudável. A aula foi ministrada com a utilização de slides produzidos com o auxílio do programa Microsoft PowerPoint com o conteúdo e a apresentação de figuras e tabelas que ilustrassem bem o conteúdo trabalhado.

Aula prática – Preparação de três receitas saudáveis

O segundo momento caracterizou-se por uma aula prática na qual os alunos aprenderam a fazer três receitas com ingredientes saudáveis. Essa etapa teve duração de três aulas (2h e 30 min).

Os alunos foram divididos em três equipes, cada uma responsável por uma receita; com a ajuda do professor, cada equipe iniciou a preparação das receitas. Inicialmente os alunos lavaram as mãos e higienizaram os alimentos. Depois cortaram as frutas e legumes e, por fim, juntaram os ingredientes conforme a orientação da receita.

Vale dizer que para a segunda fase do projeto, além da autora do trabalho, outras duas professoras e uma cozinheira da escola ajudaram na elaboração das receitas, pois eram muitos alunos para orientar e três receitas para preparar.

As receitas obtidas por meio de pesquisas na internet, em sites sobre alimentação, foram selecionadas por conterem alimentos ricos em diversos nutrientes e muitas vezes rejeitados pelas crianças. Elas foram adaptadas para melhor atender aos objetivos do trabalho e à adequação da estrutura da escola. As receitas, com os ingredientes e o método de preparo, estão apresentadas a seguir.

  • Almôndegas de berinjela: ingredientes: berinjela, cebola, sal, alho, ovo, farinha de rosca e farinha para quibe. Modo de preparo: Cozinhe a berinjela até ficar bem macia, depois amasse até ficar homogênea. Em seguida, coloque cebola bem picadinha, alho, sal a gosto e farinha de trigo para quibe. Acrescente um ovo batido à mistura para dar uma liga. Depois faça os formatos das almôndegas passando-as em farinha de rosca antes de fritá-las (Bol Listas, 2018).
  • Suco verde: Ingredientes: folhas de couve, água, laranjas, morangos e açúcar. Modo de preparo: faça suco de laranja e bata junto com os demais ingredientes em um liquidificador e sirva sem coar (Muito Mais Receitas, 2018).
  • Salada de frutas: Ingredientes: morango, laranja, banana, maçã, mamão e manga. Modo de preparo: corte em cubos as frutas, coloque todas em uma tigela, misture-as e deixe na geladeira até o momento de servir (Gshow, 2018).

Após a preparação dos alimentos, os alunos sentaram-se à mesa do refeitório para saborear os alimentos que eles mesmos haviam preparado. Antes de iniciar a degustação, a professora responsável pela elaboração do projeto analisou os principais nutrientes presentes em cada alimento, conforme a Tabela 1. Além disso, reforçou alguns dos conceitos visto durante a aula teórica, como a importância da alimentação saudável. O intuito desse momento foi revisar alguns conceitos e informar aos alunos os nutrientes presentes e a importância deles para a saúde do indivíduo, promovendo assim uma alimentação consciente.

De acordo com a Tabela Brasileira Nutricional dos Alimentos – TACO (2011), segue a lista dos macronutrientes e micronutrientes predominantes nos principais ingredientes das receitas que foram preparadas pelos alunos.

Tabela 1: Composição química resumida dos principais ingredientes presentes nas receitas elaboradas na pesquisa

Ingredientes

Macronutrientes

Micronutrientes

Berinjela

Carboidrato e proteína

Cálcio, magnésio, ferro, potássio

Cebola

Carboidrato e proteínas

Cálcio, magnésio, fósforo, potássio e vitamina C

Ovo

Carboidrato, lipídio e proteínas

Cálcio, fósforo, sódio, potássio e vitaminas B

Couve

Carboidrato e proteína

Cálcio, fósforo, ferro, potássio, vitamina B3 e vitamina C

Laranja

Carboidrato e proteínas

Cálcio, magnésio, potássio e vitamina C

Morango

Carboidrato e proteína

Cálcio, magnésio, manganês, potássio, fósforo e vitamina C

Banana

Carboidrato e Proteína

Magnésio, fósforo e potássio

Maçã

Carboidrato

Cálcio, magnésio, fósforo e potássio

Mamão

Carboidratos

Cálcio, potássio, vitamina C

Manga

Carboidrato

Cálcio, potássio, vitamina C

Fonte: TACO - Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (2011).

Após a degustação, os alunos ajudaram na limpeza do refeitório e dos utensílios utilizados. Na sequência, foi realizado o intervalo de 15 minutos antes de direcionar os alunos para a sala de aula novamente para então eles fazerem a atividade de revisão de conteúdo, de acordo com o que eles aprenderam nas aulas teórica e prática.

Todos os ingredientes utilizados no projeto foram custeados pela autora do projeto, visto que a escola não dispõe de verba para a realização da presente pesquisa. A escola disponibilizou a cozinha e os utensílios necessários para a preparação da receita, como liquidificador, panelas, fogão e talheres, dentre outros.

Aplicação do teste

Esse momento teve duração de uma aula (50min) e os alunos responderam à atividade avaliativa, com valor de 5,0 pontos, de forma individual. Após a aplicação do teste a aula foi finalizada e os alunos, dispensados.

Resultados e discussão

O Colégio Estadual Waldemiro Pitta, por estar situado em uma zona rural, possui, em sua grande maioria, alunos filhos de agricultores; as frutas e verduras estão presentes no dia a dia. Além disso, a escola disponibiliza para os alunos almoço sempre acompanhado de hortaliças em geral. Porém é comum os alunos levarem biscoitos doces, salgadinhos e guloseimas não nutritivas para a escola com o intuito de complementar ou substituir o lanche oferecido pela escola. Sendo assim, a aula apresentou aos alunos uma forma diferente de consumir frutas e verduras, além de ensinar-lhes a importância dos nutrientes presentes nos alimentos. A atividade, de forma indireta, compartilhou com a própria escola uma forma interessante de diversificar a maneira como as frutas e hortaliças são oferecidas aos alunos.

Inicialmente, durante a aula teórica – necessária para situar os alunos no contexto do projeto e apresentá-los a conceitos importantes sobre os nutrientes e a importância da alimentação saudável – ocorreram muitos questionamentos. Alguns alunos discutiram a intolerância à lactose e outros perguntaram sobre diabetes, contando casos na família. Os questionamentos foram aproveitados e a aula foi direcionada momentaneamente para explicar essas doenças; foi também esclarecida a diferença entre alergia e intolerância, conceitos muitas vezes confundidos pelos alunos. Esses questionamentos demonstraram o interesse dos alunos pelo tema e o quanto doenças relacionadas com a alimentação estão presentes no dia a dia.

Na aula teórica também foi trabalhado o conceito da pirâmide alimentar, que despertou interesse e questionamentos por parte dos alunos. O estudo da pirâmide alimentar foi feito para demonstrar aos alunos que eles podem ter uma alimentação variada e, às vezes, comer alimentos calóricos e pouco nutritivos. Porém foi ensinado também aos alunos que o que determina a condição saudável de um alimento para o ser humano é a quantidade e a frequência com que se alimenta de algo que está no topo da pirâmide. O momento foi utilizado para os alunos entenderem que eles podem tomar refrigerantes e comer biscoitos industrializados, desde que não façam isso em grandes quantidades nem frequentemente. Até porque retirar esses alimentos completamente da vida dos adolescentes é muito difícil, por isso a necessidade da educação voltada para a saúde.

A ideia da aula não foi assustar os alunos nem os tornar radicais e escravos do que consomem. O intuito foi mostrar a importância dos nutrientes e, assim, conscientizar quanto à importância da boa saúde e como a alimentação influencia o bom funcionamento do corpo (Figura 1).

Figura 1: Aula expositiva sobre nutrientes presentes nos alimentos e a importância deles para o bom funcionamento do corpo humano
Fonte: Arquivo pessoal.

No segundo momento, os alunos interagiram ainda mais: foi um momento de aula prática e dinâmica com a participação de todos. Foi a etapa mais extensa e trabalhosa, porém a mais interessante e atraente para os alunos. Eles prepararam um lanche saudável completo com salgado, suco e sobremesa. Os alunos aprenderam que no lanche estavam presentes macronutrientes importantes para a obtenção de energia e formação da estrutura corporal, como os carboidratos e as proteínas presentes nas frutas e o lipídio presente no óleo que fritou as almôndegas, além dos micronutrientes – vitaminas e sais minerais – presentes em praticamente todos os ingredientes.

O foco das receitas foi o valor nutritivo e não necessariamente o baixo valor energético, já que esses alunos estão em fase de crescimento e necessitam de energia para o desenvolvimento perfeito do corpo e para suas atividades diárias, que são bastante intensas. A dedicação dos alunos ao projeto foi impressionante. Eles prestaram muita atenção em todos os momentos e se empenharam para desenvolver todas as etapas.

A equipe que ficou responsável pelas almôndegas de berinjela se empenhou e houve até momentos de certa agitação, pois todos queriam ajudar e o professor teve que intervir e designar as atividades para cada aluno envolvido: um aluno picava a cebola, outro batia o alho, outro amassava a berinjela e depois outros membros da equipe prepararam as almôndegas. Momento único e de muita aprendizagem, não só relacionada aos alimentos e nutrientes, mas também numa relação de amizade e respeito, já que foram trabalhados também o espírito de equipe, o respeito ao próximo e a compreensão.

A Figura 2 mostra os alunos empenhados na preparação das almôndegas de berinjela, porém a fritura delas foi feita pela cozinheira da escola sem a ajuda dos alunos para evitar possíveis acidentes com óleo quente.

Figura 2: Alunos preparando as almôndegas de berinjela
Fonte: Arquivo pessoal.

O suco verde teve o intuito de substituir o refrigerante. Esse suco foi feito por alunos que também se dedicaram e fizeram o trabalho com muito empenho. Essa equipe conseguiu desenvolver o trabalho sem muita intervenção do professor; eles separaram as atividades entre eles e a preparação do suco foi bem tranquila e conforme o previsto. A Figura 3 mostra os alunos preparando a receita durante a aula prática.

Figura 3: Alunos preparando o suco verde Fonte: Arquivo pessoal.

A salada de frutas foi uma forma ensinar aos alunos uma sobremesa saudável e muito fácil de preparar em casa. Essa foi a maior equipe, visto que envolveu muitas frutas e um maior trabalho para cortá-las em cubos. Nessa equipe, a participação de todos foi impecável e eles se divertiram durante a elaboração da receita. Alguns alunos degustaram as frutas já na preparação da receita, como foi o caso da manga, quando alguns alunos só jogaram o caroço no lixo depois de saborear toda a fruta que restou no caroço. O mesmo ocorreu com a maçã. Essa atitude mostra como os alunos gostam de frutas, faltando apenas uma boa oportunidade para saboreá-las.
Foi um excelente trabalho de equipe e de respeito às normas, como no caso do uso consciente da faca, que, apesar de ser sem ponta, eles manipularam com muito cuidado. A Figura 4 demonstra esse momento de interação, aprendizagem e respeito entre os alunos durante a preparação da salada de frutas.

Figura 4: Alunos preparando a salada de frutas
Fonte: Arquivo pessoal.

Como comprovado pelas imagens, durante todo o projeto a participação dos alunos foi muito proveitosa. Acredito que a dedicação não foi o fato de a atividade ser avaliativa e estar valendo pontos, mas sim o fato de a aula ser dinâmica e interativa, de ter fugido um pouco das aulas tradicionais e pouco estimulantes.

O momento de degustação dos alunos também envolveu aprendizagem, já que eles descobriram que podem aprender a saborear uma verdura muitas vezes rejeitada, como é o caso a berinjela, de maneira diferente e torná-la tão saborosa a ponto de substituir alimentos pouco nutritivos. A degustação foi consciente (Figura 5), ou seja, os alunos tinham noção da importância nutricional dos ingredientes que estavam ingerindo nos alimentos; isso foi a parte mais importante do projeto. Saber o que se come, se preocupar com o que está ingerindo é muito importante. Muitas pessoas não fazem ideia do que tem no alimento que comem, desconhecem o mal de ingredientes como conservantes, corantes, excesso de açúcares e gorduras modificadas. Então, de maneira geral, o trabalho foi muito proveitoso e mostra-se como alternativa de aula com sucesso comprovado.

Isso porque a metodologia foi focada em uma proposta que orientasse os alunos a desenvolver competências que os levassem a agir de forma racional e responsável em relação à saúde, com foco na alimentação rica em nutrientes. Oliveira e Ramos (2015) defendem essa metodologia quanto afirmam que o uso de material lúdico em aulas de Ciências é uma estratégia para promover o gosto e o prazer tanto para quem ensina quanto para quem aprende, sendo essa estratégia utilizada de forma a construir o conhecimento do aluno, além de utilizar a aprendizagem compartilhada, colaborativa e criativa. Para Camossa et al. (2005), a educação nutricional educa o indivíduo para que ele saia da condição nutricional insatisfatória, além de ter função social, contribuindo para uma maior propagação de conhecimentos técnicos sobre alimentação.

Figura 5: Momento da degustação pelos alunos durante a aula prática
Fonte: Arquivo pessoal.

A atividade após a aula teórica e prática foi aplicada logo após o intervalo e avaliada com o valor máximo de 5,0 pontos, sendo necessários 2,5 pontos para a aprovação, já de acordo com as normas estabelecidas pela Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, em que o aluno é aprovado com 50% do valor do instrumento. Nesse caso, 100% dos alunos foram aprovados, com nota média da turma igual a 4,0 pontos, ou seja, 80% das respostas dos alunos estavam corretas e coerentes com o esperado para cada questão.

A questão 1, apesar de apresentar nível baixo de dificuldade, teve como propósito relembrar alguns nutrientes importantes presentes nos alimentos e introduzir e direcionar o pensamento dos alunos para iniciar a atividade, relembrando alguns nomes de nutrientes estudados durante a aula.

Na questão 2, na qual os alunos precisavam escolher os alimentos saudáveis e dizer o nutriente principal que eles acreditavam que estava presente nos alimentos, nenhum aluno selecionou o sorvete, os salgados e a torta. Na questão 3, todos os alunos escolheram as frutas como sobremesa, ignorando o picolé e o bolo. Esses resultados demonstram que os alunos souberam reconhecer os alimentos ricos em nutrientes e, consequentemente, saudáveis para o corpo.

A questão 4 teve o propósito de testar os conhecimentos dos alunos sobre os conteúdos estudados, mas de forma diferente, sem decorar nenhum conceito, apenas forçar os alunos a externar o que aprenderam sobre alimentos saudáveis. Para auxiliá-los, uma pirâmide alimentar detalhada foi incluída antes da questão. Nessa atividade os alunos, de forma geral, apresentaram ótimos resultados, como será demonstrado e discutido a seguir.

Os alunos montaram cardápios apropriados e coerentes com o que foi apresentado e aprendido durante a aula, apesar de alguns equívocos, como: 50% dos alunos não incluíram as frutas no café da manhã; elas são importantes para iniciar o dia, pois são ricas em vitaminas e sais minerais. Esse fato provavelmente deve-se à ausência dessa prática no cotidiano dos alunos. Ainda sobre o café da manhã, 15% dos alunos não incluíram alimentos ricos em carboidratos, o que demonstra que não consideraram a necessidade de energia para iniciar o dia. Nesse caso, é provável que os alunos, com a intenção de acertar a questão, não priorizaram esses alimentos por julgarem pouco nutritivos. Além disso, em três casos os alunos incluíram refrigerante, pudim e doce de leite no cardápio, fugindo do previsto, já que participaram de uma aula em que foram aconselhados a substituir o refrigerante pelo suco e os doces pelas frutas.

Um ponto identificado como não esperado nas respostas foi o acréscimo de alimentos com o mesmo valor nutricional na mesma refeição. Em 45% dos casos, os alunos colocaram, por exemplo, macarrão e arroz no almoço; ambos apresentam o mesmo componente nutricional, carboidratos. Igualmente houve respostas em que colocaram peixe e carne; ambos contêm principalmente proteína e não necessariamente precisam estar juntos na mesma refeição. Isso também pode refletir a forma como eles se alimentam em suas casas.

Mesmo diante de alguns equívocos, nota-se total sucesso na atividade aplicada, visto que durante a aula teórica os alunos prestaram atenção no conteúdo e questionaram assuntos coerentes com o conteúdo aplicado. Na aula prática, todos os alunos participaram ativamente e principalmente, saborearam e gostaram das receitas saudáveis que eles mesmos prepararam. Além disso, confirma o sucesso do projeto a nota da atividade avaliativa, que demonstrou o bom rendimento dos alunos e a efetividade da aprendizagem. Nesse sentido, de acordo com Nascimento et al. (2018), a escola apresenta-se como um cenário oportuno para a promoção da autoeficácia para uma alimentação saudável por meio do diálogo e da contextualização para uma aprendizagem significativa.

Pereira e Sarmento (2012) desenvolveram, em um projeto similar ao apresentado neste trabalho, uma oficina de culinária, em que os alunos aprenderam sobre o agrião, preparam e degustaram diferentes receitas com o uso dessa hortaliça. De acordo com esses autores, a análise dos resultados mostrou que a oficina de culinária desenvolvida na escola, de caráter educativo, foi efetiva como ferramenta de ensino para estimular a adoção de práticas alimentares saudáveis. Nota-se que a educação nutricional se faz necessária nas escolas como meio de garantir a manutenção da saúde das crianças, com ensinamentos que promovam a degustação e a aceitação de alimentos muitas vezes rejeitados pelas crianças.

O processo de ensino e aprendizagem em sala de aula é um desafio diário para o educador. Estimular os alunos e fazer com que eles entendam e aprendam um conteúdo tem se tornado um desafio diário e força o professor a procurar meios de dinamizar a aula para atrair a atenção dos alunos para temas importantes como a saúde, por exemplo. Porém, vale ressaltar a importância do apoio dos pais nesse processo de aprendizagem. De acordo com Pereira e Sarmento (2012), faz-se necessária a integração entre os pais e a escola para conscientizar e promover hábitos saudáveis e melhorar o consumo de hortaliças, especialmente pelas crianças.

A saúde é um tema transversal, mas na prática é trabalhado apenas em Ciências. Não há como falar de saúde e não comentar a importância de uma alimentação saudável, já que o alimento influencia no bom funcionamento do corpo. Nesse sentido, o presente trabalho, desenvolvido com 26 alunos do 8º ano do Colégio Estadual Waldemiro Pitta, atingiu o propósito de proporcionar aos estudantes uma aula dinâmica e atrativa sobre educação nutricional. Apesar de um momento inicial com aula expositiva, ela foi muito proveitosa; em geral, os alunos se dedicaram muito às atividades práticas e apresentaram bom resultado na atividade avaliativa desenvolvida no final do projeto.

Conclusão

Comprovamos que dinamizar a aula e torná-la mais atraente faz com que os alunos aprendam sem muito sacrifício e não tratem o estudo como um fardo, contribuindo positivamente para o processo de ensino e aprendizagem, tornando-o mais leve e menos estressante para todos os envolvidos.

Lamentavelmente, as escolas públicas não dispõem de recursos materiais e financeiros para possibilitar a ocorrência constante de aulas como a apresentada neste projeto; esse modelo de aula requer apoio público e/ou privado para se tornar uma alternativa a ser aplicada em escolas públicas. Nota-se, assim, a necessidade de investimentos na educação voltados para projetos similares que visem ao aprimoramento e à dinamização das aulas com o intuito de contribuir para o sucesso de ensino e aprendizagem nas escolas.

Referências

ALECRIM, J. S.; SOUZA, L. F.; CASTRO, J. M.; BORJA, G. P. C.; CASTRO, L. L. B.; BASTOS, V. C.; NASCIMENTO, R. S., PEREIRA, G. C. A. Prevalência de obesidade infantil em uma escola pública da cidade de Ipatinga (MG). Revista Ensaio Ciência, v. 22, nº 1, p. 22-26, 2018.

BOL LISTAS. 15 receitas para agradar de forma saudável o apetite das crianças. Disponível em: https://noticias.bol.uol.com.br/bol-listas/15-receitas-para-agradar-de-forma-saudavel-o-apetite-das-criancas.htm. Acesso em: 10 nov. 2018.

BRASIL. Constituição Federal de 1998. Art. 196. Brasília, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 31 out. 2018.

BRASIL.Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Art. 7º. Brasília, 1971. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 31 out. 2018.

BRASIL. Lei nº 11.947, de 16 de julho de 2009. Brasília, 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11947.htm. Acesso em: 31 out. 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Tema transversal saúde. Brasília, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/saude.pdf. Acesso em: 30 out. 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Interministerial, nº 1.010, de 8 de maio de 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=1862-pse-manual&category_slug=novembro-2009-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 30 out. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 710, de 10 de junho de 1999. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388704/PORTARIA_710_1999.pdf/b28dc77e-6a8d-48b2-adad-ae7bdc457fc3. Acesso em: 30 out. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. Brasília, 2008. Disponível em:  http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2008.pdf. Acesso em: 31 out. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual operacional para profissionais de saúde e educação – promoção da alimentação saudável nas escolas. Brasília, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=1862-pse-manual&category_slug=novembro-2009-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 31 out. 2018.

CAMOSSA, A. C. A.; COSTA, E. N. A.; OLIVEIRA, P. F.; FIGUEIREDO, T. P. Educação nutricional: uma área em desenvolvimento. Revista Alimentos e Nutrição, Araraquara, v. 16, nº 4, p. 349-354, 2005.

FERNANDES, A. G. S.; FONSECA, A. B. C., SILVA, A. A. Alimentação escolar como espaço para educação em saúde: percepção das merendeiras do município do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, nº 1, p. 39-48, 2014.

KRASILCHIK, M. Reformas e realidades: o caso do ensino de Ciências. Revista São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, nº 1, p. 85-93, 2000.

KRINGEL, A. L.; DORNELES, T. S.; BORGES, C. D.; MENDONÇA, C. R. B. Oficina de alimentação saudável em escolas públicas: relato de dois casos. Revista Expressa Extensão, Pelotas, v. 21, nº 1, p. 42-53, 2016.

MUITO MAIS RECEITAS. Receita de suco de morango, laranja e couve. Disponível em: http://www.muitomaisreceitas.com.br/receitas/nenes_e_criancas/suco_de_morango_laranja_e_couve.html. Acesso em: 10 nov. 2018.

NASCIMENTO, V. S.; CORREIA, A. S. B.; LEÃO, C. E. S.; COSTA, A. L. M.; MARINHO, M. H. N.; VASCONCELOS, S. C. Horta escolar como prática pedagógica na promoção da autoeficácia para uma alimentação saudável de escolares. Congresso Internacional de Educação e Tecnologias. 2018.

OLIVEIRA, D. V. J. M.; GOMES, I. M.; BRACHT, V. Educação para a saúde na Educação Física escolar: uma questão pedagógica. Caderno de Formação RBCE, p. 68-79, 2014.

OLIVEIRA, T. P. D.; RAMOS, M. L. D. Análise dos recursos lúdicos sobre conteúdo de educação alimentar do acervo do banco de materiais do curso de Ciências Biológicas da PUC Minas. Revista Educação e Tecnologia, Belo Horizonte, v. 20, nº 3, p. 37-52, 2015.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Disponível em: http://www.who.int. Acesso em: 30 out. 2018.

PEREIRA, M. N.; SARMENTO, C. T. M. Oficina de culinária: uma ferramenta da educação nutricional aplicada na escola. Revista Universitas: Ciências da Saúde, v. 10, nº 2, p. 87-94, 2012.

RECEITAS GSHOW. Salada de frutas light. Disponível em: http://gshow.globo.com/receitas-gshow/receita/salada-de-frutas-light-534781264d3885256c000045.html. Acesso em 10 nov. 2018.

ROSSI, A.; MOREIRA, E. A. M.; RAUEN, M. S. Determinantes do comportamento alimentar: uma revisão com enfoque na família. Revista Nutrição, Campinas, v. 21, nº 6, p. 739-748, 2008.

SANTOS, J. J. A.; SARACINI, N.; WATUSI, C. S.; GUILHERME, J. H.; COSTA, T. A.; SILVA, M. R. A. G. Estilo de vida relacionado à saúde de estudantes universitários: comparação entre ingressantes e concluintes. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde Health Sciences, v. 39, nº 1, p. 17-23, 2014.

SILVA, T. S. Construção de projeto de oficinas de alimentação saudável para crianças. 30f. Monografia. Universidade de Brasília. Brasília, 2015.

TACO – TABELA BRASILEIRA DE COMPOSIÇÃO. 2011. Disponível em: http://www.cfn.org.br/wpcontent/uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf. Acesso em: 31 out. 2018.

TORAL, N.; CONTI, M. A.; SLATER; B. A alimentação saudável na ótica dos adolescentes: percepções e barreiras à sua implementação e características esperadas em materiais educativos. Cadernos de Saúde Pública, v. 25, nº 11, p. 2.386-2.394, 2009.

Publicado em 24 de setembro de 2019

Como citar este artigo (ABNT)

BILA, Carla Roberta Ferraz Carvalho; SILVA, Paulo Henrique Fonseca da; GUSMÃO, Michélia Antônia do Nascimento. Conscientização para hábitos alimentares saudáveis na escola. Revista Educação Pública, v. 19, nº 22, 24 de novembro de 2019. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/19/22/conscientizacao-para-habitos-alimentares-saudaveis-na-escola

Novidades por e-mail

Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing

Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário

Deixe seu comentário

Este artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.