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O espírito interdisciplinar

Hilton Japiassu

Um dos grandes desafios lançados ao pensamento e à educação neste início de século e milênio é a contradição entre, de um lado, os problemas cada vez mais globais, interdependentes e planetários, do outro, a persistência de um modo de conhecimento ainda privilegiando os saberes fragmentados, parcelados e compartimentados. Donde a necessidade e a urgência, para uma reforma do pensamento e da educação, de valorizarmos os conhecimentos interdisciplinares ou, pelo menos, promovermos o desenvolvimento no ensino e na pesquisa de um espírito propriamente transdisciplinar. Creio que pode ser aplicado ao pensamento o que dizia Péguy da poesia: "quando a poesia está em crise, a solução não consiste em decapitar os poetas, mas em renovar as fontes de inspiração". Porque a reforma do pensamento longe de constituir um luxo intelectual, responde a uma necessidade vital: constitui um dos componentes fundamentais para "salvarmos" a humanidade face às forças terríveis que desencadeou sem ter condições de controlá-las.

O que podemos fazer quando tomamos consciência que nossos conhecimentos atuais revelam uma tremenda incapacidade de pensar o mundo globalmente e em suas partes? O que devemos fazer quando, diante da extraordinária complexidade do mundo atual, constatamos que nosso pensamento se encontra preso às cegueiras e miopias que caracterizam nossas universidades divididas em departamentos sem comunicação? Já no século XVII, Pascal dava-nos uma orientação: "considero impossível conhecer as partes se não conheço o todo e se não conheço particularmente as partes". Queria dizer: se quisermos dominar um objeto, não podemos confiar no conhecimento fragmentado nem na apreensão holística. Porque o conhecimento deve efetuar, não só um movimento dialético entre o nível local e o global, mas de retroação do global sobre o particular. Ao mesmo tempo em que precisa contextualizar o singular (o particular), o pensamento deve concretizar o global, quer dizer, relacioná-lo com suas partes.

Hoje há um interesse crescente pela interdisciplinaridade. Motivado por diversas razões, entre as quais as que se vinculam a uma análise pedagógica e à redefinição de uma política educacional. Paradoxalmente, nunca se recusou tanto e de boa fé as exigências interdisciplinares. O interdisciplinar possui um sentido bastante preciso: exprime tanto uma constatação (a fragmentação das disciplinas) e uma recusa (abandonar certa tradição ou mentalidade) quanto a um remédio (formulação desejada de um mito unificador) para esse esfacelamento. Desde seu surgimento, vem sendo animado por uma tensão entre a aspiração a um saber não-fragmentado e o reconhecimento da abertura, inacabamento e incompletude de cada disciplina. Muita gente toma consciência de que os objetos de pesquisa revelam-se tão complexos que só podem ser tratados por uma abordagem interdisciplinar. Não basta mais o simples encontro ou a justaposição das disciplinas. Torna-se imprescindível eliminar as fronteiras entre as problemáticas e os modos de expressão para que se instaure uma comunicação fecunda.

Tem-se tornado preocupante o estado lamentável de esfacelamento do saber. Por toda parte surge a exigência de se instaurar pelo menos um diálogo ecumênico entre as disciplinas científicas. Porque ninguém mais parece entender ninguém. Mas essa exigência apenas revela a situação patológica em que se encontra nosso saber. A especialização sem limites culminou numa fragmentação crescente do horizonte epistemológico. Chegamos a um ponto em que o especialista se reduziu ao indivíduo que, à custa de saber cada vez mais sobre cada vez menos, terminou por saber tudo (ou quase tudo) sobre o nada, em reação ao generalista que sabe quase nada sobre tudo. Ora, um saber em migalhas revela uma inteligência esfacelada. O desenvolvimento da especialização, com todos os seus inegáveis méritos, dividiu ao infinito o território do saber. Cada especialista ocupou, como proprietário privado, seu minifúndio de saber onde passou a exercer, ciumenta e autoritariamente, seu minipoder.

Ao destruir a cegueira do especialista, o conhecimento interdisciplinar recusa o caráter territorial do poder pelo saber. Substitui a concepção do poder mesquinho e ciumento do especialista pela concepção de um poder partilhado. O espírito interdisciplinar pressupõe que reconheçamos: "o coração tem razões que a Razão desconhece". Porque possuímos qualidades de coração, entusiasmo e maravilhamento que representam as raízes da inteligência. E devemos renunciar, se não ao desejo de dominação pelo saber, pelo menos à manipulação totalitária do discurso da disciplina. Não podemos dialogar com quem erige em absoluto a causa ou a verdade que defende. Em geral, o especialista tenta impor a causa de sua especialidade como se fosse a resposta a todo por quê; ou identificar seu discurso com a origem de tudo. Este instinto teológico é muito celebrado nas capelas da ciência: colóquios, simpósios, congressos ou confrarias patenteadas.

De um modo geral repete-se que o futuro pertence às pesquisas interdisciplinares. De fato, são muito difíceis de ser organizadas. Por causa de ignorâncias recíprocas por vezes sistemáticas. Em nosso sistema escolar, encontram-se ainda relegadas ao ostracismo. Os arraigados preconceitos positivistas cultivam uma epistemologia da dissociação do saber. Sob esse aspeto, ensina-se um saber bastante alienado e em processo de cancerização galopante. Seus horizontes epistemológicos são demasiado reduzidos. Ensina-se um saber fragmentado que constitui um fator de cegueira intelectual. As escolas estão mais preocupadas com a distribuição de suas fatias de saber, de uma ração intelectual a alunos que nem mesmo parecem ter fome. Este saber mais ou menos mofado, armazenado nessas "penitenciárias centrais" da cultura (as instituições de ensino), além de ser indigesto e nocivo à saúde espiritual, passa a ser propriedade de pequenos mandarinatos dominados pelo espírito de concorrência e carreirismo.

É por isso que o interdisciplinar provoca atitudes de medo e recusa. Porque constitui uma inovação. Como todo novo, incomoda. Porque questiona o já adquirido, o instituído, o fixado e o aceito. Se não questionar, não é novo, mas novidade. O conservadorismo acadêmico tem um medo pânico do novo que põe em questão as estruturas mentais, as representações coletivas estabelecidas, as ideias sobre o mundo, a educação e a boa ordem das coisas. O que se encontra em jogo, no fundo, é certa concepção do saber: o modo de se conceber sua repartição e o processo de seu ensino. Porque o interdisciplinar aparece como um princípio novo no processo de reformulação e racionalização, não somente das disciplinas científicas, mas das estruturas pedagógicas de seu ensino.

Lamentamos que em nosso atual sistema educacional seja praticamente inexistente a prática interdisciplinar. O que existe são encontros multidisciplinares: frutos mais da imaginação criadora e combinatória de alguns sabendo manejar conceitos e métodos diversos que algo propriamente instituído e institucionalizado. Mesmo assim, realizam-se como práticas de indivíduos abertos e curiosos, com o sentido da aventura e não tendo medo de errar; de indivíduos que não buscam nenhum porto seguro, mas se afirmam e se definem por um solene antiautoritarismo e um contundente antidogmatismo. Vejo no dogmatismo de um saber definitivo, acobertado pela etiqueta "objetivo" ou pelo rótulo "verdadeiro" o sintoma de uma ciência agônica. A este respeito, faço minhas as palavras de F. Jacob: "Não é somente o interesse que leva os homens a se matarem. Também é o dogmatismo. Nada é tão perigoso quanto à certeza de ter razão. Nada causa tanta destruição quanto à obsessão de uma verdade considerada como absoluta. Todos os crimes da história são consequência de algum fanatismo. Todos os massacres foram realizados por virtude: em nome da religião verdadeira, do racionalismo legítimo, da política idônea, da ideologia justa; em suma, em nome do combate contra a verdade do outro, do combate contra Satã".

O espírito interdisciplinar nos permite tomar consciência de que uma verdade acabada e dogmática impede o exercício cotidiano da liberdade de pensar. Corresponde a uma sociedade sem vida onde somos livres para fazer tudo, mas onde não há mais nada para se fazer. Somos livres para pensar, mas não há nada sobre o quê pensar. É infindável o processo de estabelecimento de uma verdade. Neste domínio, a evidência só pode ser engano ou dogma. E a certeza, credulidade ou cegueira. Apoiar-se numa verdade como em um absoluto é realizar uma censura injustificável. É aceitar um superego opressor e castrador vendo em todo erro uma heresia e não uma força criadora, uma condição sine qua non de uma verdade sempre provisória. Toda verdade humana é feita de verdades verificadas. Uma verdade congelada torna-se uma anestesia intelectual. Seu efeito paralisante gera inúmeras doenças do espírito, inclusive a paralisia adulta da inteligência. Donde a importância de uma crítica da razão. Trata-se de determinar seus limites a fim de que não exceda nem venha a cometer extravagâncias ou delirar. Para tanto, impõe-se uma psicanálise da Razão capaz de eliminar os obstáculos que nela se infiltram a partir do imaginário.

Um saber que não se questiona constitui um obstáculo ao avanço dos saberes. A pretensa maturidade intelectual, orgulho de tantos sistemas de ensino, constitui um obstáculo entre outros. A famosa cabeça bem-feita, bem arrumada, bem estruturada, bem organizada e objetiva, não passa de uma cabeça mal-feita, fechada, produto de escola, modelagem e manipulação. Trata-se de uma cabeça que precisa urgentemente ser re-feita. O espírito interdisciplinar ajuda a se refazer essas cabeças bem-feitas, quer dizer, mal-feitas. Pois cultiva o desejo do enriquecimento por enfoques novos e o gosto pela combinação das perspectivas; ademais, alimenta a vontade de ultrapassar os caminhos batidos e os saberes adquiridos. Não nascemos com cabeças "desocupadas", mas inacabadas. A escola e a sociedade pretendem ocupá-las pela instrução e pela linguagem. Donde a necessidade de se psicanalisar os educadores a fim de que possam ser agentes que despertem, provoquem, questionem e se questionem, e não se reduzam ao papel de disciplinadores intelectuais, capatazes da inteligência ou revendedores de um saber-mercadoria sem as técnicas do marketing. O professor que não cresce, não estuda, não se questiona e não pesquisa deveria ter a dignidade de aposentar-se, mesmo no início de carreira: já é portador de uma paralisia intelectual ou de uma esclerose precoce. Deveria também aposentar-se o que prefere as respostas às questões ou ensinar a pesquisar.

Ao questionar os conhecimentos adquiridos e os métodos aplicados, não só o interdisciplinar promove a união do ensino e da pesquisa, mas transforma as escolas: de um lugar de simples transmissão ou reprodução de um saber pré-fabricado, num lugar onde se produz coletiva e criticamente um saber novo. Contrariamente ao sistema clássico de ensino, que se instala num esplêndido isolamento e institui um saber pasteurizado, com um sistema hierárquico mais ou menos monárquico e autoritário, o sistema interdisciplinar viria superar o corte escola/sociedade, escola/vida, saber/realidade. Sem falarmos da instauração de uma nova relação entre educadores e educandos. Mas é ilusório pensar que uma lei ou um conjunto de medidas administrativas possam colocar um paradeiro a hábitos tão arraigados, a rotinas e estruturas mentais solidamente estabelecidas. Donde a necessidade de se criar instituições dotadas de estruturas flexíveis, capazes de absorver conteúdos novos e integrar-se em função dos verdadeiros problemas. E de adotar métodos fundados, não em táticas e estratégias de distribuição dos conhecimentos estocados, mas no exercício de aptidões intelectuais e de faculdades psicológicas voltadas para a busca do novo. Mas nada será feito de durável se não estiver fundado na adesão profunda e apaixonada de alguns e em experiências inovadoras desempenhando o papel de catalisadores e de núcleos de inovação.

O interdisciplinar constitui um fator de transformação capaz de restituir vida às nossas mais ou menos esclerosadas instituições de ensino. Mil obstáculos precisam ser ultrapassados. Por exemplo:

  • a situação adquirida dos "mandarinatos" no ensino e na pesquisa (inclusive na administração, onde os cargos são ocupados pelos mais medíocres);
  • o peso da rotina e a rigidez das estruturas mentais;
  • a inveja dos conformismos e conservadorismos em relação às ideias novas que seduzem (ódio fraterno);
  • certo positivismo anacrônico que, preso a um ensino bastante dogmático, encontra-se à míngua de fundamentação teórica;
  • a mentalidade esclerosada de um aprendizado por acumulação ou entesouramento;
  • o enfeudamento das instituições ("departamentalização" sem portas nem janelas);
  • o carreirismo buscado sem competência;
  • a ausência de crítica dos saberes adquiridos, etc.

Todavia, o interdisciplinar não pode ser praticado sem o cumprimento de certas exigências. Por exemplo, a criação de uma nova inteligência e de uma razão aberta capazes de formar uma nova espécie de cientistas e educadores, utilizando uma nova pedagogia e ousando pensar de outra. forma. Por isso, o candidato a ingressar nessa aventura deveria preencher (entre outros) os seguintes pré-requisitos:

  • ter a coragem de  fazer a seguinte prece: "Fome nossa de cada dia nos daí hoje";
  • ter a coragem de devolver, à sua razão, sua função turbulenta e agressiva;
  • ter a coragem de, no domínio do pensamento, fazer da imprudência um método;
  • saber colocar questões (não só buscar respostas) e não ousar "pensar antes de estudar".
  • estar consciente de que ninguém se educa (como não cria) com ideias alheias;
  • ter a coragem de sempre fornecer à sua razão razões (e motivos) para mudar;
  • não cultivar o gosto pelo "porto seguro" ou pela certeza do sistema, porque nosso conhecimento nasce da dúvida e se alimenta de incertezas;
  • não fazer concessões ao Saber, etc.

Numa época de conservadorismo como a nossa, precisamos ter a coragem de opor-nos a ela. Só um espírito conservador prefere repetir a ter que refletir. Precisamos abandonar essa monotonia espiritual e fazer da Razão uma realidade incompleta jamais devendo repousar na tradição. É desta maneira que se torna jovem e incisiva, passando a aceitar e viver o princípio segundo o qual "nada é fixo para aquele que alternadamente pensa e sonha": precisamos de pensadores que saibam sonhar e de sonhadores que saibam pensar. Porque nosso conhecimento deve aparecer como a reforma de uma ilusão e uma retificação continuada. Claro que navegar é preciso. E viver, muito mais preciso ainda. Mas se não navegarmos com uma bússola na mão e um sonho na cabeça, ficaremos condenados à rotina do sexo, da droga e do credit card. Aceitar uma Razão aberta implica admitirmos, como racionalmente necessária, sua "desdivinização". Só uma razão absoluta, fechada e autossuficiente é tão intolerante que não consegue dialogar com o irracional e o suprarracional. Por isso, a transformação de nossa sociedade é inseparável do autoultrapassamento da Razão. O que estou querendo dizer é que o espírito interdisciplinar não somente nos ajuda a desmontar metodicamente o velho edifício da razão fechada, fonte de "verdades" acabadas e absolutas, de visões dogmáticas e moralistas do mundo que alimentam os renascentes integrismos e fundamentalismos, mas a nos libertarmos do medo, inclusive do medo de nossos próprios desejos.

Se denominamos ciências engajadas as disciplinas visando a solução dos problemas concretos e de ciências disciplinares as que visam à solução dos problemas no contexto das disciplinas, veremos que somente as primeiras partem das questões postas na existência cotidiana. Por isso, realizam um trabalho propriamente interdisciplinar: é em torno delas que podemos construir uma espécie de "ilha de racionalidade": uma representação teórica buscando seus elementos de saber em várias disciplinas. A aprendizagem da capacidade de empreender abordagens teóricas interdisciplinares desse tipo deve estar no centro da formação da juventude no espírito científico. Mais que a mera transmissão do conteúdo das disciplinas. Porque promove sua formação cultural geral (sua Paideia) levando os jovens a participar ativamente da cultura científica: a se tornarem cientificamente alfabetizados. Para que alguém se torne cientificamente alfabetizado, não basta possuir certos conhecimentos. É preciso que sejam compreendidos em ligação com outras noções indispensáveis à abordagem dos problemas concretos (Assimilação!). Em outras palavras, deve ser alguém capaz de construir uma ilha de racionalidade, quer dizer, um modelo interdisciplinar suscetível de elucidar uma situação precisa: sabendo utilizar e fazer convergirem conhecimentos provenientes de várias disciplinas, terá condições de resolver certas questões e decidir como e quando consultar os experts sem ficar totalmente subordinados a eles.

Donde a importância de fazermos de nosso pensamento, não a defesa da Razão e do diálogo racional, mas uma posição de profundo inconformismo diante de todo dado e da ideologia "radical chic" do fim das ideologias. E não devemos aceitar o falso dilema: ou tecnolatria ou tecnofobia. Pelo contrário, precisamos assumir a postura de ignorância crítica de Sócrates: diante dos falsos conhecimentos e das lógicas errôneas, fazer da ignorância um sésamo abrindo o horizonte ao saber exigente e interrogativo: "uma vida sem exame não merece ser vivida". Ao reconhecer sua ignorância, devolveu à sua razão sua lucidez primeira, "sua função turbulenta e agressiva".

Estamos assistindo à instalação de uma insidiosa e intimidante violência fazendo imperar o mais generalizado conformismo. Os projetos de autonomia individual sofrem um eclipse quase total. Em grande parte, causado pela onda crescente de privatização, despolitização e "individualismo". Um grave sintoma concomitante: a total atrofia da imaginação política e o empobrecimento intelectual de nossas lideranças. Cada vez mais a liberdade funciona como simples complemento instrumental do dispositivo maximizador dos "gozos" individuais, o único valor exaltado sendo o dinheiro conferindo poder ou notoriedade midiática. A sociedade atual adquiriu uma tremenda capacidade de abafar toda verdadeira divergência, seja silenciando-a, seja convertendo-a num fenômeno comercializado como os outros. As vozes discordantes e dissidentes são comercializadas. Donde a importância de continuarmos pensando uma sociedade onde:

  • os valores econômicos não se imponham como centrais ou únicos;
  • a cultura não seja identificada com o mero entretenimento (com o que se vende), mas com tudo o que ultrapassa o simples funcional e o instrumental, humanizando nosso espírito e nossa consciência;
  • o crescimento máximo seja considerado um meio, não o fim das ações humanas;
  • não nos deixemos dominar pela obsessão do consumismo desenfreado;
  • o intelectual possa afirmar-se e definir-se por sua liberdade em relação aos poderes, pela crítica das ideias recebidas e a denúncia das alternativas simplistas.

Publicado em 29/11/2005

Publicado em 31 de dezembro de 2005

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