Ensino híbrido e as TIC: discussões teóricas e metodológicas para potencializar a aprendizagem de História

Bruno Mendes Jesus

Professor da Educação Básica (Seduc/TO), graduado em História (UFT - Câmpus Porto Nacional/TO), especialista em História do Brasil, Coordenação Pedagógica e Gestão Escolar (UCAM)

Telma Temoteo dos Santos

Mestre e doutora em Ciências (Fiocruz), docente na Educação Básica e Superior, mediadora presencial no curso de Ciências Biológicas (UERJ/Cederj)

A evolução tecnológica vem gerando novos comportamentos sociais, na medida em que os indivíduos estabelecem relações sociais inéditas, cujos sentidos emergem com o uso das tecnologias. Todavia, muitas vezes os indivíduos são influenciados sem perceber, levando a um ponto que acende um sinal de alerta: o uso das tecnologias modula comportamentos sociais, estando os sujeitos conscientes ou não. É do uso das tecnologias que surgem novos modelos de trabalho, de assistência à saúde, de sistemas de aprendizagem, dentre outros (Oliveira, 2017; Bezerra et al., 2016; Couto et al., 2016; Martinho, 2014).

No campo da Educação, a inserção das tecnologias tem se constituído em fator importante na adequação e aprimoramento dos métodos de aprendizagem. A utilização de novos recursos permite a acepção de universos que envolvem situações cada vez mais cooperativas, nas quais os computadores, os tablets e os smartphones, por exemplo, passam a ser essenciais no desenvolvimento das capacidades cognitivas e metacognitivas de educadores, tutores e aprendizes, emergindo as mais diversas formas de ensino e aprendizagem (Ramos et al., 2014).

É inegável, em uma sociedade do conhecimento, que as informações se encontram em todos os locais, para além dos muros das escolas ou das páginas dos livros didáticos, ou seja, compartilhadas em um ciberespaço, podendo ser acessadas de locais diversos, contribuindo ou não para a formação acadêmica, social e cultural. Na obra Cibercultura, Lévy (1999), ao fazer uso constante do termo ciberespaço, o define como

novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo (Lévy, 1999, p. 17).

Ainda sobre o sobre o ciberespaço, Guimarães Jr. (2000, p. 141) pressupõe que as redes de informação, apesar de autônomas, estão intricadas ao passado, presente e futuro, (re)estruturando todo o entendimento atual sobre a cultura humana, já que “engendram fenômenos que vão muito além da comunicação no sentido estrito do termo” (Guimarães Jr., 2000, apud Silva, 2013, p. 9-10).

Todavia, é importante lembrar que o ciberespaço é um ambiente realizado pelo homem e, portanto, entremeado por contradições, contrassensos e afinidades ou rivalidades (Almeida, 2016). Daí surge a essência da utilização crítica e reflexiva dos aparatos e mecanismos oferecidos em tal ambiente. Assim, a inclusão das tecnologias na ação educacional é a principal demanda para a inclusão digital e social e para o completo exercício cidadão dos aprendizes. O docente, ao adotar as tecnologias, pode transformar a sala de aula em um ambiente colaborativo, onde ocorrerá o fomento à criação, à reflexão, à problematização e à formulação de ações integradas aos contextos dos sujeitos que ali compartilham essas experiências (Moran, 2014).

Essas reflexões estão alinhadas com as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na qual se destaca a importância da comunicação e da cultura digital com o objetivo de que os estudantes aprendam a utilizá-las de maneira crítica e responsável ao longo da Educação Básica (Quadro 1).

Quadro 1: Competências gerais relacionadas com o uso das tecnologias

Competência geral 4

Competência geral 5

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

Fonte: Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2017).

Entretanto, as modificações sociais trazidas com as tecnologias e o ciberespaço criam a necessidade premente de reconfiguração não apenas do espaço acadêmico, mas sobretudo do agir docente, assim como a acepção de novos comportamentos frente à Educação. Considerando tal contexto, este estudo destaca a questão: quais são as potencialidades proporcionadas pelo ensino híbrido e o uso de tecnologias no ensino de História? Nesse sentido, o objetivo principal consistiu em averiguar os aspectos relacionados entre o ensino de História e as TIC. Para alcançá-lo, foram eleitos como objetivos específicos:

  • verificar os aspectos conceituais sobre a relação entre as TIC, o campo da Educação e o ensino de História;
  • inserir as novas tecnologias da Educação no ensino de História em duas escolas na Educação Básica.

Para alcançar os objetivos propostos, o desenho metodológico foi dividido em duas partes: na primeira, foram realizados levantamentos e análises de obras publicadas no campo da Educação, Tecnologia da Informação e Comunicação e Ensino de História. Na segunda parte, foram desenvolvidos e implementados dois projetos em escolas públicas do Estado do Tocantins: Instituto Presbiteriano Vale do Tocantins e Colégio Militar do Estado do Tocantins (CMTO), Unidade V, em Paraíso do Tocantins, durante o ano letivo de 2018, 2019 e meados de 2020. Os projetos, denominados Escravo, nem Pensar e História em Ação, contemplaram elementos educativos, sociais, artísticos, científicos, por meio do ensino híbrido e as TIC. Nos próximos subtópicos serão apresentados os resultados.

Aspectos conceituais entre as TIC e a Educação

De acordo com Araújo (2017), o uso da internet é capaz de colaborar profundamente na consolidação de demandas voltadas ao lazer, aos mercados e à educação. Moran (2014) e Demo (2011) apontam a educação virtual como modalidade interativa e cooperativa de aprendizagem, imperativa à questão de docentes envolvidos no saber fazer educação.

O uso de ferramentas de busca na web, por exemplo, é um elemento indispensável às pesquisas; entretanto, para que o estudante possa de fato aproveitar suas potencialidades, deve ser formado para entender sua complexidade, ao mesmo tempo que tenha a capacidade de distinguir e selecionar informações e conhecimentos. Esse papel formador da Educação com relação às TIC é indispensável na época atual, em que as fakes news alastram dados desconexos, exigindo atitudes dos sujeitos frente a novos dados disseminados pelas mídias em geral (Araújo, 2017).

Cabe lembrar a importância da disciplina História, quando ela auxilia o estudante na sua própria percepção acerca da constituição do tempo passado e do presente, bem como as transformações que o acompanharam. Nas últimas décadas, especialmente após a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), em 1998, os programas e currículos de História têm sido elaborados com o compromisso da construção da cidadania e da consolidação dos direitos do cidadão. Paralelamente, as políticas públicas, a formação docente e as práticas pedagógicas têm buscado articular o conhecimento histórico à reflexão política e ao entendimento das diversidades culturais e desigualdades econômicas que constituem a sociedade brasileira.
Por isso, Bezerra (2003, p. 37) destaca a Educação Básica não limitada à fixação de conteúdos, mas compromissada em “articular conhecimento, competências e valores, com a finalidade de capacitar os alunos (...) para atuar de maneira efetiva na transformação da sociedade”.

Por isso, é de responsabilidade dos educadores de História oportunizar os educandos a uma consciência histórica que seja alicerçada na crítica e na associação com os outros contextos levantados e discutidos na sala de aula. A aprendizagem nos temas de História será efetiva apenas quando os docentes questionarem os argumentos históricos, possibilitando que os educandos repensem a ciência histórica (Araújo, 2017).

Diante do exposto, e buscando formas de potencializar o ensino, as tecnologias e a aprendizagem crítica e contextualizada, no próximo subtópico serão apresentados os resultados de dois projetos implementados em escolas da Educação Básica que utilizaram diferentes recursos para potencializar o ensino e a aprendizagem de História.

Relato de experiências do projeto Escravo, nem pensar! no Instituto Presbiteriano Vale do Tocantins

O projeto foi idealizado pela ONG Reporte Brasil em parceria com a Secretaria da Educação, Juventude e Esportes do Estado do Tocantins (Seduc/TO) e desenvolvido nas unidades públicas de ensino. Vale lembrar que a Reporte Brasil foi fundada em 2001 por jornalistas, cientistas sociais e educadores com o objetivo de fomentar a reflexão e a ação contra a violação aos direitos fundamentais dos povos e trabalhadores no Brasil. Em 2004, criou o programa educacional Escravo, nem pensar!, dedicado à prevenção do trabalho escravo no Brasil.

No Instituto Presbiteriano Vale do Tocantins, a disciplina História, assim como outras áreas de conhecimento, alinhou o objetivo do projeto aos temas abordados em sala de aula, buscando novas maneira de ensinar História e de aplicar o currículo oficial instituído. Os alunos do 2º ano do Ensino Médio tiveram como temas de estudo colonização, expansão e diversidade econômica na América Portuguesa e a diáspora africana. Esses temas levantaram a possibilidade de reflexões sobre as origens da formação socioeconômica do país e das relações de poder que contribuíram para a atual estrutura política e social brasileira, incluindo a formação étnica e cultural da sociedade brasileira, e sobre as desigualdades de classe e etnia que a constituem.

A prevenção ao trabalho escravo nas escolas da rede pública e nas comunidades que as circundam tem se baseado nos dados levantados pelo Ministério do Trabalho: o Estado do Tocantins ocupa a 7ª posição no ranking que aponta o número de trabalhadores libertos do trabalho escravo. Todavia, em toda a Região Norte esse crime é mais frequente em atividades rurais, como no Tocantins, onde 53,4% dos trabalhadores resgatados atuavam em atividades da pecuária. E, dos 139 municípios do estado, 82 (59%) já tiveram ocorrências (Reporte Brasil, 2019, p. 6).

As ações desenvolvidas no projeto dentro da disciplina História foram apresentadas à comunidade escolar durante o segundo semestre de 2018. A participação dos estudantes envolveu construção de maquetes, criação de documentário, concepção de músicas e exposições temáticas, todas alinhadas a pesquisas e debates. Esses trabalhos enfocaram os sentidos e a cronologia do trabalho escravo, desde tempos remotos aos atuais, debatendo os impactos causados pelo homem no meio ambiente e a violência contra comunidades tradicionais.

Por exemplo, um dos trabalhos desenvolvidos por uma turma do 2º ano do Ensino Médio trazia um ensaio fotográfico e a produção de curta-metragem. Os estudantes fizeram uso de tecnologias digitais, como celular e câmera fotográfica para a realização do ensaio fotográfico (Figura 1) e a gravação do curta-metragem (Figura 2), e de programas de software para edição das fotos e vídeos. Os estudantes realizaram pesquisas na internet sobre significados e significantes de “trabalho escravo contemporâneo” e “tráfico de pessoas” e estudo das leis trabalhistas do período Vargas aos dias atuais. Para obter os dados, acessaram os acervos digitais de operações de resgate de trabalhadores do campo do Ministério Público do Trabalho (MPT) em conjunto com a leitura de notícias de jornais eletrônicos sobre indivíduos em situação de vulnerabilidade social e econômica, vítimas dos “gatos” (termo usado para definir os responsáveis por aliciar pessoas em situação vulnerável com falsas propostas de emprego e melhorias de vida).

Figura 1: Os bastidores e apresentação do ensaio fotográfico O trabalho escravo contemporâneo e os direitos do trabalhador, produzido pelos alunos do 2º ano do Ensino Médio
Fonte: Isadora Heloysa (discente) e arquivos do autor (2018).

Figura 2: Os bastidores da gravação do curta-metragem Vidas clandestinas, idealizado e produzido por alunos do 2º ano do Ensino Médio
Fonte: Whatina Costa (discente) e arquivos do autor (2018).

A culminância do projeto ocorreu em dezembro de 2018, com a apresentação para a comunidades escolar e o público externo, cerca de 600 pessoas. No evento também foram divulgadas outras produções artísticas dos estudantes, como maquetes, apresentação de teatro, pintura em tela e desenho, apresentação de músicas autorais, paródias e um telejornal.

Em suma: os estudantes conseguiram compreender a organização do sistema escravista que durou mais de três séculos na História do Brasil, entendendo as diferenças e relações entre as práticas de exploração do trabalho em tempos antigos e na atualidade. Por último, as ações do projeto atreladas aos estudos em sala de aula possibilitaram a reflexão contínua sobre os preconceitos raciais que permanecem enraizados na dinâmica social brasileira na atualidade.

Relato de experiências do projeto História em Ação, no Colégio Militar do Estado do Tocantins (CMTO – V)

O projeto História em Ação foi executado no Colégio Militar, Unidade V, em Paraíso do Tocantins/TO, com estudantes do Ensino Médio.

As atividades se iniciaram no segundo bimestre de 2019, tendo o baixo rendimento escolar na disciplina História no primeiro bimestre como ponto norteador; as ações do projeto seguiram até março de 2020 e foram suspensas devido à pandemia do novo coronavírus. Partiu-se também da problematização em (re)formular estratégias para aumentar a motivação dos estudantes e convidá-los a refletir, investigar e produzir conhecimento histórico. Dessa forma, almejou-se a criação de situações de aprendizagem nas quais os estudantes relacionassem suas vivências e experiências às problemáticas históricas inerentes à sociedade e presentes nos programas curriculares.

Para isso, foi adotada a metodologia de ensino da sala de aula invertida (Bacich; Tanzi Neto; Trevisani, 2015), por meio do ambiente virtual de aprendizagem em duas plataformas de ensino: o Edmodo e o Minha Escola Virtual, este criado pelos pesquisadores do Laboratório de Aprendizagem de Desenvolvimento de Software do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS – Câmpus Bento Gonçalves/RS).

Para cada turma foi criado um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) nas plataformas Edmodo e Moodle (Figuras 3 e 4). Além de disponibilizar os conteúdos por meio de videoaulas, livros digitais e filmes, foram criados espaços de interação entre os alunos, professores e responsáveis, por meio de fóruns, debates ou via mensagens via chats.

Figura 3: Ambiente virtual de aprendizagem de História na plataforma Edmodo, ano letivo de 2020

Figura 4: Ambiente virtual de aprendizagem das turmas do 2º ano do Ensino Médio na plataforma Minha Escola Virtual, ano letivo de 2019

O uso de ambientes virtuais de aprendizagem na disciplina História, oportunizou a apresentação on-line de trabalhos escolares, por meio do Skype, Google Hangouts e WhatsApp e estudos interativos por meio de jogos educacionais utilizando os recursos Power Point e Minecraft.

Para melhor aproveitamento desses recursos, foram realizadas aulas de orientação a fim de os estudantes desenvolverem as habilidades necessárias, incluindo a discussão sobre comportamentos adequados durante o uso dos espaços virtuais e as videoconferências.

Figura 5: Apresentação de seminários sobre os povos da Mesopotâmia, com alunos do 1º ano Ensino Médio. Na imagem, uma explicação sobre a escrita cuneiforme

Uma das atividades desenvolvidas pelos estudantes consistiu no trabalho Estudo Interativo (Figura 6): produção de documentos no formato portable document format (PDF), contendo links que, ao serem clicados, direcionam o leitor para sites educacionais, filmes, vídeos no canal do Youtube e até sugestões de atividades on-line.

Sob orientação do professor, os estudantes pesquisaram sites educacionais, filmes e vídeos no Youtube relacionados ao tema. Após a seleção do material, inseriram o link dos materiais e organizaram o leiaute no Power Point, gerando o material interativo. Os trabalhos exploraram vários temas da disciplina e foram usados como suporte para os estudos em períodos de provas mensais e bimestrais.

Figura 6: Ferramenta Estudo Interativo, produzida pelos estudantes do 1º ano do Ensino Médio sobre a Pré-História

Outra modalidade de estudo, criada pelos próprios estudantes, foram os jogos pedagógicos (Figura 7), apresentados na Feira Científica e Cultural de História: o Show do Milhão, baseado em um famoso programa da TV brasileira, e o segundo, criado no Minecraft Education Edition. No jogo Show do Milhão, os estudantes formaram equipes (com estudantes de vários anos do Ensino Médio) para responder a perguntas relacionadas às diversas áreas da História, desde a Antiguidade clássica até o período contemporâneo. No jogo desenvolvido no Minecraft, as equipes percorreram diversas fases, cada uma relacionada a um período histórico (da Pré-História à Atualidade).

Figura 7: Apresentação dos jogos Show do Milhão e Minecraft na Feira Científica e Cultural de História

Além de promover a integração de escola, família e comunidade externa, o projeto cumpriu vários de seus objetivos iniciais, como:

  • motivar e estimular a participação e o aprendizado dos conteúdos ministrados em sala de aula, elevando, dessa forma, os níveis de rendimento escolar no decorrer do ano letivo;
  • proporcionar bom relacionamento entre estudantes e professor;
  • promover o protagonismo e o engajamento de todos os participantes.

O projeto também possibilitou que os estudantes explorassem soluções dentro de um contexto específico de aprendizado, utilizando as tecnologias para o desenvolvimento de habilidades e competências inerentes à formação crítica e ao protagonismo por meio da educação escolar.

Considerações finais

O ensino é uma atividade em constante movimento; por isso, deve ser analisada e discutida à luz das transformações sociais e tecnológicas dos locais que se predispõem a realizá-lo. Assim, diante das ressignificações que as teorias de ensino e educação perpassam, é necessário que o docente esteja atento às características dos seus estudantes, objetivando a inserção de recursos que modifiquem o status quo da recorrente educação bancária, acrítica e descontextualizada, pautada na realização de exercícios e aulas expositivas.

Dessa forma, na presente pesquisa, quando a escola insere as tecnologias acessíveis no seu espaço e para os estudantes em suas práticas pedagógicas, os resultados produzidos são positivos e se distanciam da apatia e desistência dos estudantes frente às modalidades tradicionais de ensinar e aprender. Portanto, cabe à escola combinar o interesse das novas gerações pelas tecnologias com as práticas de conhecer as suas realidades e no, caso do ensino de História, buscar no passado o entendimento do presente e para o futuro.

Isso posto, concluiu-se que o ensino híbrido pode potencializar o processo de ensino de História, desde que o educador seja motivado pela sua gestão e tenha recebido suporte teórico dentro das condições técnicas que a escola em que atua oferece.

Referências

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Publicado em 25 de agosto de 2020

Como citar este artigo (ABNT)

JESUS, Bruno Mendes; SANTOS, Telma Temoteo dos. Ensino híbrido e as TIC: discussões teóricas e metodológicas para potencializar a aprendizagem de História. Revista Educação Pública, v. 20, nº 32, 25 de agosto de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/32/ensino-hibrido-e-as-tic-discussoes-teoricas-e-metodologicas-para-potencializar-a-aprendizagem-de-historia

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