Júri simulado: prática de sensibilização de Educação Ambiental em sala de aula

Evelyn Anny Oliveira Barboza

Licenciada em Ciências Biológicas (UFRJ/Cederj)

Cássio Gomes Rosse

Doutorando em Ensino de Biociências e Saúde (Fiocruz), professor de Biologia e Ciências na Educação Básica, mediador presencial (Consórcio Cederj)

A Educação Ambiental (EA) preza a construção dos conhecimentos do indivíduo e da sociedade, incentivando-os a se sensibilizarem com os problemas relacionados ao meio ambiente, buscando soluções e estratégias para trazer proteção ao meio em que vivemos. É notório que a EA é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (Brasil, 1999) e também inclusa na dinâmica escolar como “uma prática educativa integrada e interdisciplinar”.

A EA é um processo que precisa estar em constante ação na vida do indivíduo, sendo aprimorado e incorporado com novos significados sociais e científicos na vida dos estudantes (Brasil, 2002). O educador exerce um papel crucial na proposição e na condução das atividades desenvolvidas em sala de aula, especialmente aquelas destinadas à Educação Ambiental. Entende-se que é tarefa do educador problematizar as situações de ensino aos educandos, estimulá-los a compreender e a interagir com o conhecimento, e não a de dissertar sobre ele, de dá-lo, de estendê-lo, de entregá-lo, como se tratasse de algo já feito, elaborado, acabado, terminado (Freire, 1977 apud Brasil, 2019).

O docente pode explorar conceitos da EA dentro de sala de aula em diversas formas. Ele pode se utilizar de recursos didático-metodológicos que facilitem esta abordagem. Um desses recursos é um júri simulado. Esta atividade proporciona aos participantes a oportunidade de trocar de papel, percebendo, assim, as razões pelas quais as pessoas têm interpretações diferentes sobre o mesmo tema ou fato; valoriza o trabalho em grupo, estimula a competitividade, mostra também aos integrantes que “posições políticas contrárias” não significam relações pessoais inexistentes (Lopes et al., 2013, p. 43-44, v. 2).

A partir dos referenciais apresentados, acredita-se que desenvolver conceitos de EA a partir de problemas ambientais integrados às disciplinas curriculares, como júri simulado nas salas de aula, pode levar o aluno a desenvolver seus argumentos sobre um determinado tema ou problema de EA.

Júri simulado como metodologia de ensino

Muitos autores acreditam, como Capecchi e Carvalho (apud Brito; Sá, 2010), que a argumentação em sala de aula é de fundamental importância, uma vez que, por meio dela, os estudantes entram em contato com algumas habilidades importantes dentro do processo de construção do conhecimento científico, tais como o reconhecimento entre afirmações contraditórias, a identificação de evidências e o confronto de evidências com teorias. 

A dinâmica do júri simulado busca estimular a reflexão por meio do diálogo, proporcionando aos participantes a oportunidade de desenvolver um olhar mais crítico sobre o tema em debate, partindo do pressuposto de que é imprescindível preservar o respeito às distintas opiniões e conduzir as tomadas de posição a partir de argumentos sólidos (Mol; Guedes, 2018). Esta atividade pode ser adotada em sala de aula como metodologia de ensino que estimula a capacidade de argumentação e do confronto de ideias, favorecendo as opiniões e as críticas produzidas pelos estudantes (Campos; Silveira, 2013 apud Mol & Guedes, 2018).

Muitos trabalhos já realizaram o júri simulado com o intuito de discutir e de desenvolver o senso crítico dos estudantes, como os trabalhos de: Albuquerque, Vicentini e Pipitone (2015); Albuquerque, Farias e Araújo (2013); Oliveira e Soares (2005); Koeppe, Lahm e Borges (2013); e Brito e Sá (2010). Todos esses trabalhos utilizaram o júri simulado como estratégia metodológica, no intuito de incentivar os alunos a argumentar e a discutir sobre temas ambientais. 

A atividade de júri simulado não é relevante apenas para o desenvolvimento da argumentação, mas também em discussões de temas conflituosos em sala de aula, como a construção de hidrelétricas ou de incineradores de resíduos, para citar dois exemplos da área socioambiental (Mol; Guedes, 2018). Essa prática educacional pode ser capaz de promover transformações nas atitudes daqueles envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, contribuindo, assim, para a formação dos discentes em um sujeito ecológico (Carvalho, 2008 apud Koeppe et al., 2013).

Portanto, a aplicação do júri simulado como atividade lúdica e dinâmica, utilizando temas controversos, permite tanto uma visão mais real da ciência, isto é, uma ação humana, sujeita a erros e a divergência entre pesquisadores, assim como pelo fato de estes problemas não serem resolvidos apenas por informações técnicas, dependendo de um intenso debate social, que envolve a participação popular (Reis, 2007 apud Mol; Guedes, 2018). 

Este trabalho envolve uma atividade de júri simulado, no intuito de sensibilizar os discentes do Ensino Fundamental (anos finais) para questões ambientais reais, conflituosas e não acabadas. O trabalho tem por objetivo a utilização dessa metodologia de ensino como estratégia complementar as aulas formais dentro da sala de aula, contribuindo para a área de ensino de Ciências.

Objetivo geral

  • Verificar a importância da metodologia do júri simulado como estratégia didática de ensino. 

Objetivos específicos

  • Aplicar o júri simulado em turmas de 9° ano do Ensino Fundamental, com apresentação dos devidos conceitos sobre Educação Ambiental e do problema ambiental inacabado;
  • Elaborar materiais específicos e auxiliares para a realização da atividade de júri simulado;
  • Observar se a atividade proposta possibilitou a sensibilização de estudantes do 9° ano do Ensino Fundamental para temáticas ambientais.

Metodologia

Este estudo é classificado na modalidade de estudo de caso. Ele busca analisar o ponto de vista dos alunos por meio de um questionário sobre a atividade realizada. Além disso, utiliza um problema ambiental real e inacabado como tema no processo de discussão durante a prática. Faz uso de dados de caráter qualitativo e quantitativo para explicar e analisar os resultados obtidos. Ele busca verificar se a atividade conseguiu ou não atingir o objetivo: sensibilizar os alunos sobre questões e problemas ambientais que acontecem no dia a dia.

Componentes do júri simulado

A atividade do júri simulado envolve um problema real e inacabado. Uma área de proteção ambiental (APA) localizada no Rio de Janeiro foi desmatada para venda de terrenos e construção de um empreendimento. A reportagem encontra-se em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/07/31/area-de-protecao-ambiental-na-zona-sul-do-rio-e-desmatada-para-venda-de-terrenos.ghtml
A partir dessa reportagem, os estudantes foram estimulados a ambientar um júri simulado composto essencialmente por quatro representantes:

  • Empresários: pessoas a favor da venda de terrenos para a construção de empreendimentos imobiliários pequenos. Os alunos deveriam criar argumentos a partir do problema apresentado, a fim de convencer os jurados a aprovarem a venda dos terrenos. Eles precisaram criar estratégias para provar aos jurados que a venda e a construção dentro de uma APA (área de proteção ambiental) representa uma ação viável e válida;
  • Moradores do bairro: pessoas contra a venda dos terrenos para a construção dos empreendimentos imobiliários na APA. Os alunos deveriam criar argumentos que comprovassem a ação equivocada dessa construção, apontando os prejuízos que poderiam causar naquela região, valorizando a preservação ambiental local;
  • Jurados: pessoas responsáveis pelo julgamento do caso. Os alunos tiveram que ser imparciais em seu julgamento, analisando os argumentos de ambos os casos (empresários e ambientalistas), além de anotarem os argumentos apresentados em uma folha de anotações e exporem suas ideias e raciocínio na hora do veredito;
  • Juiz: pessoa responsável por ouvir as opiniões dos jurados e dar o veredito. Este representante foi o professor das turmas.

Materiais do júri simulado

Para a realização prática, foram utilizados os seguintes materiais:

  • Dois banners explicativos sobre problema ambiental: um direcionado ao grupo dos ambientalistas e outro direcionado ao grupo dos empresários. Os banners continham algumas leis ambientais e informações que ajudavam os grupos dos empresários e dos ambientalistas na construção da argumentação para o julgamento;
  • Slides informativos com as devidas descrições do problema inacabado. Os slides foram apresentados pela autora do projeto e tinham por objetivo apresentar a situação ambiental do caso e informações adicionais sobre conceitos ambientais, como área de proteção ambiental (APA), legislação ambiental, Mata Atlântica e biodiversidade. Os slides foram apresentados para dar suporte aos argumentos que os grupos poderiam produzir. Eles eram voltados para todos os grupos, que deveriam manter-se atentos e tirar possíveis dúvidas;
  • Vídeo sobre a reportagem do problema ambiental inacabado. Esta reportagem foi transmitida pelo RJTV, na TV Globo, no ano de 2018, em curta duração (de 4 a 5 minutos), apresentando o problema ambiental real e inacabado na Zona Sul do Rio de Janeiro;
  • Projetor, para exibir os slides e a reportagem do problema;
  • Uma folha de anotações, na qual os membros do júri anotaram suas observações sobre os argumentos analisados e defendidos pelos ambientalistas e empresários;
  • Um questionário, contendo 12 perguntas avaliativas, sendo 10 afirmações onde os alunos iriam avaliar a atividade do júri simulado de acordo com seu grau de concordância, utilizando o método de escala de Likert adaptado, e 2 questões abertas, nas quais os alunos expuseram suas opiniões sobre a atividade prática.

Aplicação da atividade

A atividade foi realizada em duas turmas do 9° ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal de Formação Profissional Governador Portela, localizada no município de Miguel Pereira/RJ. Cada turma continha 25 estudantes, totalizando 50 alunos. No entanto, no dia de aplicação da atividade, estavam presentes 43 discentes.

Antes de começar a prática do júri simulado, a pesquisadora iniciou a atividade perguntando e explicando alguns conceitos principais sobre Educação Ambiental para a turma, como: O que é EA? Qual é o objetivo da EA nas aulas de Ciências? O que é uma área de preservação ambiental? Por que temos que cuidar dessas áreas e do meio ambiente? Por que as leis de APA são importantes? Essas perguntas foram realizadas para verificar o nível de conhecimento dos estudantes sobre a questão a ser estudada, assim como na preparação da prática.

Em seguida, ocorreu a realização do júri simulado propriamente dito, com a apresentação do problema ambiental, por meio dos slides informativos, pelo vídeo da reportagem e pela elucidação de dúvidas dos estudantes. Depois, a turma foi dividida em 3 grupos (jurados, ambientalistas e empresários) e um juiz do caso (o professor da classe). Os discentes foram escolhidos aleatoriamente para fazer parte dos referentes grupos. Em seguida, os grupos tiveram 10 (dez) minutos para formular seus argumentos referentes ao problema inacabado, com o auxílio do material disponibilizado para ambos os grupos (banners informativos: para os ambientalistas e empresários). Os jurados e o juiz tiveram que aguardar o momento do debate. 

Depois do tempo determinado, os grupos tiveram quinze minutos para expor seus argumentos e defender seus ideais oralmente, tendo a finalidade de convencer os jurados e o juiz. Após ouvir todos, os jurados tiveram dez minutos para analisar os argumentos apresentados de ambos os casos (ambientalistas e empresários), justificando a escolha, e ainda tiveram mais cinco minutos para convencer o juiz sobre a sua escolha, finalizando a atividade com o veredito.

Avaliação da atividade

A avaliação do júri simulado foi feita por meio das discussões realizadas durante os debates, levando em conta alguns fatores, como entendimento do problema ambiental inacabado, valorização do trabalho em grupo, desenvoltura na apresentação das ideias, domínio e segurança dos argumentos.

Os alunos responderam individualmente a um questionário contendo questões objetivas e discursivas sobre a realização da prática, sem qualquer tipo de identificação. Os questionários foram distribuídos ao final da prática. A avaliação serve para analisar, pelo ponto de vista dos alunos, se o júri simulado foi um facilitador na sensibilização e no desenvolvimento do senso crítico dos alunos.

Análise das afirmativas do questionário

O questionário avaliativo apresentava duas afirmações referentes à prática do júri simulado enquanto atividade. “Questão 1: A atividade do Júri Simulado foi objetiva e apresenta informações diretas.” e “Questão 7: O Júri Simulado ajudou no aprendizado dos conteúdos de Biologia”.  No primeiro item, o aluno precisaria analisar toda a aula realizada, tanto na parte do júri simulado, como na apresentação dos slides com o problema ambiental, e dar uma nota de 0 a 10, de acordo com sua concordância, sendo a nota 0 o menor grau de concordância e a nota 10 o maior grau de concordância. Já no sétimo item, o aluno iria avaliar se a atividade de júri Simulado tinha uma relação mais direta com os conteúdos de Biologia, podendo ser um facilitador na compreensão dos conteúdos abordados.

Gráfico 1: Respostas dos alunos referentes à Questão 1 “A atividade do Júri Simulado foi objetiva e apresenta informações diretas”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

Gráfico 2: Respostas dos alunos referentes à Questão 7, “O Júri Simulado ajudou no aprendizado dos conteúdos de Biologia”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

De todos dos alunos que responderam à pesquisa, 79% (somatório dos percentuais de notas 8, 9 e 10) avaliaram que a atividade de júri simulado foi objetiva e apresentou informações diretas durante a sua realização, e 66% (somatório dos percentuais de notas 8, 9 e 10) responderam que a atividade de júri simulado teve uma relação com os conteúdos de Biologia, facilitando seu aprendizado. Mesmo não atingindo todos os alunos de ambas as turmas, a maioria concordou que a prática de júri simulado foi uma atividade que gerou aprendizado para os conteúdos de Ciências, além de ser uma prática objetiva com informações diretas.

O questionário ainda apresentava outros itens. Ele continha quatro afirmações referentes aos conteúdos dos slides antes da realização da prática, sendo eles: “Questão 2: Os textos e informações apresentadas foram de fácil compreensão”; “Questão 3: Os assuntos abordados são interessantes e complementam os conteúdos da disciplina”; “Questão 5: Os conteúdos abordados fazem relação com o cotidiano”; “Questão 6: O slide apresenta uma combinação adequada entre o uso de imagens e textos”. Nesses itens, o aluno precisaria analisar se os slides e a reportagem apresentados eram de fácil compreensão, não gerando dúvidas ou desentendimento sobre o assunto abordado; se o assunto apresentado para a turma era atrativo e dinâmico, podendo ser utilizado como uma metodologia durante as aulas de Ciências; se os conteúdos discutidos durante a realização da atividade têm relação com o seu dia a dia; se os slides apresentam uma combinação das imagens com os conteúdos dos slides, de forma que facilitasse a compreensão dos conteúdos.

Gráfico 3: Respostas dos alunos referentes à Questão 2, “Os textos e informações apresentadas foram de fácil compreensão”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

Gráfico 4: Respostas dos alunos referentes à Questão 3, “Os assuntos abordados são interessantes e complementam os conteúdos da disciplina”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

Gráfico 5: Respostas dos alunos referentes à Questão 5, “Os conteúdos abordados fazem relação com o cotidiano”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

Gráfico 6: Respostas dos alunos referentes à Questão 6, “O slide apresenta uma combinação adequada entre o uso de imagens e textos”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

Mais de 80% (somatório dos percentuais de notas 8, 9 e 10) dos estudantes concordaram que os conteúdos apresentados nos slides foram bem abordados, apresentando uma harmonia entre as imagens e os conteúdos, com uma abordagem simples e clara, sendo importantes na compreensão e na construção dos argumentos durante o debate; conseguiu fazer relação dos conteúdos com o cotidiano dos alunos. Portanto, os recursos didáticos utilizados para a apresentação sobre o problema ambiental foram aceitos pelos estudantes, ajudando-os antes e depois do debate.

O questionário avaliativo apresentava uma afirmação relacionada ao tipo de linguagem que a pesquisadora utilizou antes da realização do debate, que era “Questão 4: A linguagem utilizada foi de simples assimilação”. Nessa afirmação, o aluno precisaria avaliar se a abordagem linguística utilizada foi simples e clara, facilitando a compreensão do assunto apresentado para eles.

Gráfico 7: Respostas dos alunos referentes à Questão 4, “A linguagem utilizada foi de simples assimilação”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

Dentre os participantes, cerca de 77% dos alunos optaram pela escolha das alternativas 8, 9 e 10, avaliando positivamente esse item, ou seja, a expressão linguística utilizada durante a explicação atingiu o objetivo de ser simples e de fácil compreensão para o aluno. Os demais representam a porcentagem dos que não conseguiram entender os conteúdos de maneira simples e direta, como deveria ter sido. Uma limitação que pode ter dificultado a compreensão dos conteúdos nesta parte pode ser sido a utilização de alguns termos científicos novos aos estudantes, gerando incompreensão entre alguns.

O questionário também continha uma afirmação referente à exposição dos argumentos dos alunos durante a realização da atividade prática, que era: “Questão 10: Consegui expor meus argumentos sobre o problema ambiental, sem dificuldade”. Esse item era de cunho essencialmente pessoal, no qual o estudante deveria avaliar se ele mesmo conseguiu expor suas ideias e argumentos sem dificuldade.

Gráfico 8: Respostas dos alunos referentes à Questão 10, “Consegui expor meus argumentos sobre o problema ambiental, sem dificuldade”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

No gráfico, é possível observar que 63% (somatório dos percentuais de notas 8, 9 e 10) dos alunos conseguiram expor suas ideias e suas opiniões sem dificuldades ou medo, o que gerou um nível de debate mais rico e dinâmico. Nesse sentido, muitos alunos conseguiram desenvolver a construção dos seus argumentos, não apresentando dificuldade ou insegurança na hora de apresentá-los para a classe.

Já os demais estudantes (37%) indicaram que não conseguiram expor seus argumentos com facilidade. Um fator limitante neste caso poderia ser a timidez, pois, durante o debate, nem todos os alunos falaram durante a realização da atividade, e isto pode ter dificultado uma parcela dos alunos a expor suas opiniões, seja para a turma ou para o próprio grupo. Outro fator que também pode ter influenciado foi o tempo disponível; por ser curto, nem todos puderam se expressar como gostariam ou, talvez, o seu próprio grupo não tenha dado abertura para tanto. Portanto, se a atividade tivesse mais tempo disponível para a argumentação, acredita-se que esses alunos poderiam se expressar mais claramente para os demais membros do grupo e para a própria turma.

O questionário também apresentava afirmações referentes ao trabalho em grupo, que eram: “Questão 8: A divisão em grupos motivou mais a participação”; e “Questão 9: Os grupos se envolveram nas questões apresentadas e souberam se organizar adequadamente”. Nessas afirmações, o aluno iria escolher a alternativa que indicasse se a atividade de júri simulado contribuiu na participação e na exposição de suas ideias durante a realização da dinâmica em grupo; e precisaria avaliar o grau de organização do seu grupo durante a atividade.

Gráfico 9: Respostas dos alunos referentes à Questão 8 “A divisão em grupos motivou mais a participação”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

Gráfico 10: Respostas dos alunos referentes à Questão 9, “Os grupos se envolveram nas questões apresentadas e souberam se organizar adequadamente”. Os dados apresentados correspondem aos percentuais de alunos que realizaram cada uma das marcações (de 0 até 10), apresentados conjuntamente. n=43.

Dentre os participantes, mais de 60% dos alunos marcaram as opções 8, 9, e 10 do questionário nestes dois itens, afirmaram que esta atividade ajudou bastante na sua participação na hora do debate e também houve certa organização e participação dos grupos de maneira adequada e respeitosa. Muitos estudantes se prepararam para a atividade, levando a sério a realização do debate, e o trabalho em grupo proporcionou melhor interação com o professor/aluno e aluno/aluno. Logo, esta atividade se torna um método mais ativo, que gera uma relação mais próxima com o outro, do que atividades realizadas individualmente, até mesmo quando as turmas são numerosas (Pfaff; Huddleston, 2003 apud Brito; Sá, 2010).

Relativamente aos demais alunos, que optaram na escolha das notas 2, 4, 5, 6 e 7, acredita-se que alguns não gostaram da divisão dos grupos para o debate, justificando a escolha dos mesmos pelas referentes notas. Nota-se que, para eles, a forma como o grupo foi dividido não foi o bastante para auxiliá-los durante o debate. É possível que alguns integrantes do grupo não tenham participado ativamente da construção dos argumentos ou da exposição dos mesmos, gerando a falta de motivação em participar da atividade, e a não concordância com o envolvimento dos grupos durante a realização da atividade. Portanto, mesmo apresentando uma pequena porcentagem de alunos que não se sentiram motivados em participar da atividade nos seus referentes grupos, ela ainda pode ser considerada como um fator que auxilia na realização de atividades lúdicas e atrativas, tornando-se facilitadores na aplicação de metodologias de ensino de Ciências.

Com base no que foi apresentado por meio de gráficos e discussões, que derivam sobre a própria avaliação individual dos estudantes, acredita-se que a atividade de júri simulado apresentou resultados quantitativos positivos. Mesmo apresentando alguns fatores limitantes, a atividade foi bem aceita pelas turmas, havendo grande participação dos alunos no debate. Nota-se que a atividade preza no incentivo dos alunos a discutir sobre questões ambientais, ajudando-os a buscar soluções para problema ambiental inacabado. Dessa maneira, os alunos conseguem tornar-se indivíduos autônomos, críticos, e mais sensíveis às questões ambientais.

Análise das perguntas discursivas do questionário

A primeira questão discursiva do questionário continha o seguinte enunciado: “Como você avalia o parecer final do Júri Simulado? Escreva a sua opinião e justifique”; o próprio aluno tinha que analisar o parecer final da atividade realizada em sala de aula.

Gráfico 11: Respostas à primeira questão discursiva do questionário. As colunas indicam a quantidade de alunos que concordaram ou discordaram do parecer final emitido pelo júri e juiz.

De acordo com as respostas dos alunos das duas turmas avaliadas (901 e 902), dos 43 alunos, 36 responderam à pergunta de modo positivo, aceitando e concordando com o resultado final do júri simulado.  A seguir, serão transcritas algumas opiniões dos alunos sobre o resultado final do júri:

Achei justo e adequado pela situação. Todos nós nos expressamos de uma maneira adequada e todos tiveram argumentos suficientes para que a avaliação da atividade fosse correta (estudante da turma 901).

O grupo que ganhou foi o que expôs suas opiniões e argumentos de forma mais clara e direta, foi o que apresentou fatos e focou no que realmente importava para defender a sua causa (estudante da turma 902).

Com base nas respostas dos estudantes, conclui-se que a atividade de júri simulado, para a maioria dos estudantes, favoreceu a construção dos argumentos e no enriquecimento do aprendizado. Alguns poucos estudantes, 7 ao todo, não concordaram com o resultado. A seguir, serão apresentadas algumas considerações dos referidos alunos:

Achei muito interessante, porém acho que fomos (os empresários) muito mais perguntados do que respondidos (estudante da turma 901).
Injusto, pois pareceu que eles defendiam mais os empresários, e não se importavam tanto com a natureza... (estudante da turma 902).

Para esses alunos, o resultado do júri não foi muito favorável, pois, de alguma forma, não foram atingidas as suas expectativas. É notório perceber que os alunos se mostraram insatisfeitos por não terem conseguido vencer o debate, frustrando-se com o resultado final. Isso não quer dizer que eles não gostaram da atividade, não a acharam atrativa ou dinâmica, pois, por terem se engajado ativamente com a atividade prática, esperavam um resultado/parecer compatível com seu nível de dedicação às atividades realizadas - o que lhes causou certo grau de frustração.  

A segunda questão discursiva do questionário continha o seguinte enunciado: “O contexto ambiental apresentado faz parte de nossa realidade e trata-se de um problema ainda não solucionado. Na sua opinião, qual seria a solução para o problema ambiental proposto na atividade? Justifique.” O estudante deveria opinar sobre o problema ambiental inacabado, propondo uma solução e justificando a sua opinião, independentemente do parecer dado previamente.

Gráfico 12: Respostas da segunda questão discursiva do questionário. As colunas indicam os principais padrões de respostas dadas, indicando a quantidade de estudantes.

A partir das análises das respostas do questionário, de 43 alunos que responderam à segunda questão discursiva, 22 alunos fizeram-no defendendo a preservação do meio ambiente de maneira integral.  A seguir, estão algumas respostas dos alunos em relação à sua opinião sobre a preservação do meio ambiente:

Áreas de preservação ambiental não devem ser machucadas. Afetaria todo o bioma, que teria consequências futuras, visando apenas no capital (estudante da turma 901).
A solução seria uma melhor preservação do ambiente. Cuidando dos biomas e dos animais desse local (estudante da turma 902).

A partir das respostas exemplificadas acima, percebe-se que a maioria deles conseguiu chegar ao objetivo do trabalho de pesquisa: sensibilização com os problemas e questões ambientais. Dos 43 alunos, 13 responderam de maneira ponderada, defendendo ambos os lados, em construir uma parte e preservar a outra parte. Abaixo, encontram-se algumas das respostas desses alunos:

Preservação ou o que foi apresentado pelos empresários (construção na área de preservação, utilizando apenas 30% dessa área, o resto seria preservado) (estudante da turma 901).
Os empresários poderiam construir sim, mas se prometesse em preservar uma parte da área e cuidando para que as pessoas não desmatem, e também façam a coleta de lixo e a utilização de uma energia solar (estudante da turma 902).

Com base nas respostas transcritas anteriormente, percebe-se que os estudantes se mostraram cautelosos, optando na divisão para ambos os casos “construção na APA, mas utilizando apenas 30% dessa área”. Este dado foi mencionado durante a defesa apresentada pelos empresários em ambas as turmas, garantindo aos jurados que a construção dos empreendimentos fosse utilizar somente 30% da APA, preservando os 70% restantes do terreno, conforme estabelecido por lei. A partir dessa colocação, os discentes prensaram em um equilíbrio por parte dos empresários e ambientalistas, gerando a justiça e a igualdade para ambos os lados. Observa-se que estes alunos tiveram a percepção de que pode ser possível conciliar o desenvolvimento e o crescimento urbano com a preservação ambiental, trazendo benefícios para ambos os lados. Desse modo, a atividade do júri simulado motivou estes alunos a terem uma visão mais equilibrada do problema ambiental inacabado, mostrando que a humanidade pode conviver com o meio ambiente de forma harmônica.

No entanto, oito alunos não concordaram e optaram pela construção e o desmatamento da área, sem a preservação, e apresentaram os seguintes padrões de resposta:

O governo poderia implantar várias coisas, e se importar mais com a saúde e com a população (estudante da turma 902).
Privatização, pois a privatização da forma adequada, não só preserva o meio ambiente, mas como ajuda as pessoas... (estudante da turma 901).

Por meio das respostas, é possível perceber que há um conflito entre o senso comum, com forte exploração do consumismo (fomentado pelas mídias) e a sensibilização com a natureza. Assim, “o lucro muitas vezes conflita” com a ideia de preservação (Schubert, 2008, p. 30 apud Koeppe et al., 2013). Por causa dessas influências, muitos discentes são induzidos a adotar e a aceitar as ações exclusivamente consumistas. Dessa forma, cabe ao professor ajudar os alunos a se sensibilizar com questões ambientais importantes, incentivando-os a preservar e a cuidar do meio ambiente, especialmente o do seu entorno. É importante que educadores, cientes dessa realidade, reconheçam a necessidade de inserir esse universo em sua prática educacional, especialmente por meio da educação ambiental na vivência dos alunos. Assim, esses recursos podem vir a ser considerados como aliados nos processos de ensinar e aprender (Koeppe et al., 2013).

Contudo, com base nas respostas dos alunos referentes às questões discursivas do questionário avaliativo, nota-se que, mesmo apresentando dúvidas e discordâncias, a atividade de júri simulado se mostrou eficaz na conscientização e na sensibilização dos estudantes em questões ambientais, pois muitos alunos refletiram sobre o problema ambiental inacabado, debatendo e expondo suas opiniões de maneira sucinta e espontânea. Isto já mostra que a atividade prática conseguiu estimular a criação dos argumentos na formação de indivíduos autônomos e com opinião formada com relação a temas de Educação Ambiental.

Análises das observações durante a realização da prática de júri simulado

Durante a realização da prática, os alunos se mostraram ativos e dispostos a participar. Na turma 902, os alunos se mostraram participativos, levando a sério a atividade, anotando seus pensamentos e estudando as leis contidas nos banners informativos para a realização do julgamento. Tanto o grupo dos empresários como o dos ambientalistas utilizaram o mesmo tempo para expor seus argumentos durante o debate, mas nem todos quiseram falar para os jurados e para o juiz, elegendo alguns integrantes do grupo para falar durante o debate. Acredita-se que, por causa da timidez, alguns discentes não se sentiram confortáveis para expor seus pensamentos, nos dois grupos participantes do debate. É possível que a não participação de todos possa ter sido um fator limitante na realização da prática do júri simulado.

O grupo dos empresários se mostrou mais preparado para o julgamento, apresentando propostas e soluções que agradaram aos jurados, e uma delas foi construir o empreendimento somente em 30% do total dos terrenos e preservar 70% do restante do loteamento, além de propor uma construção sustentável e sem muita agressão à APA do Morro da Saudade. Já o grupo dos ambientalistas não conseguiu criar argumentos concretos sobre a APA, utilizando apenas acusações para confrontar os empresários. O grupo dos jurados analisou cada ponto de cada grupo apresentado, concordando com os empresários. Este grupo foi o que mais surpreendeu, pois todos os integrantes entraram no “personagem”, anotando os pontos positivos e negativos de cada grupo. O juiz do caso analisou os argumentos dos grupos no debate e também a opinião dos jurados, dando o veredito favorável aos empresários.

Na turma 901, a maioria dos estudantes de ambos os grupos (ambientalistas e empresários) sentiram-se mais confortáveis para expor suas ideias oralmente, não apresentando dificuldades. Nesta turma, houve bastantes discussões, competitividade e participação ativa durante o júri. O tempo foi o fator limitante mais preponderante na realização da atividade nesta turma, pois ambos os grupos queriam falar e participar mais intensidade do debate. Muitos alunos imploraram por mais tempo para a argumentação. O grupo dos ambientalistas se mostrou mais preparado para o debate, utilizando leis e conceitos de EA para compor seus argumentos durante o júri. Eles apresentavam soluções de preservação e aproveitamento da APA do Morro da Saudade, falando sobre projetos socioambientais para melhorar a área. Já o grupo representado pelos empresários não conseguiu criar argumentos sólidos durante a realização prática, propondo soluções confusas e contraditórias que deixaram os jurados desconfiados, como, por exemplo, “criar um parque educacional ambientalista; um condomínio que presa pela sustentabilidade e a biodiversidade; um hospital, utilizando apenas 30% do total dos terrenos do problema ambiental inacabado, preservando os 70% do resto da área”. Os jurados não acreditaram na proposta dos empresários, pois, no ponto de vista deles, não se pode utilizar apenas 30% do total dos terrenos do loteamento para construir um parque educacional, um condomínio e um hospital. Por meio dos argumentos apresentados pelos empresários, os jurados convenceram o juiz a dar o veredito a favor dos ambientalistas.

Portanto, a partir dos dados qualitativos de observação da aplicação da atividade nas duas turmas, foi possível perceber que os alunos conseguiram participar da atividade sem muitas dificuldades, mesmo apresentando alguns limites, como o tempo e a timidez. A atividade foi bem ativa e promissora, da qual todos os alunos se mostraram interessados em participar.

Considerações finais

A partir da pesquisa realizada, foi possível verificar que os conceitos apresentados de Educação Ambiental para os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental foram assimilados, incentivando-os a buscar mais conhecimentos sobre questões ambientais. Utilizar um problema ambiental inacabado durante a prática de júri simulado mostrou-se uma ferramenta didática que possibilitou uma visão mais ampla sobre problemas ambientais que acontecem no dia a dia, além de trazer uma perspectiva de aula mais atrativa e dinâmica para as aulas de Ciências. 

A adoção da atividade de júri simulado em sala de aula foi bem aceita pelos discentes de ambas as turmas, apresentando uma grande participação ao longo das atividades propostas. Apesar disso, o trabalho também apresentou algumas limitações como, por exemplo, o tempo disponível para a realização de toda a dinâmica foi curto, o que limitou a duração do debate. Neste caso, considera-se adotar mais que dois tempos de aula para o desenvolvimento da atividade; a divisão dos grupos, que, no ponto de vista de alguns alunos, não favoreceu o trabalho em equipe; e motivar os estudantes a se expressarem com mais facilidade e naturalidade, ajudando-os a superar a timidez durante o debate. 

Mesmo apresentando algumas limitações, a atividade de júri simulado proposta conseguiu sensibilizar os alunos sobre questões ambientais, fazendo-os refletirem e argumentarem sobre o devido problema, além de incentivar a busca por soluções para problemas ambientais que, infelizmente, fazem parte da nossa realidade.

Referências

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Publicado em 08 de setembro de 2020

Como citar este artigo (ABNT)

BARBOZA, Evelyn Anny Oliveira; ROSSE, Cássio Gomes. Júri simulado: prática de sensibilização de Educação Ambiental em sala de aula. Revista Educação Pública, v. 20, nº 34, 8 de setembro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/34/joseph-juri-simulado-pratica-de-sensibilizacao-de-educacao-ambiental-em-sala-de-aula

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