Análise da utilização de ferramentas de inovação no ensino: um estudo de caso nos campi do IFMG em Ouro Branco e Itabirito

Haroldo Lacerda de Brito

Mestre em Administração, professor, acadêmico de curso de pós-graduação lato sensu em Docência (IFMG)

Marcus Vinícius de Freitas Diadelmo

Mestre em Engenharia Elétrica, professor, acadêmico de curso de pós-graduação lato sensu em Docência (IFMG)

Venilson Luciano Benigno Fonseca

Doutor em Geografia, docente de curso de pós-graduação lato sensu em Docência (IFMG)

Diversos são os esforços realizados para desenvolver um produto ou um serviço de modo que ele possa, cada vez mais, atender às expectativas do mercado e do cliente. O desafio que hoje é imposto às empresas é responder, de forma rápida, às exigências do mercado, sob o risco de perderem competitividade. Para lidar com esse ambiente de riscos e de incertezas e aumentar a competitividade, é importante que as empresas dominem os fundamentos da inovação e conquistem a competitividade sustentável (Porter, 1999).

Para Tidd, Bessant e Pavitt (2015), a inovação é uma questão de conhecimento, com a criação de novas possibilidades a partir do arranjo de um conjunto de conhecimentos distintos que podem já existir, baseados em experiências anteriores ou resultar de processos de pesquisa não apenas no campo tecnológico, mas também na busca por mercados, ações dos concorrentes, entre outros.

A inovação é muito utilizada e sua aplicação não é recente. Joseph Schumpeter, um dos mais importantes economistas do século XX, é considerado pioneiro na definição do termo. Para Schumpeter (1982), inovação é a aplicação comercial ou industrial de algo novo, que pode ser um produto, um processo ou mesmo um método de produção. Ele considera que a economia está em estado de equilíbrio e a inovação altera esse equilíbrio ao criar oportunidades de gerar riquezas.

O Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – campi Ouro Branco e Itabirito, objeto de estudo da pesquisa, se destaca nesse segmento devido ao seu grande potencial de inovação, desde lançamento, em 2017, da Política de Inovação e Educação Conectada, do Ministério da Educação. A política objetivou impulsionar o acesso à internet de alta velocidade, por via terrestre e por satélite, e fomentar o uso de tecnologia digital na educação. O programa foi construído sobre os pilares visão, formação, recursos educacionais digitais e infraestrutura, que devem se equilibrar para gerar um efeito positivo na educação.

Nas indústrias de transformação, são grandes os investimentos em automação, o que incentiva o surgimento da inovação em processos e produtos. As prestadoras de serviços, como clínicas, instituições escolares e escritórios de advocacia, entre outras, têm procurado agregar valor aos seus serviços. Terra (2012) relata que o grande desafio da inovação em serviços consiste em mensurar a tangibilidade do serviço prestado. Diante do exposto, pergunta-se: quais as ferramentas de inovação utilizadas no processo de ensino do IFMG - campi Ouro Branco e Itabirito?

Para responder a essa pergunta, será necessário identificar as teorias fundamentais no processo de inovação no ensino a partir de uma estrutura teórica; descrever as práticas em relação à utilização de ferramentas de inovação no ensino nos campi Ouro Branco e Itabirito e as práticas usuais à luz das possibilidades de inovação.

O estudo se justifica pela necessidade de sobrevivência das organizações.  Observando o quadro situacional vivenciado pelas organizações modernas, todas as mudanças precisam ser gerenciadas em busca de ganho de conhecimento. Essa busca constante por melhoria nos resultados gerados pode ser alavancada pelo processo de inovação.

A tecnologia está presente em todos os ambientes atualmente e se destaca pelo avanço que não ocorre em relação ao processo de ensino, pois, ao longo do tempo, as mudanças foram modestas, mesmo com a presença de grande artefato tecnológico. O relacionamento, hoje, é construído em um mundo novo, e não há como negar a crescente interconectividade, que acarreta novos desafios, ameaças e incertezas.  

Inovação

Quando se trata de inovação, é normal pensar em tecnologia e nos seus avanços, mas o conceito vai além disso. Terra (2012) diz que, em um contexto organizacional, pensa-se em boas ideias como o combustível inicial para práticas inéditas; entretanto, elas são apenas o ponto de partida para que se consiga atingir os resultados.

É evidente que a inovação tem a tecnologia como aliada e que a inovação possui papel fundamental, principalmente na disponibilização de opções radicalmente novas, o que não a impede de atuar na melhoria de um produto antigo. Conforme Tidd, Bessant e Pavitt (2015), a inovação não está restrita aos bens manufaturados, mas pode ser encontrada no setor de serviços, tanto no público como no privado. 

Para Terra (2012), uma perspectiva mais moderna da temática é a compreensão de que a empresa/organização pode inovar em várias dimensões: processos, relacionamentos com os clientes e comunidade, agregação de serviços, o que evidencia que a inovação não pode ser limitada a processos estruturados.

Inovação e desenvolvimento econômico

A partir das contribuições de Schumpeter (1942), a inovação passou a ser considerada a principal condicionante do processo de desenvolvimento econômico. Para ele, o entendimento dos processos econômicos passaria necessariamente pela compreensão da natureza evolutiva do capitalismo. O processo fundamental do desenvolvimento capitalista seria marcado pela necessidade de introdução do novo ou da inovação. 

Sobre inovação, Tidd, Bessant e Pavitt (2015, p. 35) afirmam que

a inovação é uma questão de conhecimento – criar novas possibilidades por meio da combinação de diferentes conjuntos de conhecimentos. Estes podem vir na forma de conhecimento sobre o que é tecnicamente possível ou de que configuração pode responder a uma necessidade articulada ou latente. Tal conhecimento pode já existir em nossa experiência, baseado em algo que já vimos ou experimentamos antes, ou pode resultar de um processo de busca por tecnologias, mercados etc.

As inovações são caracterizadas pela introdução de novidade ou de melhorias em produtos e processos. Sua classificação, usualmente, será feita em função de sua abrangência e do grau de novidade que pode abarcar (Terra, 2012; Tidd; Bessant; Pavitt, 2015).

O Manual de Oslo (OCDE, 2005) descreve as inovações radicais como aquelas que provocam grandes mudanças no mundo, enquanto as inovações incrementais preenchem continuamente o processo de mudança. Para Tidd, Bessant e Pavitt (2009), a inovação radical implica um avanço fundamental no estado da arte tecnológica do produto ou do processo; a inovação incremental caracteriza-se por mudanças em pequena escala no know-how tecnológico. 

A inovação incremental refere-se à introdução de qualquer tipo de melhoria em um produto, processo ou organização da produção. Tigre (2006) pontua que as inovações incrementais abrangem melhorias de design ou na qualidade dos produtos, de leiaute e processos e novas práticas de suprimentos e vendas. As inovações incrementais, ao contrário da radical, ocorrem de forma contínua, não derivam necessariamente de atividades de pesquisa e desenvolvimento e normalmente são resultados de aprendizado interno e de capacitação acumulada.

Existem outras maneiras de medir as variáveis que apoiam ou que inibem o processo de inovação: o ambiente criativo da organização ou a extensão em que a estratégia está claramente distribuída e comunicada. Outras informações também são importantes no processo, como a percentagem de vendas comprometidas com o planejamento e o desenvolvimento, os investimentos em treinamento das equipes e o recrutamento de equipes qualificadas. 

Tidd, Bessant e Pavitt (2015) argumentam que a gestão da inovação não é a questão de fazer as coisas bem-feitas, mas de alcançar bom desempenho nos itens trabalhados. Os autores destacam que não existe uma fórmula para alcançar esse desempenho, mas que há um conjunto de comportamentos aprendidos. Quando os problemas surgem no processo de inovação, como infalivelmente ocorrerá, uma empresa lança mão de sua base de conhecimentos naquele momento particular – que se compõe de resultados de pesquisas anteriores e de experiência prática e técnica (OCDE, 2005).

O conhecimento é um item essencial para inovação; com isso, a valorização dos recursos humanos é de fundamental importância. Cassiolato, Matos e Lastres (2008) descrevem que um sistema nacional de inovação pode ser definido como um conjunto de instituições distintas que, individual e conjuntamente, contribuem para o desenvolvimento e a difusão de tecnologias. 

O sistema de inovação das empresas é constituído por meio das instituições de ensino e pesquisa, das entidades de financiamento e do governo, que agem e interagem de forma complementar e interdependente. Na compreensão da abrangência do sistema de inovação é que estão envolvidos os processos de aprendizagem, a criação de conhecimentos, as novas e diferentes competências relacionadas ao desenvolvimento e à implementação de produtos e processos.

Inovação na área da educação

A área de educação, como área de geração de conhecimento, tem buscado incessantemente formas de inovação que visam aumentar o rendimento dos alunos e professores. A Fundação Lemann e o Instituto Inspirare (2017) colocaram em pauta a necessidade de criação de uma política de inovação nas escolas brasileiras. Essa política teria como finalidade garantir o acesso à internet de alta velocidade nas escolas e estudar os princípios para a criação de uma política de inovação eficaz.

Em 2017, o Ministério da Educação lançou a política de inovação e educação conectada, com previsão de, até 2024, equipar todas as escolas públicas com internet de alta velocidade, bem como de garantir a capacitação de professores e de gestores em práticas pedagógicas inovadoras (Fundação Lemann, 2017).

O compromisso do Governo Federal, ao reconhecer a importância da inovação nas escolas, marca o início dos trabalhos que objetivam garantir a implementação da política de inovação e o atendimento das necessidades de toda a comunidade educacional (Fundação Lemann, 2017).

As diferenças entre a inovação na educação e a inovação nas organizações manufatureiras são grandes e bem visíveis. Estudos de Fullan (2002) demonstram que a sistemática de ensino-aprendizagem sofreu poucas alterações de maneira geral ao longo do tempo. As indústrias, áreas de produção tecnológica e clínicas são bons exemplos de adesão aos processos de inovação. Entretanto, quando nos referimos ao processo de ensino, essa afirmação não é verdadeira: segundo Fullan (2002), caso um estudante do século passado fosse incluído em um processo educacional nos dias de hoje, provavelmente não notaria grandes diferenças no processo e percebia as semelhanças das ferramentas utilizadas. A forma de aprender dos estudantes sofreu grandes alterações, e, diante dessa nova fase, fazem-se necessárias respostas do processo de ensino aos novos estímulos e interação apresentados.

De acordo com Saviani (1972 apud Pozzo; Cordeiro, 2014), para a educação aderir ao processo de inovação é preciso utilizar a prática educacional e adicionar novos contextos a essa prática. Esse formato sugere uma mudança no processo de ensino, ao sair de um ciclo vicioso, caracterizado por repetições de conhecimentos gerados anteriormente, e alterar esse formato na busca da verdadeira essência do processo educacional. O autor ainda relata que a mudança no formato pedagógico passa a ser um desafio. Para alterar uma estrutura que funciona há séculos no mesmo formato, seriam necessárias alterações de ruptura para criar novos modelos mentais para sustentar o processo educacional.

Ferramentas de comunicação e inovação

Nos últimos anos, muito se tem debatido sobre a utilização da inovação no ambiente escolar, em debates voltados para todos os níveis e modalidades de ensino. Paralelamente, diversos estudos sobre o tema têm demonstrado a eficiência da inovação, com as possibilidades digitais apresentadas, no processo de ensino-aprendizagem.

A pesquisa de Fullan (2009) demonstra que a inovação no campo do ensino e da aprendizagem não se limita à inserção, pura e simples, dos artefatos tecnológicos no ambiente educacional. As ferramentas digitais podem ser utilizadas como apoio às propostas do professor, de forma ilustrativa e participativa, e colaborar para um aprendizado efetivo, em que o aluno é sujeito ativo nesse processo.

Brito (2006) demonstra que, no ambiente escolar, o computador não pode ser encarado somente como um suporte, mas como uma tecnologia que deve ser incorporada na vida dos estudantes. A escola não deve ficar fora desse crescente movimento, mas aprender a utilizar os benefícios apresentados pela tecnologia e criar formas de ensino inovadoras, focadas na aprendizagem e na independência dos alunos.

Internet das coisas

No processo de utilização de tecnologias inovadoras, voltadas para a sala de aula e a gestão educacional, os dispositivos criados e aperfeiçoados procuram aproximar a educação da realidade conectada dos alunos. Pinto (2019) relata que uma das opções apresentadas, e com grande utilização na área da educação, é chamada de “internet das coisas” (IoT). Pode-se entender por IoT a conexão de dispositivo liga e desliga (binário) para a internet. É uma ferramenta que cria facilidades para a vida dos usuários e sua aplicação é possível em telefones, máquinas diversas, lâmpadas e até mesmo em grandes motores. Observa-se que a IoT não se limita unicamente a coisas e impacta também os relacionamentos de pessoas para pessoas.

Pinto (2019) demonstra que, na utilização da IoT, a escola pode se tornar totalmente conectada ao dispensar procedimentos manuais e repetitivos e passar a ter dados confiáveis, como o controle, em tempo real, da presença dos alunos na escola, a localização dos professores e o rastreio de objetos e equipamentos, o que contribui com a gestão patrimonial da instituição.

Para o projeto pedagógico do curso, Pinto (2019) descreve que sua utilização possibilita melhor aprendizado ao se associar com dispositivos da neurociência. Por meio dessa ferramenta, é possível verificar o interesse e a dedicação dos alunos nas disciplinas, ao permitir a criação de técnicas personalizadas, com respeito às características individuais e, ao mesmo tempo, ao gerar um perfil diferenciado, único e interativo para cada turma, e trabalhar de acordo com necessidades específicas de aprendizado. Embora esteja em fase inicial, a IoT representa uma tendência em que coisas e pessoas estarão conectadas com a instituição de ensino.

Para Silva e Júnior (2018), a utilização da ferramenta IoT representará uma revolução futura, porque possui grande potencial para criar novos parâmetros ou mesmo para alterar grandes áreas do conhecimento; pode, assim, ser considerada o futuro da computação. A ferramenta apresenta muitas oportunidades e, para a utilização no sistema educacional, deve-se conhecer os desafios e, acima de tudo, garantir conectividade nas escolas, união e colaboração entre todos e tudo.

Computação nas nuvens como ferramenta pedagógica

Atualmente, os estudantes levam para as salas de aula equipamentos eletrônicos como notebooks, tablets e, principalmente, celulares. É intuitivo imaginar que uma inovação no processo de ensino-aprendizagem esteja atrelada à utilização dessas ferramentas. Uma característica comum a esses dispositivos é o acesso à internet e, consequentemente, a possibilidade de aplicação dos conceitos de computação em nuvem. De acordo com Taurion (2009), a computação em nuvem constitui-se em serviços computacionais disponibilizados na internet. Pedrosa e Nogueira (2011) a definem como um modelo de computação que permite o acesso de dados e programas de qualquer lugar e em diferentes plataformas. A utilização da computação em nuvem em sala de aula necessita de acesso à internet tanto pelos alunos como pelos professores.

Design thinking na educação

O design thinking (DT) apresenta potencial para inovar no campo educacional, ao ser utilizado para a resolução de problemas complexos voltados para a área de inovação. A ferramenta é amplamente utilizada em instituições de ensino que trabalham a aprendizagem com base em questões-problema. Nesse processo de aprendizagem, Cavalcanti e Filatro (2017) relatam que os conhecimentos adquiridos ao longo dos estudos são colocados em prática na criação de projetos. Os projetos normalmente estão ligados ao atendimento de uma necessidade social e propiciam aos alunos a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido. O papel do DT, então, seria de favorecer a criação e a implementação desse projeto.

A finalidade do DT é obter, ao longo de todo o processo, ideias diversas sobre o problema a ser solucionado. Os insights teriam a finalidade de trazer formas novas, ainda não testadas, de desenvolver soluções mais precisas ao problema apresentado. Na área da educação, as pesquisas de Cavalcanti e Filatro (2017) sugerem que a aplicação do DT siga as etapas demonstradas na Figura 1 e detalhadas a seguir.

Figura 1: As cinco etapas do processo de design thinking
Fonte: Fidelizarte Web Solutions (2017).

  1. Empatia: capacidade de colocar-se no lugar do outro, deixar de lado o que você pensa para aprender com o ensinamento do outro, abrir mão de suas ideias preconcebidas com o objetivo de entender o contexto do problema apresentado. Nessa etapa, é importante observar a situação como novidade e perguntar sempre, até mesmo o mais básico;
  2. Definição: etapa desafiadora, devido à necessidade de interpretar todos os dados obtidos na fase da empatia. Para que a definição do problema seja alcançada, é necessário processar todas as informações e identificar precisamente o problema;
  3. Idealização: ao partir do princípio de que não existe uma solução única e ideal, nesse processo deve-se gerar o máximo de ideias possíveis, pautando-se sempre na necessidade identificada. A inspiração deve ser baseada nos processos anteriores com o objetivo de estimular as ideias potenciais. A finalidade não é criar uma, mas uma série de ideias potenciais. As diferentes soluções criadas nesse processo irão contribuir para a resolução do problema de várias formas e proporcionar ao usuário uma melhor experiência;
  4. Protótipo: nessa etapa, são realizados os testes no formato visual. É o momento de sair da teoria e iniciar os testes, com o objetivo de garantir o funcionamento na fase de implementação. Os protótipos podem ser testados em outras empresas, em áreas diferentes ou com a utilização de pessoas externas ao projeto. O objetivo é apresentar a melhor solução possível para os problemas identificados nas etapas anteriores. Será uma oportunidade de conhecer os pontos fortes e fracos do projeto. As melhorias apresentadas podem ser incorporadas, rejeitadas ou aperfeiçoadas, sempre com foco na expectativa do usuário final;
  5. Testes: é a apresentação do projeto, que objetiva um retorno do funcionamento, da aparência e da satisfação com o projeto como um todo. Nessa fase, o protótipo é testado de forma ampla. Como o DT não é um processo linear, que não segue uma ordem predefinida, as contribuições surgidas nessa fase poderão ser incorporadas no processo e contribuir para melhorias no produto final.

Na aplicação das etapas do processo do DT, caso seja necessário, é possível repetir as etapas, revisar todos os conteúdos criados e redefinir desafios perante os conhecimentos adquiridos. A proposta principal é não parar de inovar e buscar sempre a melhor solução.

Ferramentas educativas

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) são uma realidade nas salas de aula e representam uma tendência para a maioria das instituições de ensino. Muitas ferramentas podem ser incorporadas às tecnologias existentes, com a finalidade de facilitar o diálogo ou propiciar novas experiências educacionais. Gabellini (2017) relata que ferramentas de comunicação contribuem nas experiências educacionais, ajudam na interação e são aliadas na busca do conhecimento.

Gabellini (2018) ressalta, ainda que, na utilização das TIC, muitos sistemas podem ser incorporados, como os aplicativos de troca de mensagens e outras redes sociais. O panorama de atuação pode ser expandido com a utilização dos aplicativos para melhorar a comunicação e aproximar as famílias das escolas. Com a utilização dos aplicativos, é possível às famílias conhecer a agenda escolar, receber datas de reuniões e provas e ter conhecimento do desenvolvimento geral dos filhos, o que tende a elevar a participação na vida escolar.

A união entre tecnologia e ensino, por meio da utilização das ferramentas de trabalho disponíveis, contribui para a agilidade das atividades e para melhorar o dia a dia de toda a comunidade acadêmica. As ferramentas de trabalho podem ser voltadas para apresentação, armazenamento, gestão da sala de aula e editores de textos, vídeos e áudios. O Quadro 1 ilustra as principais ferramentas disponíveis e sua finalidade. A maioria das ferramentas apresentadas são aplicativos de utilização fácil e intuitiva, o que permite aos alunos e aos professores uma experiência inovadora na sala de aula.

Quadro 1: Ferramentas de trabalho disponíveis para utilização na educação

Finalidade

Ferramentas

Descrição

Ferramentas de apresentação

Office Mix

Ferramenta destinada aos professores. É um complemento dos estudos, e é possível o compartilhamento de aulas on-line.

Prezi

Utilizado para a realização de apresentação, possui formato dinâmico e inovador.

Ferramentas de armazenamento

Dropbox

Permite acesso a documentos em vários lugares, e é possível armazenar em nuvem diversos tipos de documentos, como fotos, vídeos, apresentações e tabelas.

Drive

Ferramenta para compartilhamento de documentos on-line. Nas aulas, pode funcionar como suporte e ser utilizada de forma colaborativa. Permite compartilhar documentos com acesso somente para leitura ou para edição.

Ferramentas para a sala de aula

Google Classroom

É auxiliada pelo Gmail e pelo Drive e visa gerenciar as atividades escolares. É possível ao professor, a partir da ferramenta, gerenciar as tarefas escolares, acompanhar o andamento das atividades e tirar dúvidas em tempo real.

Nearpod

Integra a tecnologia e o ensino com a finalidade de criar aulas interativas. Na plataforma, os professores podem avaliar os dados de seus alunos com o uso de dispositivos móveis. Possui modos de acessos para alunos e estudantes.

Hangouts

O Hangouts é um serviço destinado a mensagens de texto e chamadas de vídeo em grupo. A plataforma permite aos alunos entrar em videoconferências e possibilita conexão de até 30 participantes. O serviço é facilmente conectado e oferece um leque de possibilidades para trabalhar em sala de aula.

EDpuzzle

Ferramenta para trabalhos educativos. Possibilita a criação de uma aula a partir de uma videoaula. É possível realizar cortes e utilizar somente a parte necessária para o conteúdo exposto. Permite também realizar, com a sua própria voz, comentários e questionamentos aos alunos.

Fonte: Baseado em Gabellini (2017).

Gabellini (2017) destaca que, ao utilizar as ferramentas de trabalho, os professores não necessitam carregar grandes quantidades de materiais, pois o acesso a todos eles se assegura com a internet. Alunos e professores poderão acessar os materiais a partir de dispositivos eletrônicos, como o celular, o tablet ou um desktop.

Metodologia

Esta pesquisa classifica-se quantos aos meios e aos fins conforme classificação de Vergara (2015). Quanto aos meios, foi uma pesquisa descritiva; quanto aos fins, foi um estudo de caso com a utilização de procedimentos de investigação quantitativos e qualitativos.

Collis e Hussey (2005) afirmam que a pesquisa descritiva é a descrição do comportamento dos fenômenos, de tal forma que sua utilização busca identificar e obter informações sobre as características de um determinado problema. Os autores também destacam que o estudo de caso tem por objetivo o exame aprofundado de determinado fenômeno focado na compreensão da dinâmica existente; esse exame deve ser concebido para ser capaz de receber facilmente as sensações do contexto que é considerado.

A utilização da abordagem quantitativa e qualitativa se torna viável ao se considerar o pressuposto de que as duas abordagens são complementares:

ao contrário do que pensam os mais fundamentalistas, de um lado ou de outro, há uma fertilização cruzada virtuosa entre os métodos quantitativos e qualitativos. Cada um chega aonde o outro não consegue chegar. O método quantitativo pergunta “como” acontece, “o que” acontece. Já o método qualitativo pergunta “por que” acontece (Castro, 2006, p. 108).

O estudo de caso, como técnica investigativa, torna possível utilizar a abordagem quantitativa e a qualitativa (Günther, 2006).

Os dados foram coletados por meio de aplicação de questionários semiestruturados que foram enviados via internet aos docentes dos campi de Ouro Branco e de Itabirito. O instrumento para a coleta de dados foi constituído por três perguntas relacionadas ao perfil do entrevistado e 21 questões sobre a utilização de metodologias baseadas em recursos digitais. O instrumento elaborado foi destinado a 100% dos docentes dos campi em estudo e objetivou atestar uma confiabilidade de 95% para os dados e margem de erro de 5%. Foram analisados 49 respondentes em uma amostragem probabilística, o que garantiu que os entrevistados possuíssem a mesma probabilidade de serem selecionados na amostra.

Com base nas informações obtidas e na análise gráfica, foi possível verificar as ferramentas de inovação mais utilizadas nos campi em estudo e, na perspectiva da análise de novas formas de utilização, indicar ferramentas potenciais para práticas inovadoras na área do ensino.

Discussão e análise de dados

O questionário aplicado foi respondido por 46 pessoas, 25 do sexo masculino e 21 do feminino. A faixa etária predominante foi de docentes com idade entre 35 e 44 anos (18 pessoas), seguidos de docentes com idade entre 25 e 34 anos (16 pessoas), 11 pessoas com idade entre 45 e 54 anos, e uma com idade entre 18 e 24 anos.

Os resultados mostram que mais de 93% dos docentes utilizam alguma ferramenta computacional em suas aulas e que a ferramenta com maior aplicação é a apresentação de slides por meio do datashow. Grande parte dos docentes também faz uso de softwares específicos de simulação e modelagem matemática, isso se deve à participação de docentes que lecionam disciplinas técnicas.

Dos 7% dos docentes que responderam que não utilizam nenhuma ferramenta computacional em sala de aula, dois terços indicaram que o motivo é a não experiência ou familiaridade com computadores; um terço indicou que, apesar de conhecer softwares que poderiam ser incorporados, não o fazem por falta de tempo.

O questionário foi dotado de questões relativas à capacitação dos professores quanto ao uso de computadores e da internet. Grande parte dos docentes indicou que, durante a navegação na internet, sempre acessam e-mail, mídias sociais e noticiários e que, às vezes, acessam a internet em busca de conteúdos sobre educação e tecnologia, bem como para realizar compras. 

Especificamente sobre a utilização de ferramentas computacionais como metodologia de ensino, 44,7% dos docentes indicaram nunca terem participado de algum curso/oficina, 42,6% participaram e utilizam as metodologias algumas vezes, conforme demonstrado na Figura 2.

Figura 2: Treinamentos sobre metodologias baseadas em recursos digitais

Este artigo apresentou algumas ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas em sala de aula e, com as respostas obtidas na pesquisa, verificou se os docentes conheciam tais tecnologias. Como pode ser visto na Figura 3, 57,4% dos pesquisados conhecem a tecnologia denominada IoT; 75% conhecem a computação nas nuvens; e 50% conhecem o design thinking. Esse resultado mostra que, embora as tecnologias representem boa alternativa de inovação tecnológica no ensino, alguns docentes ainda não as conhecem.

Figura 3: Conhecimento sobre ferramentas de inovação

Os docentes pesquisados indicaram que necessitam de baixo nível de aperfeiçoamento profissional em conteúdos específicos e em práticas de ensino em suas disciplinas principais. Apesar disso, assinalaram nível médio ou alto de necessidade de aperfeiçoamento profissional no uso pedagógico das TIC e na aprendizagem baseada em problemas.

O questionário também visou explorar a visão, a receptividade e a aceitação dos docentes em relação às tecnologias computacionais como forma de inovação pedagógica. Para isso, foram feitas oito perguntas, cujas respostas, graduadas em cinco níveis, estavam ligadas a opiniões favoráveis ou desfavoráveis. Grande parte dos docentes é muito favorável à utilização das ferramentas tecnológicas incorporadas às práticas pedagógicas e considera que as aulas são mais dinâmicas com a inserção de tecnologia. Eles consideram também que as técnicas digitais de informação e comunicação são importantes ferramentas para o trabalho docente. 

A maioria dos docentes considera que os estudantes são receptivos à utilização das tecnologias de aprendizado e que o desempenho deles melhora com ao se inserir a tecnologia. Tidd, Bessant e Pavitt (2015) relatam, em suas pesquisas, que é evidente que a inovação tem a tecnologia como aliada, que ela possui papel fundamental, principalmente na disponibilização de opções radicalmente novas, e que não está restrita aos bens manufaturados, mas pode ser encontrada no setor de serviços, tanto no público como no privado.

A pesquisa também investigou o preparo dos professores para a utilização das ferramentas tecnológicas em sala de aula. O estudo demonstrou que 51% dos docentes não estão preparados para utilizar as ferramentas tecnológicas em suas aulas. Esse resultado corrobora a questão demonstrada na Figura 2, que indica que 44,7% dos docentes nunca participaram de treinamentos sobre o tema.

Devido aos grandes debates sobre inclusão e exclusão digital, em um cenário cada vez mais dependente das tecnologias digitais, foi perguntado aos docentes se a utilização de ferramentas digitais em sala de aula reduziria a exclusão digital. A pesquisa demonstrou que 38% dos docentes analisados acreditam que a utilização das ferramentas digitais reduziria a exclusão digital no país, 28% não acreditam e 34% se posicionaram de forma neutra. 

Sobre a necessidade de elevação dos ambientes virtuais em sala de aula, 59% dos docentes consideram que esses ambientes precisam aumentar rapidamente nas salas de aula. 

Os principais obstáculos para a utilização das ferramentas computacionais e da internet na sala de aula indicados pelos docentes na pesquisa são demonstrados no Quadro 2. Os obstáculos principais citados estão relacionados à estrutura adequada para a implementação de trabalhos com ferramentas digitais, à capacitação dos professores para trabalhar as ferramentas e à diversidade econômica dos discentes, que representa uma limitação ao acesso da tecnologia. Os desafios apresentados retomam as discussões de Cordeiro (2014), quando afirma que, para inovar na educação, é preciso sair de um ciclo vicioso, caracterizado por repetições de conhecimentos, e alterar esse formato na busca da verdadeira essência do processo educacional. Revela também que, para alterar uma estrutura que funciona há séculos no mesmo formato, seriam necessárias alterações de ruptura, com a criação de modelos mentais para sustentar o processo educacional, o que representa um grande desafio. 

Quadro 2: Obstáculos para a utilização de ferramentas digitais na educação

Principais obstáculos apontados

% de apontamentos

Referência dos aspectos

Infraestrutura adequada

42%

O aspecto infraestrutura está ligado principalmente à velocidade de conexão da internet, o que permite acesso e utilização de vídeos e gráficos mais complexos, disponibilidade de computadores para todos os alunos, ausência de wi-fi de qualidade e software licenciado. 

Capacitação docente

29%

Aspecto ligado à baixa oferta de cursos de capacitação docente.  

Diversidade econômica dos discentes

8%

Aspecto relacionado à desigualdade social, uma vez que nem todos os alunos possuem recursos para utilizar tecnologias digitais, principalmente quando aplicadas fora de sala de aula.

Habilidade dos alunos

7%

Aspecto relacionado à familiaridade dos alunos com os recursos digitais. Conhecimento básico de informática para auxiliá-los na resolução de problemas durante a atividade. Normalmente, não sabem utilizar por não terem acesso, em casa, a computador e internet.

Dispersão da atenção dos alunos

4%

Aspecto relacionado à dispersão da atenção ao considerar cada aluno em seu próprio dispositivo, apresentando velocidades distintas no acompanhamento das instruções.

Motivação do professor

4%

Aspecto relacionado à dificuldade de implementar modificações na forma como leciona em função da dependência que possui, relacionada aos fatores históricos e à resistência causada pelo longo período de ensino tradicional no Brasil. 

Reformulação de aulas e atividades com as ferramentas computacionais

4%

Aspecto relacionado ao tempo gasto para reformular conteúdos.

Adequar o plano de ensino com atividades com ferramentas computacionais

1%

Aspecto relacionado aos softwares, que, na grande maioria, são pagos e são necessários para abordar o conteúdo da disciplina. Em alguns casos, seriam necessários a utilização e o conhecimento de aplicação de vários softwares, o que limita a disponibilidade das ferramentas digitais.

Não é possível abordar todos os assuntos

1%

Em disciplinas específicas, é mais difícil utilizar ferramentas digitais.

Perguntou-se aos docentes como eles definiriam a utilização das tecnologias digitais da informação e comunicação em três palavras. Nesse ponto da pesquisa, foram descritas diversas palavras, como: inovação, futuro, importante. Tais respostas foram utilizadas para a criação das palavras-chave do artigo. Elas são mostradas em formato de nuvens de palavras, em que o tamanho da fonte indica a recorrência das palavras entre os pesquisados. De acordo com os resultados apresentados, as palavras-chave para a utilização das tecnologias digitais, para os docentes pesquisados, são: mudanças, inovação e dinâmica, conforme demonstrado na Figura 4.

As palavras-chave obtidas transmitem a importância das mudanças e inovações no processo de ensino. Frente ao desenvolvimento da tecnologia, torna-se importante investir em formatos tecnológicos nas instituições. O caminho para a mudança e para a inovação passaria pelo investimento em treinamentos, equipamentos e construção de novas concepções pedagógicas, elaboradas sob a influência de novos formatos e recursos, disponíveis para utilização no ambiente de ensino.

Figura 4: Definição das palavras-chave da pesquisa

Considerações finais

Os resultados coletados mostram que a grande maioria dos docentes participantes da pesquisa utiliza pelo menos um software em sala de aula; a apresentação de slides em datashow é a preferida. A utilização de ferramentas tecnológicas como o datashow e o Power Point, conforme indicado na pesquisa, não constituiria uma inovação de impacto, mas rearranjos ou novas introduções sem mudanças significativas no processo. A opção por utilizar formas de inovação incremental, como a inserção de processos sem grandes variações, evidencia um vínculo com o processo atual de ensino, o que, embora seja aplicável, reforça a necessidade de analisar a efetiva geração de inovação para área da educação.

A presença do computador nas aulas, quando usado somente pelo professor, já é comum nos campi pesquisados. Outro ponto de destaque está na utilização de softwares de simulação geralmente por docentes de disciplinas técnicas. Tais softwares podem ser usados para a exposição de conteúdo pelo professor e para o desenvolvimento de tarefas dos alunos. Para tal, os alunos precisam ter acesso a computadores e a softwares. Ainda assim, apesar de os campi possuírem laboratórios de informática, não conseguem suprir a totalidade das turmas, e é necessária a melhoria de infraestrutura que vise atender à totalidade dos alunos. 

Contudo, nota-se que muitos pesquisados não conhecem determinadas ferramentas computacionais, como IoT e design thinking, que apresentam potencial para inovação e são amplamente utilizadas em instituições de ensino que trabalham a aprendizagem a partir de questões-problema. Além disso, o fato de muitos docentes não terem participado de treinamentos específicos para a utilização de mídias digitais como ferramentas pedagógicas mostra a necessidade de implementação de programas de treinamento e de aperfeiçoamento nesse aspecto. A pesquisa mostrou que grande parte dos docentes é favorável à implementação das mídias sociais e considera as aulas mais dinâmicas com a inserção da tecnologia, porém eles foram neutros quando perguntados sobre o preparo para a utilização das tecnologias em sala de aula. Isso mostra que, possivelmente, a implementação de treinamento e cursos teria boa aceitação e receptividade pelos docentes.

Além do preparo dos docentes, a pesquisa indicou a preocupação com relação aos discentes. Os docentes pesquisados indicaram que algumas turmas possuem muitos alunos, o que inviabiliza a atenção individual e comprova a necessidade de adequação de conteúdos dentro dos planos de ensino. Outro fator preocupante foi a exclusão digital, pois se vive em um mundo totalmente conectado, na era das redes sociais e, devido às desigualdades sociais, existem pessoas sem acesso a computador e internet. Essa desigualdade representa limitações na inserção da tecnologia em sala de aula e se reflete também na formação dos alunos e no preparo para o mercado de trabalho.

Para modificar o formato do processo educacional, incluindo ferramentas digitais e de comunicação, precisa-se trabalhar a inclusão digital. A pesquisa realizada mostrou que inserir ferramentas e aplicativos que muito têm a contribuir no processo de aprendizagem seria colocar em condições de desigualdade os estudantes que não têm acesso à internet e a computadores. 

O debate sobre o tema da inovação na educação precisa ser aprofundado. É um processo que tem o aluno como protagonista, que gera a necessidade de capacitação dos docentes e que leva toda a comunidade acadêmica a repensar as práticas pedagógicas. Nesse sentido, cria-se um movimento de busca e implementação de práticas inovadoras no contexto educacional baseado na presença de aparatos tecnológicos nas salas de aula com potencial para impactar o processo de ensino e a forma como se produz conhecimento. Retomando as discussões de Silva e Júnior (2018), a utilização de ferramentas tecnológicas representará uma revolução futura, com grande potencial para criar novos parâmetros ou mesmo para alterar grandes áreas do conhecimento.

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Publicado em 29 de setembro de 2020

Como citar este artigo (ABNT)

BRITO, Haroldo Lacerda de; DIADELMO, Marcus Vinícius de Freitas; FONSECA, Venilso Luciano Benigno. Análise da utilização de ferramentas de inovação no ensino: um estudo de caso nos campi do IFMG em Ouro Branco e Itabirito. Revista Educação Pública, v. 20, nº 37, 29 de setembro de 2020. Análise da utilização de ferramentas de inovação no ensino: um estudo de caso nos campi do IFMG em Ouro Branco e Itabirito. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/37/analise-da-utilizacao-de-ferramentas-de-inovacao-no-ensino-um-estudo-de-caso-nos-icampii-do-ifmg-em-ouro-branco-e-itabirito

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