Estratégia didática em Química Orgânica: uma metodologia diferente no ensino de Química na EJA

Natanael da Silva Souza

Licenciado em Química (UERR)

Wélida do Nascimento de Oliveira

Mestre em Química de Produtos Naturais (UFRR), professora universitária (UERR)

Josimara Cristina de Oliveira

Doutora em Química, professora universitária (UERR)

André Camargo de Oliveira

Doutor em Química, professor universitário (UERR)

Este trabalho surgiu mediante as ações do Estágio Supervisionado II no ensino de Química, em que os alunos consideram a Química como algo chato e difícil para ser compreendido.

Diante dessa situação, buscou-se levar os alunos a ter outra visão em relação à disciplina, utilizando o jogo pedagógico, fazendo-os perceber que a Química não é tão chata como eles estavam pensando.

Nesse contexto, incorporou-se também a ideia de utilizar o jogo virtual Funções Orgânicas, com o uso de smartphones em sala de aula como forma de melhorar o ensino da disciplina.

A proposta didática deste trabalho é inovar as aulas de Química, com o intuito de incentivar os professores a estar realizando aulas diferenciadas para o enriquecimento do ensino nas escolas da rede pública. Dessa maneira, as novas metodologias didáticas estarão contribuindo para um ensino diferente, motivando os alunos a despertar forte interesse pela disciplina.

Assim, este trabalho destaca-se para a importância da didática em sala de aula com o uso de metodologias diferenciadas no âmbito escolar, conduzindo os alunos a compreender na prática o que lhe foi ensinado na teoria, estimulando-os a aprender a importância da Química em seu cotidiano e ir em busca de novos conhecimentos.
Para a realização desta pesquisa, utilizou-se a seguinte problemática: de que forma a utilização de jogos pedagógicos, juntamente com o uso de softwares educativos no celular, pode facilitar o processo de ensino-aprendizagem em Química?

Para responder a essa problemática adotou-se o seguinte objetivo geral: utilizar o jogo de cartas Funções Orgânicas e um software educativo no celular para facilitar o processo de ensino-aprendizagem do conteúdo de Química Orgânica na 3ª série do Ensino Médio da EJA.

Os objetivos específicos deste trabalho foram:

  • diagnosticar os conhecimentos prévios dos estudantes por meio do questionário inicial;
  • ministrar duas aulas teóricas sobre o conteúdo de Química Orgânica;
  • utilizar o software educativo Funções Orgânicas no celular;
  • aplicar uma aula prática tendo como ferramenta pedagógica o jogo de cartas Funções Orgânicas;
  • avaliar os estudantes após o jogo de cartas, com o questionário final; e
  • analisar se a ferramenta pedagógica influenciou o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes.

É importante ressaltar que as aulas diferenciadas não precisam ser desenvolvidas necessariamente com jogos ou outras ferramentas pedagógicas, o que favorece o custo ao professor; elas podem ser desenvolvidas de maneira a dinamizar e chamar a atenção do aluno, criando uma expectativa entre aluno-aluno, envolvendo os educandos a participar ativamente da temática. Sendo assim, é necessário que o professor busque meios alternativos de melhorar o ensino em prol da educação, criando um vínculo entre o aluno e o conteúdo a ser ensinado.

É de fundamental importância que os professores busquem dinamizar suas aulas, explicar o conteúdo de maneira que envolva os estudantes a participar ativamente no processo de aprendizagem, estimulando-os a estar interagindo e dialogando dentro do ambiente de ensino. São atividades como roda de conversa, sala invertida, aula dialogada, discussão em grupo e outras dinâmicas que envolvem os estudantes a gerar uma perspectiva formidável, criando um vínculo com a metodologia adotada.

O papel das atividades lúdicas no ensino de Química

Hoje em dia os professores vivem em uma constante busca, tentado descobrir a melhor metodologia a ser utilizada em sala de aula. Sabe-se que há variedades de metodologias e recursos didáticos para tal.
A ludicidade, com jogos pedagógicos é uma dessas variedades de recursos que estão cada vez mais presentes no Ensino Médio, em que há necessidade de promover um ambiente descontraído e prazeroso para que haja interação e aprendizagem entre aluno-aluno e aluno-professor, tendo em vista que muitos alunos encontram dificuldades de aprendizagem principalmente nas Ciências Exatas, como é o caso de Química.

Para que o lúdico seja educativo, a construção dele deve obedecer ao método participativo, em que as regras sejam de autoria coletiva e obedeçam à lógica “da tentativa e do erro” (Kowalczuk, 2009).

Os jogos educativos podem favorecer a construção significativa do conhecimento, além de contribuir para modificar a postura dos alunos em relação à ação de aprender, uma vez que, quando há estímulo e motivação para a realização de alguma tarefa, torna-se mais prazeroso realiza-la (Barros et al., 2016).

As tecnologias da informação e comunicação no ensino de Química

Na atualidade brasileira, as tecnologias da informação e comunicação (TIC) vêm desempenhando papel muito importante na sociedade, sendo um fator inovador no ambiente educativo para propiciar uma aprendizagem significativa para os estudantes.

A utilização das TIC tem modificado os paradigmas do conhecimento e, nas últimas décadas, tem-se verificado que seu acesso e seu domínio constituem condições fundamentais para o desenvolvimento pessoal e profissional do ser humano como cidadão (Souza et al., 2004).

Com a utilização das TIC nas escolas, os professores alternam seu estilo de ensinar, pois elas proporcionam recursos que chamam a atenção dos alunos, tornando as aulas mais atraentes. Para Oliveira, Moura e Sousa (2015), as TIC possibilitam a adequação do contexto e as situações do processo de aprendizagem às diversidades em sala de aula.

Nesse sentido, o uso do celular e de outras tecnologias em sala de aula se torna ferramenta facilitadora no ensino, tendo como objetivo auxiliar o professor nas aulas de Química e promover uma aprendizagem de qualidade para os estudantes.

Sendo assim, algumas perguntas surgem frente às TIC: de que maneira as tecnologias podem contribuir para uma aprendizagem significativa dos estudantes? Como o professor se comporta nesse meio frente às novas tendências tecnológicas?
A partir disso, é muito comum obtermos respostas de que o celular ou smartphone e outras tecnologias vêm para facilitar o ensino nas escolas, auxiliando o professor em determinadas tarefas, trazendo um leque de possibilidades para melhorar o ensino nas escolas, causando impacto positivo no meio educativo.

Nesse contexto, as TIC no ambiente educativo são tidas como potencializadoras do processo de ensino-aprendizagem, segundo Araújo, Bizerra e Coutinho (2019, p. 193):

Recursos como projetores multimídia, notebooks, tablets e até smartphones podem ser utilizados para auxílio desse processo, tanto para o aluno como para o professor, e isso tem se configurado em métodos e metodologias de ensino diversificados. É necessário, portanto, adequar as propostas didáticas às realidades dos alunos, que atualmente dispõem cada vez mais de aparatos tecnológicos em seu dia a dia.

A internet disponibiliza vários jogos digitais gratuitamente em sites de busca no Google sobre “jogos para aprender Química” ou “aplicativos jogos de Química para celular”. Dentre eles destacam-se: Funções Orgânicas; Jogos de Química Ambiental; Tabela Periódica; Adivinhas sobre a Tabela Periódica; Elementos Químicos; Limpar o Laboratório; Átomos; Laboratório de Reações; Molécula; Química Completa; e outros que podem ser utilizados tanto por meio do celular, quanto do computador.

Segundo Takahashi e Camas (2019), os professores, ao utilizar essas novas ferramentas tecnológicas no ensino, têm necessidade de conhecer esses equipamentos e se preparar com um planejamento de ensino docente consistente; caso contrário, o uso dos aparelhos perde sentido.

O uso de jogos pedagógicos na Educação de Jovens e Adultos

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino que contempla aqueles que não conseguiram prosseguir em seus estudos devido a trabalho integral ou por outro motivo, deixando de cursar na idade indicada para cada série. Por isso, muitos buscam a EJA para continuar seus estudos e concluir essas etapas da Educação Básica, visando ao mercado de trabalho.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação destaca, sobre a Educação de Jovens e Adultos, que é uma modalidade de ensino reconhecida; em seu Art. 37 ela ressalta:

A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. 
§1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos que não puderam efetuar os estudos na idade regular oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si (Brasil, 1996, p. 13).

Assim, o uso dos jogos pedagógicos na EJA proporciona interação dos alunos com os seus colegas e com o professor, promovendo uma mudança significativa no processo de ensino-aprendizagem, permitindo consolidar e conciliar a aula tradicional com a prática.

Nesse sentido, o professor também deve ter ferramentas pedagógicas variadas para promover uma aprendizagem de qualidade para o educando, utilizando métodos que podem estimulá-los a aprender o conteúdo por meio do lúdico no ensino. Nesse contexto, Munari (2010) destaca que

é pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças que em todo lugar onde se consegue transformar em jogo a iniciação à leitura, ao cálculo, ou à ortografia observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações (Munari, 2010 p. 99).

Conforme Cordeiro e Barcellos (2015), os jogos didáticos têm grande importância no ensino porque auxiliam o professor a introduzir e aperfeiçoar os conteúdos, com a finalidade de que os alunos trabalhem com descontração e domínio dos assuntos abordados. Os jogos são ferramentas importantes que auxiliam na aprendizagem dos alunos em sala de aula. E mencionam que os jogos pedagógicos são capazes de proporcionar momentos de descontração em qualquer modalidade de ensino, não sendo diferente na EJA, fazendo com que a aprendizagem não se perca ao utilizar essas ferramentas pedagógicas no âmbito educacional. Nesse contexto,

as atividades lúdicas são facilitadoras da aprendizagem, devendo fazer parte da prática educativa das escolas, envolvendo habilidades voltadas para o cognitivo, o social, o afetivo e o emocional. Numa classe que atende à modalidade EJA, é vista uma preocupação com os materiais didáticos que serão utilizados, haja vista a importância metodológica que trazem consigo. Quando tal material respeita as individualidades de seu usuário, fazendo-se útil para o público a que se destina, tem-se uma eficaz ferramenta de aprendizagem (Cordeiro; Barcellos, 2015, p. 227).

A importância da Química Orgânica no Ensino Médio

A Química Orgânica no Ensino Médio é parte necessária na formação curricular dos estudantes, proporcionando um estudo dos compostos orgânicos. Segundo Feltre (2004), o conceito de Química Orgânica foi proposto em 1858 por Friedrich August Kekulé; segundo ele, a Química Orgânica é a parte da Química que estuda os compostos que contêm carbono. A Química Orgânica é de fundamental importância para a formação dos estudantes por meio da matriz curricular no Ensino Médio, pois a Química está presente em nosso cotidiano, proporcionando uma compreensão mais aprimorada da existência da vida. Conforme Both (2007),

nas escolas de Ensino Médio, especialmente nas escolas públicas, o estudo da Química Orgânica geralmente é feito no terceiro ano. Em muitas escolas particulares, o estudo da Química Orgânica inicia na segunda metade do segundo ano e durante o terceiro ano, visto que durante o terceiro ano também é feita uma revisão geral dos conteúdos de Química, tendo em vista o “treinamento” dos alunos para o vestibular (Both, 2007 p. 55).

Os PCN também influenciam o currículo do Ensino Médio, contribuindo para uma formação mais estruturada do conhecimento, permitindo a construção de uma visão mais cientifica. Com isso, o aluno tem uma aprendizagem mais elaborada na sua formação, que, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio,

deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação.
Propõe-se, no nível do Ensino Médio, a formação geral, em oposição à formação específica; o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de memorização (Brasil, 2000, p. 5).

Funções Orgânicas

As funções químicas são um conjunto de substâncias que apresentam semelhança em sua fórmula estrutural e, por consequência, apresentam propriedades químicas semelhantes. Esses compostos são identificados por meio de um agrupamento de átomos, contendo um ou mais átomos característicos de certa classe funcional, sendo denominados grupo funcional. No entanto, o nome oficial de um composto orgânico é formado por um prefixo que indica o número de carbonos; um infixo, que indica o tipo de ligação presente na molécula; e um sufixo: que indica os tipos de funções (Peruzzo; Canto, 2006).

Dentre algumas dessas funções orgânicas, destacam-se hidrocarboneto, álcool, fenol, aldeído, cetona, ácido carboxílico, éster, éter, amina, amida, nitro composto, compostos halogenados e composto organometálico.

Metodologia

Este trabalho foi realizado no Estágio Supervisionado II ofertado no 8º semestre da Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Roraima, câmpus de Rorainópolis/RR.

Esta pesquisa tem como objetivo a utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC), bem como o uso de jogo didático, para inovar nas aulas de Química do Ensino Médio da EJA, como forma de auxiliar o ensino e motivar a aprendizagem dos alunos.

Para a realização desta pesquisa utilizaram-se os seguintes materiais: livro, pincel, quadro, uso de aplicativo no smartphone, questionário inicial, registro fotográfico, jogo pedagógico e questionário final. Para alcançar os objetivos, utilizou-se a pesquisa descritiva; segundo Gil (2008, p. 28),

as pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

Utilizou-se também a pesquisa qualitativa; conforme Gerhard e Silveira (2009), é aquela que não se preocupa com a representatividade numérica, mas, sim, com conseguir compreender o comportamento de determinado grupo alvo.

A pesquisa participante, de acordo com Gil (2008), é aquela que se caracteriza pelo envolvimento do pesquisador com os membros da situação pesquisada.

A pesquisa foi realizada nos dias 4 e 11 de julho de 2019 na Escola Estadual Padre Eugênio Possamai, em Rorainópolis/RR. Os alunos que participaram eram da 3ª série A do Ensino Médio da EJA no período noturno. Para a coleta de dados, foram utilizados questionários inicial e final, compostos de perguntas mistas.

A população da pesquisa foi de 30 alunos, porém a amostra foi de 21 alunos que participaram durante todo o processo. Segundo Rudio (1986), população é um conjunto de pessoas que habita determinado lugar, sendo formada por todos que se encontrarem no devido espaço. Para Guimarães (2008, p. 14), amostra é “uma parcela da população utilizada para uma posterior análise de dados”.

A pesquisa foi realizada em quatro aulas de 50 minutos cada, sendo duas aulas seguidas para a realização da teoria abordando os conceitos e as funções de Química Orgânica e aplicação do questionário inicial, uma aula dedicada à apresentação do aplicativo e a outra para a execução do jogo de cartas e aplicação do questionário final.

Etapas da pesquisa

A pesquisa aplicada ocorreu em cinco etapas. Num primeiro momento, o pesquisador fez observação para averiguar o comportamento dos alunos; em seguida, apresentou-se a proposta do projeto, que foi aceita pela turma. Osso aconteceu no dia 27 de junho de 2019. Conforme Marconi e Lakatos (2008, p. 275), “a observação ajuda o pesquisador na identificação e obtenção de provas a respeito de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento”.

Primeira etapa (aplicação do questionário inicial)

No dia 4 de julho, começou a pesquisa. Inicialmente, foi aplicado o questionário para analisar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto a ser abordado, contendo cinco questões: três discursivas e duas objetivas, com tempo estimado de 15 minutos.

Segunda etapa (execução do conteúdo teórico)

Após o recolhimento do questionário inicial, começou a realização das aulas teóricas, no 1º e 2º tempos de aula, abordando os conceitos de Química Orgânica, suas funções, classificações das cadeias carbônicas, regras IUPAC, nomenclaturas, fórmulas estruturais, classes funcionais e grupos funcionais, sendo compartilhado o aplicativo com a turma; com isso, finalizou-se a teoria.
As aulas foram sobre funções orgânicas (13 funções); dentre elas destacam-se: hidrocarboneto, álcool, fenol, aldeído, cetona, ácido carboxílico, éster, éter, amina, amida, nitro composto, compostos halogenados e composto organometálico.

Terceira etapa (manuseio do aplicativo)

No dia 11 de julho, no 1º tempo de aula, houve a explicação do jogo virtual Funções Orgânicas, que tem dois desafios: Desafio 1 e Desafio 2. Primeiramente, o pesquisador fez uma pesquisa na internet com o celular e encontrou o aplicativo Funções Orgânicas, baixado gratuitamente pelo Play Store (Figura 1), que foi inserido como ferramenta pedagógica no ensino de Química, sendo compartilhado via bluetooth com a turma.

Figura 1: Jogo virtual Funções Orgânicas

Quarta etapa (aplicação do jogo de cartas)

No 2º tempo de aula, no dia 11 de julho, houve a aplicação do jogo de cartas das funções orgânicas, com tempo estimado de 25 minutos.

O jogo de cartas das funções orgânicas foi desenvolvido como ferramenta facilitadora no processo de ensino-aprendizagem de Química (Figura 2), contendo funções como: hidrocarboneto, álcool, fenol, aldeído, cetona, ácido carboxílico, éster, éter, amina, amida, nitro composto, composto halogenado e composto organometálico.

Figura 2: Jogo de cartas das funções orgânicas

Regras do jogo:

  • O jogo será disputado por dois grupos;
  • O(a) professor(a) conduzirá as cartas;
  • O jogo conterá 80 cartas de perguntas e respostas;
  • O(a) professor(a) fará as perguntas e os integrantes irão responder;
  • Cada integrante do grupo terá 15 segundos para responder a pergunta que está na carta;
  • Se um dos integrantes errar, passará a vez para o outro grupo e assim sucessivamente até finalizar o tempo de 25 minutos de jogo;
  • O grupo que acertar o maior número de cartas no jogo vence a partida.

Confecção do jogo de cartas das funções orgânicas:

Foram cortadas nove folhas de papel cartão, totalizando 80 cartas com 15,5cm x 23cm. Depois de cortadas, foram escritas as nomenclaturas e desenhadas as estruturas orgânicas nas cartas.

Materiais utilizados:

  • Papel cartão;
  • Régua;
  • Tesoura;
  • Caneta hidrocor ponta grossa - seis cores.

Quinta etapa (aplicação do questionário final)

Após, a execução do jogo de cartas, aplicou-se o questionário final, contendo seis questões, quatro discursivas e duas objetivas, com tempo estimado de 20 minutos, objetivando verificar se a ferramenta pedagógica influenciou no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. Com isso, finalizou-se a pesquisa.

Resultados e discussão

Os dados da pesquisa foram levantados pelas informações recolhidas na aplicação dos questionários inicial e final.

Análise do questionário inicial

Elaborou-se um questionário inicial relacionado ao conteúdo de funções orgânicas, composto de questões mistas, com o propósito de verificar os conhecimentos prévios dos alunos, já que esse conhecimento só é possível a partir daquilo que já se conhece (Moreira, 2011).

O questionário inicial foi composto por cinco questões, três discursivas e duas objetivas. Trabalhou-se também com algumas justificativas dos alunos. A primeira questão era se os estudantes gostavam de Química, tendo que justificar a resposta; 43% dos alunos disseram SIM e 57% dos alunos disseram NÃO.

Justificativas para o SIM: “Ela nos ensina a mistura das coisas e transformação”; “Eu gosto, mas tenho um pouco de dificuldade nessa disciplina”.

Justificativas para o NÃO: “Os cálculos são muito complicados e difíceis de entender”; “É uma matéria muito complicada, me esforço bastante mas não entendo muito os conteúdos”.

Com isso, os dados mostram que a maioria dos alunos não gosta de estudar a disciplina. Isso reflete a forma de como o conhecimento é repassado nas aulas de Química, enfatizando um ensino de fórmulas, cálculos e regras, no qual o aluno necessita gostar do que está fazendo para que possa construir um conhecimento significativo dos conceitos de Química.

A segunda questão era descrever o significado de Química Orgânica;  29% dos alunos acertaram e 71% dos alunos erraram.

A terceira questão era de opinião: se o uso de jogos e atividades lúdicas ajudaria em sua aprendizagem, na disciplina de Química, tendo de justificar a resposta; 90% dos alunos disseram SIM e 10% dos alunos disseram NÃO.

Justificativas para o SIM: “Deixaria as aulas mais interessantes”; “Jogos e atividades lúdicas chamam mais a atenção do aluno e com toda certeza isso estimula mais a querer aprender e ter mais curiosidade sobre o assunto”.

Justificativas para o NÃO: “Tem jogos hoje em dia que, ao invés de ajudar, faz é atrapalhar”; “Acho que o livro é melhor”.

Conforme os comentários dos alunos, é possível verificar que eles não tiveram contato com aulas práticas; alguns deles descrevem que o uso de jogos e atividades lúdicas é de fundamental importância no processo de ensino-aprendizagem, além de estimulá-los, aproxima o aluno para uma aprendizagem significativa sobre os conteúdos de Química e a ter mais curiosidade sobre o assunto.

Na quarta questão foram dadas quatro alternativas para marcar a opção correta em relação à identificação da fórmula estrutural da ureia; 33% dos alunos acertaram e 67% erraram.

Na quinta questão foram dadas quatro alternativas para marcar a opção correta em relação à identificação da fórmula estrutural do hidrocarboneto; 62% dos alunos acertaram e 38% dos alunos erraram.

Descrição da aula teórica

Realizaram-se duas aulas expositivas com a utilização de livro didático, pincel e quadro; em seguida, foi compartilhado o jogo virtual Funções Orgânicas com a turma. Durante a explicação das aulas teóricas, os alunos sentiram um pouco de dificuldade no início, como nomear a estrutura orgânica das funções e identificar os grupos funcionais. No entanto, tais dificuldades aos poucos foram sanadas, esclarecendo as dúvidas em relação às nomenclaturas, voltadas às regras IUPAC. Os alunos realmente se envolveram durante a explicação da temática, no momento de nomear as nomenclaturas, classificar as cadeias carbônicas, identificar a cadeia principal, o grupo funcional, todas direcionadas às regras IUPAC.

A explicação da temática aconteceu de forma interativa, atraente e dialogada, havendo participação ativa dos alunos, estimulando-os a aprender o conteúdo.

Segundo Nascimento, Ricarte e Ribeiro (2007), o ensino de Química Orgânica deve ser trabalhado de modo mais interativo e contextualizado nas escolas, no qual o aluno tende assimilar os conteúdos abordados na disciplina, criando um vínculo entre a teoria e a prática.

No final da explicação das aulas expositivas, foi entregue uma atividade extraclasse para os alunos sobre o conteúdo de funções orgânicas, para que eles pudessem responder, estudar e se preparar para o dia da aplicação do jogo de cartas. Segundo Back e Silva (2016), a atividade extraclasse em forma de tarefa de casa, quando adotada criteriosamente e convenientemente focalizada, pode potencializar o conhecimento, fazendo parte do processo de ensino-aprendizagem.

As aulas foram sobre funções orgânicas, dentre elas: hidrocarboneto, álcool, fenol, aldeído, cetona, ácido carboxílico, éster, éter, amina, amida, nitro composto, compostos halogenados e composto organometálico.

Descrição do uso do aplicativo Funções Orgânicas em sala de aula

As tecnologias da informação e comunicação são um dos acontecimentos que crescem constantemente nos dias de hoje, principalmente entre os jovens; isso acontece, devido à utilização de ferramentas como celulares, computadores e outros aparelhos modernos. Dessa maneira, a educação vai se adequando ao conceito de tecnologia e inovação, onde o uso de TIC em sala de aula tende a ser cada vez mais comum nas escolas (Tavares; Souza; Correia, 2013).

A explicação do jogo virtual aconteceu de maneira interativa, conseguindo chamar a atenção dos alunos, pois a utilização do recurso digital tornou a aula prazerosa, facilitando o processo educativo. Segundo Silva (2011), a utilização de metodologias diferenciadas em sala de aula torna o ensino de Química mais atraente nas escolas.
Durante a explicação do jogo virtual Funções Orgânicas, os alunos se divertiram bastante em relação aos dois desafios; foram sanadas algumas dúvidas em relação a algumas estruturas que havia no aplicativo, os alunos ficaram bastante empolgados, eufóricos na hora de acertar a opção correta no jogo virtual, tornando-se uma aula dinâmica, atraente e diferenciada, sendo uma novidade para os alunos da 3ª série A do Ensino Médio da EJA.

Alguns deles não tinham celular, se reuniram com quem tinha e puderam manusear o aplicativo da mesma maneira.

Os alunos manusearam os dois desafios do jogo virtual Funções Orgânicas (Figura 3); o primeiro desafio estava classificado em quatro itens, dentre eles: hidrocarboneto, funções oxigenadas, funções nitrogenadas e outras funções orgânicas, contendo 40 questões e quatro alternativas, todas voltadas à fórmula estrutural dos compostos orgânicos. O segundo desafio também estava classificado em quatro itens, dentre eles: hidrocarboneto, funções oxigenadas, funções nitrogenadas e outras funções orgânicas, contendo 40 questões e quatro alternativas, todas voltadas à nomenclatura dos compostos orgânicos. No final de cada desafio, os alunos puderam verificar sua pontuação no jogo (Figura 4).

Figura 3: Aluna manuseando o aplicativo Funções Orgânicas

Figura 4: Ilustração do aplicativo Funções Orgânicas

A finalidade desse recurso virtual é mostrar aos alunos que existem outros meios de entretenimento no âmbito educativo. E o uso das TIC no ambiente escolar é de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo; com esse recurso, os alunos são direcionados a identificar as estruturas e nomenclaturas dos compostos orgânicos.

Descrição do jogo de cartas das funções orgânicas

O ensino de Química vem preocupando bastante o cenário educacional, visto que muitos alunos mostram dificuldades em aprender a disciplina, pois nem sempre esse conhecimento é transmitido de forma que o aluno possa entender a sua importância.
Por isso, a utilização de atividades lúdicas em sala de aula é de extremo valor, pois proporciona ao aluno um ensino de qualidade; segundo Soares (2004), o lúdico é uma atividade de entretenimento que favorece o divertimento, ou seja, está relacionado com jogos, com ou sem a presença de regras. Com isso, as atividades lúdicas em sala de aula contribuem para o desenvolvimento cognitivo dos alunos.

Durante a execução da atividade prática, a sala foi dividida em dois grupos, um com dez e o outro com onze alunos (Figura 5); foi um jogo de perguntas e respostas no qual o grupo vencedor ganharia duas caixas de chocolate como forma de estímulo na competição.

Figura 5: Aplicação do jogo de cartas em sala de aula

O jogo de cartas das funções orgânicas teve algumas regras: cada integrante do grupo teria uma chance para acertar a questão contida na carta, tendo cronometrado um tempo de 15 segundos para responder; apenas um representante do grupo responderia à questão; isso fez com que os integrantes do grupo conversassem antes de formular a resposta; se ele errar, passaria a vez para o outro grupo e assim sucessivamente até concluir o tempo de 25 minutos de jogo.

Esse jogo teve 80 cartas, algumas com estruturas e outras com nomenclaturas; os alunos iriam identificar a estrutura orgânica entre quatro alternativas. Havia outras questões no jogo de cartas, em que os alunos teriam que falar a nomenclatura dos compostos, sem opção de resposta.

Na aplicação do jogo de cartas, os alunos interagiram bastante; o jogo foi muito dinâmico, eles realmente se divertiram, ficaram impressionados com a qualidade do jogo, observou-se que os alunos conversavam muito entre si porque ninguém queria errar a questão, eles literalmente aprenderam se divertindo, percebendo que a Química não é tão “chata” como eles havia aparentado ser.

No final do jogo, o Grupo 2 foi o grupo vencedor, fazendo 17 pontos no jogo de cartas, e o Grupo 1 fez apenas 13 pontos.

À vista disso, o jogo pedagógico tem papel fundamental para contribuição à aprendizagem dos alunos, pois proporciona o aprendizado e esclarece as dúvidas pendentes na teoria, e o aluno compreende melhor o conteúdo. Com isso, a teoria e a prática devem caminhar em conjunto para proporcionar uma aprendizagem significativa para os alunos.

Análise do questionário final

O questionário final foi composto por seis questões: quatro discursivas e duas objetivas. Trabalhou-se também com algumas justificativas e respostas dos alunos. Foram apenas 21 estudantes que participaram durante todo o processo da pesquisa. A primeira questão perguntava se o aluno havia gostado do aplicativo Funções Orgânicas, tendo que justificar a resposta; 86% dos alunos disseram SIM e 14% dos alunos tiveram outras respostas.

Justificativas para o SIM: “Aprendemos brincando e isso torna mais fácil o aprendizado”; “Ele nos ajuda a aprender muitas coisas”.

Justificativas para outras respostas: “Eu estou sem celular”; “Meu celular deu defeito”.

A segunda questão perguntava se o jogo de carta das funções orgânicas contribuiu para a sua aprendizagem, tendo que justificar a resposta; 100% dos alunos disseram SIM.

Justificativas para o SIM: “Conseguimos assimilar algumas fórmulas estruturais e suas nomenclaturas”; “Gera motivação para os alunos estudarem”.

Os alunos foram unânimes ao afirmar que o jogo de cartas contribuiu para a assimilação e a aprendizagem dos conceitos de funções orgânicas. Conforme esse resultado e vinculando aos comentários dos alunos, ficou convincente que o uso de atividades lúdicas e jogos pedagógicos em sala de aula facilita o processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, aprimorando o trabalho em grupo e a capacidade de lidar com fórmulas, regras e cálculos.

A terceira questão pedia para descrever o significado de Química Orgânica; 81% dos alunos acertaram e 19% dos alunos erraram. Podemos observar também algumas respostas dos alunos, antes e depois da intervenção didática.

Antes: “É a Química do carbono”; “É aquela que estuda o carbono”.

Depois: “Química Orgânica é a parte da Química que estuda os compostos de carbono”; “É aquela que estuda os compostos que contêm carbono”.  Com esse resultado, pode-se observar uma evolução significativa dos conceitos por parte dos estudantes. Fazendo a comparação do questionário inicial com o questionário final em relação ao significado de Química Orgânica e observando os dados dispostos, podemos verificar que conseguiram obter resultados satisfatórios, tornando o ensino de Química mais atraente, aproximando o aluno da disciplina e facilitando o processo de aprendizagem, além de melhorar a qualidade do ensino, tornando-o inovador.

Na quarta questão, foram dadas duas colunas contendo quatro itens; a primeira coluna trazia as nomenclaturas dos compostos e a segunda tinha as fórmulas estruturais desses compostos; os alunos teriam que relacionar a segunda coluna de acordo com a primeira, marcando a opção correta em relação à sequência de numeração; 29% dos alunos acertaram e 71% dos alunos não conseguiram preencher a lacuna adequadamente.

Na quinta questão, foram dadas cinco estruturas orgânicas e quatro alternativas; os alunos teriam que selecionar a opção que não pertencia às funções oxigenadas; 81% dos alunos acertaram e 19% dos alunos erraram.

A sexta questão era de opinião: “Como você acha que o ensino de Química poderia ser melhorado?”. As respostas estão na Tabela 1.

Tabela 1: Respostas fornecidas pelos alunos

Respostas dos alunos

Número de alunos

Percentuais aproximados

Com aulas no laboratório

3

14%

Com experimentação

2

10%

Com aulas mais dinâmicas

4

19%

Com mais jogos e brincadeiras

10

47%

Com aulas mais divertidas

2

10%

Total

21

100%

Fonte: Adaptado de Silva (2011).

De acordo com as respostas dos alunos e conforme consultas a artigos na literatura (Albrecht; Krüger, 2013), os resultados mostram que o ensino de Química no Ensino Médio em muitas escolas da rede pública ainda é muito precário, pois os alunos sentem falta de aulas laboratoriais, experimentação, atividades lúdicas, aulas atraentes e diferenciadas para tornar a aprendizagem significativa; muitos professores seguem a metodologia tradicionalista utilizando apenas aulas teóricas com o uso de quadro-negro e livros didáticos.

Essa prática influencia de forma negativa a aprendizagem dos alunos, pois é necessário que a teoria esteja vinculada com a prática para a construção completa do conhecimento, na qual a metodologia inovadora chama mais a atenção dos alunos.

Desse modo, é possível perceber que os alunos realmente veem os jogos, atividades lúdicas, experimentação ou aulas diferenciadas na disciplina de Química como algo fundamental, importante e inovador para a melhoria do ensino nas escolas, deixando de ser tradicionalista, havendo melhor relação professor-aluno e ensino-aprendizagem.

Com isso, pode-se dizer que houve aprendizagem significativa, pois ela caracteriza-se pela interação entre o novo conhecimento e o conhecimento prévio do aluno. Nesse processo de interação, o novo conhecimento adquire significado para o aprendiz e o conhecimento prévio fica mais elaborado em termos de estabilidade cognitiva (Moreira, 2011).

Conclusão

Após a realização da pesquisa, na qual ficou identificado que a utilização de jogos pedagógicos é de grande importância para a aprendizagem dos estudantes, percebeu-se também, que o uso do celular em sala de aula foi uma ferramenta atraente e facilitadora no processo de ensino-aprendizagem.

Com isso, a utilização de uma metodologia diferenciada no ensino de Química torna mais fácil para o professor dinamizar em sala de aula e, consequentemente, favorece a aprendizagem significativa.

É importante ressaltar que a maioria dos alunos não gosta de Química, pois considera algo chato e difícil para ser compreendida, e a principal dificuldade está relacionada com os cálculos e fórmulas.

Os resultados da pesquisa mostram que 100% dos alunos afirmaram que o jogo de cartas contribuiu para a assimilação e a aprendizagem dos conceitos de funções orgânicas. O aplicativo se mostrou necessário no processo de aprendizagem, pois 86% dos alunos gostaram do aplicativo, observando em um dos comentários citados pelos alunos sobre o jogo virtual: “aprendemos brincando e isso torna mais fácil o aprendizado”. Os resultados obtidos revelam que a proposta didática em sala de aula mostrou ser um fator inovador no ensino de Química.

Portanto, a utilização do jogo de cartas e do software educativo no ensino de Química foi satisfatória; os alunos aprenderam o conteúdo se divertindo, de forma interativa, atraente e construtiva, despertando um forte interesse pela disciplina. Em seus resultados, observou-se que 81% dos estudantes compreenderam o conteúdo de funções orgânicas.

A utilização de atividades lúdicas nas escolas torna o ensino de Química mais atraente e diferenciado, pois, além de aproximar o aluno da disciplina, facilita a compreensão dos conceitos.

Referências

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Publicado em 29 de setembro de 2020

Como citar este artigo (ABNT)

SOUZA, Natanael da Silva; OLIVEIRA, Wélida do Nascimento de; OLIVEIRA, Josimara Cristina de; OLIVEIRA, André Camargo de. Estratégia didática em Química Orgânica: uma metodologia diferente no ensino de Química na EJA. Revista Educação Pública, v. 20, nº 37, 29 de setembro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/37/estrategia-didatica-em-quimica-organica-uma-metodologia-diferente-no-ensino-de-quimica-na-eja

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