Os projetos pedagógicos como recurso de ensino

José Clécio Silva de Souza

Aluno do curso de segunda licenciatura em Matemática (Uninter)

Décio Oliveira dos Santos

Aluno do curso de segunda licenciatura em Matemática (Uninter)

Josineide B. dos Santos

Aluna do curso de segunda licenciatura em Matemática (Uninter)

O trabalho com projeto pedagógico é uma realidade nas escolas brasileiras, particulares ou públicas, pela sua grande e fundamental contribuição no processo de ensino-aprendizagem; geralmente as escolas escolhem para trabalhar alguns temas específicos com uma metodologia diferenciada e interdisciplinar, fazendo uso do lúdico de forma que a aprendizagem possa ser de qualidade.

Os projetos escolares oportunizam ao estudante, independentemente do nível de ensino em que está matriculado, vivenciar de forma inovadora diversos aspectos do meio em que está inserido, sendo também uma forma de favorecer, além da interdisciplinaridade, a contextualização, aspectos de grande relevância na formação escolar do estudante, comprovando que as diversas áreas do conhecimento se complementam e dialogam entre si sobre os mais diversos temas.

Trabalhar com projetos pedagógicos é uma forma de melhorar a qualidade de aprendizagem, em especial no campo da Matemática, que neste caso, por se tratar de um projeto específico, quando o docente quer trabalhar com Geometria, porcentagem ou números, entre os mais diversos conteúdos em que os estudantes apresentam dificuldade de assimilação, pelo fato de muitas vezes o docente de Matemática utilizar apenas como meio de ensino o livro didático, o quadro e o pincel.

O projeto, quando bem construído e executado, deve contemplar uma metodologia que seja diferente, inovadora para trabalhar determinada temática, para que sejam despertados no aluno o desejo e o prazer de aprender, tendo assim uma aprendizagem significativa.

No contexto do Ensino da Matemática, inovar se faz necessário e é perceptível que os projetos contemplam os aspectos lúdicos, o aprender brincando, o aprender fora da sala de aula, fugindo assim do ensino tradicional. Contudo, o trabalho com projetos requer grande dedicação por parte dos profissionais envolvidos, para que seus objetivos sejam alcançados e se obtenha êxito, devido à sua complexidade.

O tema do trabalho em questão foi pensado e surgiu da inquietação de compreender a importância e a relevância de trabalhar com projetos pedagógicos e suas contribuições para o processo de ensino-aprendizagem.

Nesse contexto, o trabalho visa promover um resgate dos principais estudiosos que tratam da temática, com base em pesquisa bibliográfica, tomando como referências estudiosos como: Jean Jacques Rousseau, Heinrich Pestalozzi, Friedrich Froebel e John Dewey, entre outros.

O presente artigo inicia com uma contextualização histórica do surgimento da ideia de trabalhar com projetos pedagógicos, trazendo uma reflexão sobre o que precursores dessa temática dizem. Em seguida o artigo apresenta discussão sobre a Pedagogia de Projetos e as suas contribuições, assim como etapas que devem ser seguidas para a elaboração de um projeto pedagógico.

Este artigo não tem a pretensão de ser o fim de uma discussão sobre tema tão relevante quando se fala em educação, mas um meio de abrir mais espaço para que essa proposta de trabalho seja discutida, implantada cada vez mais nas escolas de modo a dinamizar o processo de ensino-aprendizagem.

Aspectos históricos da Pedagogia de Projetos

Os estudos sobre a Pedagogia de Projetos voltados à dimensão educacional surgiram no âmago do movimento da Escola Nova, no século XX; alguns escritores que inspiraram com suas teorias a organização dessa escola foram Jean Jacques Rousseau, Heinrich Pestalozzi, Friedrich Froebel e John Dewey.

O movimento da Escola Nova influenciou de forma intensa as ideias de alguns intelectuais e estudiosos na Europa e na América, sobretudo no Brasil; no ano de 1932, com a divulgação do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, vários educadores brasileiros como Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e Anísio Teixeira tiveram grande influência das ideias de Dewey.

A Escola Nova contou com uma renovação do ensino, desenvolvendo-se no Brasil por meio de importantes transformações econômicas, políticas e sociais da época, uma vez que a ampliação do pensamento liberal disseminou o ideal escolanovista, afirmando que a educação seria essencial para a construção de uma sociedade democrática, considerando as diversidades, respeito à individualidade das pessoas, reflexões sobre a sociedade para conseguir se inserir e atuar de forma integrada e democrática.

A concepção de educação para a Escola Nova estava associada à Educação Ativa, com os princípios baseados na autonomia dos estudantes, livre atividade e valorização da experiência pessoal. Tais aspectos preconizam o início do método de projetos, ideia que surgiu contrapondo-se à metodologia da Educação tradicional. Santos (2006) afirma que a Escola Nova intencionava uma nova modalidade de aprendizagem com uma mudança na metodologia. A ideia consistia em valorizar a construção do conhecimento, reconhecendo a autonomia, a liberdade de expressão e a autonomia dos estudantes, priorizando o diálogo, a criatividade e a socialização sem perder de vista a intenção pedagógica estruturada nas atividades metodológicas. Santos (2006) ainda indica o principal objetivo dos escolanovistas: formação de pessoas ativas, investigativas, com senso crítico, atuantes em meio a uma sociedade que se encontrava, na época, em transição.

Influenciadores da Pedagogia de Projetos

Nesse contexto, John Dewey foi um dos primeiros a elaborar um novo ideal pedagógico, embasado na ação e não mais na instrução, como era difundido na escola tradicional, dando uma nova configuração às práticas de ensino. A Educação, na concepção de Dewey, sendo pragmática, acabava por valorizar as experiências concretas da vida como problemas a serem resolvidos. Cunha (1999, p. 19) define os princípios básicos do pragmatismo:

o pensamento e a ação devem formar um todo indivisível, o que implica tratar qualquer formulação teórica como hipótese ativa que carece de demonstração em situação prática de vida; as constantes transformações sociais fazem com que a realidade não constitua um sistema acabado e imutável; a inteligência garante ao homem a capacidade de alterar as condições de sua própria experiência. Para os pragmatistas, o terreno em que se dá a transmissão do conhecimento, particularmente a escola, pode tornar-se um campo fértil de experimentação de teses filosóficas.

Nesse sentido, o pragmatismo consiste na abordagem que relaciona os fazeres, as ações com a prática, na necessidade da inter-relação entre as duas dinâmicas, para então desenvolver o processo de ensino-aprendizagem dos conhecimentos. A educação desenvolvida no ambiente escolar seria uma condição de auxiliar os estudantes a pensar, ampliando suas capacidades de resolver seus problemas.

De acordo com Dewey, a escola é uma instituição social que deveria associar os conteúdos de ensino com as situações vivenciadas de forma integrada, articulando com os fazeres na sociedade; ou seja, a escola deveria ir além de apenas ensinar ou transmitir conteúdos, mas promover um processo de aprendizagem baseado no cotidiano do estudante, pois assim a construção do conhecimento se tornaria mais prazerosa para ele.

Os estudantes precisam desenvolver, com o auxílio da escola, a habilidade de conseguir vincular os conteúdos aprendidos à sua vivência social. O professor, nessa perspectiva, deve considerar em seu planejamento os interesses dos alunos, os problemas e situações que envolvem a vida cotidiana, pois somente assim facilitaria a aprendizagem do estudante, tornando a construção, aquisição do conhecimento algo prazeroso, em que a criança teria o desejo de aprender cada vez mais.

Assim, na teoria proposta por Dewey, a educação consiste numa necessidade social, em que as pessoas precisam ser educadas, garantindo a continuidade da sociedade na transmissão das crenças, ideias e conhecimentos, para que nada se perca e assim possa perpetuar valores necessários à sociedade, valores como respeito; para o autor, a sociedade ideal sustentaria suas premissas na democracia, com direitos e deveres para todos; serviria de base para a educação de qualidade que muito se almeja.

Segundo Dewey (1979), o conhecimento consiste na forma de atividade dirigida que não apresenta um fim em si mesma, mas associada à experiência, ou seja, a aprendizagem para ser concebida necessita de meios que a tornem prazerosa; dessa forma, enfatiza a atividade lúdica como fator decisivo para o desenvolvimento da criança e a sua capacidade de pensar. O pensador ressalta ainda o sucesso do processo educativo associado à troca de ideias, sentimentos e experiências sobre as situações práticas da vida cotidiana.

A educação deveria valorizar e instigar, por meio de atividades práticas, experiências de desenvolvimento pleno da criança, tanto sua inteligência como suas ações nas vivências educativas. Dessa forma, a criança buscaria desenvolver suas aptidões, aprimorar os processos mentais a ponto de conseguir lidar com os problemas cotidianos. Dewey (1979, p. 60) afirma que, para

a necessidade de preparação para uma vida em contínua evolução, urge empregarem-se todas as energias para tornar-se a experiência presente a mais rica e significativa possível. E como o presente insensivelmente se transforma em futuro, segue que, assim procedendo, também temos tomado em conta o futuro.

A educação, ao valorizar e investir em práticas educativas que favoreçam a experiência, propicia condições históricas, sociais e pessoais para a vivência positiva de futuras experiências. Os estudos de Dewey influenciaram as ideias do filósofo William Heard Kilpatrick, desenvolvendo a Pedagogia de Projetos fundamentada nas concepções de democracia e conhecimento pragmático, baseado em preceitos sociais e educacionais.

Para Dewey e Kilpatrick, a democracia está além da forma de governo; pressupõe que cada pessoa deveria ter a garantia de oportunidade do desenvolvimento e expressão individual até o esgotamento de suas potencialidades. As ideias sugeriam uma intensa transformação na educação escolar; para aprender democracia era necessário vivenciá-la (Kilpatrick, 1978).

Tanto Dewey quanto Kilpatrick, no desenvolvimento de seus estudos, apontaram a criança como centro do processo de ensino-aprendizagem. O papel do professor não aparece de forma reduzida, mas como mediador, aquele que oportuniza a formação contínua e o acompanhamento constante da sua turma. O professor é aquele que oferece possibilidades de os estudantes buscarem as soluções para os seus problemas.

Para Kilpatrick (1998), o mundo moderno se distingue do mundo antigo, quando se avaliam reflexivamente as situações da realidade, observando a forma de pensar baseada na experimentação. Em consequência, a ciência apresenta as causas diferenciadoras do mundo moderno, explicando como e porque a atual realidade humana e social.

O principal pressuposto norteador do trabalho com projetos fundamenta-se no interesse das intenções interligadas pelo desejo de realizar um propósito, ideal ou valor definido. Para tanto, Kilpatrick (1978) aponta em seus estudos alguns elementos principais para o trabalho a ser desenvolvido utilizando a Pedagogia de Projetos.

Integrar alguma ideia ou técnica expressando de forma concreta, favorecendo a prática como construir algo referente ao assunto de estudo, que pode ser um jogo ou escrever uma carta. A finalidade da atividade deve ser experimentar algo novo, como ouvir uma história, música ou fazer uma pintura. Proporcionar meios para que os estudantes consigam resolver uma dificuldade intelectual, uma dúvida, como por que surge o arco-íris, como as plantas respiram ou se alimentam.

Em 1918, Kilpatrick publicou O método de projetos, baseado nas ideias de Dewey, abordando pressupostos da época, na intenção de apresentar uma forma de trabalho educativo que valorize e se interligue com a vida cotidiana dos estudantes.

A partir de 1996, surgiram produções que abordam a Pedagogia de Projetos, mais precisamente do espanhol Fernando Hernández, que acabou se tornando uma referência atualizada no assunto. O educador Fernando Hernández e a educadora Montserrat Ventura, ambos espanhóis, professores universitários em Barcelona, baseiam-se se nas ideias de Dewey. O professor Hernández há vinte anos se ocupa de estudos voltados para a inserção dos projetos de trabalho na escola.

Hernández e Ventura (1998) denominam como "projeto de trabalho" o elemento integrador na construção do conhecimento que sobressai do formato de educação tradicional, sustentado na transmissão dos saberes selecionados por um professor. A organização do trabalho por projetos não é uma metodologia estática, mas uma forma diferenciada de perceber e refletir sobre a escola e sua função social.

Esses autores expressam o sentido globalizador atribuído aos projetos, problematizados de acordo com os temas, permitindo atribuir um novo significado para a relação de ensino e aprendizagem desenvolvida nas escolas. Para Hernández e Ventura (1998, p. 61),

a função do projeto é favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação a: 1) o tratamento da informação; e 2) a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares tem conhecimento próprio.

A proposta de Hernández (1998) consiste em reorganizar o currículo no formato de projetos por temas, em que o professor deixa de ser transmissor dos conteúdos e assume função de pesquisador. Hernández (1998, p. 13) afirma ainda que “todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto”. O estudante, ao invés de ocupar o papel de receptor passivo, passa a ser sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem.

Nesse sentido, a utilização dos projetos pedagógicos como metodologia educativa articula a aprendizagem de conceitos, relacionando-os aos processos coletivos e internos desenvolvidos nos alunos durante a ação educativa. Os estudantes conseguem organizar as informações por meio de uma reorganização nas estruturas internas do pensamento, construindo novos conhecimentos, com base naqueles já adquiridos.

Como experiência concreta da implantação da Pedagogia de Projetos, tem-se como exemplo uma escola de Educação Infantil em Reggio Emilia, na Itália. Loris Malaguzzi, professor italiano, no ano de 1946, após os estragos deixados pela Segunda Guerra Mundial, sentiu necessidade de reconstruir as escolas em Reggio Emilia, uma cidade situada no nordeste da Itália.

Edwards (1999) indica a abordagem Reggio no respeito às formas de aprender das crianças, oferecendo caminhos, alternativas educativas. O trabalho por meio de projetos se sustenta na curiosidade e nas perguntas, considerando as diversas linguagens, como a oral, escrita, corporal, musical e outras. A organização do currículo estimula nas crianças decisões sobre suas ações relacionadas ao trabalho que deverão ser realizadas. Nesse sentido, o trabalho influenciará o aumento da confiança das crianças ao utilizar suas estruturas mentais, o pensamento e o conhecimento que possuem, estimulando a vontade de continuar aprendendo.

Definição e metodologia da Pedagogia de Projetos

O método da Pedagogia de Projetos pressupõe que os saberes escolares necessitam ser integrados aos saberes sociais para que os conteúdos tenham sentido na vida prática dos estudantes. Assim, o trabalho educativo passa a ter sentido e significado para o estudante, auxiliando-o a resolver os problemas que surgem na vida cotidiana. Para Hernández (1998, p. 61), o trabalho com projetos

aproxima-se da identidade dos alunos e favorece a construção da subjetividade, longe de um prisma paternalista, gerencial ou psicologista, o que implica considerar que a função da escola não e apenas ensinar conteúdos nem vincular a instrução com a aprendizagem. Revisar a organização do currículo por disciplinas e a maneira de situá-lo no tempo e no espaço escolares, o que torna necessária a proposta de um currículo que não seja uma representação do conhecimento fragmentada, distanciada dos problemas que os alunos vivem e necessitam responder em suas vidas, mas, sim, solução de continuidade. Levar em conta o que acontece fora da escola, nas transformações sociais e nos saberes, a enorme produção de informação que caracteriza a sociedade atual, e aprender a dialogar de uma maneira critica com todos esses fenômenos.

Dessa forma, o professor, ao desenvolver o trabalho educativo voltado a elaboração de projetos, favorece a construção da subjetividade nos estudantes. Assim, um currículo que apresenta as disciplinas de forma interligadas, em que os conteúdos se relacionam entre si e com a vida cotidiana, permitirá nos estudantes uma compreensão crítica da realidade em sua totalidade.

O professor assume o papel de mediador no processo de construção do trabalho educativo, como principal atividade à pesquisa. Por meio da pesquisa, tanto o professor como os estudantes terão acesso a descobrir novos conhecimentos. A função do professor consiste em administrar e orientar os estudantes na busca das informações, disponibilizando referências teóricas para favorecer de forma apropriada o desenvolvimento da pesquisa.

O professor, como profissional habilitado na área do conhecimento, tem fundamental papel na indicação de fontes seguras de pesquisa, selecionando de acordo com o crivo científico. Para Hernandez (1998) a pesquisa possui função de suma importância no ensino porque

a finalidade do ensino é promover, nos alunos, a compreensão dos problemas que investigam. Compreender é ser capaz de ir além da informação dada, é poder reconhecer as diferentes versões de um fato e buscar explicá-las além de propor hipótese sobre as consequências dessa pluralidade de pontos de vista (Hernandez, 1998, p. 86).

A Pedagogia de Projetos de trabalho como forma de ensino permite a compreensão dos problemas cotidianos, relacionando-os aos conteúdos escolares. A proposta favorece ainda o desenvolvimento no estudante da capacidade de exteriorizar as dúvidas, pesquisar, criar relações, descobrir compreensões e reconstruir seus conhecimentos.

O trabalho com projetos pedagógicos associa-se ao desenvolvimento do conhecimento globalizado e relacional, ou seja, na articulação dos conhecimentos escolares nas atividades de ensino, não de forma rígida e fragmentada, mas pensando na interdisciplinaridade (Hernández; Ventura, 1998). Os projetos de trabalho devem ser compreendidos como forma de os estudantes perceberem que o conhecimento não pertence exclusivamente a uma ou outra disciplina. O principal objetivo da articulação dos conhecimentos incide no rompimento da fragmentação disciplinar, na aplicação na prática e na percepção da articulação dos saberes escolares com os demais saberes que fazem parte do cotidiano.

Na ação que os estudantes estabelecem com o conhecimento na prática, passam a ser sujeitos ativos no processo de construção dos seus saberes, com autonomia de escolha do tema e material que necessitarão para realizar seus estudos. Nessa ação, a interdisciplinaridade surge de forma espontânea na integração dos conhecimentos e nos rompimentos das fronteiras conceituais outrora pertinentes a cada disciplina.

Dewey (1978, p. 25) propõe: "o que é aprendido, sendo aprendido fora do lugar real que tem na vida, perde com isso seu sentido e seu valor”. Ele indica que as atividades oferecidas aos estudantes devem ser atrativas e que, por meio das experiências vivenciadas, consigam compreender os novos conhecimentos. Destaca ainda a importância do "papel do brinquedo ou o jogo e o trabalho no currículo. (...) Quando se tem oportunidade de pôr em jogo, com atos materiais, os impulsos naturais da criança, a ida à escola é para ela uma alegria" (Dewey, 1959, p. 214-215).

Dewey (1979) critica o uso de jogos e brinquedos na intenção de oferecer momentos de lazer, para distração das atividades escolares. Tanto os jogos como o trabalho escolar incidem na fase inicial do processo de aprendizagem dos estudantes, com possibilidades de aprender a fazer algo, familiarizando-se com a prática e aprendendo enquanto os operam. O trabalho educativo desenvolvido por meio de projetos pedagógicos instiga questionamentos e reflexões sobre a estrutura e a organização da escola, a necessidade de repensar a gestão de espaços, tempo, o relacionamento entre os professores e estudantes, redefinindo o entendimento sobre o conhecimento escolar. Incita também reflexões e estudos que apresentem respostas para as mudanças sociais vivenciadas, não somente uma retrospectiva dos fatos desde o passado à atualidade. Implica a compreensão de mundo, na participação ativa vivida e interiorizada nos alunos, associada ao conhecimento escolar, gerando novas estruturas mentais, na sofisticação do pensamento e saberes (Hernández, 2000).

O espaço da sala de aula, na Pedagogia de Projetos, passa a ser vislumbrado como um local que favorece o desenvolvimento da inquietação, questionamentos, na busca incessante do saber. Para tanto, há necessidade de propiciar momentos de cooperação e compartilhamento dos saberes por meio das pesquisas coletivas com a participação dos professores e estudantes.

A Pedagogia de Projetos e a prática de projetos pedagógicos suscitam a reorganização geral do entendimento nos profissionais da Educação sobre o espaço escolar, transformando-o em algo aberto às interações em suas múltiplas dimensões. A metodologia por projetos de trabalho interpreta a prática educativa como uma possibilidade para o estudante desenvolver a capacidade de ser mais ativo, tanto na escola como na sociedade.

Etapas para elaboração do projeto pedagógico

A elaboração do projeto pedagógico tem sua gênese nos estudos de Dewey, aplicados na prática por seu seguidor teórico Kilpatrick. Dewey (1978) apresenta cinco passos necessários à organização de um projeto de trabalho:

1º Passo: O reconhecimento do problema ou uma necessidade sentida. O primeiro estágio baseia-se na tomada de consciência de uma dificuldade ou problema.

2º Passo: Formação de hipótese ou alternativas de solução de problemas. O segundo estágio é quando se constroem várias sugestões para as possíveis soluções do problema.

3º Passo: Definição e classificação do problema ou análise da dificuldade. O terceiro estágio está relacionado a quando são feitos o exame e análise da situação e dos seus vários elementos para definir o fator de maior importância e saber delimitar o problema.

4º Passo: Escolha do plano de ação ou a experimentação. O quarto estágio são as consequências de cada solução sugerida e quando são desenvolvidas as soluções mais adequadas e submetidas à ação.

5º Passo: A ação das hipóteses. O quinto estágio é a prova final para a solução proposta, e essa solução pode ser a correta ou não. Em que deve ser verificada de maneira científica caso a solução não seja a correta, busca nas outras hipóteses soluções para o problema.

No trabalho educativo com projetos, o tema a ser escolhido pode, em algumas situações, surgir do interesse da turma, do professor ou da vivência na instituição de ensino. Mas que seja desenvolvido pontuando os conhecimentos científicos interligados aos vivenciados pelos alunos, que haja um processo de ensino-aprendizagem garantindo os saberes escolares. O projeto pedagógico faz parte de uma tradição escolar que favorece a pesquisa da realidade e o trabalho ativo dos estudantes. Assim, passa a ser facilmente confundido com outras modalidades de ensino, como unidade didática, centro de interesse ou estudo ambiental. Há algumas características dos projetos pedagógicos que podem ser identificadas em comum com outras modalidades de ensino; segundo Hernández (1998), consistem em:

• Transpassam os limites do currículo, das áreas do conhecimento e dos conteúdos;

• Realizam atividades práticas;

• Os temas devem ser selecionados de acordo com os interesses e o desenvolvimento conceitual dos alunos;

• São realizadas atividades diferenciadas, como experiências, visitas e outros;

• Realizar algum tipo de pesquisa;

• Trabalhar com diferentes fontes de pesquisas;

• Atividades individuais e em grupos de acordo com os diferentes conteúdos e habilidades a serem aprendidos.

Hernández (1998) elucida alguns aspectos que podem denotar a constituição de um projeto pedagógico. Segundo as noções de conhecimento, processos de ensino-aprendizagem norteiam o itinerário que será construído de acordo com cada contexto da turma. Dessa forma, apresenta indicações que norteiam a constituição de um projeto de trabalho:

  • O trajeto a ser percorrido com a turma necessita se basear em um tema-problema, favorecendo a análise, a interpretação e o desenvolvimento da crítica;
  • Propiciar o desenvolvimento da atitude de cooperação, em que o professor também se coloca como aprendiz e não um especialista que responderá prontamente a todas as dúvidas;
  • Cada trajeto ou intenção de pesquisa apresenta singularidade, precisando de diferentes fontes de informações;
  • O professor ensina os estudantes a ouvir o que os colegas dizem, que pode ser também, formas de aprender;
  •  Nas diferentes formas de se aprender nos estudantes o que se deseja ensinar;
  • A aproximação entre as disciplinas e os saberes atuais;
  • Uma alternativa em que todos os alunos possuem a chance de aprender, desde que encontrem o destino das informações;
  • A aprendizagem do fazer também se constitui como um dos tipos de aprendizagem necessários para o desenvolvimento dos conhecimentos.

O trabalho educativo baseado em projetos pedagógicos pode ser aplicado em todos os níveis de ensino: Fundamental, Médio, Superior, até voltado e adaptado para a Educação Infantil. A noção de projeto de trabalho incide na rede de interações que conectam a pessoa consigo mesma e de forma interpessoal, vasculhando suas dúvidas, hipóteses e conhecimentos para depois serem exteriorizados, juntamente com a relação que opera ao mesmo tempo com o meio social, que pode ser a sala de aula, estabelecendo uma interação que gera mudanças conceituais sobre os assuntos.

Os projetos de trabalho não se configuram como método ou pedagogia sistematizada, mas como uma concepção de educação e escola que, segundo Hernández (1998), deve considerar:

• A valorização de conhecimentos e problemas presentes fora do espaço escolar;

• A importância da relação com a informação atualizada, que circula e se produz de forma diferente de outras épocas;

• O professor na função de problematizador, de mediador das relações dos estudantes com o conhecimento, processo em que o professor atua também como aprendiz;

• O exercício da escuta, em que todos ouvem o que cada um relata conforme seus entendimentos e experiências;

• A importância dos registros sobre as conversas que acontecem na sala de aula e em outros contextos, como forma de agregar maior valor à construção dos conhecimentos;

• A organização do currículo não por disciplinas e conteúdos como algo fixo, mas a partir de um currículo integrado, baseado em objetivos do processo que conduzirá os estudantes para o final da escolaridade básica;

• Possibilitar a autodireção do estudante a partir das atividades, do plano individual, planejamento semanal ou quinzenal dos fatos que acontecem na sala de aula;

• A avaliação deve considerar as experiências substantivas de aprendizagem, permitindo que os estudantes reconstruam seu processo e transfiram os conhecimentos e estratégias para outras circunstâncias e problemas cotidianos.

Kilpatrick (1998, p. 91) afirma que

os projetos assim entendidos apontam outra maneira de representar o conhecimento escolar baseado na aprendizagem da interpretação da realidade, orientada para o estabelecimento de relações entre a vida dos alunos e professores e o conhecimento das disciplinas (...) e outros saberes não disciplinares vão elaborando.

A relação entre os conhecimentos cotidianos e os saberes escolares favorecem o desenvolvimento de estratégias que estimulam a problematização, interpretação e apresentação do processo sistêmico. Auxilia no estudo de um tema ou problema, que na complexidade de informações favorece o desenvolvimento do conhecimento dos estudantes e professores de si mesmos e da realidade que vivem.

Para Antunes (2001), a escola tem a finalidade de estimular o estudante para "aprender a aprender" e "aprender a pensar", juntamente com as relações que estabelece com os outros, baseadas na solidariedade, na interpessoalidade, na possibilidade de se colocar no lugar do outro, desenvolvendo competências.

Celso Antunes (2001) cita alguns passos para a realização dos projetos pedagógicos, que podem ser flexíveis dependendo das características do que se pretende investigar:

1 - Objetivo: consiste na essência, o ponto central, priorizando a elaboração conjunta, com clareza para todos os envolvidos.

2 - Perguntas: microfaceta da grande pergunta que o projeto procura responder; deve incitar curiosidades. Ao final, verificar se as perguntas foram respondidas ou não.

3 - Fontes: onde buscar os fundamentos para investigação e garantir que sejam amplas e de várias fontes e meios, como entrevistas, meios de comunicação, vídeos, textos.

4 - Fases: determinar começo, meio e fim. Considerando a preparação, apresentação e avaliação, com as fases de elaboração, pesquisa, apresentação e conclusão.

5 - Cronograma: os objetivos devem estar submetidos ao tempo e ao desenvolvimento das fases do projeto.

6 - Ideias principais: investigar com os alunos no decorrer dos projetos.

7 - Linguagens: etapa em que todas as diversas formas de expressão e participação são suscitadas para a elaboração do projeto.

8 - Contextualização: trazer o projeto para o contexto dos alunos, valorizando os depoimentos, a vivência e as aprendizagens dos participantes.

9 - Linha do tempo: projeção de todos os passos de forma escrita e exposta na sala.

10 - Avaliação: observação da aprendizagem, considerando o movimento da prática do "aprender a aprender".

Para tanto, ao pensar de forma simplificada em como desenvolver um projeto pedagógico, deve-se ater a três momentos distintos, segundo Kilpatrick (1978):

1. Problematização: configura o ponto de partida, o momento propulsor do projeto. Nessa etapa inicial, os alunos irão expressar suas ideias, crenças, conhecimentos sobre o problema em questão, no inventário das hipóteses de que a intervenção pedagógica precisa partir, pois, dependendo do nível de compreensão inicial dos alunos, o processo tomará caminhos diferenciados. Na fase da problematização, o professor detecta os conhecimentos que os alunos possuem, e os que precisam ser desenvolvidos. A partir das questões levantadas, nesta etapa, o projeto é organizado pelo grupo.

2. Desenvolvimento: momento em que se criam as estratégias para buscar respostas às questões e hipóteses levantadas na problematização. A ação dos estudantes é de fundamental importância, por isso, a necessidade de vivenciarem situações que os obriguem a confrontar pontos de vista, rever suas hipóteses, pontuar novas questões, conhecer novos elementos da Ciência. Para isso, é preciso que se criem propostas de trabalho que exijam a saída do espaço, a organização em pequenos grupos, o uso da biblioteca, a vinda de pessoas convidadas à escola, entre outras ações. Nesse processo, as crianças têm que utilizar todo o conhecimento que têm sobre o tema e se defrontar com conflitos, inquietações que as levarão ao desequilíbrio de suas hipóteses iniciais.

3. Síntese: no desenvolvimento do processo, as convicções iniciais vão sendo superadas e outras mais complexas vão sendo substituídas. As novas aprendizagens passam a fazer parte dos esquemas de conhecimento dos alunos e servirão de conhecimento prévio para outras situações de aprendizagem.

Os projetos de trabalho consistem numa metodologia diferenciada, que não deve ser confundida com mais um tipo de técnica de ensino. Ao contrário, eles trazem premissas fundamentadas nos estudos de Dewey, ampliados por Kilpatrick e atualmente disseminados por Hernández e Varela. A construção de um projeto pedagógico parte da concepção construtivista, sustentada na participação ativa dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem dos saberes escolares. Para sua efetiva aplicação, se faz necessária a coragem do professor de ousar a libertação do paradigma conceitual da escola tradicional para um ambiente interativo de aprendizagem, na relação entre professor e estudante como pessoas em construção, abertas para o aprimoramento e desenvolvimento dos conhecimentos, na contemporaneidade, aproveitando as contribuições das tecnologias presentes nas escolas para a prática educativa.

Metodologia

Pesquisar é essencialmente necessário quando se quer obter respostas ou resultados que satisfaçam as nossas indagações. De acordo com Barros e Lehfeld (1986, p. 88),

através da pesquisa chega-se a um conhecimento novo ou totalmente novo, isto é, o pesquisador pode apreender algo que ignorava anteriormente, porém já conhecido por outros ou então chegar a dados desconhecidos por todos.

Na tentativa de responder a suas interrogações, a ciência possibilita ao ser humano caminhos satisfatórios para a compreensão da realidade objetiva, sendo a pesquisa um dos seus principais instrumentos. São vários conceitos de pesquisa, uma vez que ela é utilizada nos diferentes campos do saber. E, por não terem chegado ainda a um consenso, vários estudiosos apontam seu caráter racional, definindo-a de forma adequada e precisa.

De acordo com as abordagens feitas por Andrade (2001. p. 121), a pesquisa é definida como “o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos”. De maneira mais minuciosa, Lakatos e Marconi (1985, p. 15) definem pesquisa como “procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.

Para a realização deste trabalho, optou-se por uma pesquisa bibliográfica. Depois de estabelecido e delimitado o tema do trabalho e formulado o problema a ser pesquisado, deu-se início ao levantamento bibliográfico com a documentação existente sobre o assunto, em que se desencadeou uma série de procedimentos para a localização dos documentos que pudessem interessar ao tema discutido.

Tais documentos se definem pela natureza dos temas estudados e pelas áreas em que os trabalhos se situam. Tratando-se de trabalhos no âmbito de reflexão teórica, tais documentos são basicamente textos: livros, artigos científicos, teses, dissertações etc. (Severino, 2003, p. 46).

À medida que se procedeu à leitura e que os elementos importantes foram surgindo, fez-se a documentação, tomando nota de todos os elementos que seriam utilizados na elaboração deste trabalho. Quando se fala em documentação, refere-se à tomada de apontamento durante a leitura de consulta e pesquisa. Esses apontamentos servem de matéria-prima para o trabalho e funcionam como um primeiro estágio de rascunho (ibid.). Segundo Salomon (2001, p. 289) “documentar-se não é apenas uma das fases da elaboração do trabalho científico: é um hábito do trabalhador intelectual e um tipo de pesquisa também: a pesquisa documental”. Por fim, foram utilizados como literatura específica deste trabalho vários livros que tratam da temática em estudo.

Considerações finais

Neste trabalho, pudemos conhecer e refletir mais sobre o trabalho escolar com projetos pedagógicos na visão de grandes pensadores que afirmam sua importância no processo de ensino-aprendizagem, além do que pudemos nos aprofundar nos seus mais diversos aspectos, o que levar em conta ao elaborar um projeto, elementos necessários que o compõem para que ele seja realizado com êxito em sala de aula, como espaço para pensar, como centro social, espaço provocador de solidariedade, estímulo de relações interpessoais, de sentir o outro e pensar no agir. Como avaliar se o aluno compreendeu os conceitos, se desenvolveu as habilidades de buscar fontes e referências, elaborar objetivos, a solidariedade e competências.

Dessa forma, percebemos que o trabalho educativo com projetos pedagógicos incita certa parceria na relação entre professor e estudante. Ambos caminharão juntos na descoberta dos conhecimentos e na elaboração de conceitos. O professor, na função de investigador e como conhecedor da área, conduzirá a turma na busca das informações sobre os questionamentos levantados.

Tendo como base toda discussão ao longo do presente artigo, podemos perceber a importância dos projetos no contexto escolar, uma vez que, além de ele favorecer o processo de ensino-aprendizagem, há um desvio do ensino tradicional que nem sempre dá resultados, por se tornar cansativo para o aluno, desestimulante, enquanto o projeto, se bem elaborado e desenvolvido, pressupõe uma metodologia ativa, com maior participação do aluno e a presença do lúdico, que é uma característica dos projetos.

É nítido que o trabalho com projetos no contexto escolar, seja interdisciplinar ou mesmo por disciplina, se bem executado, por mais trabalhoso que seja, terá resultados mais satisfatórios; os estudantes aprenderão mais e melhor, uma vez que estão sendo estimulados a ser agentes construtores do conhecimento.

Referências

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Publicado em 20 de outubro de 2020

Como citar este artigo (ABNT)

SOUZA, José Clécio Silva de; SANTOS, Décio Oliveira dos; SANTOS, Josineide B. dos. Os projetos pedagógicos como recurso de ensino. Revista Educação Pública, v. 20, nº 40, 20 de outubro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/40/os-projetos-pedagogicos-como-recurso-de-ensino

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