A história de Eros e Psiquê

Sally de França Lacerda Pinheiro

Professora associada (Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Cariri)

Uma das lendas mais belas
Conhecidas na mitologia,
É de Eros e Psiquê
Que se uniram por magia,
Uma história de vingança
Em que o amor emergia.

Agora vou explicar
Tudo tim-tim por tim-tim,
Os personagens da história
O começo, meio e fim.
Preste bem atenção
Em Psiquê e Erozim.

Eros era filho da deusa
Afrodite imortal,
Bela e deusa do amor
Teve inveja e fez mal,
À pobre de Psiquê
Que era uma simples mortal.

Psiquê, filha de um rei
Era a única solteira,
Dona de beleza rara
Invejavam as fofoqueiras,
Todos a admiravam
Quando passava na feira.

Os homens tinham era medo
Daquela linda donzela,
Vendo a hora ficar coroa
O rei reza para ela,
Os deuses mandam entregar
Pro monstro a vida dela.

Os pais não tiveram escolha
Com o destino da princesa,
Então logo obedeceram
E entregaram com tristeza,
A filha vestida de noiva
Para o monstro da profundeza.

Tudo fazia parte
Dos planos da vingativa,
Afrodite sofria de inveja
E foi então criativa,
Convenceu o rei dessa feita
Na primeira tentativa.

Mas o vento muito forte
Zéfiro logo soprou,
Levou Psiquê pelos ares
Que num castelo acordou,
E ficou impressionada
Com o lugar a que chegou.

Lá era um belo castelo
De mármore, ouro e brilhante,
E se sentiu tão amada
Por um carinhoso amante,
Só não conseguia ver
Seu rosto nem um instante.

Pois não é que o amante
Era Eros, filho de Afrodite,
Encarregado da vingança
Sofreu uma paixonite,
Se casou com Psiquê
Sem festa nem convite.

Se Afrodite descobre
Essa grande traição,
Era capaz de endoidar
Ou morrer do coração,
Por isso tudo em segredo
Por isso a combinação.

Psiquê amava o marido
Mesmo sem nunca o ver,
Sentia um amor profundo
Só fazia obedecer,
Vivia muito feliz
Como tudo tinha que ser.

Um dia pediu ao marido
Para seus pais visitar,
E acaba revelando
Que nunca pôde apreciar
A beleza do marido,
Ela não podia olhar.

Convencida pelos pais
Acaba desobedecendo,
Ali mesmo naquela noite
Uma vela acendendo,
Ilumina todo o quarto
E o rosto dele vai vendo.

Um pingo da vela cai
Eros acorda queimado,
E descobre então ali
Seu segredo revelado,
Abandona a princesa
Que vai sofrer um bocado.

Afrodite descobre tudo
Aquele amor clandestino,
Desconta em Psiquê
Que magoou seu menino,
Passa por muito castigos
E a morte é seu destino.

Eros não aguentou
Ver tanto sofrimento,
Salva Psiquê da morte
Implora no firmamento,
Que Zeus tenha misericórdia
E acabe esse tormento.

Eros usou sua flecha
Despertando a sua amada,
Transforma-a numa imortal
Poderosa e arrumada,
Subiu no alto Olimpo
Agora sua morada.

Eros e Psiquê
Nunca mais se separaram,
É o amor e a alma
Que ali se casaram,
Tiveram muitos deusezinhos
E para sempre reinaram.

Publicado em 10 de novembro de 2020

Como citar este artigo (ABNT)

PINHEIRO, Sally de França Lacerda. A história de Eros e Psiquê. Revista Educação Pública, v. 20, nº 43, 10 de novembro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/43/a-historia-de-eros-e-psique

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