Educação integralizada: as salas de recursos multifuncionais como instrumento de ensino e aprendizagem
Izidorio Paz Fernandes Neto
Pedagogo, especialista em Administraçao e Inspeçao Escolar, mestrando em Ensino (Univates/RS), professor (IESC/FAG)
Cíntia Pereira de Oliveira Beletini
Pedagoga (IESC/FAG)
Keilane da Silva Mariano
Pedagoga (IESC/FAG)
A Educação Inclusiva é um caminho que leva as pessoas com necessidades educacionais especiais a passar por reformas cujo resultado são as mudanças de linguagem, comportamento e personalidade, porém com a interposição das igualdades, nosso país conta com a inclusão que garante aos deficientes uma formação especializada baseada em suas expectativas de vida no mundo moderno. Para comprovar melhor essa trajetória, fez-se uma pesquisa teórica, utilizando ideias de uma série de autores citados no decorrer do trabalho de pesquisa, em que os que mais se destacaram foram Sousa e Aranha, bem como amparado pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e outros que serviram como fonte de pesquisa e embasamento para a pesquisa de campo.
O presente artigo encontra-se apresentado em uma linguagem simples, porém, clara e objetiva e tem como objetivo prinicipal analisar como as salas de recursos multifuncionais são utilizadas como instrumento para a efetivação de integralização do educando no processo de ensino e aprendizagem no contexto escolar. Portanto, fez-se necessário apresentá-lo em quatro capítulos, iniciando-se com uma contextualização histórica percorrida desde a antiguidade até os dias de hoje.
Na sequência, apresenta-se um conceito traçado pelo sistema educacional especializado que mostra como e quando a educação se tornou direito de todos e de todas, além de explanar sobre o surgimento da inclusão com salas multifuncionais onde os aprendizes dispõem de recursos pedagógicos, tecnológicos, profissionais capacitados que se aprofundam em estudos da ciência e tecnologias para descobrir que processos podem ser utilizados para favorecer o aprendizado dos alunos e alunas especiais.
Em seguida será apresentado um breve relato das salas multifuncionais e suas devidas especialidades voltadas para os recursos didáticos e tecnológicos, aproveitando também para explicitar sua importância no ensino com os alunos e alunas que apresentam deficiências diversificadas, como: física, mental, auditiva e visual, entre outras. Ainda nesse capítulo, fala-se da organização da sala de recurso oferecendo diferentes possibilidades funcionais, com um cenário aconchegante em que os alunos e alunas especiais são acolhidos com positividade e onde eles possam se sentir importantes e aceitáveis por toda a equipe escolar.
Dando oportunidade, apresenta-se um breve relato sobre a adaptação da criança especial nas salas de recursos multifuncionais. Todavia, o comentário procura mostrar a importância de adaptação caracterizada por tratamentos afetivos, solidariedade e trabalhos coletivos em que a criança especial passa a desenvolver suas atividades com interatividade, despertando o gosto e interesse por seus aprendizados.
No capítulo seguinte será elencada a função do professor na sala de recursos multifuncionais; procura-se analisar as configurações de seu papel integralizadas nos devidos meios de aprendizagem e como ele deve utilizar os recursos pedagógicos e tecnológicos de modo que possa despertar o interesse dos aprendizes com necessidades especiais. Nesse item, conta-se também com as parcerias escolar e administrativa e a participação de família e sociedade, pois incluir é aceitar as diferenças, e ela é um elo que se faz com a base familiar, escolar e social. Por fim, o trabalho traz os resultados e informações relevantes adquiridos com a coleta de dados a cerca da educação integralizada: a sala de recursos multifuncionais como instrumento de ensino e aprendizagem.
Educação como direito de todos
A inclusão hoje passa a ser prioridade e as pessoas com necessidades educacionais especiais podem contar com um ensino mais significativo e qualificado. Porém é longa a história dos serviços prestados pelos sistemas educacionais especiais. Ao rever a história e suas demandas educacionais especiais, aponta-se a Declaração de Salamanca, que conquistou no Brasil grandes processos práticos e teóricos, e a escola inclusiva é a principal provedora de conhecimentos satisfatórios para os deficientes.
Com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Especial, a ampliação do currículo e os serviços organizados tornaram a escola inclusiva mais reestruturada e modernizada, e as crianças especiais podem ter melhor atendimento e o tratamento voltado as suas necessidades de aquisição de novos saberes. O papel da escola inclusiva é garantir um ensino pelo qual passa diferenciar o conhecimento pessoal e social dos educandos, possibilitando um novo modelo de vida adequada às exigências do mundo atual.
Sabe-se que as crianças possuem legalmente direitos estabelecidos tanto na Constituição de 1988 quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990, e esses direitos precisam estar integrados na escola para que seus desejos e de suas famílias possam ser realizados e esses alunos sejam considerados pessoas comuns com seus devidos direitos no meio social. A prioridade da escola inclusiva é a formação dos alunos para o mundo globalizado, por meio do desenvolvimento de suas habilidades individuais, ensinando a enfrentar os problemas, conviver com as realidades e dificuldades e adquirir progresso, que são ferramentas fundamentais para viver bem a cidadania.
É importante a aceitação das diferenças e a eliminação das indiferenças observadas pelos olhares sociais; portanto, a Unesco (2001) propõe que a Educação Inclusiva elimine a exclusão social, que é consequência de atitudes e respostas à diversidade de raça, classe social, etnias, religião, gênero e habilidade. É notável que a sociedade, por mais que esconda suas ideias e ações relacionadas aos portadores de necessidade especiais, ainda com tanto progresso acerca desse tema, infelizmente existe desprezo quando se observam as falhas apresentadas pelos gestos ou olhares de algumas pessoas que ainda desconsidera.
Aparentemente, as desigualdades sempre irão existir e, por mais que a escola inclusiva argumente, valorize os direitos da criança deficiente de modo geral, dificilmente poderá mudar as atitudes da sociedade. Um dos principais focos da escola inclusiva é construir um ensino inovador, acreditando nos direitos e potencialidades de seus alunos.
O atendimento da escola especializada disponibiliza programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologias assistivas, dentre outras. Ao longo do processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum (Brasil, 2008, p. 16).
É notável que, para trabalhar com uma clientela que possui alguma deficiência, é preciso estar preparado, pois alguns deficientes podem demonstrar sensibilidades e fragilidades e esperam que as escolas possam mudar suas rotinas de vida, construindo-lhes outras visões que poderão auxiliar no rendimento de seu próprio conhecimento.
Contextualização histórica da Educação Inclusiva
A história da Educação Inclusiva inicia a partir do abandono até a palavra inclusão; o que se pode observar é que as conquistas foram adquiridas por meio de um longo processo histórico e prevalece até os dias de hoje. Na Antiguidade, as evidências têm mostrado o grande descaso quanto aos deficientes; uma criança que nascia com alguma deformação ou anormalidade no corpo era condenada à morte ou abandonada, pois era considerada desumana.
Em alguns países, bem como na Roma Antiga, uma criança que nascia com alguma deficiência ou pertencesse ao sexo feminino, seria colada frente ao seu genitor (pai) e ele deveria tomar a decisão se ela iria viver ou morrer. Esses acontecimentos eram muito comuns na Antiguidade; porém, com a chegada da Idade Média, alguns acontecimentos foram se modificando por meio dos vínculos e da propagação da doutrina cristã, conduzidos pela fé, em que o homem passou a ser considerado uma criatura divina que merecia ser amada e aceita por todos.
Certamente, até o momento ainda prevalecia algum tipo de desigualdade. Na Era Cristã, os conventos e igrejas acolhiam aqueles que portavam algum tipo de deficiência, em troca de pequenos serviços que pudessem garantir sua sobrevivência, ao contrário da era medieval, em que os deficientes passaram a ser culpados por suas deficiências e estas eram entendidas como castigo, em que o sofrimento era o preço dos pecados cometidos por causa da deficiência.
Nas palavras de Pessotti (1984, p. 6): “muitos chegam a admitir que o deficiente é possuído pelo demônio, o que torna aconselhável o exorcismo com flagelação para expulsá-lo”. Ao se refletir sobre essa afirmativa do autor, pode-se dizer que era bastante complicado para os indivíduos que apresentavam qualquer tipo de deficiência na época, por ser considerado um sujeito sub-humano, desligando-o do meio social; não tinha o devido direito de expressar seus sentimentos e, sobretudo, viver sossegado no espaço que ocupava.
Foi no século XVII que se fundou a primeira epública em Paris para surdos, criando uma linguagem pela qual os surdos poderiam se comunicar. Durante os séculos XVIII e meados do século XIX, as ideias liberais influenciaram o Brasil, dando surgimento à educação de crianças com anormalidades em instituições. Todavia, apesar de algumas conquistas, a ideologia se tornava ainda presente em alguns países, por ter forte influência no campo econômico, político religioso e intelectual.
Com os movimentos veiculados pela democratização dos direitos igualitários, as crianças deficientes até sete anos eram acolhidas em casas de asilo ou casa de misericórdia, algumas eram enviadas para seminários para novas formações de atitudes que pudessem servir para sua vida futura, caso esse que dificilmente acontecia. Com o início do estudo das ciências, é viável afirmar que os deficientes foram tomando posse de seus direitos e se instalando em instituições especializadas, e logo após 1920 o crescimento dessas instituições fez com que se atendessem mais pessoas deficientes nos campos de serviço de higiene e saúde.
Nesse contexto, o atendimento aos deficientes ainda não era considerado prioritário e demorou em atender os objetivos levando em consideração cada deficiência dos indivíduos, pois precisava de uma avaliação mais profunda para descobrir o desempenho de cada um, criando novas vertentes médicas, pedagógicas e psicopedagógicas que pudessem esclarecer melhor os provimentos de dificuldades e capacidade de cada criança deficiente.
Ainda em 1960, um conjunto de medidas políticas foi retomado no espaço econômico; a escola passou a ser vista como elemento importante para produção de mão de obra e recursos humanos, porém a educação era o caminho mais viável para promover os trabalhadores aos melhores empregos, em que a principal função da escola era formar capital para aumentar a produtividade econômica. Especificamente na década de 1960, a medicina começou a influenciar e acreditar no desenvolvimento cognitivo, motor e social das crianças com deficiência.
De acordo com Aranha (2004), a Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da Resolução nº 37/52, de 3 de dezembro de 1982, sugeriu novas exigências oportunizando a todos os deficientes uma melhor qualidade de vida no setor social e sobretudo educativo. Os movimentos internacionais divulgados pela ONU universalizaram os direitos humanos nos campos educativos e no mercado de trabalho dependente de qualquer tipo de deficiência ou barreiras a serem enfrentadas. O anúncio do documentário promovia o compromisso moral e político do Estado.
A Constituição Federal de 1988 proporcionou a educação aos deficientes, tornando oficial correspondente às subordinações, isto é, um deficiente já contava com o benefício dos direitos garantidos por leis, na obrigação de ser ouvido e respeitado por todos. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei nº 8.069/1990 – ingressou o dispositivo sobre a proteção integral da criança e do adolescente no preparo de seu desenvolvimento físico, moral e social na qualificação de sua permanência na rede regular de ensino normal ou especial.
Outro marco importante aconteceu no dia 20 de dezembro de 1996, com a Lei nº 9.394, conhecida como LDB, que definiu novas modalidades de ensino oferecido preferencialmente aos portadores de necessidades especiais na rede regular, com serviços de apoio especializado ao atendimento da singularidade do processo educativo, inclusive da classe portadora de deficiências.
Em sintonia com os méritos de mudanças na Educação Inclusiva, no ano de 2008 foram aprovadas as políticas nacionais de Educação Especial, por meio da Seesp/MEC, regulamentadas pelo Conselho Nacional de Educação através do Decreto nº 6.572, que disponibilizou um atendimento mais especializado refinando as normas e regras da inclusão a respeito às diferenças.
A sala de recurso multifuncional como ambiente de aprendizagem
Devido às contradições vivenciadas pela sociedade antiga, a criança deficiente não era considerada um ser comum, isto é, em alguns países as previsões de vida era mínima ou até mesmo essas crianças eram impossibilitadas de conviver com seus familiares por serem consideradas inúteis, incapazes, uma vez que seus pais as ignoravam procurando maneiras de se desviar dos “problemas”, abandonando-as ou jogando em esgoto após nascerem.
Com a evolução do sistema educacional, o Brasil conta hoje com as escolas especializadas, onde os portadores de necessidade especiais são garantidos por lei a conviver em escolas inclusivas, sala de recursos totalmente multifuncional, que oferece aos deficientes condições razoáveis de ensino e aprendizagem.
Nas SRM são oferecidas várias formas funcionais, e cada criança é recebida com afeto, carinho e segurança, pois a autoestima deve ser desenvolvida a partir dos primeiros contatos em que ela chega à escola, porém se uma criança se demonstra desmotivada ou desinteressada, através dos recursos e de um bom relacionamento pessoal entre professor e aluno terão a oportunidade de evoluir em seus aprendizados, tornando viável afirmar que as salas de recursos são um dos principais meios de conquistar o interesse dos aprendizes deficientes.
As salas de recursos multifuncionais (SRM) foram implementadas pela Resolução CNE/CEB n°04/2009, que prioriza um atendimento especializado focado nas necessidades individuais dos portadores de necessidades especiais. Vejamos o que cita o Artigo 5º:
O atendimento educacional especializado é realizado, prioritariamente, nas salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivas as classes comuns, podendo ser realizado também em centro de atendimento educacional especializado da rede pública ou de instituição comunitária, confessional ou filantrópica sem fins lucrativos conveniada com a secretaria de educação ou órgãos equivalentes dos estados, Distrito Federal ou dos municípios (Brasil, 2008).
Nesse sentido, percebe-se que o atendimento especializado é direcionado às crianças com necessidades educacionais especiais que fazem parte da rede regular de ensino comum ou privado, dando-lhes oportunidade de participar do ensino e aprendizagem, para facilitar o desempenho da criança especial, por meio da interação entre crianças e objetos de ensino. Como diz Ropolli:
As salas de recursos multifuncionais do tipo I são constituídas de microcomputadores, monitores, fones de ouvidos e microfones, scanner, impressora a laser, teclado e colmeia, mouse e acionador de pressão, laptop, materiais e jogos pedagógicos acessíveis, software para comunicação alternativa, lupas manuais e eletrônicas, plano inclinado, mesas, cadeiras armários, quadro melanímico. [...]
As salas multifuncionais do tipo II são constituídas dos recursos específicos para o atendimento dos alunos com cegueira, tais como impressora Braille, máquina de datilografia Braille, reglete de mesa, punção, sarobâ, guia de assinatura, globo terrestre acessível, kit de desenho geométrico acessível, calculadora sonora, software para produção de desenhos gráficos e táteis (Ropolli, 2010, p. 31-32).
As salas multifuncionais classificadas como tipo I colocam à disposição todos os métodos acessíveis para os deficientes visuais e consistem em auxiliar em outras deficiências, como surdez, paralisia, doenças mentais e outras que podem impedir o desempenho do aprendizado das crianças, porém nas salas de recursos tipo II conta-se também com revestimento mais diversificado, pois são suportes configurados em menores detalhes que são implementados para acolher e integrar o aluno especial em seus devidos ensinamentos. Segundo Sousa,
um ambiente educativo multimediatizado, no qual a criança é situada em um contexto de aprendizagem delimitado por uma serie de atividades lúdicas pedagógicas voltadas para sua estimulação no sentido amplo do termo e que não se restringem ao uso do computador como meio de comunicação pedagógica (Sousa, 2003, p. 3).
Quanto à reflexão feita pelo autor, as salas multimediatizadas são compostas por uma série de materiais lúdicos que atendem os sujeitos com necessidades especiais, ganhando complementos em seus aprendizados à medida que manipulam os objetos e interagem com eles, acontece a aprendizagem que aos poucos vai tornando um novo ser com ideias modificadas e conhecimentos renovados.
A criança especial se sente bem ao usar um computador e saber que através dele ela pode aprender com facilidade; os programas implementados são eficazes e ajudam a orientá-la, por onde ela deve seguir para descobrir novos métodos de aprendizagem, acreditando que através deles os alunos com necessidades especiais podem refletir, criar novas ideias e adquirir um conhecimento que lhes faça a diferença.
É evidente que uma das importantes ferramentas necessárias para manter a sala de recurso multifuncional adequada a um atendimento especializado é a organização consecutiva dos equipamentos e recursos contidos no ambiente, pois ela é uma forma de acolher e conquistar os alunos, oferecendo-lhes segurança e confiança em seu novo ambiente de ensino e aprendizagem.
Vale ressaltar que a identificação apontada pelo autor se baseia em valores, uma vez que o aluno especial está acima de tudo; e se as escolas não contam com espaços acolhedores e um comprometimento reservado a eles, certamente o aproveitamento será mínimo e a desmotivação pode ser processo de evasão e abandono escolar. A organização das SRM deve ser uma ação rotineira do professor, pois é uma forma de acolher os alunos e demonstrar que são bem-vindos e desejáveis por todos os educadores e demais da escola. Educar dispõe-se de uma organização equivalente aos acontecimentos já adquiridos pela turma, o professor que organiza sua prática educativa conta com essas experiências, pois muitos alunos especiais já conhecem diversos materiais concretos e tecnológicos que muito ajudariam no desempenho, provocando a construção de aprendizagem, é preciso a permanência dos alunos assegurada pelos serviços organizados conectados com a família e a escola, sendo estes imprescindiveis na complementação da escola inclusiva.
Segundo as Diretrizes Nacionais de Organização ao Atendimento aos Portadores de Necessidades Especiais, as SRM contribuem com algumas promoções, como:
- Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades especificas dos alunos, publico-alvo da Educação Especial.
- Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade.
- Organizar o tipo de número de atendimento aos alunos nas salas de recursos multifuncionais.
- Acompanhar a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola.
- Ensinar a usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação.
- Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando a disponibilização do serviço, dos recursos pedagógicos e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares (Brasil, 2009).
Ao refletir sobre as atribuições apontadas pelo autor, é certo afirmar que o grande triunfo de manter as salas de recursos multifuncionais organizadas é que a escola inclusiva demonstra preocupações em querer preparar os alunos com necessidades educacionais especiais de forma compartilhada, isto é, as aulas são elaboradas e praticadas de forma que as parcerias (escola,família e sociedade) tenham acessibilidade aos conteúdos aplicados e aos tipos de materiais que são utilizados durante a aplicação das aulas.
Os serviços disponibilizados nas salas de recursos diferem aos usuários a conservação e zelo pelos materiais pedagógicos; a criança precisa saber que os recursos são suportes valiosos criados para auxiliar no atendimento especializado e cabe aos pais e professores conscientizá-las determinando que cada participante precisa ter responsabilidades e comprometimento com a preservação do ambiente de estudo.
Ensinar a utilizar os aparelhos tecnológicos é outro passo importante, pois algumas deficiências podem impedir o manuseio dos objetos e a criança pode correr alguns perigos na hora de utilizá-los. Como se percebe, a composição das SRM é distinta e bem importante, pois é o caminho que se deve seguir quando se tem como objetivo desenvolver uma aprendizagem com alto rendimento e bom índice de aproveitamento dos alunos especiais.
Para garantir o sucesso da criança especial nas SRM, é fundamental saber que ela precisa estar num espaço onde a motivação faz parte da ação e o clima predominante seja a calma, afinal as crianças, mesmo com necessidades especiais, possuem “energia” bastante elevada e necessita de atenção e cuidados especiais para que possam permanecer com positividade durante o atendimento escolar.
O papel do professor na sala de recurso
A escola inclusiva tornou-se um espaço de vivências das pessoas que apresentam distúrbios detectados por qualquer deficiência, seja física, mental, visual, auditiva, entre outras, bem como autismo, superdotação. Na construção da escola inclusiva, conta-se com os profissionais que, diante de sua prática, estão preparados para desenvolver um ensino exclusivo que possa garantir o desejo dos sujeitos com necessidades especiais e as expectativas da sociedade, que espera que mais deficientes possam se formar e se tornar um cidadão comum preparado para viver socialmente na comunidade.
Segundo Marquezine (2006, p. 26), “espera-se que um professor consiga promover mudanças em seus alunos quando eles são inseridos em atividades de ensino, planejados para produzir aprendizagens de conteúdos de educação escolarizada”. É interessante que o educador envolva os alunos inseridos nas SRM através das diversas ferramentas expostas nas salas de aula multifuncionais, para que eles consigam dominar os aparelhos ou objetos de estudos e adquirir alguns aprendizados com a ajuda do professor, a criança especial pode desenvolver possíveis atividades, isto é, se o problema impede o manuseio dos objetos, é viável que o professor auxilie nos movimentos enquanto fala, pois se a criança for cega, surda ou muda, através da fala e de movimentos poderá conseguir entender algo que está sendo transmitido.
O trabalho inclusivo não é fácil, mas também não é impossível desenvolver práticas voltadas aos sujeitos com necessidades especiais, de modo que promovam a eles novas experiências na construção de novos saberes, os quais irão facilitar a sua formação na cidadania. No entanto, para que isso ocorra os educadores precisam se dedicar a um ensino democratizado, cultivando seus antepassados, costumes, raças e etnias, pelos quais eles possam entender que a escola, família e sociedade estão exclusivamente se apoiando e caminhando sempre juntas.
É importante certificar que o perfil do professor de Educação Inclusiva envolve relacionamento sociocultural marcado pelo eixo da família, pois é quem assegura a permanência da criança especial na escola. Para Carvalho (2007), os participantes envolvidos (escola, família e sociedade) devem estar atentos às modificações e inovações vinculadas à escola inclusiva para que o aluno especial possa ser promovido numa educação integral para o supremo e bem-estar de todos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, no Art.59, (Brasil,1996) alerta que:
os sistemas de ensino assegurarão os educando com necessidades especiais.
(...) III - professores com especialização adequado em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas classes comuns (Brasil, 1996).
Com as inovações do sistema educacional especializado, o papel do educador é buscar cursos preparatórios, ingressando em formações e especializações para que possa descobrir a utilidade dos recursos e como utilizá-los corretamente de modo que produzam significado para os alunos. O trabalho nas salas multifuncionais não se resume restritamente num espaço isolado entre recursos, professores e alunos especiais.
É imprescindível que o professor que atua na sala de recurso multifuncional seja ético, tenha dignidade e respeito pela turma, além de uma boa aparência, um tom de voz adequado e saiba ouvir seus alunos sem diferença de idade ou classe social, lutando pelo bem comum de todos, afinal ser professor de Educação Especial não é simplesmente ficar frente a frente com os aparelhos e deixar que tudo aconteça de forma aleatória.
Métodos, resultados e discussão
O presente artigo foi elaborado com pesquisas bibliográficas e de campo, por meio de técnicas de observação que têm como objetivo analisar como a sala de recursos multifuncionais é utilizada como instrumento para a efetivação de integralização do educando no processo de ensino e aprendizagem no contexto escolar.
A pesquisa foi feita por meio de questionário e observação buscando verificar como são aplicados na sala os métodos e técnicas para que esses alunos possam de fato superar suas dificuldades, analisando passo a passo as aulas dadas para cada aluno e as metodologias aplicadas. E também por meio dos teóricos, analisando se a teoria vai ao encontro da pratica e se a leis são de fato aplicadas e asseguradas na referida sala. Embasados nas respostas da professora, pode-se ir a fundo como realmente essas aulas são realizadas e o propósito e metas que a docente deseja alcançar.
As análises desses dados foram feitas também por meio da observação através de um estágio supervisionado ocorrido na escola pesquisada. Com a observação de campo e o questionário pode-se analisar se realmente na sala de recursos multifuncional acontece essa integralização do educando e se é eficaz no ensino-aprendizagem dos alunos atendidos.
Os dados foram coletados em livros, revistas, sites de informações disponíveis que continham assuntos pertinentes ao trabalho, desenvolvendo a pesquisa bibliográfica. Gil (2010, p. 104) ressalta que o questionário deve ser feito preferencialmente com questões fechadas, mas que possa de forma exaustiva coletar todas as respostas possíveis, com perguntas claras e objetivas e limitadas, podendo assim obter um questionário enriquecedor e esclarecedor. A boa elaboração de um questionário é de fundamental importância para contribuir com um projeto de pesquisa, fazendo o pesquisador olhar e comparar os fatos exercidos na prática.
Para maior familiaridade com a temática do trabalho, foi utilizada a pesquisa de campo, que, segundo as conceituadas autoras Marconi e Lakatos (2016, p. 69), constitui-se, em geral, no levantamento no próprio local onde os fenômenos ocorrem. Dessa maneira, foram realizadas observações em uma escola no município de Guaraí/TO, no intuito de conhecer e entender a realidade vivenciada e aplicada na SRM.
O instrumento utilizado para coleta de dados desta pesquisa é composto por observação e questionário com questões abertas. De acordo com Gil (2008, p. 121), o questionário é conhecido como: técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado. Dessa forma, foi aplicado o questionário à professora da sala de recursos multifuncional, com a finalidade de coletar as informações necessárias para compor o objeto de pesquisa.
Ao término da utilização desses recursos foi possível analisar com clareza como a sala de recursos multifuncionais é usada para a efetivação da integralização do educando no processo de ensino e aprendizagem no contexto escolar, tendo como foco uma escola da rede estadual de ensino.
Assim, será apresentada primeiramente uma análise baseada nas respostas adquiridas no questionário respondido pela professora regente da SRM da unidade de ensino citada. Com base nas respostas da docente, percebe-se que a mesma possui formação superior em Pedagogia, além de ser pós-graduada em Coordenação Escolar e Métodos e Técnicas para Educação Infantil e Fundamental. Atualmente está atuando nos segmentos do Ensino Fundamental II e no Ensino Médio. A professora regente tem 45 anos de idade e há 13 anos está atuando na docência, sendo seis anos no Ensino Infantil e Fundamental e sete anos na Educação Especial.
Sobre a questão da formação do professor, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva estabelece que,
para atuar na Educação Especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no atendimento educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de Educação Especial (BRASIL, 2008, p. 18).
É necessário ter formação adequada para o atendimento especializado; um profissional semboa formação acaba contribuindo para uma defasagem na educação desses alunos, que precisarão de métodos adequados para trabalhar a deficiência. Além dos métodos, é necessário entender e conhecer cada deficiência e a metodologia mais adequada para trabalhar com cada um, o adequado então é que profissionais especialistas em Educação Especial devem ser capazes de analisar e elaborar métodos mais eficazes no ensino-aprendizagem desses alunos.
Ao responder o questionário, a professora demostrou interesse em se especializar na área, embora tenha feito curso de Libras e Braille, mas reconhece que não é o suficiente, pois cada aluno deve ser trabalhado de maneira diferenciada conforme suas necessidades especiais, cabendo assim ao professor estudar maneiras para melhor trabalhar com os alunos, e a melhor maneira é se reconhecendo como eterno aprendiz.
O atendimento na sala de recurso da escola iniciou em agosto de 2017, portanto tem apenas dois anos que o funcionamento da sala de recurso multifuncional é realizado na instituição educativa. Ao ser questionada sobre as deficiências/necessidades educacionais especiais apresentadas pelos alunos na sala de recurso, a professora citou que são: múltiplas, surdez, baixa visão, intelectual, dislexia, totalizando 14 alunos da unidade de ensino, sendo atendidos nos turnos matutino e vespertino. Verificou-se que os alunos atendidos pela escola na sala de recurso totalizam 41, já que a escola atende à demanda de outras unidades educativas que não possuem sala de recursos multifuncional em suas dependências; a faixa etária desses estudantes fica entre 12 e 49 anos, no entanto o atendimento abrange todas as idades com exigência de que o aluno esteja matriculado na rede regular de ensino, do infantil ao Ensino Médio, sendo que os atendimentos acontecem em dois dias na semana, com duas horas cada atendimento, podendo ser individualizado ou em contraturno.
Durante o período de observação, bem como no questionário, verificou-se que na sala de recursos existem materiais pedagógicos diversificados, entre eles podemos citar jogos de dominós de frases, de adição, subtração, multiplicação, divisão, de frações, lotos numéricos, jogos de memória variados, kits de quebra-cabeça, mosaico, palavras cruzadas, kits de alfabeto silábico, blocos lógicos, entre outros.
Na opinião da professora quanto ao que poderia ser mudado ou ser feito para melhorar o atendimento na sala de recursos, está a ampliação do espaço físico, mobiliários e equipamentos tecnológicos inerentes a cada deficiência. Outra questão abordada no questionário foi a respeito das ações da Educação Especial desenvolvidas na escola, tendo com resposta que realiza-se uma ação na semana nacional da pessoa com deficiência intelectual e múltipla de 21 a 28 de agosto, envolvendo toda a equipe escolar, alunos das classes regulares, das classes especiais, famílias e parceiros com apresentações culturais, brincadeiras, filmes, sorteio de brindes, bingo, palestras e lanche. A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla foi sancionada no ano de 2017 por meio da Lei nº 13.585, no dia 26 de dezembro de 2017. Por essa razão ela acontece no período de 21 a 28 de agosto, objetivando o debater com a sociedade/comunidade o dever da igualdade para inclusão.
No que tange a assuntos relacionados aos recursos financeiros exclusivos para investir na educação desses alunos, a escola recebe do governo estadual suporte financeiro e material para auxiliar os profissionais e os gastos como outros quaisquer dos alunos. Assim, quando é autorizada abertura de uma sala de recurso, o Ministério da Educação (MEC) disponibiliza todos os equipamentos mobiliários e pedagógicos inerentes às deficiências, ficando a escola responsável pelo espaço físico, mesmo notando que o espaço usado para a SRM da respectiva escola não usufrui de uma sala ampla e espaçosa dificultando a plena movimentação do educando; dessa forma, é de fundamental importância que o aluno com deficiência tenha um espaço adequado e amplo colaborando na plena locomoção em sala.
No entanto, desde 2001 até os dias de hoje foram abertas várias salas de recurso, porém não foram disponibilizados materiais mobiliários, muito menos pedagógicos para o desenvolvimento do trabalho de ensino-aprendizagem nessas salas de recursos multifuncionais, prejudicando o crescimento e a formação do aluno que necessita de atendimento educacional especializado.
Segundo a professora regente que atua na sala de recursos multifuncionais na escola o papel do professor abrange todas as instâncias da escola, direção, equipe pedagógica, professores, alunos e família em um trabalho colaborativo para o acompanhamento e desenvolvimento do aluno. A mesma revela que a presença constante é necessária para trocas de informações e orientações que possam contribuir na vida escolar e diária do aluno/filho.
De acordo com a professora, a formação necessária para atuar na sala de recursos multifuncionais deve ser professor, pedagogo, com formação inicial e continuada que possibilite exercer da melhor forma possível o trabalho com alunos com variadas necessidades educacionais especiais, sabendo identificar, conhecer suas competências e recursos/estratégias que favoreçam o ensino-aprendizagem, que domine entre outros a língua de sinais Libras e o código Braille.
O AEE é feito por professores que devem ter formação inicial que os habilite para o exercício da docência e formação especifica para a Educação Especial, inicial ou continuada, para atuar com cada tipo de deficiência. (...) A Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva implica uma transformação da formação de professores, que necessitam se adequar a novos conhecimentos que são próprios do atendimento educacional especializado (Machado, 2010, p. 61).
Para a professora, a escola ainda necessita de recursos pedagógicos e equipamentos necessários para melhorar o ensino e as atividades para serem desenvolvidas no cotidiano com os alunos como, por exemplo, computador mais novo, adaptado às necessidades de cada aluno, televisão, datashow, reglete, punção, máquina Braille, entre outros. Percebeu-se que a professora não mede esforços durante o decorrer de sua prática docente, e busca melhorar cada dia mais a autonomia dos alunos, estimulando-os a tomar decisões, deixando fazer escolhas, ensinando a fazer atividades simples que se aplicam na vida diária, oportunizando escolher leituras, brincadeiras e jogos, além de deixar coordenar atividades práticas.
De acordo com a professora, a sala tem total capacidade de atender todos os tipos de deficiências e transtornos. A mesma destacou que quando recebe um aluno independente da deficiência é feito o estudo do caso com a família, posteriormente com a equipe escolar; com todos os possíveis dados do aluno em mãos, o professor da sala de recurso elabora um plano individual para atender a necessidade do aluno. Percebe-se que a professora utiliza algumas tecnologias assistivas, podemos citar entre elas o computador, sala de vídeo, e materiais escolares e pedagógicos acessíveis. Porém é preciso salientar que alguns materiais estão em estado de conservação precário. O método de avaliação usado no decorrer das aulas pela professora na sala de recurso multifuncional é contínuo, observando o desempenho em cada atividade proposta, valorizando capacidade e habilidades individuais.
Considerações finais
Na visão da escola inclusiva, a formação dos alunos é possível não só a partir do encontro com a leitura e escrita, mas também socialmente, em grupo, aprendendo a respeitar e ser respeitado em seu espaço que ocupa. As salas de recursos multifuncionais permitem ao aluno crescer intelectual e cognitivamente, com práticas pedagógicas inovadoras, com tecnologias assistivas que auxiliam a aquisição/construção de aprendizagens nas deficiências dos alunos. Após as leituras das obras citadas no trabalho, observou-se que a Educação Inclusiva é um triunfo conquistado ao longo dos anos, que foi completamente “refinada”, modernizada e, finalmente, especializada.
No entanto é oportuno dizer que os alunos participantes das SRM participam de projetos, eventos, atividades extraclasse com acompanhamento especializado para que eles consigam aprender com mais facilidade o que está sendo ensinado pelos educadores. Através deste trabalho, percebeu-se também que a função do professor em primeiro lugar é zelar pelo bem-estar de seus alunos, oferecendo a eles confiança, sinceridade, sabedoria, e, afinal, condições de adquirir habilidades, pensamento com criticidade, para que possam interpretar o mundo à sua maneira. Conclui-se que o educador de Educação Especial é aquele que procura entender seus alunos a partir de vinculos afetivos, criando laços de afetividade para que eles possam confiar no professor e na sua capacidade de aprendizagem.
Referências
ARANHA, M. S. F. Educação inclusiva: transformação social ou retórica Marilia: Fundep, 2004.
BRASIL. Manual de orientação: Programa de implementação da sala de recurso multifuncionais, 2010.
______. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Basica. Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009. Diretrizes operacionais para o atendimento.
______. Constituição Federal. Brasília, 1988.
______. Parecer CNE/CEB nº 13/2009. Diretrizes Operacionais para o Atendimento Especializado na Educação Básica, Modalidade Educação Especial. D.O.U., 24 de setembro de 2019, p. 13, 2009.
______. Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva. 2007.
CARVALHO, R. E. Educação inclusiva com pingo nos “IS”. 5ª ed. Porto Alegre. Mediação, 2007.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
______. Como eleborar projetos de pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas 2010.
LADWING, Vânia Kunzler; GOI, Rosalina Eliezete Pires; SOUSA, Jânia Loines Gonsalves de. Adaptação e acolhimento na Educação Infantil. 2013.
MACHADO, R. Educação Especial na escola inclusiva: políticas, paradigmas e práticas. São Paulo: Cortez, 2010.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisas: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.
MARQUEZINE, M. C. Formações de profissionais professores de Educação Especial. Deficiência mental e curso de pós-graduação lato sensu: um estudo de caso. 2006. 244 f. Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Marília, 2006.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA EDUCAÇÃO A CIÊNCIA E A CULTURA (UNESCO). Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Satisfação das necessidades básicas de aprendizagem, 2001.
PESSOTTI, I. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: Edusp, 1984.
ROPOLLI, E. A. A Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva. Brasília: MEC/Seesp; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010.
SOUSA, Amaralina Miranda. A informática educativa na Educação Especial. Software educativo Hercules e Jiló. Linhas criticas, Brasília, v. 9, nº 17, jul./dez. 2003.
Publicado em 08 de dezembro de 2020
Como citar este artigo (ABNT)
FERNANDES NETO, Izidorio Paz; BELETINI, Cíntia Pereira de Oliveira; MARIANO, Keilane da Silva. Educação integralizada: as salas de recursos multifuncionais como instrumento de ensino e aprendizagem. Revista Educação Pública, v. 20, nº 47, 8 de dezembro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/47/educacao-integralizada-as-salas-de-recursos-multifuncionais-como-instrumento-de-ensino-e-aprendizagem
Novidades por e-mail
Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing
Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário
Deixe seu comentárioEste artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.