O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade na escola: uma revisão de literatura

Fernando Xavier Silva

Professor da rede pública de educação do Estado de São Paulo

Em minha prática docente como professor da rede estadual de Educação pública de São Paulo encontrei-me em diversas ocasiões com dificuldades muito severas em encontrar meio pedagógicos para trabalhar com crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem decorrentes de ansiedade, falta de atenção e hiperatividade. Nem sempre eram indivíduos com laudos médicos, por isso, essas características poderiam muito bem ser decorrentes de outros fatores. Por outro lado, os métodos puderam, em muitos casos, passarem muito ao largo de indicação de diagnósticos com um profissional da saúde. A melhoria no desempenho escolar de forma global indicou que, por exemplo, o uso de jogos lúdicos como xadrez e dama podem ajudar na melhoria da concentração. O interesse pelo tema desse trabalho surgiu dessas práticas alternativas com crianças e adolescentes com características de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Além disso, ao pesquisar sobre trabalhos com esse tema bases de dados como a SciELO (Scientific Electronic Library Online) não foi encontrado nenhum estudo que compilasse investigações com esse tema dentro do recorte espacial escolhido, a saber, as instituições públicas de ensino.

Procurou-se entender neste trabalho quais as alternativas que os profissionais da educação têm em mãos para escolherem quais os procedimentos pedagógicos mais adotados em sala de aula com crianças que apresentam indicativos de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e como essa questão tem sido tratada na produção acadêmica e nas escolas. O problema de pesquisa pode ser resumido nas seguintes perguntas: quais as formas de ensino-aprendizagem se apresentam mais eficazes na literatura sobre o assunto? O que dizem as pesquisas que relacionam o TDAH e a escolarização?

O objetivo geral deste trabalho foi apresentar e analisar um conjunto de artigos que versam sobre o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade com enfoque em quais métodos de ensino-aprendizagem são mais eficientes para crianças em idade escolar. Os objetivos específicos são: a) caracterização geral da produção acadêmica a partir da leitura de suas conclusões; b) divisão dos achados e dos temas das pesquisas em tópicos; c) elaborar uma síntese com os principais achados das pesquisas no que se refere aos métodos que facilitariam o ensino-aprendizagem em crianças que apresentam características de TDAH; d) por fim, indicar quais métodos e achados foram mais relevantes, subsidiando professores e demais profissionais da educação em seus trabalhos em unidades de ensino.

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) geralmente manifesta-se na fase infantil, os comportamentos ligados a ele geralmente são hiperatividade, impulsividade e desatenção (Barkley, 2002) e as crianças apresentam-se agressivas, imprudentes, desorganizadas, alheias às regras de convivência, dificuldades de convívio com os outros colegas e problemas fonológicos, ligados ao retardo do desenvolvimento da linguagem. De acordo com Rodge e Benczik (1999), isso dificulta a execução das atividades escolares por apresentarem-se distraídas na execução de atividades lúdicas. Não conseguem finalizar tarefas com facilidade e esquecem frequentemente de objetivos em curto prazo, o que reflete na necessidade constante de reforço escolar.

As crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) têm problemas de sociabilidade, o que as deixam vulneráveis ao bullying e à falta de empatia e, por conta da constante agitação, demonstram falta de paciência para conversar, interrompendo constantemente seus interlocutores (Sena; Neto, 2007). Barkley (2002) afirma que um terço de todas as crianças com o transtorno terá desempenho acadêmico inferior às outras, e declínio de no mínimo uma série no decorrer de sua vivência escolar, no entanto, a criança com TDAH pode não apresentar déficit de inteligência associado ao transtorno e algumas das características apresentadas podem ser reforçadas pelo convívio familiar e outros ambientes de socialização.

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção e Hiperatividade (ABDAH), o transtorno atinge de 3% a 10% da população ao longo da vida, mas indica que através de um diagnóstico e tratamento corretos, um grande número dos problemas como repetência escolar, abandono dos estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente tratado ou até mesmo evitado (ABDAH, 2016). Os profissionais da educação adquirem grande responsabilidade ao se envolverem diretamente com esses indivíduos, o que pode gerar problemas se a capacitação deles não corresponder à realidade. Como se observará a seguir, muitas pesquisas têm se dedicado a encontrar formas de facilitar o ensino-aprendizagem no espaço escolar para alunos com dificuldades cognitivas e buscado conteúdos e ferramentas que habilitem os professores, a fim de que possam dar atendimento às suas necessidades educativas.

O tratamento ao TDAH consiste na medicação e no acompanhamento terapêutico, o que pode melhorar o desempenho das crianças na escola e suas relações com outras crianças e familiares. A medicação excessiva do cloridrato de metilfenidato (ritalina) pode partir de diagnósticos que considerem quaisquer comportamentos tipificados como anormais sintomas do transtorno (Barkley, 2002). Acrescentam-se também outras origens dos comportamentos agressivos ao fato de que as relações familiares podem ser conturbadas e transferirem para essas crianças aspectos negativos, como a resolução de problemas com comunicação violenta.

Metodologia

Elaborou-se neste trabalho um estudo de revisão de literatura sobre o tema. Foram encontrados 75 trabalhos acadêmicos no Portal de Periódicos Capes e na Plataforma SciELO. Foram utilizados os seguintes termos de busca TDAH; Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade; Educação; Escola e aprendizagem, que deveriam estar contidos nos resumos, palavras-chave ou nos títulos. Todos os trabalhos que não seguiram esse critério de exclusão foram descartados. Foi preciso que as palavras-chave TDAH e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade estivessem acompanhadas de pelo menos uma das outras, o que resultou na recuperação de artigos que não tiveram como tema central o TDAH, mas que são importantes para este estudo pelo tratamento do tema de forma mais ampla e por possibilitarem a análise da importância do transtorno na produção cientifica das áreas da saúde e da Educação. Foram selecionados apenas artigos em língua portuguesa e em espanhol revisados por pares, por conta dos limites deste trabalho não foram recuperadas dissertações, teses e livros referentes ao tema. Definido o corpus da pesquisa, 75 artigos, as principais informações foram dispostas em uma planilha contendo os títulos, resumos, ano, idioma e periódico de publicação, principais conclusões e nomes dos autores. Em seguida, foram criados dois gráficos que resumem estas informações.

Optou-se pela caracterização geral da produção acadêmica e em seguida a divisão do texto em subtópicos: A medicalização da vida; O diagnóstico coletivo; Novas formas de abordagem; As percepções de professores pais e alunos sobre o TDAH; O desempenho escolar e as dificuldades de aprendizado. Foram elencados os artigos que mais representavam o teor dos trabalhos categorizados nos subtópicos segundo os objetivos e conclusões.

As pesquisas sobre o tema

Os artigos foram publicados entre 2002 e 2019; somente em 2006 e 2007 não foram identificados nas bases de dados pesquisadas trabalhos sobre o TDAH e a escolarização. O ano de 2008 marca o início de crescimento da produção, que apresentou oscilações em todo o período, tendo como ápice o ano de 2015 com a publicação de 14 artigos. Isso pode ser explicado pela promulgação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, no ano de 2007, e, consequentemente, no maior interesse dos pesquisadores sobre o tema, apesar de essa lei não ter incluído os alunos com o TDAH como público-alvo. O ano de 2019 pode acentuar a tendência de crescimento da produção acadêmica sobre o tema.

Os 75 trabalhos foram publicados em 56 periódicos, 16 revistas ultrapassaram o número de duas publicações (Gráfico 1); o restante publicou um ou dois estudos cada. Chama a atenção uma das características principais das pesquisas, 39 periódicos são da área da Saúde, sendo que um dos critérios de inclusão no corpus da pesquisa foi o de os termos TDAH e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade estarem relacionados com a educação, escola ou aprendizagem. Dessa forma, pode-se afirmar que a produção acadêmica analisada se apresenta como esforço coletivo de diversos setores de duas grandes áreas, a Saúde e a Educação, em torno de um mesmo tema.

Essa confluência de especialidades reforça a importância do estudo sobre o que está sendo discutido sobre o TDAH. Das especialidades que mais se debruçaram sobre o assunto está a Psicologia com 28 artigos, a Psiquiatria (6) e a Pediatria (3). Os textos produzidos em língua portuguesa somaram 47 do total, e aqueles em espanhol, 28.

Quase metade das revistas (32 periódicos) é da área da Psicologia, alguns deles relacionam a Pedagogia a essa área, como as revistas Revista de Educação Especial e o periódico Psicologia Escolar e Educacional. A baixa produção por periódico no período permite afirmar que o tema necessita de maior aprofundamento, principalmente na área da Educação, mas ao mesmo tempo há uma tendência de publicação todos os anos em pelo menos um periódico.

Gráfico 1: Artigos publicados por periódico

O que dizem as pesquisas que relacionam TDAH e a escolarização?

Os 75 artigos foram lidos integralmente, o que permitiu a constatação da regularidade de alguns objetivos e conclusões. Em 14 estudos, a proposta foi analisar os conhecimentos dos docentes e pais sobre o transtorno, tiveram em comum o questionamento do diagnóstico definitivo e da real necessidade de medicalização dos alunos. Em outros 11 estudos os autores propuseram intervenções e abordagens que substituíssem ou complementassem as medicações de alunos com TDAH. Apenas dois trabalhos investigaram a autopercepção dos estudantes em relação ao diagnóstico e ao TDAH. Esses 20 trabalhos questionaram o uso da ritalina como único recurso para a melhoria do desempenho escolar. Outras 11 produções concluíram que o diagnóstico influencia no comportamento das crianças, gerando altas percepções que favoreceram a queda no desempenho e da autoestima. Esse foi o objetivo de outros 12 trabalhos, estudar a relação entre o desempenho escolar e o TDAH, áreas como a Fisioterapia, a Psiquiatria e Educação Física avaliaram desde a motricidade até a capacidade auditiva das crianças e adolescentes. Três estudos advogaram a necessidade de reavaliação constante dos diagnósticos, e no desenvolvimento de seus trabalhos de estudos de caso discutiram se os alunos apresentavam realmente comportamentos e desempenhos que poderiam ser relacionados ao TDAH. Outros 6 trabalhos tiveram como objetivo investigar a prevalência do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) em amostras de crianças, adolescentes e adultos universitários. Dois artigos estudaram as características de personalidades em crianças diagnosticadas com o transtorno, somente 1 procurou avaliar a qualidade de vida dos estudantes.

A relação entre gênero e o TDAH foi estudada por um trabalho. Dois artigos focaram no trabalho em conjunto entre as famílias e a escola para melhorarem o rendimento escolar dos alunos. Os cursos de especialização para professores aprimorarem e conhecerem técnicas de intervenção nas escolas foram analisados por dois trabalhos. Por fim, foram recuperadas três revisões da produção acadêmica sobre o TDAH.

Quadro 1: Objetivos dos trabalhos

14

Analisar os conhecimentos dos docentes e pais sobre o transtorno

11

Intervenções e abordagens que complementassem as medicações de alunos com TDAH

2

Autopercepção dos estudantes em relação ao diagnóstico e ao TDAH

20

Uso da ritalina como único recurso para a melhoria do desempenho escolar

12

Estudar a relação entre o desempenho escolar e o TDAH

6

Investigar a prevalência do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)

2

Características de personalidades em crianças diagnosticadas com o TDAH

1

Relação entre gênero e o TDAH

2

Trabalho em conjunto entre as famílias e a escola

2

Cursos de especialização para professores

3

Revisões da produção acadêmica sobre o TDAH

As pesquisas de revisão sobre o tema

Os três artigos de revisão podem ser inicialmente descritos a partir de seus termos de busca e das fontes de dados que utilizaram. A revisão integrativa de Beltrame; Gesser e Souza (2019) intitulado Diálogos sobre medicalização da infância e educação: uma revisão de literatura fez uma busca sistematizada no sitio eletrônico da SciELO com os termos: patologização da vida, medicalização da educação, aprendizagem, ensino e da infância. Selecionados 40 artigos publicados entre 2010 e 2016, os pesquisadores identificaram um crescimento do número de crianças e adolescentes diagnosticados com o TDAH e discutiram, com base nos trabalhos analisados, a real necessidade da medicalização e da identificação de patologias, muitas vezes precoce, de comportamentos comuns em jovens. Chegam a perguntar se “esse crescimento desenfreado de diagnósticos seria apenas um desinteresse dos estudantes pela escola (...) (e se) de fato existe uma dificuldade que acomete somente o processo de aprendizagem” (Beltrame; Gesser; Souza, 2019, p. 11). É como se as escolas terceirizassem suas dificuldades de institucionalização, repassando para outras áreas a tarefa de estimular o comportamento obediente e comportado (Beltrame; Gesser; Souza, 2019). Esse artigo publicado em 2019 apresenta a análise de 40 artigos, direcionou a pesquisa para um tema especifico, o da medicalização e dificuldades de aprendizagem. Os resultados desta pesquisa corroboram com as conclusões apontadas na revisão de Beltrame, Gesser e Souza (2019), apesar de analisar trabalhos diferentes e em maior quantidade visto que se utilizou de palavras-chaves distintas e o acréscimo da plataforma da Capes como ferramenta de busca.

Lylla Cysne Frota D’Abreu e Edna Maria Marturano (2010) selecionaram 18 artigos nas bases de dados PsycInfo, Medline, Lilacs, SciELO e Web of Science por meio dos descritores: externalizin; school underachievement; child; elementary grades; longitudinal; prospective; follow-up; underachievement; behavior; child; longitudinal; prospective; follow-up; impulsivity; hyperactivity; distractibility; underachievement; longitudinal; prospective e follow-up. As autoras investigaram nos artigos publicados entre 1990 e 2006 a relação entre comportamentos como agressividade, hiperatividade, oposição e impulsividade e o desempenho escolar, identificados em notas ou tarefas. A contribuição dessa pesquisa pode ser expressa na diferenciação entre comportamento hiperativo e o considerado antissocial, este último foi relacionado com frequência na literatura estudada neste estudo como proveniente de diferentes fatores, como por exemplo, o nível socioeconômico das famílias, a agressividade intrafamiliar, e o próprio desempenho escolar dos pais. Esse foi um fator constantemente citado nos trabalhos analisados nesta pesquisa, a necessidade de entender os comportamentos externalizantes a partir de multicausalidades e não somente como sintomas de uma patologia.

A revisão sistemática da literatura médica de Araújo (2002), intitulada Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e distúrbio de atenção, foi realizada a partir de artigos recuperados das plataformas Medline e PubMed, publicados entre 1997 e 2002 com as palavras-chave transtorno do aprendizado, déficit de atenção, dislexia (transtorno de leitura) e discalculia (transtorno de Matemática). A autora não informa quantos artigos foram analisados. Defende os medicamentos como recursos fundamentais para melhoria do desempenho de crianças com TDAH, apesar de que no futuro, a terapia medicamentosa poderá sofrer modificações. A busca de novas substâncias, com uma atuação mais específica e um perfil de menor efeito colateral poderá também contribuir com um melhor prognóstico (Araujo, 2002, p. 6).

A pesquisadora discute brevemente sobre a importância de diagnósticos precisos e orientações pedagógicas como recursos para reduzir as dificuldades de aprendizagem. Este tema foi recorrente na produção analisada neste trabalho, como se verá a seguir.

A medicalização da vida

Grande parte das pesquisas (38 artigos) apresentou críticas ao uso indiscriminado do medicamento ritalina. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial; tal problema é relevante e promove a necessidade de amplos investimentos em pesquisas nas áreas de saúde e educação a fim de que se implementem alternativas para a superação da excessiva (e crescente) medicalização de crianças e adolescentes (Signor; Berberian; Santana, 2017, p. 745).

Para corroborar essa afirmação, as autoras, em artigo intitulado A medicalização da educação: implicações para a constituição do sujeito/aprendizado, realizaram um estudo de caso com uma criança de seis anos em processo de escolarização que se apresentou agressiva, desorganizada, desobediente e tinha dificuldade de leitura, conseguindo aprender a ler apenas no 3° Ano do Ensino Fundamental. Foi diagnosticada com TDAH previamente por um psiquiatra e consumia o medicamento ritalina no momento da intervenção das autoras. A medicação e a consciência de sua patologia faziam com que a criança tivesse sua subjetividade atingida desfavoravelmente, levando ao agravamento dos sintomas.

Por isso, os professores são fundamentais no diagnóstico, são eles que relatarão para os profissionais da saúde e familiares quais comportamentos são “anormais”. Tendo muitas vezes uma ideia não muito clara do que seja o TDAH, apressam-se no diagnóstico da criança, abrindo caminho para a medicação. As pesquisadoras, a partir disso, deram prosseguimento à pesquisa realizando entrevistas com a mãe e com a criança, avaliação fonoaudiológica individual, observação da aluna em sala de aula por um período de uma semana, entrevistas com professores e orientadora educacional e pesquisa documental (pareceres avaliativos da escola, agendas, cadernos, pastas com atividades – atuais e pregressos). Os dados foram registrados por meio de gravação em áudio e diário de campo (Signor; Berberian; Santana, 2017, p. 754).

Por meio dessa pesquisa chegaram à conclusão de que os problemas comportamentais da criança não eram oriundos do TDAH e que era preciso outro diagnóstico, o qual foi realizado e constatado que ela não sofria com a patologia. Para chegar a essa conclusão as autoras analisaram os dados e perceberam que o pai agia de forma muito agressiva com a esposa e por isso a criança demonstrava medo na presença dele nas reuniões. As autoras realizaram procedimentos lúdicos na terapia, como teatros com fantoches para simularem situações reais e estimular a empatia para com os outros, a reciprocidade, a bondade, solidariedade e outros valores que estavam ausentes em seu comportamento na escola. Ao longo de seis meses a criança apresentou melhora considerável e durante as terapias não utilizava o medicamento, o que demonstra a eficácia de meios alternativos de tratamento aos comportamentos ligados ao TDAH. Além das melhoras comportamentais, seu desempenho acadêmico cresceu e isso se deve, segundo as autoras, à melhoria na convivência com professores e demais colegas de classe (Signor; Berberian; Santana, 2017).

O diagnóstico coletivo

Discutiu-se o TDAH como um conjunto de sintomas que pode ser, em alguns casos, a resposta da criança à sua condição patológica artificial, em outras palavras, a criança pode reproduzir esses comportamentos em uma reflexão embasada pela configuração de significantes com a qual lida no cotidiano. Sua patologia é derivada de sua posição subjetiva em meio às representações externas. Para comprovar essa tese, Legnani (2012), em artigo intitulado Efeitos imaginários do diagnóstico de TDA/H na subjetividade da criança apresenta o caso de uma criança que cursava a 1° série do Ensino Fundamental. Por apresentar falta de concentração, impulsividade e dificuldades de aprendizagem ela foi encaminhada a um psicopedagogo, que a diagnosticou com TDAH. A partir das primeiras entrevistas com a mãe e com os professores foi apresentada a hipótese de que a separação subjetiva da criança com a mãe era dificultada, pois a criança buscava preencher os desejos dela, que perdeu um filho antes de o conceber e projetava nele as suas angústias e desejos.

A autora apresenta uma explicação psicanalítica para as causas dos problemas comportamentais da criança e sugere a destituição da hegemonia do saber médico no ambiente escolar, que pode corroborar para que “diferentes posicionamentos subjetivos resultem em diferentes funcionamentos das funções psicológicas as quais, por sua vez, inscrevem-se de diferentes formas no funcionamento cerebral” (Legnani, 2012, p. 317).

Novas formas de abordagem

O artigo de Rodrigues, Sousa e Carmo (2010) apontou novas formas de abordagem que substituem ou complementem a medicação. Relatam o caso de um menino de 9 anos que frequentava o 5° do Ensino Fundamental e que estava atrasado em 2,5 anos em relação aos outros estudantes da mesma idade. A criança, que iniciou o tratamento com “neurolépticos e psicoestimulantes e seu diagnóstico de TC/TDAH associados foi feito por uma neurologista” (Rodrigues; Sousa; Carmo, 2010, p. 196), também convivia em um seio familiar conturbado, com pais separados, um irmão portador de necessidades especiais e frequentemente sofria agressões dos pais.

A escola teve papel fundamental no diagnóstico, pois o menino reproduzia as agressões nos colegas intimidando-os a todo o momento. Para realizar a pesquisa, as autoras consideraram: identificar o contexto dos comportamentos, quais as frequências que ocorrem e suas consequências imediatas e em longo prazo. Para o estudo, foi de suma importância as impressões gerais dos professores e demais profissionais da educação, por isso, realizaram reuniões com eles, a fim de identificarem os problemas e as possíveis soluções. Buscaram o assessoramento de outros profissionais da saúde como: psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, pediatras e psiquiatras.

No caso de uma criança que apresentava dificuldades em Matemática e que foi diagnosticada com TDAH, embora apresentasse padrões de comportamento que fazem parte de Transtorno Compulsivo e, também de TDAH, o diagnóstico preciso nunca foi apresentado pela escola. Os autores identificaram que o caso extrapolava a sala de aula e se enraizava em conturbadas relações familiares, o que refletia em seu desempenho escolar (Rodrigues; Sousa; Carmo, 2010). Portanto, o baixo desempenho em Matemática não teve relação com o TDAH, mas possivelmente do entrelaçamento entre os problemas advindos do seio familiar e aqueles apresentados na escola.

As percepções de professores, pais e alunos sobre o TDAH

Extrapolando a questão patológica, o viés de tratamento deve considerar o seio familiar e o contexto escolar, onde um clima de anomia exige um comportamento adequado, sem o qual há punições e sanções. Uma constatação importante dos autores é a de que a medicação deve ser utilizada somente quando esgotadas todas as medidas que favoreçam a adaptação, refletindo as implicações do procedimento e considerar todos os fatores influentes, pode dissimular ou encobrir precipitadamente conflitivas individuais, sociais ou institucionais que deveriam ser identificadas e trabalhadas (Landskron, Sperb, 2008, p. 164).

No artigo de Landskron e Sperb (2008), as pesquisadoras analisaram a relação de nove professoras do Ensino Fundamental com sete crianças diagnosticadas com o transtorno. O método consistiu em entrevistas semiestruturadas com as docentes para identificar suas percepções sobre o TDAH. Foram descritas as dificuldades enfrentadas por elas e as explicações dadas a esses comportamentos e suas estratégias de intervenção. Esse estudo de caso indica a necessidade de capacitação de docentes no Brasil para lidarem com o transtorno, pois as falas se mostraram patologizantes e com conhecimentos nada profundos sobre o tema, não açabarcando todo o contexto da criança, culpando-a pelo comportamento agressivo e pelo baixo rendimento acadêmico.

Preocupadas com os comportamentos agitados e com as dificuldades de concentração em tarefas educativas, as professoras deram proeminência ao desempenho acadêmico, culpando as crianças por não atingirem as metas estabelecidas. Há então uma ênfase na produtividade e dificuldade no tratamento de forma diferenciada. Apesar disso, as professoras apontaram a importância da família como apoio na educação desses alunos, e como essa base de apoio pode ajudar a diagnosticar os problemas e suas causas e também indicar maneiras de intervenção. No geral, as estratégias das professoras consistiram em fortalecer a autoestima dos alunos, fomentando o afeto, a confiança entre si, evitando punições excessivas, buscando atividades gratificantes e oferecendo atenção personalizada. Elaboravam, ainda, medidas educativas, como conscientizar a criança sobre as consequências dos seus atos, orientar quanto à (in)adequação de algumas atividades, cobrar combinações com firmeza e treinar habilidades compensatórias (Landskron; Sperb, 2008, p. 162-163).

Outras estratégias consistiram em não dar vazão e até combater a imposição de rótulos e estereótipos, não fomentando o bullying e a baixa autoestima da criança. Isso se contradiz com a postura patologizante que vê as crianças de forma individual, desconsiderando que os padrões de comportamento aos quais elas não se encaixavam provinham de um modelo pré-estabelecido, e este sim deveria se adaptar à heterogeneidade de comportamentos possíveis.

O desempenho escolar e as dificuldades de aprendizado

Os resultados da pesquisa anterior (Landskron; Sperb, 2008) são muito similares aos encontrados por Reis e Camargo (2008); as autoras apontam a necessidade de os professores conhecerem os demais determinantes do desempenho dos estudantes. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas com indivíduos com TDAH, as quais apontaram os problemas relacionados ao transtorno que dificultaram seus desempenhos escolares. Todos relataram que tiveram grandes dificuldades na alfabetização, na escrita e na leitura, o que deriva, segundo eles, da falta de concentração e na desorganização causada pela monotonia das aulas. Um deles relatou que somente identificou a influência do medicamento ritalina de forma negativa quando terminou o tratamento, afirmando que ele produzia obstáculos à sua aprendizagem.

Esse artigo aponta como maior intervenção possível da escola, ou do Estado, na melhoria do atendimento às crianças com TDAH, a capacitação dos professores, pois os participantes da pesquisa identificaram o desconhecimento dos docentes dos efeitos, as causas e as maneiras de intervenções possíveis. Essa importância tem maior peso na medida em que os professores são os principais agentes do subdiagnóstico, são eles que relatarão para os pais e aos profissionais da saúde quais os comportamentos apresentados pelas crianças. Além disso,

as experiências dos entrevistados evidenciam que o ensino deve ser significativo, participativo e questionador, deve motivar e envolver os alunos, a fim de que eles não sejam impelidos a buscar, durante as aulas, atividades paralelas que liberem a sua energia e criatividade (Reis; Camargo, 2008, p. 96).

As crianças com TDAH necessitam de motivação e estímulos que as aulas tradicionais parecem não oferecer, as atividades prazerosas podem chamar mais atenção desses alunos do que exercícios monótonos e repetitivos.

A criança com TDAH apresenta instabilidade e impulsividade constante que a impede de adquirir o aprendizado necessário nesse período escolar, por conta disso, é importante ter um diagnóstico preciso, que deve ser constantemente reavaliado. O professor pode dar apoio à família indicando alternativas para a melhoria do comportamento e do desempenho acadêmico das crianças na escola. O sucesso da aprendizagem dessas crianças reside também na capacitação dos professores. É necessário buscar caminhos alternativos visando conhecimentos fundamentais para o desenvolvimento de ações eficazes.

Considerações finais

As conclusões da maior parte dos artigos apontaram que a escola pode tomar atitudes que estimulem a melhoria do comportamento das crianças com TDAH, tais como: reavaliação do quadro e atendimento especializado psicoterápico, a aproximação entre a família e a escola formando uma rede de apoio família-profissionais da saúde-profissionais da educação.

Os artigos analisados apontaram, em geral, que para o diagnóstico da criança com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade é necessária uma avaliação multidisciplinar, que abranja o contexto social e psicológico do discente. Não é suficiente o diagnóstico do profissional da saúde e muito menos os “diagnósticos” baseados em estereótipos dados por professores e pais das crianças com problemas de comportamento, os quais são muitas vezes derivados de problemas familiares.

Os profissionais da Educação devem trabalhar com a parte emocional das crianças com TDAH, e tomar ciência das atividades que exigem suas potencialidades e aumentem sua autoestima. Conhecer os interesses comuns dessas crianças auxilia nos planejamentos de atividades que estimulem a sua participação visando melhorar a imagem perante os colegas. Para isso, podem utilizar de suas criatividades nos esportes permitindo-lhes condições de sua atuação ser bem-sucedida. Elas podem mostrar aptidão musical usufruindo ou expressando-se dessa forma, o que contribui para uma postura mais positiva frente à aprendizagem. Para melhor aproveitar suas destrezas e habilidades a computação e a eletrônica podem ser utilizadas como atividades lúdicas. É provável que por não apresentarem um bom resultado em tarefas onde a linguagem seja o principal condutor que propague suas aptidões, esquemas desafiantes podem ser cativantes e direcionar seus interesses induzindo-as a trabalhar e perseverar na conquista dos objetivos educacionais.

Centralizar o trabalho em suas aptidões ajuda a impedir o aumento de atitudes negativas no contexto da educação. Conforme Condemarin, Gorostegui e Milicic (2006), além do TDAH, esses educandos também podem apresentar condutas agressivas, demandando ou exigindo dos docentes outras estratégias que possam melhorar a vida social destas crianças em sala de aula. Os discentes com condutas agressivas não dispõem de muitos recursos para a resolução de conflitos interpessoais, incumbindo ao professor perceber e analisar a forma como a criança entende a situação e posteriormente mediar os conflitos.

As pesquisas relatadas nos artigos propõem também o desenvolvimento de reflexões que auxiliem no desenvolvimento da alteridade e de oportunidades de se colocarem no lugar do outro por meio de atividades tais quais as apresentadas na análise dos artigos como a utilização de fantoches e teatralização de problemas reais, possibilitando às crianças novas saídas quando ocorrerem conflitos.

É indispensável que as correções na conduta aconteçam diversas vezes passando por melhorias graduais, antes de alcançarem a aprendizagem final. Os educadores das crianças e adolescentes com TDAH lidam diariamente com situações difíceis no contexto escolar, dentre elas a movimentação constante em sala de aula em momentos inoportunos, interrompendo o docente quando uma atividade requer concentração. Para os profissionais da educação lidarem com esses problemas, é preciso também instruir de forma clara as regras básicas aos discentes, de como mover-se dentro de sala e adaptar reforços repetitivamente à conduta correta, além de proporcionar atividades para que possam se movimentar.

Deverão ser levadas em consideração a série e a idade da criança. As aprendizagens exigem empenho por demandarem esforço, concentração e dedicação. A finalidade dessas práticas é alcançar os comportamentos que favoreçam o aprendizado frente ao autocontrole da conduta, aumentando as estratégias reflexivas para a solução dos problemas. A conquista dessas aptidões permite à criança hiperativa e com dificuldade de atenção a possibilidade de adequar sua própria conduta.

Conclui-se com esta pesquisa que os estudos sobre o tema apontam a necessidade do estabelecimento de uma rede de ajuda mútua em que profissionais da educação, da saúde e os pais permitam que a qualidade de vida da criança com TDAH aumente substancialmente, melhorando seu desempenho acadêmico e sua relação com os colegas de classe.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO (ABDA). Cartilha Direito dos Portadores de TDAH (Doutrina – Jurisprudência). Disponível em: http://www.tdah.org.br/images/stories/site/pdf/cartilha_legislacao.final.pdf. Acesso em: 27 jun. 2016.

ANDRÉ, M.; SIMÕES, R. H. S.; CARVALHO, J. M; BRZEZINSKI, I. Estado da arte da formação de professores no Brasil. Educação & Sociedade, Campinas, ano XX, nº 68, p. 301-309, dez. 1999.

ARAÚJO, A. P. Q. C. Avaliação e manejo da criança com dificuldade escolar e distúrbio de atenção. Jornal de Pediatria, v. 78, p. 104-110, jul. 2002.

BARKLEY, Russell A. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Porto Alegre: Artmed, 2002.

BELTRAME, Rudinei Luiz; GESSER, Marivete; SOUZA, Simone Vieira de. Diálogos sobre medicalização da infância e educação: uma revisão de literatura. Psicol. Estud. [online], v. 24, 2019.

BENTO, A. Como fazer uma revisão da literatura: considerações teóricas e práticas. Revista JA, ano VII, nº 65, p. 42-44, 2002.

CARDOSO, T.; ALARCÃO, I.; CELORICO, J. A revisão da literatura e sistematização do conhecimento. Porto: Porto, 2010.

CONDEMARIN, M.; GOROSTEGUI, M. E. MILICIC, N. Transtorno do déficit de atenção: estratégias para o diagnóstico e a intervenção psicoeducativa. São Paulo: Planeta, 2006.

D'ABREU, Lylla Cysne Frota; MARTURANO, Edna Maria. Associação entre comportamentos externalizantes e baixo desempenho escolar: uma revisão de estudos prospectivos e longitudinais. Estud. Psicol. [online], Natal, v. 15, nº 1, p.43-51, 2010.

FERREIRA, N. S. de A. As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, v. 23, nº 79, p. 257-272, ago. 2002.

FRANÇA, C. L.; MATA, K. W. da; ALVES, E. D. Psicologia e Educação a distância: uma revisão bibliográfica. Ciência & Profissão, v. 32, nº 1, p. 4-15, 2012.

GATTI, B. A.; BARRETO, E. S. de S.; ANDRÉ, M. E. D. de A. Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília: Unesco, 2011.

GOUGH, D. Síntese sistemática de pesquisa. In: THOMAS, Gary; PRING, Richard. Educação baseada em evidências: a atualização dos achados científicos para a qualificação da prática pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2007.

GRACINDO, Regina Vinhaes. O gestor escolar e as demandas da gestão democrática – exigências, práticas, perfil e formação. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 3, nº 4, p. 135-147, jan./jun. 2009.

JACOMINI, M. A. Avaliação da aprendizagem em tempos de progressão continuada: o que mudou? Um estudo de teses e dissertações sobre o tema (2000-2010). Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 22, nº 84, p. 807-828, jul./set. 2014.

LANDSKRON, Lílian Marx Flor; SPERB, Tania Mara. Narrativas de professoras sobre o TDAH: um estudo de caso coletivo. Psicol. Esc. Educ. [online], v. 12, nº 1, p. 153-167, 2008.

LEGNANI, Viviane Neves. Efeitos imaginários do diagnóstico de TDA/H na subjetividade da criança. Fractal, Rev. Psicol., v. 24, nº 2, p. 307-322, maio/ago. 2012.

MAINARDES, Jefferson; TELLO, César. A pesquisa no campo da política educacional: explorando diferentes níveis de abordagem e abstração. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 24(75), p. 1-17, 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14507/epaa.24.2331. Acesso: 25 fev. 2017.

MARCELO, J. F.; HAYASHI, M. C. P. I. Estudo bibliométrico sobre a produção científica no campo da sociologia da ciência. Inf. Inf., Londrina, v. 18, nº 3, p. 138-153, set./dez. 2013.

MARTINS, Â. M. (Org.). Estado da arte: gestão, autonomia escolar e órgãos colegiados (2000-2008). Brasília: Liber Livro, 2011.

MIRANDA, Leticia Miranda de; FARIAS, Sidney Ferreira. As contribuições da internet para o idoso: uma revisão de literatura. Interface [online], Botucatu, v. 13, nº 29, p.383-394, 2009.

MORAIS, J. de F. dos S.; ASSUMPÇÃO, R. P. de S. Olhares para a produção bibliográfica sobre Educação Física escolar: algumas reflexões a partir de um levantamento bibliográfico. Acta Scientiarum Education, Maringá, v. 34, nº 1, p. 121-128, 2012.

NOBREGA-THERRIEN, S. M,; THERRIEN, J. Trabalhos científicos e o estado da questão: reflexões teórico-metodológicas. Estudos em Avaliação Educacional, v. 15, nº 30, p. 5-16, jul./dez. 2004.

REIS, Maria das Graças Faustino; CAMARGO, Dulce Maria Pompêo de. Práticas escolares e desempenho acadêmico de aluno com TDAH. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, v. 12, nº 1, p. 89-100, jan./jun. 2008.

RODRIGUES, Carolina Innocente; SOUSA, Maria do Carmo; CARMO, João dos Santos. Transtorno de conduta/TDAH e aprendizagem da Matemática: um estudo de caso. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 14, nº 2, p. 193-201, jul./dez. 2010.

ROMANOWSKI, J. P.; ENS, R. T. As pesquisas denominadas do tipo "estado da arte" em educação. Revista Diálogo Educacional, v. 6, p.37-50, 2006.

SENA, S. S; NETO, O. D. Distraído e a 1.000 por hora: guia para familiares, educadores, e portadores de transtorno de déficit de atenção. Porto Alegre: Artmed, 2007.

SIGNOR, Rita de Cassia Fernandes; BERBERIAN; Ana; SANTANA, Ana Paula. A medicalização da educação: implicações para a constituição do sujeito/aprendiz. Educ. Pesq., São Paulo, v. 43, nº 3, p. 743-763, jul./set., 2017.

SOBRAL, Fernanda Ribeiro; CAMPOS, Claudinei José Gomes. Utilização de metodologia ativa no ensino e assistência de enfermagem na produção nacional: revisão integrativa. Rev. Esc. Enferm. USP [online], v. 46, nº 1, p. 208-218, 2012.

VERMELHO, S. C.; AREU, G. I. P. Estado da arte da área de educação & comunicação em periódicos brasileiros. Educação & Sociedade, Campinas, v. 26, nº 93, p. 1.413-1.434, set./dez. 2005.

WITTMANN, L. C.; GRACINDO, R. V. (Coords.). O estado da arte em política e gestão da Educação no Brasil 1991 a 1997. Brasília: Anpae; Campinas: Autores Associados, 2001.

Publicado em 20 de abril de 2021

Como citar este artigo (ABNT)

SILVA, Fernando Xavier. O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade na escola: uma revisão de literatura. Revista Educação Pública, v. 21, nº 14, 20 de abril de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/14/o-transtorno-do-deficit-de-atencao-e-hiperatividade-na-escola-uma-revisao-de-literatura

Novidades por e-mail

Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing

Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário

Deixe seu comentário

Este artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.