Relato de experiência do Estágio Supervisionado I: Educação Física no contexto de pandemia da covid-19
Elisanne Carvalho Viterbino
Licencianda de Educação Física (UEPA – Campus IX)
João Matheus Pereira
Licenciando de Educação Física (UEPA – Campus IX)
Laíne Rocha Moreira
Licencianda de Educação Física (UEPA – Campus IX)
Letícia Lima Santana
Licencianda de Educação Física (UEPA – Campus IX)
Rosangêla Lima da Silva
Licencianda de Educação Física (UEPA – Campus IX)
Valéria Pinheiro da Paixão
Licencianda de Educação Física (UEPA – Campus IX)
Introdução
A Lei nº 11.788/08 regula os estágios curriculares não obrigatórios e os obrigatórios, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. O estágio supervisionado obrigatório é requisito para aprovação e obtenção de diploma; visa a preparação e a oportunidade de vivenciar em situação prática os conteúdos teóricos aprendidos em sala de aula por meio de funções referentes à profissão que será exercida (Brasil, 2008).
De acordo com essa legislação (Brasil, 2008), “o estágio obrigatório faz parte do projeto político-pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando”, pois assim proporciona a aprendizagem dos saberes profissionais e visa a preparação dos educandos para viver em sociedade e para atuar no mercado de trabalho.
O curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará se organiza em quatro estágios supervisionados; o primeiro visa a Educação Básica da rede pública de ensino, nas modalidades de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. Assim, o Estágio Supervisionado I surge como oportunidade, até porque a Educação Física escolar é componente curricular da Educação Básica, pois a Lei nº 13.415/17 estabelece essa obrigatoriedade na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio (Brasil, 2017).
Tendo em vista a Educação Infantil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta como eixos estruturantes das práticas pedagógicas e das competências gerais da Educação Básica os direitos de aprendizagem e desenvolvimento pelos quais as crianças precisam aprender em situações nas quais possam desempenhar papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, sobre os outros e sobre o mundo social e natural: o conviver, o brincar, o participar, o explorar, o participar e o conhecer-se (Brasil, 2018).
Em relação aos anos iniciais do Ensino Fundamental, a BNCC busca valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, apontando para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Assim, na Educação Física, os conteúdos estão divididos em jogos e brincadeiras, esportes, ginásticas, danças, lutas e práticas corporais de aventura. Para Souza (2019), tais conteúdos devem oportunizar que todas as crianças desenvolvam suas capacidades de forma democrática, visando promover a integração e o conhecimento sobre o próprio corpo, formando hábitos de autocuidado.
Entretanto, a pandemia do novo coronavírus e a suspensão das aulas desafiaram as escolas a adotar o ensino a distância de forma emergencial. Desse modo, a adoção das atividades não presenciais, apoiadas pelo uso dos recursos oferecidos pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC), constituiu-se num caminho para minimizar as perdas causadas pelo isolamento social no campo da educação. Logo, as TIC surgem como alternativa para evitar que os estudantes sofram prejuízos no processo de ensino-aprendizagem (Pereira; Narduchi; Miranda, 2020).
Nesse sentido, o fato de o Estágio Supervisionado I depender dessa vivência dentro da escola acabou sendo adaptado em função da realidade atípica da paralisação das aulas presenciais em consequência da pandemia do novo coronavírus; sendo assim, foi necessário buscar aulas a distância por meio de videoaulas e cadernos de atividades, além da participação dos pais ou responsáveis para a continuação das aulas. O objetivo deste trabalho é descrever essa vivência escolar e a adaptação das aulas de Educação Física presenciais para as aulas não presenciais no Ensino Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental durante o Estágio Supervisionado I.
Observação, participação e docência
O relato busca descrever as experiências dos diversos trabalhos realizados pelos estagiários em conjunto com as professoras de Educação Física de uma escola de Ensino Infantil e de outra escola de Ensino Fundamental no período de fevereiro a dezembro de 2020. Durante esse período, ocorreu a paralisação das aulas presenciais pelos decretos que regulamentavam as ações de prevenção e enfrentamento ao novo coronavírus (covid-19) no município de Altamira/PA.
A partir daí, sem a previsão da “normalidade”, surgiu a necessidade de utilização do ensino remoto, a tendência do momento para dar continuidade ao ano letivo em meio às restrições impostas, a fim de reduzir os impactos negativos no processo de aprendizagem.
Vale ressaltar que o Estágio Supervisionado I se divide em três momentos; foram realizadas de 17 a 19 de fevereiro a etapa de observação e de 02 a 11 de março a etapa de participação; porém, com a paralisação das aulas e a atualização do calendário acadêmico, a etapa de docência foi realizada entre os dias 11 de novembro a 23 de dezembro nos dois níveis de ensino.
Ensino Infantil
A Educação Física no Ensino Infantil é de suma importância, pois é nessa fase que a criança está descobrindo o mundo ao seu redor, conta com muitas experiências e vivências nas quais tanto a criança como o professor aprendem uns com os outros. Fazendo uso de jogos e brincadeiras é que se pretende buscar no lúdico, no imaginário, no movimento corporal os enfoques para uma prática que contemple as habilidades e capacidades que podem ser desenvolvidas na criança.
Nesse sentido, Malta (2012) corrobora dizendo que a Educação Infantil constitui a primeira etapa da Educação Básica para o desenvolvimento educacional de uma criança; é pelas relações pessoais que elas desenvolvem sua capacidade de compreender e a interagir no ambiente de que fazem parte.
Durante o estágio na Educação Infantil e Jardim I e II, tivemos momentos de experiências de grande valor, visto que no início contávamos com o ensino presencial e, em decorrência da pandemia da covid-19, após um período de alguns meses de paralisação foram retomadas as atividades de forma remota, o que nos levou a nos adaptar, usando as videoaulas para as atividades a distância.
A respeito das atividades vivenciadas no período do estágio de observação e participação, pudemos verificar que, mesmo sem trabalhar diretamente a disciplina Educação Física, as professoras, por meio de atividades como pinturas, recortes e canções de roda, entre outras, incluindo letramento, desenvolviam a coordenação motora fina das crianças, o que favorecia a prática de atividades dentro e fora da escola, mesmo as mais simples, estimulando o cognitivo e o trabalho coletivo com os colegas em sala, o que é importante no desenvolvimento de suas habilidades e de suas capacidades físicas e intelectuais.
Esse primeiro momento nos possibilitou conhecer como funciona o ensino das práticas corporais com as crianças, saindo da teoria e vivenciando-o na prática, tendo em vista que, para alguns de nosso grupo, esse seria o primeiro contato com crianças nessa faixa etária; por isso, entender como cada um se desenvolvia, suas linguagens corporais que são bastante expressivas, precisa ser bem trabalhado para que se desenvolvam cada vez mais e identificar suas dificuldades, já que muitas coisas são novidade e devem ser bem exploradas para as crianças terem maior domínio, saber os fatores ambientais que as motivavam e o que as deixava mais entediadas; todos esses pontos fizeram com que conseguíssemos ir criando estratégias para nossas aulas pelo que foi tido de vivência. De acordo com a percepção de Pimenta (2004), uma das finalidades do estágio é propiciar ao aluno/professor aproximação com a profissão em que atuará, possibilitando dialogar, a partir da prática, com as teorias e saberes adquiridos.
No período do estágio de docência, com a ajuda da coordenação pedagógica, de professores e familiares dos alunos, conseguimos meios que possibilitaram a atuação e a interação fazendo uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC): para gravação das aulas, usamos o aplicativo Zoom; na edição dos vídeos, para que ficassem mais atrativos para as crianças, utilizamos o aplicativo Inshot, apresentando à coordenação e aos professores via grupo de WhatsApp para aprovação, e em seguida seria encaminhado para o grupo daescola/pais em que as aulas eram fornecidas semanalmente, com duração média de 2 minutos e meio a 5 minutos, com atividades práticas para as crianças realizarem em casa a cada aula. Essas ferramentas estão disponíveis gratuitamente na plataforma Google Play Store, todas de fácil manuseio. Para Ibiapina (2006), a docência é a atividade em que o professor mobiliza e articula as atitudes de colaboração, reflexão, pesquisa e crítica com o motivo e o objetivo de mediar aprendizagens.
O ensino remoto emergencial, adotado devido às mudanças no cenário social de isolamento, distanciamento que foi imposto como uma das medidas de segurança pelas autoridades num contexto mundial, tem sido um grande desafio. A única solução é a educação remota de forma emergencial (Joye; Moreira; Rocha, 2020). Mesmo diante desse cenário no período da docência remota, foi levada em consideração a importância do movimento, pois, conforme afirma Malta (2012), a criança precisa do movimento para o seu desenvolvimento motor, fisiológico e do lado socioafetivo; para isso, tem que ter aprendizagem significativa para sua formação como indivíduo autônomo e capaz. Nesse sentido, pensamos em uma alternativa fazendo uso de jogos e brincadeiras que estimulassem o lúdico, remetendo ao ambiente escolar, com materiais alternativos encontrados em suas casas como cabos de vassouras, fita adesiva, garrafas pets, feijão etc.
Buscamos desenvolver suas capacidades físicas, como equilíbrio e coordenação motora, essenciais no processo ensino-aprendizagem mesmo dentro de casa. As aulas foram ministradas por meio de pequenos vídeos de produção caseira desenvolvidos pelos próprios estagiários com supervisão das professoras da universidade e das instituições às quais o estágio estava sendo destinado, com atividades como amarelinha africana, arremesso do feijão, pular sobre o cabo de vassoura, quadrado dos comandos e atividades como pequenos circuitos e arremesso de tampinhas, entre outras de forma lúdica. O exercício de olhar para si mesmo, de descobrir-se para então ver e descobrir o outro é uma rica possibilidade vivenciada na Educação Infantil (Ostetto, 2008).
Ao brincar, soltando sua imaginação, a criança está desenvolvendo seu raciocínio lógico ao resolver alguma situação conflitante surgida no momento em que está sendo proposto que ela faça ou monte algo. Desse modo, ao correr, saltar, brincar ou mesmo se movimentar, está desenvolvendo sua identidade, sua formação como indivíduo sociocultural, se identificando com o ambiente de que faz parte, sua cultura (Malta, 2012).
Por conseguinte, optamos por avaliar de maneira formativa, visando às dificuldades que a maioria tinha para ter acesso à internet, optando como feedback dos conteúdos ministrados o compartilhamento de imagens ou vídeos para que pudéssemos observar, mesmo que por uma minoria, os conhecimentos e habilidades que conseguiam desenvolver em cada aula.
Foi muito gratificante receber a interação e o compromisso dos pais com as crianças ao realizar as aulas, filmando e enviando no grupo da escola, sendo possível uma avaliação positiva, levando em consideração a situação de isolamento social que a pandemia da covid-19 desencadeou. Em suma, pode-se inferir que aprendemos a fazer uso das novas didáticas propostas pelo ensino remoto emergencial, constatando a importância do ensino das práticas corporais e da cultura do movimento numa das fases do desenvolvimento humano que é a Educação Infantil.
O estágio supervisionado em Educação Infantil tem/cria a possibilidade de fazer com que o estudante e futuro profissional da área perceba a criança e sua educação como algo a ser desmistificado, reinventado, ressignificado, numa perspectiva que concebe a criança como um ser produtor e possuidor de história, cultura e conhecimento (Brasil, 2010).
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
A Educação Física nas séries iniciais do Ensino Fundamental é muito importante, pois nessa fase possibilita aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e atividades culturais como jogos, brincadeiras, esportes, lutas, ginásticas e danças. Conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nessa fase de ensino é importante reconhecer a continuidade das experiências em torno do brincar desenvolvidas na Educação Infantil, pois as crianças possuem conhecimentos que precisam ser reconhecidos e problematizados nas vivências escolares com vistas a proporcionar a compreensão do mundo e, por outro lado, potencializar a inserção dessas crianças nas várias esferas da vida social.
A prática da Educação Física nas séries iniciais deve ser realizada com satisfação e prazer, respeitando os limites da criança, suas habilidades motoras e suas etapas de desenvolvimento. As atividades devem ser voltadas para fins educativos, a escola não deve ter preocupação de treinar alunos nem priorizar o esporte de alto nível (Zottis, 2015).
Nas atividades que presenciamos, foram trabalhados assuntos de grande relevância, como higiene pessoal; para Gomes (2009), deve-se preparar o aluno para cuidar de si mesmo no que diz respeito à higiene pessoal, deixando-o capaz de cuidar da própria saúde dentro e fora do âmbito escolar. Também houve aplicação de jogos e brincadeiras, já que, de acordo com Jesus (2010), pela brincadeira pode-se explorar a criatividade, o movimento, o desenvolvimento cultural e novos conhecimentos e criar novos valores, trazendo assim a importância do lúdico no contexto escolar. Nas aulas que presenciamos durante a fase de observação vimos a participação ativa dos alunos, em que ocorria o desenvolvimento de sua autonomia, responsabilidade, expressão e socialização, dentro e fora da escola.
Após a fase de observação e participação, as aulas foram paralisadas devido às restrições causadas pela pandemia da covid-19. Com o retorno, as aulas remotas passaram a ser a ferramenta principal, a que tivemos que nos adaptar para levar o melhor para os alunos em suas casas; procuramos meios de desenvolver atividades com materiais que as crianças encontrassem em suas casas e um meio para que os alunos realizassem e fizessem a postagem de suas atividades.
Nosso planejamento foi pensando em meios que facilitassem o entendimento do conteúdo e o aprendizado dos alunos, com demonstração utilizando materiais que são facilmente encontrados em casa. Ao fazer o planejamento, o professor deve ter em mente estratégias e alternativas, ser criativo, estar preparado para os imprevistos e planejar suas aulas de acordo com as características individuais de seus alunos, para que assim facilite o processo de ensino-aprendizagem (Santos, 2011).
As mudanças em nosso cenário atual, com o isolamento e o distanciamento que foram impostos como medida de segurança pelas autoridades no contexto mundial, fazem com que seja adotado o ensino remoto para dar continuidade às aulas.
No período do estágio de docência, com a ajuda de professores, conseguimos meios para a produção das aulas, utilizando para gravação das aulas aplicativos de fácil manuseio que subsidiaram tanto nossa atuação como estagiários quanto o interesse dos alunos. Para que o professor seja um sujeito consciente, se torna necessário assumir postura reflexiva, inovadora e autônoma (Monteiro, 2013).
No período de docência remota, levamos em consideração os eixos que foram propostos: espaço/tempo e suas transformações, cultura e identidade, linguagens e suas formas comunicativas, considerando materiais que os alunos podiam ter em suas casas. Desenvolvemos aulas visando o movimento, visto que, de acordo com Malta (2012), é nessa fase que a criança desenvolve autoestima, criatividade, convivência e a interação com outras crianças, por meio de atividades lúdicas como jogos, brincadeiras de faz de conta, dança e repertórios de sua cultura corporal, e é dentro do mundo da imaginação que a aprendizagem se torna divertida e significativa.
Buscamos nas aulas desenvolver as vivências de temas da cultura corporal, identificar características das lutas, planejar e utilizar estratégias, valorizar diferentes culturas como a indígena; essas aulas foram desenvolvidas em pequenos vídeos com atividades sobre esportes, lutas, ginástica, brincadeiras e jogos e danças.
A diversidade de temáticas que foi utilizada no decorrer do estágio nos possibilitou ampliar conhecimentos e formas de trabalhar a variedade de conteúdos que a Educação Física oferece. Para Malta (2012), cabe aos professores a diferenciação dos conteúdos de aprendizagem significativa, dando ao aluno oportunidades para aprender conteúdos diversificados.
Com base nos eixos que estão presentes na BNCC, construímos aulas de esportes, contando um pouco da história do esporte e trazendo comparações de jogo e de esporte; depois, a atividade dos alunos foi confeccionar uma bola de papel e demonstrar alguns dos fundamentos que foram apresentados na aula.
Na aula de lutas, foi apresentada a história das lutas indígenas e africanas com suas principais características, tentando resgatar a ideia de que lutar é diferente de brigar; logo após foi pedido aos alunos para fazer um desenho referente ao seu pensamento quando vem a palavra “luta” à sua cabeça.
Em nossa aula de ginástica, apresentamos a modalidade, explicando os tipos de atividades, elementos básicos e materiais utilizados na modalidade; como atividade, os alunos tiveram que montar um dado contendo movimentos relacionados à ginastica, realizando o movimento que for selecionado no dado.
Na aula de jogos e brincadeiras, apresentamos aos alunos o que é brincadeira, trazendo aquelas mais populares em nossa sociedade; após essa apresentação, os alunos foram instruídos a fazer um boliche reciclável, usando papel, garrafas PET e sacola plástica.
Na aula que se refere a danças, foram apresentados conceitos e a história da dança, explicando os estilos mais populares no Brasil; como atividade, os alunos colocaram músicas de diferentes ritmos para que eles dançassem; logo após esses momentos, eles desenharam como se viram dançando.
Foi decidido que a avaliação deveria ser feita formativa, em função das dificuldades de alguns alunos a ter acesso à internet, visando ter um retorno das atividades em forma de vídeos ou fotos dos alunos executando as atividades propostas, para que assim pudéssemos observar o desenvolvimento individual a cada aula ministrada. Assim, um ponto que merece ser destacado é quanto ao retorno da execução das atividades propostas, haja vista não ter sido possível o acompanhamento, por diversos motivos – entre eles a dificuldade de alguns alunos no acesso à internet e/ou ao material com atividade proposta –, o que de certa forma complicou a experiência no estágio, pois não sabemos se as atividades foram executadas com êxito.
O estágio nos anos iniciais do Ensino Fundamental, apesar das dificuldades no retorno das atividades, se torna de suma importância pois nos coloca mais próximos da profissão que exerceremos; para Pimenta (2006), o estágio é um dos componentes do currículo de formação de professores em que ocorre a preparação para o exercício de sua futura profissão.
Considerações finais
A disciplina de Estágio Curricular Supervisionado I foi de grande importância, por ser possível colocar em prática e desenvolver nossas habilidades, compreender melhor alguns dos muitos debates e aprendizagens dentro da universidade, além de vivenciar e disponibilizar aos alunos que tivessem um novo contato com a Educação Física, experimentando outras práticas e funcionalidades que podem ser trabalhadas na disciplina, oportunizando a troca de experiências e saberes advindos da relação entre aluno e professor e vice-versa.
Nesse sentido, o acadêmico aprende mais ao conhecer de perto as situações problema que estão inseridas na realidade do professor, o ambiente escolar para o qual está voltada sua formação, o aluno como sujeito fundamental na sua formação. Tanto professor como o acadêmico e a escola ganham com essa troca de experiências, pois ela possibilita o crescimento profissional de todos.
Com a nova roupagem de atuação pedagógica no contexto escolar devido à pandemia da covid-19, utilizando as tecnologias de informação e comunicação (TIC), a paralisação das aulas presenciais e dando início ao ensino remoto emergencial, estivemos vivenciando os dois lados, antes e durante a pandemia; a priori, estávamos angustiados pelo receio de não ter mais a troca de experiências na tríade, escola-professor-aluno, mas nos surpreendemos pois foi uma vivência que possibilitou a construção de saberes de grande valor.
Assim, podemos afirmar que, mesmo com as dificuldades impostas, o estágio proporcionou aprendizagens relevantes para o conhecimento de intervenção do professor de Educação Física escolar, dando-nos a chance de problematizar o que encontramos e, fazendo uso disso, buscar possíveis soluções para o que encontramos no atual cenário, caso perdure para os próximos estágios de modo que não seja um empecilho em nossa formação e na construção do conhecimento, limitando nossa prática.
Referências
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Publicado em 25 de maio de 2021
Como citar este artigo (ABNT)
VITERBINO, Elisanne Carvalho; PEREIRA, João Matheus; MOREIRA, Laíne Rocha; SANTANA, Letícia Lima; SILVA, Rosangêla Lima da; PAIXÃO, Valéria Pinheiro da. Relato de experiência do Estágio Supervisionado I: Educação Física no contexto de pandemia da covid-19. Revista Educação Pública, v. 21, nº 19, 25 de maio de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/19/relato-de-experiencia-do-estagio-supervisionado-i-educacao-fisica-no-contexto-de-pandemia-da-covid-19
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