Fazer docente: um estudo sobre concepções e estratégias pedagógicas inovadoras

Flávio Marcelo Bueno de Castro

Mestrando em Ensino (Programa de Pós-Graduação em Ensino, UNIC/IFMT)

Edenar Souza Monteiro

Doutora em Educação (Programa de Pós-Graduação em Ensino, UNIC/IFMT)

Alessandra Cristina Rios

Mestranda em Ensino (Programa de Pós-Graduação em Ensino, UNIC/IFMT)

Fabyane Akemi Nagazawa Teixeira

Mestranda em Ensino (Programa de Pós-Graduação em Ensino, UNIC/INMT)

A Escola Plena é uma instituição de ensino que tem como diferencial atender alunos do Ensino fundamental e Médio em Tempo Integral e tem se destacado positivamente dentro do modelo de ensino integral no Estado de Mato Grosso. Seu objetivo é garantir que os estudantes possam ter acesso a uma educação integral e de excelência, mesmo na rede pública, além de garantir aos profissionais uma segurança para atuar nessa modalidade de ensino. Esse modelo de educação permite um tempo maior de permanência do aluno na escola com um currículo mais diversificado com a apropriação de saberes da comunidade que envolve diretamente a escola. Isso cria subsídios para que o educando se integre melhor com a sociedade utilizando o que é o mais importante, que é o capital intelectual. Este modelo de escola se vale de pesquisas para saber quem são os sujeitos que compõem seu grupo para dar-lhes condições para a formação de estudantes autônomos, solidários e competentes.

A formação integral, demanda apresentada por uma proposta educacional humanista na década de 40 do século passado, pode ser mais bem compreendida a partir dos quatro pilares educacionais apontados no documento da Unesco, coordenado por Jacques Delors, que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

A escola plena de vocação esportiva permite ao estudante, através das práticas esportivas, o desenvolvimento de habilidades relacionadas a integração em grupo, criação de estratégias, motivação, criatividade, comunicação, compreensão dos limites seus e dos outros, interpretação de situações, convivência, saber ganhar e perder, respeito ao próximo, aceitação de limites, autonomia, liderança e cooperação. Reconhecendo erros e aprendendo a corrigi-los em competições recreativas e/ou competitivas e sadias. Vale destacar que o termo “vocação esportiva” consta no documento que fundamenta a criação da escola e tem todo o seu projeto pedagógico descrito no Decreto nº 891/17, publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso de 14 de novembro de 2017.

A estrutura pedagógica da escola com vocação esportiva está organizada em disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) por área de conhecimento e por temáticas na parte diversificada. Essa organização curricular deve promover a articulação e integração de todos os componentes curriculares, pois não visa apenas excelência no esporte, mas também a acadêmica.

Para o Ensino Fundamental, a parte diversificada contempla as temáticas de práticas esportivas, protagonismo, iniciação científica, disciplinas eletivas, estudo aplicado (Língua Portuguesa e Matemática) e avaliação semanal. Para o Ensino Médio a parte diversificada contempla as temáticas de práticas esportivas, projeto de vida, práticas experimentais (Física, Química, Biologia e Matemática), estudo orientado, avaliação semanal e disciplinas eletivas.

A parte diversificada denominada práticas esportivas, com carga horária significativa do currículo, deve contemplar a formação e o desenvolvimento esportivo, contribuir para o desenvolvimento integral do cidadão, que aprende a conhecer, fazer, conviver e ser. Para tanto, é necessário se repensar os objetivos do “esporte na escola” para o “esporte da escola”, constituído por característica ímpar, própria das escolas de vocação esportiva.

A escola de educação em tempo integral de vocação esportiva permite ao estudante, através das práticas esportivas, o desenvolvimento de habilidades relacionadas a integração e grupo, criação de estratégias, motivação, criatividade, comunicação, compreensão dos limites seus e dos outros, interpretação de situações, convivência, saber ganhar e perder, respeito ao próximo, aceitação de limites, autonomia e liderança, cooperação. Reconhecendo erros e aprendendo a corrigi-los, em competições recreativas e/ou competitivas e sadias.

O espaço educativo da escola propiciará aos estudantes o contato e a vivência nas modalidades coletivas de Futsal e Basquete e nas individuais: vôlei de praia, luta olímpica, ginástica rítmica, judô, tênis de mesa, xadrez, atletismo e natação, contemplando as dez modalidades do currículo.

Trata-se de uma pesquisa cujo objetivo é conhecer como funciona o modelo de ensino Escola Plena ofertado na Escola Estadual Governador José Fragelli contemplando as estratégias pedagógicas de mediação que os docentes adotam para articular os saberes da Base Nacional Comum Curricular e das modalidades esportivas. A pesquisa é qualitativa (Minayo, 2018), e a metodologia utilizada é a Análise de Conteúdo (Bardin, 2016; Bauer; Gaskell, 2003). Os instrumentos para a coleta de dados amparados por Chizzotti (2003) estão sendo realizados por meio de análise documental e entrevistas semiestruturadas com os sujeitos da pesquisa, que são docentes da referida escola. O projeto foi aprovado pelo Parecer nº 3.441.852, de 5 de julho de 2019. O questionamento relacionado à pesquisa é: Como funciona o modelo de ensino Escola Plena que atende alunos da Escola Estadual Governador José Fragelli e como são realizadas as estratégias pedagógicas?

O trabalho consiste em uma pesquisa com abordagem qualitativa (Minayo, 2018), e o método utilizado será estudo de caso (Chizzotti, 2003).

Para Minayo (2018), “a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se ocupa, dentro das Ciências Sociais, com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes”. 

Segundo Chizzotti (2003), o estudo de caso “é uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários casos, a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência, ou avaliá-la analiticamente, objetivando tomar decisões a seu respeito ou propor uma ação transformadora”. 

Os procedimentos adotados para a coleta de dados foram realizados por meio de pesquisa documental de documentos públicos que constam nos sites do governo para embasamento teórico da pesquisa, e entrevistas semiestruturadas com os sujeitos da pesquisa, que serão gestores e docentes da Escola Plena Governador José Fragelli.

A princípio foram selecionados dois professores de cada área do conhecimento e dois das modalidades esportivas. Cabe lembrar que, neste modelo de escola, existem quatro áreas, sendo elas: Linguagens e suas Tecnologias, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, e Modalidades Esportivas, totalizando oito professores e três gestores como sujeitos da pesquisa.

As entrevistas foram gravadas oralmente por meio de telefones celulares e foram transcritas seguindo fielmente o que foi falado ao longo da entrevista. Os questionamentos aos professores e gestores vão desde as metodologias aplicadas com os alunos até as suas experiências e desafios encontrados ao longo do percurso trabalhado na escola. 

A interpretação dos dados está realizada através da metodologia de análise do conteúdo, que tem como referência principal Bardin (2016) e Bauer e Gaskell (2003).

Não há dúvidas de que a referida escola é importante para a melhora da qualidade do aprendizado do educando e que vem se fazendo cada vez mais presente na atual sociedade mato-grossense. Atualmente, são 40 unidades escolares e a cada ano que passa vem aumentando o número de escolas que passaram a ofertar o ensino integral baseada na Lei nº 10.622, a qual foi instituída no estado de Mato Grosso no dia 24 de outubro de 2017, conhecida como a “Lei das Escolas Plenas”. 

Gonçalves (2006, p. 3) já afirmava que

o conceito mais tradicional encontrado para a definição de educação integral é aquele que considera o sujeito em sua condição multidimensional, não apenas na sua dimensão cognitiva, como também na compreensão de um sujeito que é sujeito corpóreo, tem afetos e está inserido num contexto de relações. Isso vale dizer a compreensão de um sujeito que deve ser considerado em sua dimensão biopsicossocial.

Acrescentamos, ainda, que o sujeito multidimensional é um sujeito desejante, o que significa considerar que, além da satisfação de suas necessidades básicas, ele tem demandas simbólicas, busca satisfação nas suas diversas formulações de realização, tanto nas atividades de criação quanto na obtenção de prazer nas mais variadas formas.

Xavier (2012, p. 38) reforça que “o que se caracteriza como uma Educação Integral […] é o reconhecimento da necessidade de ampliar e qualificar o tempo escolar, superando o caráter parcial e limitado que as poucas horas diárias proporcionam em estreita associação com o reconhecimento das múltiplas dimensões que caracterizam os serem humanos”.

Foi pensando nisso que o Governo do Estado de Mato Grosso em 2017 concretizou a criação da Escola Estadual Governador José Fragelli, conhecida como “Arena da Educação”. É uma escola com sede no interior da Arena Pantanal e que faz o uso de todo o complexo esportivo, como o Ginásio Aecim Tocantins, a piscina olímpica e as quadras de vôlei de praia. Ela é a única escola no país a ter como perfil ser um estádio-escola. Sua identidade é descrita como uma escola vocacionada à prática esportiva. Os professores são orientados a realizarem os seus planejamentos e projetos interligando os conteúdos da BNCC com as modalidades esportivas oferecidas pela escola.

Para desenvolver a pesquisa, estão sendo analisados os documentos:

  • PPP – projeto político-pedagógico;
  • Projeto Pedagógico das Escolas Plenas no Estado de Mato Grosso;
  • Lei Estadual de criação das Escolas Plenas.

A Escola Estadual Governador José Fragelli – Arena da Educação, está localizada na cidade de Cuiabá, no Estado de Mato Grosso, especificamente no bairro Cidade Alta; a estrutura da escola está localizada no interior da Arena Pantanal.

A Escola contava com 240 alunos no ano de 2019, e sua oferta de ensino é o Fundamental e o Médio. A escola possui dez turmas, sendo três turmas do oitavo ano, três turmas do nono, duas turmas do primeiro ano, uma do segundo ano e uma do terceiro ano.

As disciplinas da Base Comum são realizadas dentro da escola no 2º andar do setor Leste da Arena Pantanal e as dez modalidades esportivas são distribuídas pelo complexo da Arena Pantanal.

A escola atende em período integral com entrada dos alunos às 07:00h no período matutino e a saída é às 18:30h no período vespertino. Os alunos recebem três refeições diárias, sendo um lanche no período matutino, um almoço e um lanche no período vespertino.

A estrutura da Escola compreende um diretor, um coordenador pedagógico, quatro orientadores de áreas, que são da área de Humanas, Linguagem, Exatas e Prática Esportiva, sendo doze professores de modalidades e vinte e cinco professores da Base Comum, três secretários administrativos, uma bibliotecária e dez pessoas na área do Apoio.

De acordo com Mato Grosso (2017), consta no:

Art. 2º - O Projeto Escola Plena possui as seguintes diretrizes:

I - Desenvolver ações inovadoras relativas ao currículo e à gestão escolar, direcionadas à melhoria da qualidade do ensino na rede estadual de educação;

II - Sistematizar, implementar e difundir o modelo de educação integral na rede estadual de ensino;

III - Oferecer atividades que influenciem práticas inovadoras ao processo de ensino-aprendizagem, a fim de melhorar a sua qualidade;

IV - Estimular a participação da comunidade escolar na elaboração do projeto político-pedagógico da escola;

V - Ampliar a jornada escolar, a fim de promover a formação integral e integrada do estudante;

VI - Integrar o ensino médio à educação profissional.

As Escolas Plenas possuem um modelo pedagógico diferenciado que tem como base o projeto de vida dos alunos, tal projeto funciona nessas escolas como modelo pedagógico e existe também como disciplina curricular da base diversificada. A ideia central aqui é que toda a escola gire em torno do projeto de vida dos alunos, pois todos os funcionários possuem mecanismos de acesso aos projetos, assim, o professor de Matemática pode desenvolver aulas que mostrem para os alunos como o conteúdo pode auxiliar no êxito de seus projetos de vida, sendo que o mesmo acontece com as demais disciplinas, tanto da base comum quanto da diversificada.

De acordo com o ICE (2015), o projeto de vida reside no “coração” do projeto escolar. Ele é o seu eixo, sua centralidade e sua razão de existir. É fruto do foco e da conjugação de todos os esforços da equipe escolar. É nele que o currículo e a prática pedagógica realizam o seu sentido, no aspecto formativo e contributivo, na vida do jovem ao final da educação básica.

As disciplinas são divididas em Base Comum e Base Diversificada; a Base Comum é formada por: Português, Matemática, Inglês, Geografia, História, Ciências, Arte, Ensino Religioso, Filosofia, Sociologia, Biologia, Física e Química. Na Base Diversificada estão protagonismo estudantil, projeto de vida, iniciação científica, prática experimental, estudo aplicado de Matemática, estudo aplicado de Português, estudo orientado, avaliação semanal e eletivas.

É preciso ressaltar que o modelo pedagógico da escola plena abre espaço para duas práticas que auxiliam no desenvolvimento do protagonismo dos estudantes, que são os acolhimentos e os clubes de interesse. Os acolhimentos consistem em iniciativas de recepção dos alunos na escola e podem ser realizados por funcionários ou mesmo alunos, proporcionando um início do dia agradável a todos.

Os clubes de interesse são tempos dedicados aos estudantes para que desenvolvam atividades como clube de leitura, xadrez, jogos, entre outros. Normalmente ocorre após o almoço ou após as aulas, é organizado pelos próprios estudantes e pode possuir auxílio inicial de um professor. Nesse momento, eles desenvolvem seu protagonismo organizando e realizando atividades de seu interesse de maneira ordenada. Os clubes possuem presidentes que se reúnem sempre que possível com o diretor da escola para tratar de assuntos relevantes a seus interesses.

A prática esportiva na Escola Estadual Governador José Fragelli segue como uma disciplina na parte diversificada, e tem como objetivo potencializar no aluno o desenvolvimento de uma prática esportiva durante o período escolar (EEGJF, 2019).

De todas as Escolas Plenas do Estado de Mato Grosso, a Escola Estadual Governador José Fragelli é a única que apresenta essa disciplina esportiva. No seu currículo do ensino Fundamental e Médio os alunos têm duas aulas-horas de prática por dia, somando dez horas semanais. As modalidades ofertadas na escola são: atletismo, basquete, futsal, ginástica rítmica, judô, luta olímpica, natação, vôlei de praia, tênis de mesa e xadrez (EEGJF, 2019).

Para admissão na escola, os alunos participam no início do ano de uma seleção que tem como objetivo identificar o nível de saúde e desempenho motor dos alunos, eles são ranqueados de acordo os resultados. Esses testes são fundamentados no manual de teste e avaliação do Projeto Esporte Brasil – Proesp 2016 (Mato Grosso, 2017).

Nos testes para avaliação do nível de saúde são verificados e analisados os índices de massa corporal (IMC), razão cintura estatura (RCE), aptidão cardiorrespiratória, flexibilidade, resistência muscular localizada (abdominal) (Gaya; Gaya, 2016).

Nos testes de aptidão física para avaliar o desempenho motor são avaliados os índices de: força explosiva dos membros superiores, força explosiva dos membros inferiores, teste de agilidade, teste de velocidade, aptidão cardiorrespiratória (Gaya; Gaya, 2016).

Após a seleção, os alunos passam por uma vivência esportiva. Nesse período, eles visitam todas as modalidades para vivenciar e ver se tem aptidão para a modalidade. Ao final desse processo, os professores fazem uma reunião e alocam todos os alunos em suas modalidades (EEGJF, 2019).

Para ser professor de Prática Esportiva na escola, o professor deve participar do Processo Seletivo Simplificado (PSS) da Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso e depois participar de uma banca, onde cada candidato apresenta seu plano de aula de acordo com a modalidade que se candidata (Mato Grosso, 2019).

Para concorrer à vaga, o professor deve ser habilitado em Educação Física com habilitação para Licenciatura e também apresentar o registro no Conselho de Educação Física, ou o CREF provisionado para atuar na modalidade (Mato Grosso, 2019).

Os professores são contratados para um regime 40 horas semanais, dessas, 20 são destinadas ao ensino da prática com os alunos, 10 horas são destinadas para planejamento da prática pedagógica e 10 horas para a produção científica (Mato Grosso, 2019).

A proposta pedagógica da escola propõe que a Base Comum se integre diretamente com a prática esportiva. Nessa perspectiva, todos os professores das áreas devem estabelecer alguma correlação da sua disciplina com a prática esportiva (EEGJF, 2019).

Na proposta, por exemplo, o professor de História deve explorar a contextualização histórica do esporte para alunos, o de Geografia explorar geograficamente onde estão localizados os principais eventos, atletas no globo; assim, essas ações proporcionaram o conhecimento pleno sobre o esporte e integram o conhecimento do currículo escolar (EEGJF, 2019).

É nesse sentido que Torres Santomé (1994) afirma que a interdisciplinaridade é algo diferente que reúne estudos complementares de diversos especialistas em um marco de estudo de âmbito mais coletivo. Ainda defende que a interdisciplinaridade tem um grande poder estruturante, já que os conceitos, marcos teóricos e procedimentos com os que o alunado enfrenta se encontram organizados em torno de unidades mais globais, a estruturas conceituais e metodológicas compartilhadas por várias disciplinas.

Para Nicolescu (2000), “a transdisciplinaridade sustenta-se em três princípios: níveis de realidade, complexidade e terceiro incluído”. É compreendida como o que ocorre dentro, atravessa e vai além das disciplinas científicas. Esses elementos indicam que a ciência não é algo pronto, inquestionável. Apesar disso, ainda ocorrem hermetismos nas áreas que compõem o conhecimento científico e a visão de um único caminho, para conhecimento da totalidade do real. 

Já na prática esportiva, os professores têm um papel fundamental na conscientização dos alunos e, também no acompanhamento das disciplinas da Base Comum. Eles se apresentam como tutores que acompanham o rendimento dos seus alunos da modalidade junto aos demais professores da Base Comum, verificando seu comportamento e notas, e quando se apresenta um problema com alguma disciplina da Base Comum, o professor de Prática Esportiva atua diretamente no apoio da resolução do problema, fazendo com que a integração da prática esportiva e a base comum tenham benefícios para os dois lados (EEGJF, 2019).

Considerações

Considerando que a temática abordada é de impacto social e acadêmico, pois tem como proposta apresentar a escola Plena, que é um modelo de ensino integral no estado de Mato Grosso, percebe-se que ele promove a excelência na qualidade do ensino-aprendizagem dos alunos e que discute sobre a formação e os saberes dos professores que trabalham em uma escola de tempo integral articulando conhecimentos da Base Nacional Comum Curricular com as modalidades esportivas resultando na educação integral e de excelência do aluno. Percebe-se também que este modelo de ensino exige muita dedicação e empenho por se tratar de um contexto em que o aluno passa boa parte do seu dia na escola. Nesse processo, a busca do docente é incentivar, colaborar e ampliar os saberes destes alunos para a construção do seu projeto de vida. Portanto, espera-se, nesta pesquisa, que o referido modelo de ensino, bem como a estratégias pedagógicas possam contribuir para a qualidade na educação e para formação integral do aluno.

Referências

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BAUER, Martin W. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: BAUER, M.W; GASKELL, G. (Orgs.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som – um manual prático. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 189-217.

CHIZZOTTI, A. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios. Revista Portuguesa de Educação, Braga, v. 16, nº 2, 2003.

DELORS, JACQUES. Educação: um tesouro a descobrir, relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Paris: Unesco, 1996. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590_por. Acesso em 03 nov. 2019.

ESCOLA ESTADUAL GOVERNADOR JOSÉ FRAGELLI (EEGJF). Proposta pedagógica da Escola.Cuiabá: Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso (Seduc), 2019.

GAYA, A.; GAYA, A.R. Projeto esporte Brasil: manual de testes e avaliação. Porto Alegre: UFRGS, 2016.

GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed Sul, 1999.

GONÇALVES, A. S. Reflexões sobre educação integral e escola de tempo integral. Cadernos Cenpec, São Paulo, nº 2, p. 129-135, ago./dez. 2006.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO (ICE). Introdução às bases teóricas e metodológicas do modelo Escola da Escolha. 2015.

MATO GROSSO. Lei nº 10.622, de 24 de outubro de 2017. Institui o Projeto Escola Plena, vinculado ao programa Pró-Escolas, no âmbito do Estado de Mato Grosso, 2017.

______. Orientativo Pedagógico das Escolas de Educação em Tempo Integral Vocacionadas ao Esporte/2018. Cuiabá: Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer, 2018.

______. Projeto pedagógico de educação em tempo integral (versão atualizada). Cuiabá: Secretaria de Estado de Educação, 2019.

MINAYO, M. C. S.; GOMES, R.; DESLANDES, S. F. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2018.

NICOLESCU, Bassarab. O manifesto da transdisciplinaridade. São Paulo: Triom, 2000.

TORRES SANTOMÉ, J. Globalización e interdisciplinariedad: el curriculum integrado. Madrid: Morata, 1994.

XAVIER, M. L. M. F. Educação integral nas diretrizes curriculares nacionais e a exigência de um novo ordenamento curricular. Rev. Traj. Mult., Ed. Esp. XVI Fórum Internacional de Educação, ano 3, nº 7, ago. 2012.

Publicado em 27 de julho de 2021

Como citar este artigo (ABNT)

CASTRO, Flávio Marcelo Bueno de; MONTEIRO, Edenar Souza; RIOS, Alessandra Cristina; TEIXEIRA, Fabyane Akemi Nagazawa. Fazer docente: um estudo sobre concepções e estratégias pedagógicas inovadoras. Revista Educação Pública, v. 21, nº 28, 27 de julho de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/28/fazer-docente-um-estudo-sobre-concepcoes-e-estrategias-pedagogicas-inovadoras

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