A epistemologia da Educação Física na formação inicial

João Augusto Galvão Rosa Costa

Licenciado em Educação (UFF), especialista em Educação Física Escolar (UFF) e em Docência da Educação Básica (Colégio Pedro II), mestrando em Educação (UFF), professor de Educação Física da rede municipal de Duque de Caxias, redator da Nova Proposta Pedagógica Curricular para Educação Física na rede municipal de Duque de Caxias

Desde a Antiguidade grega, a Filosofia se constituiu como mediadora privilegiada na compreensão e explicação das coisas do mundo e, consequentemente, na produção de verdades sobre o ser humano em suas relações com a natureza e com outros seres humanos. Contudo, na sociedade moderna, a filosofia sofreu um deslocamento de seu papel histórico a partir do momento em que o conhecimento científico assumiu dimensão de grande importância em praticamente todas as instâncias da vida humana (Barbosa, 2005).

Considerada como conhecimento verdadeiro, cuja validade extrapola em muito qualquer outra forma de saber, produto de um longo e complexo desenvolvimento que remonta ao século XV, a ciência moderna foi-se afirmando como único e seguro baluarte da verdade, ao mesmo tempo que desqualificava outros modos e formas de saber, como a Filosofia, e especialmente os saberes sustentados pela oralidade e pela gestualidade.

A pretensão de verdade absoluta sustenta, assim, a existência da ciência e possibilita que os resultados da prática científica sirvam como balizas para a organização das cidades e do mundo rural, para o desenvolvimento da economia e da política, para o fazer cultural do cotidiano dos indivíduos e dos grupos, seja no campo das relações sociais, seja no cuidado de si e dos outros, seja na relação com o mundo natural.

Nesse sentido, muito se tem discutido sobre os rumos da ciência, suas formas particulares de produzir conhecimento, suas contradições e seus usos sociais e políticos. Não há dúvida de que o conhecimento produzido pela ciência mudou – e deve continuar mudando – o mundo, diminuiu as distâncias (geográficas, sociais, culturais, econômicas), ajudou a soterrar crenças, tradições e possibilitou avançar no conhecimento sobre a natureza, contribuindo para a ampliação das condições da vida humana. Entretanto, vêm-se ressaltando que nem tudo são flores quando se fala de ciência e que as consequências advindas da prática científica na modernidade podem se tornar – como, de fato vêm-se tornando – nefastas para a vida humana no planeta Terra (Silva, 2001).

A ciência não significa somente avanço e progresso da humanidade. Pode provocar tanto a destruição e/ou deterioração das condições ambientais do planeta quanto das formas pelas quais pessoas, grupos, classes sociais e nações se relacionam. É amplamente sabido, por exemplo, que a pretensa atividade cientifica dos séculos XIX e XX alimentou ódios e subsidiou o aparecimento de sistemas (jurídicos, políticos, educacionais, militares, midiáticos etc.) que promoveram extermínio físico e cultural de povos inteiros.

Em função da crescente importância da ciência na sociedade moderna, bem como da ambiguidade que marca a prática científica, entendemos que é necessário refletir e discutir sobre essas questões no contexto da formação de professores de Educação Física. Ainda mais necessária se torna essa abordagem se considerarmos que o corpo – objeto de grande significado para esse campo – se constituiu como um dos mais recorrentes objetos de conhecimento tomados pela ciência em sua ânsia de produzir verdades sobre o ser humano e que a Educação Física (como área acadêmica e prática pedagógica) se apropria do conhecimento científico para fundamentar práticas de pesquisa e de ensino.

Na perspectiva de atender a essa necessidade, a partir dos anos 1980 a formação de professores de Educação Física no Brasil incorporou o debate sobre a ciência e as balizas que sustentam o fazer científico em seus programas curriculares sob a forma de uma discussão sobre a epistemologia da Educação Física (Bracht, 2003).

De modo geral, procura-se tematizar a constituição da Educação Física como área que produz conhecimento científico no diálogo com múltiplas ciências, bem como ressaltar sua inserção em teorias do conhecimento (positivismo, fenomenologia, materialismo-histórico).

A formação inicial no diálogo com a disciplina Epistemologia

No projeto de formação inicial de professores do Instituto de Educação Física da Universidade Federal Fluminense, a disciplina curricular incumbida dessa temática é designada exatamente Epistemologia da Educação Física; em seus projetos, ela “busca desenvolver uma visão mais ampla e crítica da Educação Física e dos processos de construção de conhecimentos (res)significados pelo viés da corporalidade” (Oliveira, 2012a, p. 1).

Seu ponto de partida é “a necessidade de compreender histórica e culturalmente alguns caminhos que levam a Educação Física a se situar como um campo em que há reprodução e produção de novos conhecimentos” (Oliveira, 2012a, p. 1). Adotando a perspectiva que sublinha que o termo epistemologia pode ser entendido como “tendo sua origem na composição grega episteme (conhecimento) e logos, (razão, explicação) e significa o estudo da natureza do conhecimento, a sua justificação e seus limites” (Audi, 2004, p. 295), os objetivos da disciplina Epistemologia da Educação Física do IEF/UFF são os seguintes:

Ampliar a concepção de ciência e refletir sobre as diversas formas de compreensão da realidade, tencionar a dicotomia: conhecimentos teóricos e conhecimentos práticos, problematizar acerca da produção de conhecimento em Educação Física e incorporar a pesquisa como principio de formação em Educação Física (Oliveira, 2012b).

Este trabalho propõe, pois, apresentar os delineamentos metodológicos e marcos conceituais adotados pelo atual projeto de ensino da disciplina curricular em que o entrelaçar das noções de corpo e ciência/filosofia fixa a problematização do saber como ponto de partida e critério para seleção de material e criação de procedimentos pedagógicos criativos que facilitem o alcance do objetivo proposto.

A partir daí, o projeto procura situar a discussão sobre a epistemologia da Educação Física sob a mediação da linguagem audiovisual, especialmente a linguagem do cinema. Corroboramos Gomes (1999) em que atualmente o cinema não é uma mídia isolada, pois o cinema dá referência estética e dialoga com a televisão, a internet, as multimídias e os jogos eletrônicos, entre outros meios.

Dessa ótica, pode-se dizer que o cinema trouxe para nós a linguagem audiovisual e hoje ela está esparramada por todas as mídias. Advogamos que as imbricações entre cinema e Educação Física não se limitam aos vídeos educativos e aos vídeos pedagógicos; por isso faz-se fundamental também educar o individuo para a linguagem audiovisual, para que compreenda o assunto e o conteúdo do filme e a forma como é construído, dando significado ao processo de ensino-aprendizagem (Costa, 2010).

Essa linguagem se mostra como instrumento de grande relevância para a formulação de questões que possibilitem aos estudantes (futuros professores) o entendimento dos caminhos que a pesquisa pode assumir dependendo da compreensão do referencial teórico adotado e das escolhas feitas, bem como quais são as imbricações da Educação Física com diversos campos científicos e quais as possibilidades para a construção de pesquisas e práticas pedagógicas a partir dos múltiplos olhares que compõem a produção de conhecimento.

De grande potencial pedagógico e formativo, o uso do audiovisual se constitui também como proposta de educação do olhar. As discussões e debates se ancoram, portanto, na fruição problematizada de filmes, documentários, curtas-metragens e no diálogo com os textos teóricos.

Pressupostos teórico-metodológicos da disciplina Epistemologia da Educação Física

Conceitualmente, embora recorra a autores diversos (Audi, 2004; Sánchez Gamboa, 2007), o projeto de ensino trabalha sob o escopo da chamada teoria crítica renovada (Santos, 1987). Em função dessa opção teórica, entende-se a atividade epistemológica no campo da Educação Física como constante interrogação dos saberes presentes nesse campo.

Em Um discurso sobre as ciências (1987), Boaventura de Sousa Santos relaciona algumas teorias científicas que foram fundamentais para a formulação de verdades que perduraram bastante tempo no que tange ao conhecimento científico, tanto nas ciências naturais quanto nas ciências sociais e, mostrando uma visão critica renovada sobre a ciência moderna, apresenta reflexões sobre sua crise teórica.

Nesse sentido, Santos (1987) afirma que a hegemonia nas ciências naturais – com destaque para o conhecimento matemático – ao longo da história das ciências decorre de que, como ordem científica dominante, elas instalaram ordem e estabilidade no mundo com base na compreensão de que existem leis naturais que, por sua vez, estabelecem a universalidade no conhecimento.

O conhecimento verdadeiro é atingido por meio de princípios epistemológicos e metodológicos sustentados pela Matemática, o que aponta para sua compreensão como modelo totalitário de conhecimento.

Esse paradigma dominante, modelo científico hegemônico, entrou em crise em virtude da interatividade de quatro condições teóricas sociais: “a teoria da relatividade de Einstein, o rigor matemático, a Mecânica Quântica e os avanços do conhecimento nos domínios da Microfísica, da Química e da Biologia nos últimos vinte anos” (Santos, 1987, p. 9).

 O que podemos compreender aqui é a ocorrência de uma reflexão epistemológica sobre o conhecimento científico e sobre as ciências naturais que é caracterizada pela quantificação e pela objetividade, entre outros aspectos, mas principalmente a partir destas condições: identificar a história, a desordem e a imprevisibilidade e da própria ciência social como meio de conhecer o mundo.

Esse autor discute a crise da ciência para apontar e justificar a proposta de um modelo cientifico emergente o qual enuncia em quatro teses/princípios sobre o conhecimento:

  1. todo conhecimento científico natural é científico social;
  2. todo conhecimento local é total;
  3. todo conhecimento é autoconhecimento; e
  4. todo conhecimento cientifico visa constituir-se em senso comum.

Dessa perspectiva teórica, infere-se que a área da Educação Física pode valer-se tanto do conhecimento produzido pelas ciências naturais quanto pelas ciências sociais, dependendo da proposta de pesquisa, do eixo epistemológico e dos referenciais teóricos adotados. Esse olhar multifacetado oportuniza apreender histórica e culturalmente alguns caminhos que levam essa área acadêmica a se situar como um campo de saber; estimula a compreensão sobre a relação entre a dinâmica epistemológica e a formação de futuros professores de Educação Física.

Pode-se sublinhar que o professor/pesquisador não permanece o mesmo que inicia o processo da pesquisa, nem durante, nem depois, uma vez que ao ir adquirindo conhecimento vai modificando suas reflexões e ações. Tal movimento é considerado um salto qualitativo em sua formação inicial e continuada.

Uma abordagem a partir do audiovisual: tecendo conhecimentos

Para a criação de procedimentos pedagógicos que estimulem a compreensão do que seja a epistemologia da Educação Física, uma seleção prévia de material foi realizada tendo a problematização como ponto de partida e critério para a escolha de filmes de ficção e documentários, curtas, médias e longas-metragens.

A problematização aqui recaiu sobre a questão da historicidade do conhecimento científico e buscou mediadores (documentários, filmes de ficção) que pudessem dar a ver o percurso de criação de objetos, métodos, conceitos e disciplinas científicas na Modernidade.

A expectativa era de que os estudantes pudessem desnaturalizar a ciência com base no entendimento de que o fazer científico é resultado de um longo processo no qual distintos sujeitos que, interessados em compreender a verdade sobre o mundo, colocaram perguntas sobre o universo e sobre o ser humano e construíram as ferramentas que permitem hoje entender cientificamente os fenômenos nos quais nos inserimos como seres humanos.

Tendo em vista essa problematização e essa expectativa, foram escolhidos: o documentário Galileu Galilei: batalha para o paraíso, de Peter Jones, produzido pelo History Channel (2002); e a série composta de seis documentários intitulada História da Ciência (2010), dirigida por Michael Mosley e produzida pela BBC de Londres. A potencialidade pedagógica dessa pequena filmografia sustenta-se na forma como a ciência é configurada como um empreendimento que impacta profundamente a vida moderna, sendo atravessado pelo acaso e por relações de poder e paixão.

O primeiro filme – Galileu Galilei: batalha para o paraíso – introduziu a discussão sobre o conhecimento atravessado por motes religiosos, ao demonstrar a hegemonia da ordem religiosa na questão do acesso a determinado tipo de conteúdo e como sua restrição produzia efeitos significativos na sociedade.

O filme apresenta o filósofo e matemático italiano que elaborou teorias e fabricou instrumentos de observação e análise (como a luneta) que, por sua vez, contribuíram para o entendimento dos astros e confirmaram a teoria de Nicolau Copérnico sobre o universo heliocêntrico, dando base para outras descobertas sobre o movimento da Terra, as leis que regiam o universo etc.

Em seguida, foram apresentados – um a um – os seis episódios da História da Ciência, que demonstrou, entre outras coisas, que a ciência é produzida e definida tanto pelo que está dentro dos laboratórios quanto por fatores que estão fora deles.

Além da riqueza temática, a estrutura narrativa da série se mostrou extremamente pertinente aos objetivos pretendidos pelo projeto Corpo, Cinema e Filosofia e pela disciplina Epistemologia da Educação Física em todos os episódios. Logo no início, aparecem questões pontuais que vão delinear uma linha de raciocínio, permitir debates em sala de aula e estabelecer relações e diálogos com os textos teóricos, além do mapeamento de possibilidades para a pesquisa em Educação Física.

Episódio por episódio, a trama questiona “O que há lá fora?”, “Do que o mundo é feito?”, “Como chegamos até aqui?”, “Podemos ter energia ilimitada?”, “Qual o segredo da vida?” e “Quem somos nós?”.

No primeiro episódio, o questionamento está em torno da pergunta “O que há lá fora?”, em que a discussão é sobre a ordem científica dominante que perdurou bastante tempo no domínio e na formulação de teorias sobre o universo e o desenvolvimento de instrumentos essenciais de observação e análise da natureza. Mostra diversos cientistas, como Galileu Galilei, Tycho Brahe, Johannes Kepler e Newton, entre outros, que estiveram durante muito tempo observando o universo na ânsia de encontrar argumentos e verdades para explicar questões relacionadas à nossa existência e as influências do conhecimento baseado na Matemática.

No segundo, temos a seguinte pergunta: “Do que o mundo é feito?”, visto que Michael Mosley conta essa história sobre a ótica de como nossa sociedade foi construída por buscas incessantes para descobrir a resposta sobre o que compõe o mundo, mostrando os instrumentos que os cientistas utilizavam e o grande período que eles passavam inseridos nos laboratórios para conseguir novas explicações para os acontecimentos no planeta Terra e meios de responder às perguntas que a todo momento aparecem, revelando a criação de teorias dos elementos, átomos e conceitos da Física Quântica e da Química que contribuem para o entendimento do avanço da indústria e da tecnologia.

No terceiro episódio, “Como chegamos até aqui?”, temos uma mudança na problematização, de modo que a investigação recai no âmbito da história de como os cientistas conseguiram explicar a beleza e a diversidade de vida na Terra, constatando que o avanço tecnológico trouxe o registro da violenta história do nosso planeta, identificando e apresentando como houve um deslocamento dos pesquisadores ao longo dessa história: antes viviam em laboratórios fazendo diversas experimentações, tendo a observação como umas das principais etapas na constatação de alguma verdade; entretanto passam a sair para os locais para fundamentar suas descobertas, se aproximando totalmente de seu objeto de estudo, como a natureza.

“Podemos ter energia ilimitada?” é o quarto episódio, mostrando diversos estudos em torno da energia que foi aproveitada durante os anos. Essa busca revelou as leis naturais fundamentais que se aplicam a todo o universo.

O quinto episódio da série, “Qual o segredo da vida?”, tenta explicar de forma pontual um conjunto de revelações no âmbito de apresentar como a Biologia foi se desenvolvendo ao longo do tempo e como o segredo da vida foi examinado sob o prisma do corpo humano, podendo agora compreender que o DNA controla o leiaute do corpo e o funcionamento da nossa bioquímica tendo como base uma nova ciência da vida. Esse feedback circular explica que a vida não pode ser reduzida a um componente e os processos de investigação do corpo perpassaram a Biologia moderna, mostrando que o segredo da vida não está na simplicidade, em uma substancia ou numa estrutura; a essência da vida está na complexidade.

O último episódio, “Quem somos nós?”, demonstra o surgimento das ciências da anatomia cerebral, evidenciando como o coração foi considerado pelos egípcios como órgão mais importante do corpo humano, visto que os cadáveres que eram encontrados nessa civilização não continham os cérebros, afirmando que, com o passar do tempo, houve um deslocamento para o estudo do cérebro e suas estruturas.

A Psicologia ofereceu visões diferentes de quem nós somos, pois pelos estudos de cientistas como Skinner e Sigmund Freud pudemos entender que, para compreender o normal, é preciso estudar o anormal e como a união dessas ciências ajudou a revelar algumas verdades surpreendentes e incômodas sobre o que define nossos pensamentos, sentimentos e desejos, bem como expor como nosso desenvolvimento está relacionado à nossa genética e experiências que temos desde quando começamos a interagir com o mundo que nos cerca.

Tal série de documentários suscitaram também reflexões sobre as problemáticas relativas ao método científico e aos princípios que devem ser perseguidos para a construção e o desenvolvimento de pesquisas científicas, tais como: o princípio da radicalidade, da rigorosidade e da totalidade.

Considerações finais

Ressaltamos a validade da linguagem audiovisual no debate e na apropriação da temática epistemologia no contexto da formação de professores de Educação Física. A experiência discutida neste trabalho pretendeu demonstrar o enorme potencial dessa linguagem no sentido de contribuir para que os acadêmicos percebam e compreendam os diferentes discursos científicos presentes na produção de conhecimento da Educação Física.

A relevância da metodologia de utilização da linguagem audiovisual ancora-se na compreensão de que, para a teoria critica renovada, a ciência ao se tornar senso comum não demoniza o conhecimento que produz tecnologia, mas entende que “tal como o conhecimento se deve traduzir em autoconhecimento, o desenvolvimento tecnológico deve traduzir-se em sabedoria de vida” (Santos, 1987, p. 22).

Desenvolver a capacidade de fazer perguntas científicas pode atingir o magma das questões e principalmente contribuir para a percepção das diversas contradições em torno dos estudos presentes na nossa área, com o fim de ampliar o debate sobre a temática epistemologia, Educação Física e formação docente.

Mas, para tecer esses fios, temos que pensar: em que mundo vivemos? Para onde vamos? Quem somos nós? Onde estamos? (Morin, 2006). Essa multiplicidade de perguntas nos impulsiona a dialogar com o macro e o micro, o cotidiano, sobre a condição humana e como nos colocamos frente ao que nos influencia, percebendo que somos sujeitos no mundo e que não existe apenas uma forma de fazer ciência.

Isso implica diretamente, como sinaliza Souza (2011), a responsabilidade social do pesquisador em compreender que a ciência não é neutra e que a não neutralidade começa na escolha do próprio problema de pesquisa e na forma de se aproximar dele. Essa reflexão é fundamental ao pensarmos nos objetivos, objeto de estudo, metodologia e caminhos que tomaremos ao irmos a campo nos diversos territórios de aprendizagens.

Referências

AUDI, R. Dicionário Akal de Filosofia. Madrid: Akal, 2004.

BARBOSA, C. Educação Física e Filosofia: a relação necessária. Petrópolis: Vozes, 2005.

BRACHT, V. Educação Física e ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Ijuí: Unijuí, 2003.

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GOMES, P. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

JONES, P. Galileu Galilei: batalha para o paraíso [Filme-vídeo]. Direção de Peter Jones. EUA. The History Channel, 2002. DVD. 100 min.

MORIN, E.  Os sete saberes necessários à educação do futuro. 11ª ed. São Paulo: Cortez, 2006.

MOSLEY, M.; LINCH, J. The Story of Science [Filme-vídeo]. Produção de John Linch, direção de Michael Mosley. Inglaterra. BBC de Londres, 2010. DVD, 59 min.

OLIVEIRA, C. B. Corpo, Cinema e Filosofia. Niterói: IEF/UFF, 2012a. p. 1-3 (Projeto de Monitoria).

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SÁNCHEZ GAMBOA, S. (Org.). Dossiê Epistemologia e Teorias da Educação no Brasil: balanço e perspectivas. Pro-Posições, Campinas, v. 18, nº 1(52), jan./abr. 2007. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/publicacoes/lancamentos/2407. Acesso em: 20 jan. 2020.

SANTOS Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. Porto: Afrontamento, 1987.

SAVIANI, D. Formação de professores no Brasil: dilemas e perspectivas. Poíesis Pedagógica, Goiânia, v. 9, nº 1, p. 07-19, 2011. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/15667. Acesso em: 20 jan. 2020.

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. São Paulo: Autores Associados, 2001.

SOUZA, J. Epistemologia da Educação Física: análise da produção científica do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação Física da Unicamp (1991-2008). Motrivivência, Florianópolis. v. 23,nº 36, p. 247-267, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175- 8042.2011v23n36p247. Acesso em: 20 jan. 2020.

Publicado em 26 de janeiro de 2021

Como citar este artigo (ABNT)

COSTA, João Augusto Galvão Rosa. A epistemologia da Educação Física na formação inicial. Revista Educação Pública, v. 21, nº 3, 26 de janeiro de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/3/a-epistemologia-da-educacao-fisica-na-formacao-inicial

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