O uso da cultura maker no ambiente escolar

Greice Provesi Paes Rodrigues

Pós-graduada em Inovação na Educação (Unoesc – Câmpus de Videira)

Milena Palhano

Pós-graduada em Inovação na Educação (Unoesc – Câmpus de Videira)

Geraldo Vieceli

Professor, mestre em Educação (Unoesc - Câmpus de Videira)

Nas escolas, os alunos devem ser protagonistas do seu próprio aprendizado, utilizando ferramentas digitais com o propósito de ter um rico espaço de aprendizagem, capaz de instigar a curiosidade e propiciar momentos de reflexão acerca do mundo em que vivem.

De acordo com Moran (2010, p. 7), "o intuito é que o ambiente físico da sala de aula também seja interessante para os alunos, possibilitando múltiplas interações com o universo midiático e apresentando a tecnologia como instrumento que colabora no processo de aprendizagem". Nesse contexto, a escola deve propor espaços para que os educandos construam sua aprendizagem, através do planejamento de aulas, que possibilitem a experimentação, explorem a criatividade, o raciocínio e os desafiem a propor soluções para diferentes problemas, enxergando conceitos além do ponto de vista comum.

Nesse viés, o uso da cultura maker potencializa a prática na qual o educando é protagonista do processo de construção de seus saberes, utilizando-se de temas de seu interesse e satisfação, permitindo também a valorização de sua experiência e a oportunidade da aprendizagem significativa a partir de seus erros e acertos dentro do processo de aquisição do conhecimento, mesmo ela não sendo pensada para escolas, sua utilização nesse espaço contribui de forma significativa e eficaz para o desenvolvimento de nossos educandos.

Para Papavlasopoulou (2017, p. 57), esse movimento tem atraído cada vez mais a atenção de pesquisadores e profissionais no campo da educação. Nos últimos anos, pesquisadores têm procurado entender como o movimento maker pode ser aplicado a serviço da aprendizagem".

Ao utilizar-se da cultura maker no ambiente educativo o educador também se desafia, considerando que ele deve ser um pesquisador nato, pois, precisa ter grande domínio de conhecimentos para gerir aulas nesta proposta de trabalho, deve se desafiar constantemente e também aprender através de seus erros e acertos, estar apto a mudar seu ponto de vista, pensar em novas perspectivas, utilizar-se de planejamento flexível e não ter medo de arriscar; deve conhecer seus objetivos e almejar patamares maiores que aqueles traçados e alcançados em aulas tradicionais, em que, o educador, era detentor único do saber, sua função deve estar bem clara enquanto mediador neste processo, cabe ao educador compreender sua função, para que através dela os alunos apreciem o ato de buscar conhecimentos para resolver situações problemas.

Nesse aspecto, o uso da cultura maker desafia o professor a se reinventar, a não se saciar com os resultados hoje alcançados, mas sim, elaborar constantemente estratégias para atingir novos e amplos objetivos, considerando também a necessidade de aos poucos engajar outros educadores para vivenciar tais práticas metodológicas. Levar sementes do movimento maker, do construcionismo e da aprendizagem criativa para dentro da escola (Raabe, 2016).

Diante do exposto, o objetivo deste artigo é relatar a experiência obtida em oficinas de capacitação a docentes realizada com professores da rede municipal e estadual de Curitibanos/SC, sobre o uso da cultura maker no ambiente escolar.

Por meio da utilização da cultura maker e suas etapas (introdução, experimentação, prototipagem e feedback), o indivíduo desenvolveu competências, utilizando seu conhecimento para resolver a situação problema da qual foram desafiados, tomando decisões, e ao mobilizar esses conhecimentos já adquiridos, surgem situações das quais necessitaram buscar novos conhecimentos, o que tornou processo de aprender mais significativo.

Metodologias ativas

São notórias as mudanças registradas nas últimas décadas e as instituições de ensino estão em constantes modificações e aperfeiçoamento; nossos educandos estão conectados quase que o tempo todo e recebem um grande número de informações a cada momento. Esse movimento dinâmico nos faz refletir acerca do papel do educador e do educando nos processos de ensino-aprendizagem, com enfoque na posição de nossos alunos, que passa a ser mais central e menos secundária; anteriormente recebia o conhecimento pronto – o que não lhe exigia esforço e reflexão.

O engajamento do aluno em relação a novas aprendizagens, pela compreensão, pela escolha e pelo interesse, é condição essencial para ampliar suas possibilidades de exercitar a liberdade e a autonomia na tomada de decisões em diferentes momentos do processo que vivencia, preparando-se para o exercício profissional futuro (Berbel, 2011, p. 29).

Ou seja, precisamos pensar em escolas que propiciem aprendizagens significativas em que o educando esteja apto para tomar decisões e enfrentar as situações problemas.

Nessa perspectiva de entendimento, as metodologias ativas determinam a possibilidade de ativar os aprendizados dos educandos, colocando-os no centro do processo, e o educador assume à posição de expectador. Divergindo-se do método tradicional, que primeiro apresenta a teoria e dela parte, o método ativo busca a prática e dela parte para a teoria (Abreu, 2009, p. 27).

Dessa forma, o educando assume a corresponsabilidade pelo ato de aprender, interagindo ativamente com o processo, já que nesse processo é exigido dele ações e construções mentais amplas, tais como: leitura, pesquisa, comparação de hipóteses, classificação, interpretação, crítica, busca de suposições, construção de sínteses e ampliação de fatos e princípios a novas situações, planejamento de projetos, análise, reanálise e tomadas de decisões.

O engajamento do aluno em relação a novas aprendizagens é subsidio essencial para ampliar suas potencialidades. Assegurar um ambiente dentro do qual os alunos possam reconhecer e refletir sobre suas próprias ideias; aceitar que outras pessoas expressem pontos de vista diferentes dos seus, mas igualmente válidos e possam avaliar a utilidade dessas ideias em comparação com as teorias apresentadas pelo professor (Jófili, 2002, p. 196).

É possível inferir que há mudança efetiva nos papéis desempenhados por todos que fazem parte desse processo. Tanto o educador quanto o educando concretizam o sentimento de pertença e coparticipação, gerenciando e elucidando o desejo em conhecer o que não se conhece, praticar e teorizar; assumem direções distintas e favorecem a busca pelo desejo de conhecer a teoria, o que anteriormente como já descrito era o ponto de partida e gerava em muitos casos desinteresse. E quando, no processo que se busca alcançar algo, esse caminho é percorrido com muito mais empolgação, favorecendo a aprendizagem significativa.

No contexto das metodologias ativas, o educador deve assumir uma postura investigativa de sua prática e se necessário promover as mudanças necessárias.

Ele não conhece de antemão a solução dos problemas que surgirão em sua prática; deve construí-la constantemente ao vivo, às vezes, com grande estresse, sem dispor de todos os dados de uma decisão mais clara. Isso não pode acontecer sem saberes abrangentes, saberes acadêmicos, saberes especializados e saberes oriundos da experiência (Perrenoud, 2002, p. 11).

Portanto, as metodologias ativas imbuídas de intencionalidade, favorecem a quebra de sequências didáticas mecânicas e recorrentes de explanação teórica do educador como único e isolado referencial de compreensão, em que aqueles que devem ser protagonistas permanecem em posição passiva a maior parte deste processo.

Vale salientar que, a escolha por uma ou mais metodologias ativas por si só, não são a solução pronta e acabada, posto que, não garantem a eficácia se o educador não tiver clareza de seus fundamentos, ou mesmo das implicações que elas podem ter sobre a aprendizagem dos envolvidos. O que denotam que quando o educador utiliza o mesmo planejamento e as mesmas estratégias inúmeras vezes, sem refletir, sobre seus resultados e desdobramentos na aprendizagem, é possível que sua ação de forma rotineira, automática, não tenha caráter ativo e voltará a produzir o comportamento passivo de seu educando.

Cultura maker e o protagonismo do aluno

O movimento maker tornou-se popular em 2005 com o lançamento da revista norte-americana maker, esse movimento ganhou força e percorreu o mundo, tornando-se um aliado da educação. Na cultura maker, qualquer indivíduo pode construir, produzir e fabricar qualquer objeto e projeto que se prontifique a fazer. A cultura do faça você mesmo, aos poucos vem sendo introduzida nas escolas, a fim de desenvolver um ensino onde os alunos sejam protagonistas do processo, assim sendo criem significado a suas descobertas.

O movimento maker está relacionado à prática na qual o aluno é protagonista do processo de construção do seu conhecimento, explorando assuntos de seu interesse e satisfação. Nessa prática ocorre a valorização da experiência do educando, permitindo que ele aprenda com seus erros e acertos, com a satisfação em compreender assuntos e temas do seu próprio interesse que estão relacionados com seu cotidiano (Blikstein, 2013, p. 19).

Dessa forma, há diversas iniciativas que motivam alunos de todas as idades a explorar sua criatividade, criar projetos e aprender conceitos e desenvolver habilidades significativas, sempre com a famosa 'mão na massa', transformando a imaginação em algo tangível.

A adoção de atividades maker (ou mão na massa) na Educação tem se tornado uma tendência em diferentes países e também no Brasil. Multiplicam-se projetos experimentais para levar atividades de curta ou média duração para escolas. O maker está relacionado a aprendizagem prática, a qual o estudante é protagonista do processo de construção do seu conhecimento, sendo o autor da resolução dos problemas encontrados e do próprio contexto de aprendizagem (Raabe, 2016, p. 10).

A formação de educandos protagonistas se constrói a partir do fortalecimento da autoestima, do sentimento de confiança e do desenvolvimento intelectual. Aspectos que são claramente atingidos quando utilizamos o movimento maker, por exemplo, que favorece o aprender a aprender, desenvolvendo a conexão do aluno como personagem principal.

Outro aspecto fundamental é que a cultura maker se encontra no ato de experimentar, e quando somos submetidos ao ato, promovemos um trabalho coletivo e corroborativo, o que também promove a resolução de problemas de forma mais criativa e empática. Além de proporcionar uma grande diversidade de possibilidades de aprendizagens, proporciona também a criação de objetos que poderão ser utilizados pela comunidade escolar e ou sociedade em geral. E à medida que esses momentos são inseridos na prática em sala de aula, nossos alunos tornam-se mais fluentes em diferentes técnicas construtivas, pois eles são constantemente confrontados (o que vou criar hoje?). E nada poderia protagonizar mais a aprendizagem do que já de início escolher a temática.

Mas em especial, além de todos os benefícios que a aplicabilidade da cultura maker traz, podemos citar também o resgate pelo gosto em aprender e estar ali naquele espaço e não em outro é o maior ganho não mensurável que esse movimento tem proporcionado à educação em todo o mundo.

O movimento maker sinaliza para uma transformação social, cultural e tecnológica que nos convida a participar como produtores e não apenas consumidores. Ele está mudando a forma como podemos aprender trabalhar e inovar. É aberto e colaborativo, criativo e incentivador, mão na massa é divertido.

O que nos propõe adentrar um mundo de novas possibilidades, fazer acontecer, "pôr a mão na massa" e potencializar, preparando e qualificando nossos educandos para que tenham capacidade de realizar seus projetos e usem seu conhecimento para resolver problemas, tenham ousadia, sejam questionadores, criativos. Que esses não sejam mais uma engrenagem e sim artistas com capacidades de aprender constantemente, estando pronto para as mudanças, isso fará significativa diferença no futuro.

A implementação da cultura maker

A implementação da cultura maker na educação tem como objetivo instigar a criatividade, bem como a curiosidade dos educandos na escola. Embora ainda não tenha uma ampla visibilidade, aos poucos o seu conceito vem sendo apresentado e adotado no âmbito escolar de várias redes educacionais brasileiras. O intuito desta implementação é incentivar o trabalho em equipe das crianças, estimular desde muito cedo o senso crítico de uma forma concreta, fazendo o educando colocar a mão na massa a fim de criarem significados a seu conhecimento.

Ao colocar a instituição no caminho da inovação, da tecnologia e informação, é possível alinhar-se a atual geração, que já vem para a escola com uma bagagem imensa, bem como uma facilidade surreal para buscar informações e utilizar aplicativos da internet, desta maneira não se contentam como a antiga forma de ensinar e exigem cada vez mais um aperfeiçoamento do ambiente escolar. Sobre a qualificação dos profissionais, podemos afirmar que

torna-se importante investir na qualificação dos profissionais da educação para que estes, ao invés de inibir o uso das tecnologias por parte da criança, a encorajem a utilizá-las de modo construtivo. Portanto, é relevante refletir sobre o que a escola tem feito para estimular as aprendizagens infantis através do lúdico e interação com as TIC (Carvalho, 2005, p. 50).

Faz-se necessário que as instituições de ensino trabalhem com os alunos de uma forma em que eles não sejam apenas usuários das tecnologias e sim produtores da mesma, podendo assim transformar o que possuem em mãos e ao mesmo tempo incentivar a buscarem cada vez mais o novo, o diferente, saindo da condição de meros consumidores de aplicativos e tornando-se protagonistas de uma nova linguagem tecnológica, deixando de serem reféns das já existentes.

Sendo assim, o ambiente escolar não pode ser apenas um espaço de reprodução de conhecimentos, os quais estão disponíveis para domínio público, mas como um ambiente que produz seres criticamente pensantes, buscando soluções com aplicabilidade. Sendo assim, deve

transformar a escola e para colocá-la a serviço da transformação social não basta alterar os conteúdos nela ensinados. É preciso mudar o jeito da escola, suas práticas e sua estrutura de organização e funcionamento, tornando-a coerente com os novos objetivos de formação de cidadãos capazes de participar ativamente do processo de construção da nova sociedade (Pistrak, 2000, p. 8).

Com a pandemia da covid-19, a escola precisou se adequar ao novo formato de ensino, possibilitando aulas remotas e inovar está sendo cada vez mais uma corrente educacional. Quebrando o paradigma de escola tradicional e monótona dando espaço os novos formatos de ensino.

Implantar a cultura maker nas escolas exige uma adaptação de todos. Desta maneira, o processo deve ser gradual, de forma muito bem planejada. É necessário que se tenha em mente o objetivo final, como irá ser trabalhado para alcançar tal objetivo, quais serão os envolvidos direta e indiretamente, bem como a infraestrutura necessária para essa implementação.

Um aspecto importante é a escolha do espaço físico no ambiente escolar. O ideal, de acordo com Zylbersztajn (2015), o que deve ser observado em primeiro lugar, são os espaços que a escola já tem disponível, criando um ambiente diferenciado das salas de aulas tradicionais. Bem como, propiciar um espaço que engloba as aprendizagens, equipando com ferramentas maker para potencializar o conhecimento. Porém se isso não for possível, pode-se construir um espaço provisório usando recursos oriundos de projetos escolares, ou até mesmo aproveitar a comunidade escolar e produzir um espaço utilizando os conhecimentos e habilidades dos próprios pais que integram o âmbito escolar.

Aproveitar a mão de obra do grupo escolar é uma forma bem concreta de fazer a educação maker, pois, ao colocarem a mão na massa, estarão instigando seus pupilos a entenderem por exemplos práticos a cultura maker.

Ações que envolvam os interessados desenvolvem um senso maior de identidade com o processo de construção, realização e organização e um afeto essencial pelo local onde estarão no decorrer do tempo. Também deve ser considerada a mobilidade dos equipamentos e do mobiliário do espaço maker. O espaço deve facilitar o trabalho em grupo e ao mesmo tempo propiciar uma fácil circulação, levando em conta a capacidade elétrica, da internet, duas coisas essenciais para o trabalho no espaço.

Quanto ao perfil do profissional que deverá ficar responsável pelo espaço maker, deve-se procurar um profissional que atue de forma a monitorar o ambiente, dando suporte tanto aos educandos, quanto aos docentes que venham desenvolver algum projeto.

O professor não precisa ser um especialista em informática para utilizá-las. Muitas vezes, ele pode pedir ajuda [...] até mesmo aos alunos que são nativos digitais e possuem muito mais facilidade em absorver essas novas tecnologias. O docente precisa definir como essas ferramentas podem auxiliar positivamente na aprendizagem de seus alunos (Bacich, 2015, p. 135).

Para tal, não há a necessidade de que o monitor possua formação específica, porém é indispensável que tenha muita vontade de aprender e buscar novidades, além de ter habilidade em trabalhar com crianças e jovens, e ser um profissional que esteja disponível sempre que os alunos e professores precisarem.

Metodologia

O estudo é um relato de experiência do projeto de intervenção sobre o uso da cultura maker nas práxis pedagógicas, desenvolvido em outubro de 2020. Trata-se da formação para docentes, tendo como objetivo discutir fundamentos teórico-metodológicos relativos à noção de inovar na educação, e a aplicabilidade da cultura maker; a pesquisa de base qualitativa objetivou também conhecer como os educadores utilizam as metodologias ativas em sua prática pedagógica e se utilizam ou demonstram interesse em utilizar a cultura maker em sua metodologia.

Considerando que a abordagem qualitativa, enquanto exercício de pesquisa, não se apresenta como uma proposta rigidamente estruturada, ela permite que a imaginação e a criatividade levem os investigadores a propor trabalhos que explorem novos enfoques (Bardin, 1997, p. 70).

Dessa forma, esse projeto de intervenção deu subsídios para observar e propor novas estratégias, bem como, nos aproximou da realidade, fazendo com que pudéssemos refletir acerca da aplicabilidade das metodologias ativas nas instituições de ensino. Como mencionam Cervo e Bervian (2002, p. 27), "por meio da observação o pesquisador presencia e participa do processo de descoberta de novos conhecimentos".

Nosso artigo sustenta-se ao relatar a experiência relativa ao conhecimento teórico e experiência prática sobre o uso da cultura maker nas instituições de ensino, associado aos movimentos e competências desenvolvidos por alunas do Curso de Pós-Graduação em Inovação na Educação, oferecido pela Unoesc, na cidade de Curitibanos/SC. Foram envolvidos neste estudo seis educadores que atuam em diferentes componentes curriculares nas redes estadual e municipal daquela cidade.

Em função das restrições em decorrência da pandemia da covid-19, realizamos a capacitação e troca de vivências pedagógicas através de encontros síncronos e assíncronos inicialmente elaboramos e disponibilizamos um formulário Google para que pudéssemos, mesmo que de forma superficial, mensurar se os educadores conheciam e se utilizavam o movimento maker em sua prática pedagógica, nosso questionário também tinha como intuito engajar os participantes e conhecer seus horários de disponibilidade para participar da formação, para que ela pudesse ocorrer utilizamos a plataforma Google Meet.

Posteriormente a essa etapa, criamos um grupo de WhatsApp, para que pudéssemos compartilhar cronograma, arquivos e links de acesso com nossos convidados.

Na sequência, organizamos encontros com a seguinte dinâmica: o primeiro teve como objetivo apresentar a cultura maker, seus benefícios, sua história no Brasil e no mundo, compartilhar experiências que obtiveram resultados positivos, sugestões de como podemos criar espaços makers dentro de nossas escolas, inclusive com poucos recursos, orientações de como engajar outros educadores para aderirem à proposta desse movimento e, para finalizar, como podemos divulgar os resultados com as famílias/comunidade dos educandos.

Segundo Lima (2001), a prática sempre esteve presente na formação do professor, seja pela observação, imitação de bons modelos ou participação em contextos escolares. Para Lima (2001, p. 47), "a prática pela prática e o emprego de técnicas sem a devida reflexão pode reforçar a ilusão de que há uma prática sem teoria". Pensando nesse pressuposto, em todos os momentos oferecíamos exemplificações de metodologias, pautamos também a sua teoria associada.

Nosso segundo encontro, também de forma síncrona, teve como objetivo a realização de oficinas, possibilitando que pudéssemos colocar em pratica o que foi estudado.

Ao abrirmos a segunda webconferência, iniciamos com o estudo da pirâmide da aprendizagem, que mesmo antiga traz uma abordagem relativamente atual em relação à aprendizagem e seus processos de aquisição, considerando que cada indivíduo possui formas diferentes de aprender.

A metodologia de aprendizagem ativa necessita que o discente faça uso do raciocínio da observação, do entendimento, da reflexão, de forma que este seja um agente ativo e não passivo. Se o discente ouve, vê, pergunta, discute, realiza e até orienta os demais discentes, está exatamente dentro da proposta do termo ativo no universo de aprendizagem". O que nos faz refletir o quanto as metodologias descritas na pirâmide da aprendizagem propiciam diferentes formas de avanço na apropriação de novos conhecimentos (Pecotche, 2011, p. 41).

Não somente falar sobre as diferentes formas de aprender, buscamos proporcionar metodologias diversificadas, para que nossos convidados pudessem vivenciar e usufruir dessa diversidade de estratégias.

Em uma próxima etapa, nossos convidados foram questionados sobre quais seriam os maiores problemas que identificam nas escolas das quais lecionam. Esses problemas foram socializados e juntos construímos hipóteses de soluções, baseadas em metodologias da cultura maker.

Para o momento da realização das oficinas, montamos e entregamos kits de materiais, para que pudessem dispor do que necessitariam para a realização das atividades, junto com eles entregamos também um cartão feito à mão. O objetivo desse mimo era engajar e desafiar nossos convidados a fazer parte deste rico movimento que é a cultura maker, pois sabemos o quanto essa prática, não somente pedagógica, mas também como uma "adoção de estilo de vida", da qual há inúmeros benefícios para as pessoas. Permitindo-nos usufruir de diferentes maneiras de encarar situações adversas do nosso dia-a-dia, fomentando o pensamento crítico.

Como destaca Dias (2010, p. 2) "ao espelhar-se em um modelo maker, a abordagem fazedora na escola caminhará para um objetivo inalcançável: fazer coisas cada vez mais gigantescas, brilhantes e notáveis em tamanho, desempenho, visual".

Na oficina, construímos com nossos convidados, uma mão mecânica e um quadro mágico. E todos os passos do projeto foram realizados com momentos de socialização de saberes e experiências oriundas de vivencias dos educadores.

Como último passo, criamos um sway com vídeos e fotos contendo um resumo dos principais aspectos debatidos e apresentados durante a realização dessa intervenção.

O processo foi finalizado com uma reflexão dos educadores sobre a viabilidade da aplicação do movimento maker. Os resultados foram socializados nos grupos de WhatsApp, assim como o processo de avaliação das oficinas.

Apresentação dos dados e análise dos resultados

Como já mencionado, o projeto de intervenção teve a participação de seis educadores de ambas as redes de ensino; sendo ela municipal e estadual, participaram duas professoras da sala de atendimento educacional especializado (AEE), duas educadoras do ensino fundamental, um professor de Educação Física e uma gestora escolar.

Em nosso primeiro contato através do formulário Google, obtivemos um diagnóstico que apontava que os professores não conheciam o termo cultura maker, mas realizavam muitas atividades que são consideradas makers. Posteriormente tivemos o primeiro encontro síncrono; em aula expositiva apresentamos a cultura maker, suas etapas e formas de implementação, realizamos debate no qual de forma unânime percebemos a demonstração de interesse dos educadores para conhecer e aplicar a metodologia.

Para desenvolver o primeiro encontro, iniciamos com uma roda de conversa com os participantes, procuramos evidenciar os benefícios para esclarecer a escolha do tema. Abordamos e exemplificamos situações em que o movimento maker auxilia, não somente a prática pedagógica, mas também seus benefícios para a vida das pessoas, pois quando gerenciamos nossos problemas com mais coragem, criatividade, autonomia, sem muita pressão com os resultados, nos surpreendemos com nossas habilidades e nos tornamos, a cada experiência, mais proativos.

Como destaca Valente (2017, p. 455), "o método conhecido como cultura maker é um desses exemplos, onde o aluno pode experimentar novos pontos de vistas na resolução de um problema, por meio de uma perspectiva prática".

Nessa etapa também solicitamos aos nossos convidados que descrevessem os maiores problemas que identificavam no processo de aquisição do conhecimento por parte dos alunos, nas escolas em que lecionavam. Com essa prática de socialização nosso foco principal foi fazer com que nossos convidados observassem e refletissem de maneira atenta o que interfere no processo da aprendizagem.

Ao desenvolver trabalhos com essa prática metodológica, os alunos ou os participantes são levados a observar a realidade de uma maneira atenta e irão identificar aquilo que na realidade está se mostrando carente, inconsciente, preocupante, necessário, enfim problemático (Berbel, 1999, p. 3).

Logo, o objetivo dessa prática é "claro": quando identificamos os problemas, é mais fácil pensar em soluções. A seguir, faremos a exposição dos problemas observados com maior relevância por parte dos educadores. Nessa proposta, cada educador identificou dois problemas.

Quadro 1: Problemas que interferem na aprendizagem dos educandos

Observação da realidade

Participante 1

(Educadora - Ensino Fundamental I)

  • Falta de interesse e compromisso dos alunos;
  • Falta de autonomia dos alunos.

Participante 2

(Educadora - Sala de Atendimento Educacional Especializado)

  • Indisciplina;
  • Alunos com dificuldade em aprender.

Participante 3

(Educador - Componente Curricular: Educação Física)

  • Problemas de relacionamento entre os alunos;
  • Desmotivação, por parte dos alunos, em realizar atividades e tarefas.

Participante 4

(Gestora escolar)

  • Falta de engajamento das famílias dos educandos no processo escolar;
  • Evasão escolar.

Participante 5

(Educadora - Ensino Fundamental I)

  • Alunos com baixo rendimento;
  • Alunos pouco criativos.

Participante 6

(Educadora - Sala de Atendimento Educacional Especializado)

  • Dificuldade que os alunos apresentam em relacionar a teoria com a prática;
  • Alunos pouco comunicativos.

Concluímos que os participantes identificaram problemas semelhantes, aos quais podem ser resolvidos e ou amenizados com a implementação da cultura maker.

Nossa etapa seguinte teve como objetivo contextualizar cada um dos problemas identificados e encontrar em conjunto sugestões dentro do movimento maker para obter melhor desempenho dos educandos para cada situação.

Foram delimitados, a partir desse momento, estratégias para resolver os problemas elencados. A definição do que irá ser estudado, estimula um momento de síntese realizada após a análise inicial, definindo o que irá ser estudado sobre o problema, determinando os aspectos que precisam ser melhor esclarecidos e compreendidos, buscando uma resposta para a solução do problema (Berbel, 1999, p. 198).

O quadro a seguir foi elaborado pelos participantes do projeto de intervenção onde formularam estratégias metodológicas com base na cultura maker para atender os problemas identificados no contexto escolar.

Quadro 2: Hipótese de solução – implementação da cultura maker

Situação-problema

Hipótese de solução implementando a cultura maker

Falta de interesse e compromisso dos alunos

  • Engajar a participação dos alunos através de temáticas de seu interesse, para então associar a prática à teoria.

Falta de autonomia dos educandos

  • Permitir que os alunos criem e testem teorias.

Indisciplina

  • Estabelecer uma relação de diálogo e empoderar os alunos quanto às suas habilidades e potencialidades.

Alunos com dificuldade em aprender

  • Fornecer ao aluno reforço através de mentores, utilizando modelo diferenciado para apresentar as informações através de seus pares.

Problemas de relacionamento entre os alunos

  • Estimular o diálogo e incentivando a empatia.
  • Eleger responsáveis pelas mediações.

Desmotivação por parte dos alunos em realizar atividades e tarefas

  • Oferecer aos alunos atividades mais desafiadoras, que estimulem a curiosidade, e que serão utilizadas para a próxima etapa do trabalho maker.

Falta de engajamento das famílias dos educandos no processo escolar

  • Convidar os pais para fazer algo em que seja hábil dentro dos espaços makers de criação (como carpintaria, jardinagem, culinária, marcenaria e costura, entre outros).

Evasão escolar

  • Desenvolver a autoestima dos alunos, fazendo com que eles compreendam que são parte importante do processo e que sua ausência será sentida por todos.

Alunos com baixo rendimento

  • Mudar a visão que o aluno tem dos estudos através dos laboratórios makers de aprendizagem (FabLabs).

Alunos pouco criativos

  • Investir nas oficinas de criação e estimular frequentemente o desenvolvimento de ideias, mesmo que pareçam infundadas.

Dificuldades que os alunos apresentam em relacionar a teoria com a prática

  • Muitas dessas dificuldades aparecem porque os alunos não praticam as teorias que aprendem; ao implantar a cultura maker, a teoria sucede a prática.

Alunos pouco comunicativos

  • Ser paciente, propor mais atividades em grupo e antecipar as dificuldades dos alunos.

Todos os participantes do projeto de intervenção, em suas reflexões durante o processo da aprendizagem e enquanto as avaliações coletadas ao final da prática, mencionam a viabilidade de aplicar a cultura maker e o desejo para que suas aulas se tornem mais dinâmicas e com uma resposta de apropriação do conhecimento de seus educandos, para que os mesmos se sintam parte da resolução dos problemas identificados em sua realidade.

Frisamos e contextualizamos com os participantes do projeto de intervenção as múltiplas facetas do movimento maker no contexto escolar, as possibilidades de adentrar na realidade ao qual está inserido, refletir seus problemas, engajar-se a um projeto e buscar subsídios para aprender e produzir soluções, divertir-se e deliciar-se com a busca por estratégias, sentir-se peça fundamental dessa construção.

O movimento maker sinaliza para uma transformação social, cultural e tecnológica que nos convida a participar como produtores e não apenas consumidores. Ele está mudando a forma como podemos aprender, trabalhar e inovar. É aberto e colaborativo, criativo e incentivo (Drucker, 2000, p. 4).

O inovar possibilita que os indivíduos, façam parte do processo de transformação que a cultura maker vem apresentar, os mesmos passam de meros espectadores para um ser participante de todo o processo de conhecimento.

Considerações finais

A realização deste projeto de pesquisa permitiu conhecermos um pouco mais a realidade das escolas de nossa cidade, suas inquietações e possibilitou apresentar uma nova perspectiva de trabalho para os mesmos. A partir deste, foi possível refletir sobre o papel do professor e do aluno na cultura maker.

Primeiramente, discutimos a ideia do movimento maker e seu início; existe uma grande vertente maker, que aos poucos vem sendo incorporada nas escolas brasileiras; deste modo, precisamos ter clareza das concepções desta cultura para que não seja apenas um espaço na escola sem nenhuma finalidade.

É necessário ter clareza de que para a implementação dessa cultura não é necessário ter um laboratório totalmente equipado, ele é importante, mas não é a única forma. Aos poucos as escolas podem ir adquirindo materiais através de várias ações. Também é importante considerar que muitos materiais podem ser utilizados, reaproveitados, criados ou até oriundos de doações.

Devemos levar em conta ainda que nesta cultura, o educando é protagonista do conhecimento, o professor é apenas um mediador do processo. Cada conhecimento é adquirido conforme surjam às necessidades ao longo do processo, dando um sentido real à aprendizagem. Tal afirmação auxilia na resolução dos problemas apontados pelos professores que trabalham em nosso projeto, onde um problema latente é a falta de interesse por parte dos alunos nas aulas, sendo que essas ainda partem do sistema tradicional de ensino.

Diante deste cenário, notou-se por parte dos participantes um real interesse em dinamizar suas aulas, a fim de garantir uma melhoria significativa no processo de ensino, tornando o aluno o protagonista e desta forma incentivar e motivar a busca pelo conhecimento, bem como instigar nos educadores a buscar novos métodos de ensino e assim dinamizar suas aulas e ampliar seu conhecimento.

Ao analisar as possibilidades do uso da cultura maker no ambiente escolar, foi-nos permitido fazer uma reflexão aprofundada a respeito de seus componentes e o quanto ela permite que o indivíduo se sinta parte da resolução do problema encontrado na realidade em que ele está inserido, fazendo com que ele se sinta de fato pertencente a esse contexto, sentindo importante nas decisões que interferem na realidade.

Outro aspecto importante a ser considerado é que indiscutivelmente a educação busca por metodologias inovadoras e disruptivas. Porém, essas novas formas de ensinar e aprender tornam-se desafios e exigem dos professores e profissionais da educação romper resistências consolidadas em práticas pedagógicas centradas no professor, como detentor de todo o conhecimento.

Refletir a respeito da prática docente e novas possibilidades no âmbito educacional faz-se necessário para que de fato a aprendizagem torne-se significativa. Consolidando a tese de que o aluno precisa sentir-se pertencente, o ensino precisa ser abordado de forma interdisciplinar, não podemos mais amarrar os conhecimentos fragmentando "em caixinhas", para que de fato ele aprenda a aprender, aprenda a buscar o conhecimento e de fato se aproprie, não sendo esse superficial ou esquecido rapidamente.

Finalizamos destacando que com a abordagem maker pode instigar os educadores, sendo ela uma forte e poderosa aliada para que tenhamos aulas mais inovadoras, desafiadoras, e que permitam a utilização de novas práticas. Educação maker coloca os estudantes como principais agentes de seu aprendizado, estimulando a crítica e a reflexão, ficando incumbido ao professor mediar essas ações. Sem contar na possibilidade de engajamento entre esse educando e esses educadores, ocorrendo mudanças nas relações, possibilitando uma visão diferente de professor, sendo esse inovador, que não se sacia e busca por mudanças, que se envolve em discussões a fim de qualificar seu fazer docente, que interage e aprecia diferentes opiniões, além de observar cuidadosamente a realidade e reinventar sua prática todos os dias.

Nós acreditamos nesse novo formato de escola: escola essa que, acima de tudo, ensina para a vida.

Referências

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BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora 70, 1997.

BERBEL, Neusi Aparecida Navas. As metodologias ativas e a promoção de autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, nº 1, p. 25-40, jan./jun. 2011. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.

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Publicado em 31 de agosto de 2021

Como citar este artigo (ABNT)

RODRIGUES, Greice Provesi Paes; PALHANO, Milena; VIECELI, Geraldo. O uso da cultura maker no ambiente escolar. Revista Educação Pública, v. 21, nº 33, 31 de agosto de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/33/o-uso-da-cultura-maker-no-ambiente-escolar

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