Inovação na Educação Infantil tendo como foco a aprendizagem baseada no ensino híbrido
Ana Paula Machado
Pós-graduanda em Inovação na Educação (Unoesc – Câmpus Joaçaba)
Pamela P. Dal Vesco Souza
Pós-graduanda em Inovação na Educação (Unoesc – Câmpus Joaçaba)
Elisabeth Facin
Docente do curso de especialização em Inovação na Educação (Unoesc – Câmpus Joaçaba)
A educação é uma perspectiva de futuro, e somente assim pode ser contemplada, mesmo sendo realizada em tempo presente; somente no futuro os frutos vão ser colhidos, ao mesmo tempo que vai estar mais ou menos próxima do presente. Assim, educar é fazer alguma coisa pensando no dia de amanhã (Nóvoa, 2020).
Este artigo apresenta um estudo realizado no CMEI Orozimbo Michelon, do município de Concórdia/SC, entre os dias 20 e 27 de novembro do ano de 2020, de maneira presencial, no espaço físico da escola, com autorização prévia da Secretaria de Educação responsável, e envolveu profissionais da área e professores da Educação Infantil da escola.
A escolha do tema e do público-alvo se justifica pelo fato de que a cidade de Concórdia/SC possui potencial educador e possibilidades de inovar na educação. A escolha da escola se deu por ser bem estruturada, com um público de alunos em sua maioria de classe média, com acesso às diferentes formas de tecnologia e que conta com profissionais capazes de colocar em prática as metodologias sugeridas.
O corpo docente precisa estar cada vez mais atento e aberto a inovações, mesmo que elas não sejam necessariamente tecnológicas. É fato que os professores da rede municipal recebem formações continuadamente, mas, ainda assim, no que tange à inovação, sabe-se que há um longo caminho a ser percorrido, a começar por uma mudança de mentalidade dos profissionais, possibilitando assim novas formas de ensinar. É necessário incentivar o aluno para que ele seja protagonista, como parte fundamental da construção de conhecimento, mesmo nos primeiros anos escolares, tendo em vista a escola dar ferramentas para tal.
O ensino híbrido ou blended learning está sendo uma tendência neste século, dando oportunidade de haver ensino presencial e online, proporcionando aos professores e às crianças uma nova forma de ensinar e aprender, aliando conhecimento, discussões e uso de tecnologias; o ensino híbrido permite que o aluno seja protagonista da construção do seu conhecimento e que os professores sejam mediadores desse processo, contribuindo ativamente nessa construção.
A utilização do ensino híbrido vem crescendo em diversas modalidades e no tocante à escola, principalmente no Ensino Fundamental e Médio. Porém entende-se que as crianças cada vez mais estão interagindo com temas interessantes, fazendo com que, de uma forma ou de outra, elas adquiram conhecimento e demonstrem interesse.
Teve-se como objetivo proporcionar aos professores conhecimento teórico e prático a respeito do ensino híbrido, com estratégias e metodologias que podem ser implantadas em sala de aula.
Uma das metodologias de aplicação do ensino híbrido foi a Rotação por Estações; nessa metodologia, os alunos se revezam em atividades dentro do ambiente de sala de aula. Os participantes rotacionam, orientados pelo professor, diversos tipos de atividades e, dentre elas, pelo menos uma estação na modalidade online.
Em algumas abordagens, as atividades se alternam entre todos os alunos, enquanto outras dividem a sala em pequenos grupos ou até rotações um a um. A Rotação por Estações se distingue das demais porque os alunos rotacionam entre todas as estações, participando de todas as atividades programadas (Staker; Horn, 2012).
Define-se esta pesquisa como exploratória-descritiva. Conforme Gil (2002, p. 41), a pesquisa exploratória “proporciona maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses, incluindo um levantamento bibliográfico e entrevistas”. O estudo descritivo, ainda segundo Gil (2002, p. 42), “objetiva descrever as características de determinada população ou fenômeno”.
Quanto à abordagem, considera-se qualitativa e teórico-empírica, pois utiliza o procedimento “levantamento”, que, conforme Gil (2002, p. 52), “interroga as pessoas de forma direta acerca do problema estudado”.
A pesquisa bibliográfica também foi utilizada para dar o embasamento teórico; segundo Trujillo (1982, p. 230), “oferece meios para definir, resolver não somente problemas já conhecidos, como também aqueles que não se cristalizaram suficientemente”.
O texto apresenta três momentos; no primeiro, aborda-se a pandemia do coronavírus, o direito à Educação Infantil, leis e documentos oficiais, por meio de estudos de autores que tratam do assunto, levando em consideração o ensino híbrido. Em um segundo momento, mostram-se os caminhos da pesquisa e o direito das crianças em momento de pandemia. Para encerrar, trata das vivências que os professores narraram e as reflexões que a análise proporcionou.
Pandemia do coronavírus e a educação
Em 28 de abril de 2020, foi aprovado o Parecer do Conselho Nacional de Educação nº 05/20, que trata da pneumonia de causas desconhecidas que foi detectada na China, na cidade de Wuhan, por meio da Organização Mundial da Saúde no final do ano de 2019. Esse surto foi declarado de importância internacional no final de janeiro do ano de 2020 e de Emergência de Saúde Pública.
No mês de março de 2020, é feita uma declaração pela OMS de que o covid-19 era uma disseminação comunitária em todos os continentes. Para a sua contenção, foram estabelecidos pela OMS o distanciamento social, testes massivos, tratamento aos casos que foram identificados e isolamento e distanciamento social.
A Portaria nº 188/20 do Ministério da Saúde então declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, tendo em vista haver em grande escala a infecção humana pelo covid-19.
Normas excepcionais foram estabelecidas pela Medida Provisória nº 934/20 com relação ao ano letivo da Educação Básica e do Ensino Superior, para que pudesse haver o enfrentamento dessa emergência dentro da saúde pública, o que é tratado na Lei nº 13.979/20. Isso sendo estabelecido, estados e municípios começaram a editar decretos e normativos, estando dentre eles estabelecido que as atividades nas escolas deveriam ser suspensas de modo presencial, sendo as aulas ministradas por meio remoto ou híbrido.
Educação Infantil e o direito da criança
Todas as crianças têm direito à educação, e as legislações do Brasil dizem que de zero a cindo anos é a etapa da Educação Infantil. Dentre as normativas, tem-se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que dá as diretrizes essenciais para essa modalidade da Educação Básica.
Muitas mudanças ocorreram na Educação Básica com a implementação da BNCC (2017), tendo em vista que esse documento traça as aprendizagens necessárias e seus fundamentos pedagógicos específicos, sendo o primeiro o “desenvolvimento de competências e habilidades, seguido do compromisso com a educação integral dos indivíduos”.
A Educação Infantil é o marco do processo educacional e momento em que a criança tem o primeiro contato com um espaço social estruturado, em que as atividades pedagógicas acontecem por meio de interações e brincadeiras, quando as crianças aprendem e se desenvolvem por meio da interação entre elas e com os adultos que orientam esse processo. Assim sendo, essas brincadeiras permitem a observação e o trabalho por meio da “expressão de afetos”, mediando as frustrações, resolvendo conflitos e a regulação das emoções (Brasil, 2017).
A criança vai à escola para observar, questionar, levantar hipóteses, concluir, fazer julgamentos e assimilar valores; esse ensino integral desde os primeiros anos de vida permite que a criança se conheça e conheça os outros, ao mesmo tempo que está próxima à natureza, à cultura, à tecnologia e à produção científica. Isso acontece quando são elaboradas práticas comuns na Educação Infantil, o que envolve os cuidados pessoais, brincadeiras, diferentes experimentações, leituras e relações interpessoais, ou seja, uma integração interacionista (Brasil, 2017).
No que tange aos direitos de desenvolvimento e aprendizagem na Educação Infantil, a BNCC registra que “asseguram condições de aprendizado para a construção da identidade e da subjetividade das crianças”. Ao entender que a complexidade da aprendizagem é aumentada, devido ao crescimento das crianças, a BNCC diz que as crianças devem ser estimuladas a “desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nos quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural”.
Os direitos de aprendizagem definidos pela BNCC (2017) às crianças objetivam
o conviver com outras pessoas, sejam, crianças ou adultos; brincar, desenvolvendo sua imaginação e sua criatividade; participar de forma ativa nos diferentes espaços de sua vida; explorar o mundo, ampliando seus saberes e conhecimentos; expressar suas necessidades, emoções, sentimentos e hipóteses e conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural.
Assim sendo, evidencia-se que a Educação Infantil envolve toda forma de educar uma criança; a escola tem papel fundamental nesse processo, tendo em vista ser a instituição preparada para tal, juntamente com a família e a comunidade.
Como outros direitos das crianças, tem-se como marco a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei nº 8.069/90) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN - nº 9.394/96). Os direitos de participação das crianças são considerados
uma questão social, política e cientifica. Ou seja, nesta segunda modernidade, pensar nas crianças, pensar na infância, é pensar também num grupo social, com um conjunto de direitos reconhecidos no campo dos princípios, apesar de sua escassa aplicabilidade nos cotidianos infantis de muitas crianças, para as quais o desenvolvimento de esforços que assegurem a sua participação é essencial, uma vez que a participação infantil é uma ferramenta indiscutível para fugir ou lutar contra os ciclos de exclusão (Soares, 2006, p. 27).
A educação, segundo Soares (2006), deve ser ressignificada, pois são de responsabilidade de toda a sociedade os direitos das crianças, para que elas possam interagir com outras crianças e com os adultos, que vão lhes dar condições de desenvolvimento, respeitando sua autonomia e preferências.
No ano de 2005 foi elaborado pelo Comitê dos Direitos da Criança o Comentário Geral nº 7, que dá garantias à educação na primeira infância, fortalecendo os direitos humanos, e dando responsabilidade aos Estados membros, dizendo que “as crianças mais pequenas devem ser reconhecidas como membros ativos das suas famílias, comunidades e sociedades, com as suas próprias preocupações, interesses e pontos de vista” (Brasil, 2017).
Seguindo o mesmo caminho, o Conselho Nacional de Educação, juntamente com o Ministério da Educação, criou um parecer que foi aprovado por unanimidade em abril de 2020 com diretrizes para as escolas em momentos de pandemia da covid-19. Ressalta Fochi (2020) que existe dificuldade de encontrar as especificidades da Educação Infantil nos documentos dos Conselhos de Educação com relação à organização do currículo e de como deve acontecer, quais as prioridades para a Educação Infantil. Frente a isso, Nóvoa (2020), diz que ninguém esperava essa pandemia e não havia preparo das escolas, das pessoas, dos ministérios, das autoridades. Mesmo assim, todos tiveram que reagir, se adaptar, buscando possibilidades de ensino e aprendizagem, como também garantir às crianças
o acesso a processos de construção de conhecimentos e a aprendizagem de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e interação com outras crianças (Brasil, 2020, Art. 8º).
O direito de todas as crianças, independente de classe social, ao cuidar e ao educar está previsto nas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCNEI). Assim sendo, o cuidado e a educação não podem estar dissociados, não se pode esquecer que a criança aprende pela prática durante suas vivências sociais, e isso mostra a importância das interações com outras crianças e com pessoas adultas, sendo a brincadeira de relevância para o desenvolvimento dessa faixa etária.
O direito da criança em tempos de pandemia
Com a infecção causada pelo novo coronavírus, desde o ano de 2020, mais de 1,5 bilhão de alunos e 60,3 milhões de professores dos 165 países sofreram com o fechamento das escolas. O mundo está passando por um colapso; para o enfrentamento da pandemia, o isolamento social fez com que as escolas e os Centros de Educação Infantil deixassem de atender sua clientela.
Com esse cenário, pesquisadores e professores da Educação Infantil iniciaram debates e estudos como um alerta a todos os profissionais da educação e às famílias com relação às atividades não presenciais ou remotas. Essa implementação não consta das legislações que atendem à educação, devendo ser considerada inadequada. Sobre isso, é dito que,
além das grandes perdas do processo de aprendizagem formal, as crianças estão sendo privadas da necessária socialização com os pares, em que ocorrem aprendizados significativos para o desenvolvimento humano, tais como experiências lúdicas compartilhadas, que implicam interações proximais face a face; cooperação; convivência com as diferenças; compartilhamento de decisões; enfrentamento de desafios; negociação de conflitos; adiamento de gratificações; espera da sua vez e exercício de controle de impulsos, entre outras habilidades (Linhares; Enumo, 2020, p. 4).
Salienta-se que a Educação Infantil tem suas limitações, que não são condizentes com a educação remota. Para Fochi (2020), a pandemia não trouxe evidências do que representa a Educação Infantil para a sociedade, ou seja, como o trabalho é desenvolvido nessa modalidade de ensino, sendo necessário que se avance no sentido de mostrar como essa etapa deve ser trabalhada.
É na Educação Infantil que as crianças começam a descobrir o mundo que as cerca e a interagir com ele fora do ambiente da família; ali fazem amigos e aprendem a conviver e a respeitar as culturas diferentes. Portanto, esse é o primeiro local onde vão ter contato fora de suas casas, passando a se socializar com outras crianças e com os adultos de maneira mais frequente e intensa (Cunha, 2020).
Para que as escolas possam lidar com as emoções das crianças, devem estas ser vistas de maneira individualizada, para que possam ser entendidas e serem trabalhadas suas necessidades.
A instituição de Educação Infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação (Brasil, 1998, p. 23).
Dentro desse contexto, a escola possui papel importante na Educação Infantil, despertando as crianças para que percebam o mundo em que estão inseridas. E, em momento de pandemia, como minimizar esses impactos no ensino e na aprendizagem das crianças torna-se um questionamento fundamental, assim como a preocupação de que forma monitorar e trabalhar brincadeiras e brinquedos nas telas dos celulares, tablets ou mesmo de computadores, tendo em vista que essas brincadeiras fazem parte do contexto do ensino e aprendizagem dessas crianças pequenas.
O que se sabe é que todos os momentos em que as crianças vivenciam situações dentro ou fora da escola devem ser considerados educativos e envolvem todos os cuidados. Como estão aprendendo, também vão compreender o mundo em que estão vivendo e a interagir com ele. Os jogos, as brincadeiras e os brinquedos, quando corretamente conduzidos pelos professores, vão trazer a modificação das ideias, dos comportamentos, dos pensamentos e dos dizeres das crianças. Frente a isso, a brincadeira por si só tem importância, devendo ser valorizada na Educação Infantil pelos professores, vindo isso a enriquecer as propostas pedagógicas (Brasil, 1998).
Em momentos de pandemia, os professores precisam se reinventar na Educação Infantil, tendo a cada dia novas ideias para os pequenos que se encontram em isolamento e privados do convívio escolar; isso é um desafio para os profissionais da Educação e para a família. Cabe às escolas de Educação Básica que possuem segmento de Educação Infantil dar as orientações para a família, estabelecendo roteiros estruturados e práticos para que possam acompanhar as tarefas em casa, passando também a serem mediadores das rotinas e participantes ativos na educação das crianças (Pereira Junior; Machado, 2021).
Pesquisadores da Educação Infantil, como Magalhães (2020) e Fochi (2020), advertem e comentam acerca disso que “as crianças pequenas não podem ficar expostas por longo tempo à tela do computador”, e isso também é recomendado pela OMS.
Para Barbosa (2020, 2:10:00), “aula audiovisual é diferente de ouvir uma história em que a criança fica atenta aos problemas e situações e procuram respostas, imaginam um castelo, uma montanha”. O ouvir histórias permite às crianças que criem suas hipóteses e teorias em relação aos conhecimentos e possam questionar, ao contrário do audiovisual, que apenas mostra a imagem e a fala prontas.
Os professores estão na luta para que os pais participem mais ativamente das atividades das crianças da Educação Infantil, não delegando essa responsabilidade aos irmãos maiores; os responsáveis devem interagir para dar maior suporte e segurança à criança.
Sobre isso, Fochi (2020) comenta a necessidade da especificidade que existe na Educação Infantil, tendo em vista a educação não se organizar por aulas, que os educadores e a família não devem pensar a escola e levar em consideração o ensino remoto como aula, mas pensar na aprendizagem da criança e na interação que deve ter.
Dentro desse contexto, os professores não podem considerar a educação remota como sendo análoga à aula e como vai ser sua atuação para a Educação Infantil. Segundo Fochi (2020), as escolas, enviam as atividades para os alunos, como colagens, pinturas e recortes, como sendo um trabalho. Caso isso aconteça, é um indicativo de que desconhecem o currículo e o conteúdo da Educação Infantil e a mediação das atividades presenciais tornam-se irrelevantes.
Com esse mesmo pensamento, Nóvoa (2020) dá ênfase à formação de professores, mas que sejam definidos espaços e novas práticas e de experimentação para que haja uma verdadeira formação desse profissional, destacando o ensino híbrido como maneira de atualizar e aperfeiçoar os métodos de ensino.
Os professores conhecem as tecnologias digitais e as usam no dia a dia, fazendo seus registros, relatórios, portfólios, como a postagem nas plataformas online. Mesmo assim, ao se considerarem os diferentes recursos da tecnologia e os avanços que se tem, o preparo para os desafios ainda está um pouco deficiente para o momento de pandemia, mas os profissionais da Educação estão desempenhando suas funções, não medindo esforços para que as crianças tenham uma aprendizagem significativa a partir do ensino híbrido. Sobre isso Nóvoa (2020) comenta que existe a necessidade de maiores investimentos para que os professores se aprimorem e possam atender às demandas da educação; para tal, o primeiro passo é o entendimento da metodologia dessa modalidade de ensino.
O ensino híbrido tem como significado
misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. Esse processo, agora, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo. Podemos ensinar e aprender de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços. Híbrido é um conceito rico, apropriado e complicado. Tudo pode ser misturado, combinado, e podemos, com os mesmos ingredientes, preparar diversos “pratos”, com sabores muito diferentes (Moran, 2015, p. 22).
Assim sendo, o espaço físico é importante para a aprendizagem e para os desafios de uma educação a distância. Para Barbosa (2020) e Nóvoa (2020), essas mudanças também devem estar presentes após a pandemia, sendo revalorizados o papel do professor e uma estratégia o ensino híbrido como tendência no século XXI, tendo em vista a criança se tornar a protagonista da sua aprendizagem e integrar a educação à tecnologia, pois isso já permeia sua vida, deixando de lado as atividades estereotipadas, ficando o professor como mediador desse processo.
Para que o ensino híbrido possa acontecer, as instituições de ensino, os gestores escolares e públicos necessitam investir nos professores e na sua formação, pensar em um currículo reestruturado, em especial na Educação Infantil, em que o ensino é baseado em experiências interativas e concretas, e as aulas mediadas pela tecnologia, necessitando de complementação e orientação.
Processo de intervenção
Muitos têm sido os esforços para que as atividades escolares possam continuar garantindo os direitos de todas as crianças no período de isolamento social. Os pais não são professores, não são formados, em sua maioria, e não foram consultados e preparados para essa situação. A instituição escolar é que tem a responsabilidade de dar às crianças a produção intelectual para que possam passar por essa fase.
A intervenção foi realizada no CMEI Orozimbo Michelon, localizado no município de Concórdia/SC entre os dias 20 e 27 de novembro de 2020, de maneira presencial, seguindo todas as normas vigentes referentes à pandemia covid-19, para professores da educação infantil. Para o desenvolvimento das atividades, o Quadro 1 traz a programação.
Quadro 1: Cronograma de atividades
Dia |
Duração |
Atividade |
1º Encontro 20/11/2020 |
2 horas |
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2º Encontro 27/11/2020 |
2 horas |
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O primeiro encontro realizado com os professores foi no dia 20 de novembro, de maneira presencial, seguindo todas as normas da pandemia da covid-19 no espaço físico da escola, com autorização prévia da Secretaria de Educação responsável, e envolveu profissionais da área e professores da Educação Infantil da instituição.
Inicialmente, foi realizada aos participantes uma breve apresentação pessoal e dos objetivos dos encontros. Em seguida, uma lista de presença e um questionário impresso para coleta de dados foi entregue para que respondessem. O questionário teve como objetivo coletar dados pertinentes ao assunto, bem como averiguar o conhecimento prévio dos participantes a respeito de ensino híbrido e suas aplicações para compor as análises e discussões da intervenção. Foram feitas perguntas como: idade, formação, tempo de atuação, definição/utilização/formação a respeito do ensino híbrido.
Para entender o que os professores sabiam sobre ensino híbrido, utilizou-se a ferramenta Polleverywhere; assim formou-se uma tempestade de ideia. Cada participante recebeu um link de acesso, entrou na plataforma e respondeu à seguinte questão: “Defina, em duas palavras, o que você entende por ensino híbrido”. Assim, projetaram-se na tela as respostas de todos os participantes, promovendo uma discussão a respeito dos conceitos básicos de ensino híbrido. Aproveitou-se o momento e todos puderam conhecer a plataforma Polleverywheree aprender como utilizá-la; as acadêmicas ensinaram o passo a passo para os docentes terem acesso e aprenderam como utilizá-la.
Em seguida, houve um momento expositivo em que, por meio de apresentação de slides, apresentaram-se os principais conceitos de ensino híbrido, seus benefícios, desafios e vantagens de utilização para a Educação Infantil, bem como os formatos dessa metodologia e suas implementações. O momento também foi de discussão, em que os participantes puderam expor suas ideias e opiniões, contribuindo com suas próprias experiências a respeito do assunto.
Para finalizar o encontro, apresentou-se a plataforma Socrative, com um quiz para apurar o conhecimento adquirido durante o encontro sobre ensino híbrido. A atividade foi realizada em duplas e, ao final, todos puderam ver seus resultados em tempo real por meio da plataforma. Da mesma forma, como realizado com a ferramenta Polleverywhere, também se orientou os participantes sobre a forma de cadastro, registro e utilização do Socrative, detalhando suas potencialidades.
O segundo encontro aconteceu no dia 27 de novembro, nas dependências da escola, das 14h às 16h. Inicialmente, fez-se uma retomada do conteúdo e das discussões do encontro anterior, reforçando o conceito de ensino hibrido e, dentre tantas metodologias que o ensino híbrido permite, a escolhida para aplicação foi a Rotação por Estações. Em seguida, propôs-se aos participantes que participassem dessa atividade para que pudessem ter a experiência prática e de forma híbrida.
A turma de participantes foi dividida em grupos e cada grupo foi direcionado para iniciar em uma das estações. A primeira estação consistia em assistir a dois vídeos a respeito de ensino híbrido, discutir no grupo e fazer anotações para posterior discussão. A segunda estação continha um artigo sobre ensino híbrido como nova forma de ensinar; cada grupo deveria fazer a leitura, discussão e anotações pertinentes para socializar com todos ao final da atividade.
A terceira estação propôs a elaboração de um mapa mental cujo tema central era ensino híbrido. Utilizando cartolina e materiais disponibilizados, cada grupo criou seu mapa mental, usando a criatividade e os pontos que considera relevantes a respeito do tema. Por fim, na quarta estação o grupo deveria pesquisar na internet e com essa pesquisa sugerir atividades para trabalhar com a Educação Infantil utilizando a metodologia de rotação por estações e o ensino híbrido.
Cada grupo sugeriu pelo menos três ideias, permanecendo em cada estação por 15 minutos. Depois que todos os grupos passaram por todas as estações, deu-se início à socialização das ideias; cada grupo expôs o que achou mais pertinente em cada estação, apresentando o mapa mental criado e trouxe as ideias para rotação por estações para trabalhar com as crianças.
Por fim, todos os participantes responderam a um questionário impresso com suas impressões a respeito do tema da intervenção, bem como a uma avaliação dele, que fez parte das análises e discussões da intervenção.
A partir dos encontros realizados com os professores de Educação Infantil atuantes no educandário escolhido para a intervenção, consideram-se relevantes os seguintes pontos:
- No que diz respeito à recepção e participação do grupo aos encontros, a avaliação foi positiva. Houve boa receptividade pelo grupo, todos participaram ativamente das atividades propostas. Porém foram encontradas dificuldades: a falta de qualidade no acesso à internet do educandário e alguns professores que não possuíam celular para a realização das atividades.
De primeiro momento, pensou-se que a maioria dos participantes já teria algum conhecimento prévio em relação ao tema da intervenção ou até mesmo participado de algum curso/formação nessa área, porém deparou-se com profissionais que pouco conheciam sobre o assunto.
No primeiro questionário aplicado, constatou-se que, dos 21 participantes, 67% têm acima de 30 anos, a formação fica entre graduação e pós-graduação; desses participantes, somente quatro não souberam conceituar ensino híbrido de forma básica; a maioria relatou nunca ter participado de uma formação específica sobre o tema. Notou-se que 76% já tinham ouvido falar a respeito, sabendo apenas conceituar.
Ainda sobre o questionário, 61% responderam que é possível utilizar o ensino híbrido na Educação Infantil, porém relataram alguns obstáculos, como a falta de estrutura no que diz respeito a equipamentos e recursos tecnológicos tanto na escola quanto em casa dos alunos. Relatam ainda que a participação da família se torna fundamental, já que as crianças precisam de auxílio e supervisão na realização de atividades. Na opinião de 61%, esse ensino nunca vai substituir o presencial, mas o momento de pandemia em que vivemos tornou favorável a utilização e o aperfeiçoamento das diferentes formas de utilizar o ensino híbrido na Educação Infantil.
Na medida em que os conceitos de Ensino Híbrido e suas metodologias foram sendo expostos, alguns aspectos relacionados ao assunto foram levantados pelos participantes, como o fato de que as crianças já utilizam as telas e tecnologias em diversos outros momentos e por esse motivo a escola poderia ficar de fora dessa utilização, já que o ensino tradicional tem muitas vantagens. Porém sabe-se que o ensino híbrido é muito mais do que somente utilizar recursos tecnológicos ou preparar atividades ora presencial ora online. Bacich et al. (2015) mostram que, nos Estados Unidos, América Latina e Europa, o ensino híbrido é apresentado por professores de uma maneira muito diferenciada:
os autores apresentam as propostas híbridas como concepções possíveis para o uso integrado das tecnologias digitais na cultura escolar contemporânea, enfatizando que não é necessário abandonar o que se conhece até o momento para promover a inserção de novas tecnologias em sala de aula; pode-se aproveitar “o melhor dos dois mundos” (Bacich, Neto Tanzi; Trevisani, 2015).
Além dos conceitos de ensino híbrido, foram trabalhadas outras duas ferramentas: Socrativepara o quiz de checagem de compreensão e o Polleverywherepara tempestade de ideias. Constatou-se que 80% não tinham qualquer conhecimento sobre as ferramentas e, à medida que foram mostradas e orientadas quanto à sua utilização, recebeu-se um feedback positivo e vários participantes se manifestaram favoráveis à utilização delas, até mesmo com as crianças.
Evidenciou-se então a importância da inovação na educação e reitera-se o que disse Fernandes (2012), quando afirma que se entende como inovação a união de intervenções, decisões e processos que têm como objetivo promover mudanças de atitudes, culturas, ideias, conteúdos, modelos e práticas pedagógicas, sempre com alguma intencionalidade e sistematização.
Durante a prática realizada na intervenção, pôde-se observar os professores passando pela experiência das estações. Após a realização das atividades, durante o momento de socialização, ficou claro que os participantes compreenderam a finalidade de cada atividade e a relação em si, já que todas as estações intencionalmente tinham uma razão comum: falar sobre ensino híbrido. Todos os grupos puderam sugerir ideias de estações possíveis de realizar com crianças envolvendo o ensino híbrido, o que evidenciou ainda mais a eficácia de tal método e a necessidade de formação para os professores.
Necessário se faz entender que se está diante de uma nova cultura de aprendizagem, a qual exige uma nova postura tanto de alunos quanto de professores, novas funções discentes e docentes, que só vão ser possíveis se ambos os lados passarem por uma mudança de mentalidade, renunciando a concepções tradicionais já estabelecidas. Professores precisam mudar suas formas de ensinar para que os alunos possam mudar suas formas de aprender (Pozo, 2007).
Com base no questionário aplicado ao final da intervenção, o feedback dos participantes em relação à intervenção foi positivo. Todos relataram ter aperfeiçoado o conhecimento em relação ao ensino híbrido e acreditam poder colocar em prática as estratégias sugeridas durante os encontros. Em seus relatos, manifestaram o desejo de participar de mais formações a respeito do tema, já que existem várias possibilidades de utilizá-lo com as crianças.
Diante do exposto, concluiu-se que o ensino híbrido é uma metodologia de ensino que, apesar de não ser tão recente, ainda é pouco difundida, principalmente na Educação Infantil. Porém é uma excelente ferramenta e, se trabalhada de forma correta, criativa e inovadora, além de tornar as aulas mais dinâmicas e flexíveis, tornará a aprendizagem mais individual e significativa.
A escola também tem sua responsabilidade para que todos possam passar por essa fase de pandemia. Os pontos positivos evidenciados foram a possibilidade da proximidade das famílias com os filhos e o ganho com a revalorização dos professores. O ensino híbrido é uma proposta muito ampla e considera que os alunos não aprendem da mesma forma. Nesse sentido, torna-se necessário compreender que a forma de o professor ensinar não pode ser a mesma para todos os alunos. Portanto, o ensino híbrido está dentro dessa concepção e acredita-se que as tecnologias hoje possam ser grandes aliadas no processo de ensino-aprendizagem por meio da integração do ensino presencial com o ensino online, na perspectiva de que a escola consiga o máximo de potencial das duas formas de ensinar e aprender para que o aluno possa aprender mais e melhor dentro das suas potencialidades.
Todos os segmentos educacionais estão se esforçando para que os direitos das crianças devido ao isolamento social sejam cumpridos e mostram caminhos para que as políticas públicas possam ser alinhadas. No município de Concórdia/SC não está sendo de outra maneira: providências estão sendo tomadas para que as ações sejam alinhadas a portarias, decretos e documentos; as decisões estão sendo cumpridas no cronograma das escolas. Também foram estabelecidas, pelo Conselho Nacional de Educação, diretrizes voltadas à Educação Infantil com atividades complementares para atender às necessidades das crianças.
Sobre isso, Magalhães (2020, p. 23-32), comenta:
não existe educação a distância para a Educação Infantil, o que há nesse momento é o encontro das famílias com a escola por meio de algum tipo de vínculo. Neste sentido, é necessário, sim, e imprescindível, a comunicação da escola com a família, porém não é aula.
Em Concórdia/SC, os professores e gestores da Educação Infantil garantem o contato com as famílias semanalmente, pelo WhatsApp e por vídeos gravados pelos professores, quando orientam a família sobre as atividades das crianças, ficando os pais nesse processo como mediadores, proporcionando orientações em artes, nas brincadeiras e atividades corporais durante a semana.
Com relação à creche e à pré-escola, os gestores procuram a aproximação virtual com as famílias, e as soluções que são propostas mostram que as crianças pequenas se desenvolvem e aprendem quando brincam (Magalhães, 2020).
Essas mudanças também trazem imprevistos, exigindo dos profissionais da Educação muita serenidade e tranquilidade para que possam lidar com as incertezas e angústias, e o maior desafio está em garantir que a família participe dos trabalhos escolares. Neste momento, a situação tem trazido novas aprendizagens, e os professores estão se reinventando, preparando videoaulas, projetos e orientações online para os pais, para que possam auxiliar seus filhos nas atividades.
Sobre inovar em sala de aula, destaca-se o que diz Carbonell (2002, p. 3) sobre as novas formas de ensinar:
É fato que, se queremos formar novos cidadãos, é imprescindível que esse novo processo de escolarização inicie desde os primeiros anos escolares, que os alunos sejam mais ativos no processo de aprendizagem, e consequentemente, deixar para trás o modelo de escola baseada apenas em aprender ler, escrever e contar.
Christensen, Horn e Staker (2013, p. 23) comentam sobre o ensino híbrido:
Em muitas escolas, o ensino híbrido está emergindo como uma inovação sustentada em relação à sala de aula tradicional. Essa forma híbrida é uma tentativa de oferecer “o melhor de dois mundos”, isto é, as vantagens da educação online combinadas com todos os benefícios da sala de aula tradicional.
Frente ao exposto, entende-se que o ensino híbrido oportuniza que a aprendizagem seja personalizada, tendo o aluno flexibilidade quanto aos horários e ao ambiente de estudo, não deixando de interagir com colegas e professores. Isso proporciona também que tenham novas experiências com as ferramentas online, o que leva ao desenvolvimento de habilidades diferentes, colocando em prática sua autonomia e responsabilidade no que tange à realização das tarefas.
Considerações finais
No momento que se está passando, o ensino está sendo reestruturado para poder sair do emergencial para a estruturação e a reflexão de como realizar na prática um ensino significativo, que respeite os pequenos e suas formas de elaboração, fatores estes estruturantes para o desenvolvimento infantil.
Levando-se em conta o que foi observado, podemos concluir que os objetivos foram alcançados, pois os professores puderam conhecer o ensino híbrido e suas aplicabilidades, mesmo diante das dificuldades apresentadas. Ficou evidente a necessidade de formar e preparar os professores dentro dessa metodologia, além de oferecer a eles estrutura, tempo de planejamento e recursos para a implementação da metodologia.
Dentro desse contexto, necessita-se pensar um ensino planejado e progressivo que disponibilize as atividades pedagógicas para os momentos não presenciais e presenciais, contendo ações de articulação, formação pedagógica e com acompanhamento ou monitoramento. Isso deve fazer parte da capacitação de toda a equipe pedagógica das redes de ensino, envolvendo gestores, coordenadores, professores e os alunos da Educação Infantil, tendo em vista ser um direito constitucional de permanência e de acesso à educação, com perspectiva de estabelecer as relações pedagógicas das diferentes práticas, valorizando e respeitando todos os campos de experiências que essa prática necessita que sejam desenvolvidos.
Quando da implementação do ensino híbrido, em especial na Educação Infantil, o planejamento deve ser organizado considerando as atividades remotas e presenciais; estimular a relação escola-família e a autonomia das crianças; mostrar que existe momento de investigação e pesquisa para que as práticas criativas possam ser vivenciadas no dia a dia dos pequenos.
Dessa forma, os professores devem ter formação continuada e propor atividades que garantam o atendimento e o respeito à idade das crianças, bem como o seu desenvolvimento.
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Publicado em 16 de novembro de 2021
Como citar este artigo (ABNT)
MACHADO, Ana paula; SOUZA, Pamela P. Dal Vesco; FACIN, Elisabeth. Inovação na Educação Infantil tendo como foco a aprendizagem baseada no ensino híbrido. Revista Educação Pública, v. 21, nº 41, 16 de novembro de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/39/inovacao-na-educacao-infantil-tendo-como-foco-a-aprendizagem-baseada-no-ensino-hibrido
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