Práticas metodológicas utilizadas pelos professores de Ciências e Biologia durante o ensino remoto no município de Livramento/PB

Paloma Lima de Freitas

Especialista em Ensino de Ciências e Matemática (IFPB/UAB)

Jefferson Flora Santos de Araújo

Especialista em Ensino de Ciências e Matemática (IFPB/UAB)

Luiz Mamede Sobrinho

Especialista em Ensino de Ciências e Matemática (IFPB/UAB)

No primeiro trimestre do ano de 2020, o mundo foi surpreendido com o avanço do novo coronavírus, o qual afetou as mais diversas esferas que compõem a sociedade, desde a área da saúde, setor econômico ao âmbito educacional. Embora a manifestação do vírus SARS-CoV-2 tenha sido primeiro identificado em Wuhan, na província Hubel, na República Popular da China, em 01 de dezembro de 2019, em poucos meses houve o avanço impactante da infecção em boa parte do mundo, inclusive no Brasil, tendo o primeiro caso confirmado em fevereiro de 2020.

Com a disseminação da doença (covid-19) em larga escala, a Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente com os Ministérios da Saúde, teve que adotar medidas urgentes de prevenção à contaminação, com o intuito de controlar e diminuir a propagação do vírus, que crescia exponencialmente nos diversos países.

Dentre as medidas atribuídas, o distanciamento entre as pessoas se apresentou como fator principal, como a maneira mais eficaz para evitar a transmissão, uma vez que se tratava de uma doença até então desconhecida, de que não se sabiam as consequências no organismo humano. Diante da nova realidade, o sistema educacional brasileiro, pressionado pelas condições impostas, precisou se adaptar, adotando um modelo inovador e diferente de ensino apoiado nas tecnologias digitais, para assim assegurar a continuidade e o desenvolvimento da educação.

No entanto, as diferentes mudanças no ensino também trouxeram inúmeros desafios para os docentes de todo o país, que não estavam preparados para assumir a nova sala de aula. Em vista disso, as secretarias de Educação dos estados e dos municípios logo se atentaram a proporcionar a capacitação dos professores em um curto espaço de tempo para garantir a oferta de aulas e atividades aos discentes, utilizando meios tecnológicos como plataformas digitais e a aplicação de material didático impresso, de modo a atingir todos os alunos de acordo com sua realidade socioeconômica.

Desse modo, o ensino foi baseado em um modo atípico daquele ensino transmitido nas escolas na realidade antes da pandemia, mas não deixou de se aproximar do modo tradicional. Os alunos passaram a ter suas aulas por meio de atividades síncronas (em tempo real) e assíncronas (em tempo programado), disponibilizadas nas plataformas digitais, como Google Classroom, além da distribuição de materiais didático impressos. Dentre esses veículos de ensino, os professores, especialmente dos componentes curriculares Ciências e Biologia, utilizaram metodologias didático-pedagógicas para contribuir da melhor forma na construção do conhecimento dos alunos.

Como já destacado, diversas iniciativas foram introduzidas no meio educacional para que fosse possível atender às necessidades exigidas pelo novo modelo de ensino, o chamado ensino remoto. De acordo com o contexto emergencial, os instrumentos viáveis para garantir o processo de aprendizagem estão integrados aos meios tecnológicos, como a internet e as tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), o que possibilita o uso permanente dos recursos digitais no âmbito escolar como meio de desenvolvimento da aprendizagem, incorporando efetivamente a cultura digital na escola.

Para tanto, questões pertinentes tomam espaço dentro do processo de aprendizagem no ensino remoto, sendo destacadas nos desafios e possibilidades encontrados na realização e aplicação das aulas remotas. Paralelamente a isso, colocam-se em evidência as metodologias utilizadas nesse processo pelos professores para a mediação do conhecimento e como se inserem na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral conhecer as metodologias aplicadas pelos professores de Ciências e Biologia da rede educacional de ensino da cidade de Livramento/PB durante o período de ensino remoto, bem como fazer um levantamento dos desafios apresentados na execução dessas práticas metodológicas. Além disso, tem como objetivo específico compreender, segundo a interpretação dos professores em questão, como essas práticas utilizadas colaboram para alcançar os alunos de modo a tornar o processo de ensino-aprendizagem efetivo de acordo com a realidade que enfrentam e como elas estão alinhadas às propostas de ensino da BNCC.

Covid-19 e sistema educacional

Como já citado, o ano de 2020 foi surpreendido por uma pandemia – a covid-19 –, causada por um vírus altamente contagioso e por vezes letal que aterrorizou o mundo. A covid-19 é designada como a doença causada pelo agente etiológico SARS-CoV-2, a qual afetou primeiramente uma pequena porção da China, em dezembro de 2019, e logo se dissipou por todo mundo (Camacho et al., 2020). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o mês de maio de 2020 mais de três milhões de pessoas foram infectadas, estabelecendo novos hábitos na sociedade, além de acarretar sentimentos de medo, insegurança e incapacidade.

Com a nova realidade sendo palco de inúmeras modificações devido à evolução da pandemia em nível global, convém abordar que, no contexto brasileiro, o vírus já acometeu mais de cinco milhões de pessoas até o mês de outubro de 2020, conforme dados do Ministério da Saúde. Segundo Werneck e Carvalho (2020), o Brasil passa por desafios ainda mais relevantes por se encontrar em um cenário de grande desigualdade social, já que parte da população vive em condições precárias de habitação e saneamento, com acesso limitado aos recursos hídricos e em situação de aglomeração.

Perante todo esse caos, para tentar diminuir o índice de contágio a OMS determinou que o distanciamento e o isolamento social, além das práticas básicas de higiene, seriam as principais formas de combater efetivamente a transmissão da covid-19 e consequentemente a elevada taxa de infecção (OMS, 2020). O Ministério da Saúde (2020) define isolamento social como uma postura de separação entre pessoas sintomáticas (com manifestação de sintomas), ou assintomáticas (sem sintomas), de maneira a evitar a propagação do vírus. Werneck e Carvalho (2020, p. 1-2) complementam:

Em geral começa com o cancelamento de grandes eventos, seguido paulatinamente por ações como a suspensão das atividades escolares, proibição de eventos menores, fechamento de teatros, cinemas e shoppings, recomendações para a redução da circulação de pessoas. É o que se convencionou chamar de “achatar a curva” da epidemia.

Nessa vertente, os impactos causados pela disseminação atingiram os diversos setores que constituem a sociedade, desde o econômico e político ao educacional, sofrendo drásticas mudanças no que diz respeito ao funcionamento das atividades do dia a dia de cada setor, sobrepondo a observação nas alterações sofridas pelo sistema educacional. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco, 2020), no documento elaborado para discussão da educação em tempos de pandemia – Resumo da política: Educação durante a covid-19 e além –, traz em pauta a inquietude da interrupção causada em toda a rede educacional de ensino em nível mundial, desde o impacto na Educação Básica à educação secundária (escolas técnicas e instituições de ensino superior), visto que afetou 94% da população estudantil mundial (Unesco, 2020).

Ao compreender que a educação é um caminho crucial para transformar a sociedade (Moran, 2007, p. 11), o sistema educacional, pressionado por mudanças em um contexto de isolamento social decorrente da pandemia da covid-19, propõe a sugestão de um novo modelo de ensino, que, segundo Garcia et al. (2020), é caracterizado pelo uso das tecnologias digitais, com emprego amplo de diversas plataformas disponíveis para fins educacionais, além da aplicação de alternativas e práticas inovadoras para sucessão do conhecimento. Alinhado a esse pensamento, Arruda (2020) complementa que o ensino remoto envolve soluções para as aulas anteriormente elaboradas de forma presencial por meio de transmissão em tempo real do conhecimento nos horários similares à educação presencial.

Dessa maneira, Garcia et al. (2020) ainda levantam a evidência dos desdobramentos e desafios enfrentados no ensino remoto por parte do corpo docente da rede educacional do país. A inserção da tecnologia no meio escolar, que é o principal mediador do processo de aprendizagem durante a nova realidade de ensino, é tema de contradições desde tempos anteriores à pandemia, como afirmam Conforto e Vieira (2015). Essa discussão traz consigo inúmeros desafios da desigualdade encontrada no meio social no que diz respeito às adaptações sofridas pelo ensino de acordo com a vulnerabilidade socioeconômica dos diversos discentes, inseridos em uma vasta rede escolar espalhada em cada estado, município do Brasil e do mundo.

Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, 2020), globalmente ao menos 31% dos alunos da Educação Básica ao Ensino Médio podem ser alcançados em virtude da falta de apoio à aprendizagem remota digital e/ou à falta de utensílios necessários para receber instrução digital ou ser transmitida pelo professor por meio de alguma ferramenta. Em vista dessa problemática, o sistema educacional buscou inserir os alunos no novo modelo de educação por diferentes meios de ensino para assim minimizar os danos causados pela pandemia e dar continuidade ao processo de aprendizagem.

Estratégias pedagógicas para o ensino remoto

Em virtude dos inúmeros desafios a serem vencidos em um contexto emergencial, a rede educacional, pressionada pelos impactos no sistema, buscou novas possibilidades e estratégias para o prosseguimento das aulas, conforme pontuam Piffero, Soares, Coelho e Roehrs (2020). Dentre essas estratégias metodológicas atribuídas ao novo modelo de ensino foram adotadas atividades síncronas e assíncronas como meios de ensino para substituir as atividades que antes eram realizadas presencialmente.

Independentemente do modelo de educação adotado no ensino remoto emergencial, as interações entre professor e aluno ocorreram a distância, por intermédio das ferramentas síncronas e assíncronas. Tais ferramentas são definidas por Mendonça e Gruber (2019):

As ferramentas de interação assíncrona são desconectadas de tempo e espaço, ou seja, o estudante interage no seu tempo e ritmo. Exemplos delas são fóruns, e-mails, videoaulas, textos, blogs etc. As ferramentas síncronas ocorrem em tempo real; exemplos delas são os chats ou teleconferências (audioconferências, VideoC e WebC) (Mendonça; Gruber, 2019, p. 161).

Dentre as estratégias adotadas está o uso das plataformas digitais, como o Google Classroom e Google Meet, bem como a utilização de aplicativos como o Zoom, entre outros, que se apresentam como recursos favoráveis para o processo de ensino-aprendizagem (Santos Junior; Monteiro, 2020). Além disso, como citado por Frizon et al. (2015), a utilização das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) permite um acesso rápido ao conhecimento em tempo real, independente do local onde se encontram, garantindo uma comunicação com maior interação entre professores e alunos.

Por outro lado, devido à vulnerabilidade socioeconômica de diversos alunos, foram adotadas outras medidas pedagógicas para garantir o acesso das atividades àqueles que não têm o suporte das TDIC, sendo feito por meio da entrega de atividades impressas produzidas pelos próprios docentes. Joye, Moreira e Rocha (2020) apontam que a internetainda não é um recurso democratizado para boa parte da população, e muitos não possuem ao menos computadores para a realização das atividades escolares.

Contudo, diante das estratégias adotadas para o ensino emergencial, seja por meio dos recursos digitais ou atividades impressas, a integração das TDIC à educação é fator relevante quando são utilizadas de forma crítica, reflexiva e criativa, desenvolvendo habilidades nos alunos, proporcionando novos meios para o processo de ensino-aprendizagem (Gaspi; Magalhães Junior, 2018). Além disso, de acordo com Almeida (2009, p. 78), as tecnologias são um vasto acervo para ampliar e reconfigurar as diferentes possibilidades na busca de uma educação favorável, por se tratar de um conjunto de elementos que envolvem fatores técnicos, sociais e culturais, os quais são aliados à construção do conhecimento.

Ensino de Ciências e Biologia e atribuições da BNCC

Em um ano marcado por profundas transformações, a educação de modo geral buscou adotar novas atribuições metodológicas, com o emprego de diversas ferramentas didáticas, desde o planejamento e a organização à execução das aulas em tempo real (Cordeiro, 2020). Nessa perspectiva, trazendo uma análise específica em relação à área do ensino de Ciências e de Biologia, a atenção é relevante, por se tratar de componentes curriculares inseridos no campo das disciplinas práticas, as quais realizam a “aplicação do conhecimento” por meio da organização dos conceitos científicos com ações reais, assim como descrevem Giacomini, Magoga e Muenchen (2013).

Nesse viés, conforme afirma Morais (2009, p. 6), ensinar Ciências é parte de um grande desafio para o educador, por ser um componente curricular que está associado à vivência cotidiana do estudante, podendo influenciar desde as suas percepções de vida às escolhas profissionais. Segundo o pensamento de Saviani (2006), o processo educativo sugeriu a necessidade do conhecimento das Ciências, visto que proporciona o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para a construção da cientificidade nas escolas por parte de cada aluno.

Em consonância com os pontos dispostos em pauta, devido aos inúmeros desafios impostos pela pandemia os órgãos educacionais buscaram alinhar alternativas de ensino em consenso com a BNCC para assegurar a continuidade do processo de aprendizagem. Conforme o parecer validado pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), a realização das atividades pedagógicas em tempo remoto deve ser mediada pelas TDIC ou atividades impressas elaboradas de acordo com as habilidades e competências previstas para cada área do conhecimento abordado na BNCC (BRASIL, 2020a).

Desse modo, por se tratar de disciplinas complexas, as práticas metodológicas utilizadas pelos professores de Ciências e Biologia são ferramentas essenciais e exigem habilidades para ensinar de forma criativa e dinâmica, de maneira que desperte no aluno o interesse pela Ciência (Santos et al., 2015).

Em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento de caráter normativo que está sendo implementado progressivamente em todas as escolas do país desde 2018, o ensino deve ser pautado em dez competências gerais, entre outros parâmetros, que assegurem os direitos de aprendizagem e desenvolvimento do aluno no decorrer de toda a Educação Básica, para que ele venha ser um cidadão consciente e atuante na sociedade contemporânea (Brasil, 2020b).

No ensino de Ciências, a BNCC propõe três unidades temáticas: Matéria e Energia, Vida e Evolução e Terra e Universo, em que os objetos do conhecimento estão distribuídos dentro dessas unidades temáticas, além de estabelecer letramento científico na sala de aula, apresentando-se como uma proposta para o acesso ao conhecimento e investigação de práticas científicas, desde os anos iniciais aos anos finais do Ensino Fundamental.

Dessa forma, é importante compreender que, mesmo em um contexto de contradições em função dos limites determinados pela pandemia, as bases educacionais, por meio das escolas de ensino básico, não desassociaram suas metodologias de ensino das propostas estabelecidas na BNCC (Brasil, 2020b).

Metodologia

Esta pesquisa caracteriza-se como de cunho exploratório, descritivo, com abordagem interpretativa através do método qualitativo (Denzin; Lincoln, 2011) e por dados estatísticos, com base no questionário. O método utilizado busca fazer a interpretação dos modelos de metodologias utilizadas para a partir de então compreender a efetividade e a eficácia das práticas didáticas empregadas. Em tal caso, espera-se que esta pesquisa seja fundamental para a comunidade científica e estimule discussões, possíveis implementações no ensino remoto e as metodologias adotadas durante o contexto pandêmico.

Diante disso, o presente trabalho propôs realizar uma análise sobre os procedimentos utilizados pelos professores de Ciências e Biologia em exercício nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio do município de Livramento/PB, visando conhecer as metodologias empregadas nas aulas remotas durante a pandemia. Participaram da pesquisa quatro professores, tendo como critério de escolha docentes que lecionam os componentes curriculares Ciências e Biologia.

Desse modo, entendendo como a alternativa mais adequada para interpretação e descrição dos dados propostos no trabalho, foi utilizado o questionário para entender as seguintes questões, de forma colaborativa:

  • Quais os desafios e possibilidades encontrados na realização e aplicação das aulas remotas?
  • Quais práticas metodológicas e didáticas foram utilizadas nesse período?
  • Quais competências gerais previstas na BNCC estão sendo desenvolvidas?

Para que fosse possível fazer o levantamento das questões mencionadas, foi aplicado um questionário por meio da plataforma Formulários Google, um veículo digital de fácil acesso que atende às restrições determinadas pelo Ministério da Saúde no que diz respeito ao distanciamento social em tempos de pandemia. A construção do questionário foi realizada entre 2 e 6 de novembro, participando da pesquisa professores de Ciências e Biologia da rede educacional do município de Livramento/PB, nos dias 11 a 20 de novembro. Sua formulação conta com dez questões, sendo nove objetivas e uma descritiva na busca de obter informações relevantes sobre o conteúdo pesquisado.

Sobre o método aplicado para produção do corpus, Gil (2007, p. 116) aponta que “a elaboração de um questionário consiste basicamente em traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem redigidos”. Assim sendo, segue a análise das respostas obtidas frente ao questionário aplicado aos docentes mencionados.

Resultados e discussão

Em vista das discussões acerca das práticas metodológicas utilizadas no ensino remoto, como citado na metodologia, o questionário foi aplicado a professores de Ciências e Biologia atuantes na rede educacional do município de Livramento/PB (Figura 1), sendo três docentes dos anos finais do Ensino Fundamental das escolas municipais e um docente do Ensino Médio da escola estadual.

Figura 1: Em que rede educacional você trabalha?

De acordo com a temática abordada no presente trabalho, os docentes tiveram dois meios de ensino para dar continuidade ao processo de aprendizagem: o ensino por meio das plataformas digitais e materiais impressos. Essas formas de ensino estão sendo empregadas em todo o país, desde a determinação do ensino remoto emergencial, conforme o parecer estabelecido pelo Conselho Nacional de Educação (Parecer CNE/CP nº 5/20), devido ao acesso limitado dos recursos tecnológicos por parte de alguns discentes (Brasil, 2020a).

Em vista disso, é relevante trazer as problemáticas ocasionadas por esse novo modelo de ensino para alunos e professores, desde a falta de preparação para o manuseio das plataformas digitais à falta de habilidade para utilização dos recursos tecnológicos, principalmente entre os docentes no momento do planejamento das atividades escolares. Ainda sob essa perspectiva, foi possível notar a migração dos alunos inseridos nas bases tecnológicas para o uso dos materiais impressos, devido às dificuldades de adaptação para o emprego das plataformas digitais no processo de aprendizagem.

Em função disso, no formulário foi levantada uma questão referente aos desafios encontrados pelos professores no decorrer do ensino remoto, em que tiveram a opção de escolher mais de uma alternativa, segundo sua experiência no novo modelo de ensino. Dentre as opções selecionadas, as que tiveram maior relevância foram (Figura 2): falta de experiência no modelo de ensino proposto (75%); curto período de tempo para adaptação (75%). As demais alternativas marcadas foram: falta de habilidade com as TDIC (50%); falta de formação para utilização dos recursos digitais (50%); problemas com a conexão à internet (50%); ausência de orientação pedagógica (25%); e falta de incentivo e/ou interesse por parte do discente (25%). Essas alternativas tornam-se pertinentes e estão de acordo com o que abordam Cani et al. (2020): “Sabemos que são muitos os desafios e os fatores implicados, desde a falta de estrutura tecnológica das escolas, formação dos próprios professores e alunos para um uso crítico das tecnologias”.

Figura 2: No intuito de atender à demanda dos alunos da rede educacional durante o período de aulas remotas, foi proposta a utilização de dois meios de ensino (plataformas digitais ou materiais impressos), os quais visaram alcançar os alunos do município a partir do contexto socioeconômico em que estão inseridos. Quais foram os desafios encontrados na realização e aplicação dessas aulas?

Em relação às práticas metodológicas adotadas pelos professores durante o ensino emergencial, foram citadas (Figura 3): adaptação do plano de aula presencial ao ensino remoto (100%); atividades impressas (100%); debates online (75%); aula expositiva e dialogada pelas plataformas digitais (75%); videoaulas (75%); trabalhos de pesquisa (50%); jogos interativos online (50%); outro (25%).

Figura 3: Quais práticas metodológicas e didáticas foram utilizadas para desenvolver no aluno a construção do seu próprio conhecimento e superar os desafios que surgiram junto ao ensino remoto?

Além dessas práticas, os docentes ainda fizeram uso de outros instrumentos metodológicos para avaliar o processo de aprendizagem dos discentes (Figura 4): quiz online/formulários (100%); realização dos roteiros de atividades (100%); seminários (75%); projetos ou pesquisas escritos, fotos ou vídeos (50%); participação nos fóruns de debates via mídia social (50%).

Figura 4: Além da avaliação contínua baseada na participação das aulas, seja por meio das atividades online ou impressas, quais dos instrumentos de avaliação listados abaixo são atribuídos à sua metodologia de ensino?

Diante das opções selecionadas pelos professores em relação às metodologias utilizadas no ensino remoto emergencial, nota-se que a escolha e o emprego de tais instrumentos metodológicos são cruciais para o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa, mediante a situação atual. Corroborando os resultados obtidos, Piffero, Soares, Coelho e Roehrs (2020) concluem que,

diante do atual cenário, em que se vivenciam experiências de aulas remotas, o uso de tais metodologias pode auxiliar no dinamismo das propostas, motivando os alunos e envolvendo-os na temática discutida. Todas as ações contribuem para o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa, mesmo fora do ambiente escolar (estrutura física), em ambientes de sala de aula virtual (Piffero; Soares; Coelho; Roehrs, 2020, p. 14).

Frente às metodologias adotadas pelos professores de Ciências e Biologia, 50% avaliaram como sendo satisfatórias para o processo de aprendizagem (Figura 5), que foram consideradas positivas por parte de 50% dos participantes da pesquisa; os demais 50% analisaram suas práticas como relevantes para o ensino em questão. Embora 50% tenham reconhecido tais metodologias como positivas ou satisfatórias para o ensino em questão, não podemos desconsiderar o dado que se apresenta como negativo; é um resultado expressivo que requer investigação mais aprofundada na tentativa de buscar meios que venham a contribuir no processo de ensino-aprendizagem.

Figura 5: De acordo com as práticas utilizadas, você considera que foram satisfatórias para o processo de aprendizagem?

Outro fator importante para a determinação das metodologias aplicadas pelos docentes é a conciliação com o que propõe a BNCC, uma vez que as atividades elaboradas devem estar de acordo com as competências e habilidades determinadas por esse documento (Brasil, 2020a). Diante disso, foi questionado no formulário quais as competências gerais dispostas na BNCC foram desenvolvidas durante as aulas no ensino remoto; os respondentes poderiam escolher mais de uma opção. Dentre as opções marcadas estão: conhecimento (100%); pensamento científico, crítico e criativo (100%); responsabilidade e cidadania (100%); comunicação (75%); argumentação (75%); autoconhecimento e autocuidado (75%); empatia e cooperação (75%); cultura digital (50%); repertório cultural (25%); trabalho e projeto de vida (25%), como pode ser visto na Figura 6.

Figura 6: Tendo em vista que a BNCC é um documento norteador que estabelece os conhecimentos, as competências e as habilidades que os estudantes precisam desenvolver ao longo da escolaridade básica, quais competências gerais você acredita que estão sendo desenvolvidas durante as aulas no ensino remoto? 

Em conformidade com os resultados obtidos, mostrou-se que as competências gerais previstas na BNCC estão sendo desenvolvidas pelas atividades e propostas elaboradas pelos professores, apesar das limitações impostas por esse modelo de ensino. No entanto, um dado intrigante que chama a atenção é a competência geral 6, que diz respeito à cultura digital, quando ela é escolhida por apenas 50% dos professores questionados. É um dado contraditório, uma vez que nunca antes na história do nosso país os docentes precisaram estar tão imersos na cultura digital como durante o ensino remoto. É possível deduzir que essa porcentagem é resultante da falta de experiência e de habilidade com os recursos tecnológicos por parte desses professores, pois ainda não se sentem seguros para utilizar de forma crítica essas ferramentas digitais, como corroboram Carvalho e Alves (2018).

Os professores ainda fizeram suas considerações a respeito dos desafios e possibilidades encontrados diante do ensino remoto, bem como a discussão das experiências obtidas nessa nova modalidade de ensino. Observam-se a seguir as reflexões feitas pelos participantes da pesquisa.

Professor 1 - A minha experiência foi muito positiva, pois essa nova metodologia teve muita troca de experiência, ajuda mútua e compartilhamento de conhecimento. 

Professor 2 - Tivemos de nos adaptar sob pressão a essa nova metodologia de ensino, em que o sistema apenas nos impôs ao cumprir nossa função do ensinar, nos repassando pouca informação tecnológica, tendo de nos inovar com ajuda de colegas habilitados, além de tudo sem recursos financeiros para aquisição dos recursos de auxilio, para esse proceder remoto.

Professor 3 - Desafios: espaço de tempo curto para aprender a utilizar as tecnologias no novo normal; não atender a 100% do alunado por falta de internet, de dispositivo móvel ou computador; demora na entrega das atividades impressa até mesmo online; dificuldade em avaliar os alunos que realizam as atividades impressas. Positivas: uso da tecnologia como recurso metodológico possibilitando o ensinar e o aprender; o uso das ferramentas digitais como por exemplo a plataforma Wordwall, laboratório virtual, o aplicativo Jamboard, enriqueceu as aulas de Ciências motivando os alunos no processo de ensino-aprendizagem; mostrar aos alunos a tecnologia como ferramenta de estudo de adquirir conhecimentos.

Professor 4 - Apesar de ter sido uma reviravolta na vida de todos, acredito que esse período de aulas remotas foi muito oportuno. Os professores tomaram conhecimento do mundo tecnológico, algo que era necessário para o século XXI, entre outras habilidades importantes. E os alunos desenvolveram valores, habilidades e competências que são de suma importância para o seu desenvolvimento para a vida, formação acadêmica e para os desafios do século. Mesmo eles estando inseridos na era tecnológica, essa modalidade de ensino proporcionou uma nova visão para os alunos. Tudo o que foi aprendido durante esse período, desde aquelas relacionadas a pontos positivos ou negativos, foi e será de suma importância para a construção de um projeto de vida mais sólido e eficaz, tanto para os profissionais da Educação como para os estudantes.

Percebeu-se que, com os relatos de experiências, apesar de tantas limitações, os professores reinventaram suas formas de ensinar com os recursos que estavam ao alcance, fazendo com que houvesse troca de conhecimento entre professores e entre professores e alunos. Mesmo que o suporte técnico tenha sido insuficiente para suprir a demanda necessária exigida nesse processo de ensino, houve resultados positivos que refletiram na prática didática de todos os docentes, resultados esses que os impulsionaram a buscar novas metodologias de ensino e formas inovar suas aulas, de sair do modelo tradicional de educação e de se abrir às novas possibilidades.

Sob essa perspectiva, é importante ressaltar que, dentre as metodologias adotadas pelos professores nesse contexto pandêmico, o uso das TDIC toma um espaço relevante para mediar o processo de ensino-aprendizagem. Embora a utilização desses recursos tecnológicos já estivesse prevista no documento norteador da Educação Básica, a BNCC, como meio de potencializar os processos educativos, diante desse contexto de crise a educação em particular se viu pressionada a recorrer e a reinventar meios para dar continuidade à construção do conhecimento, recorrendo assim ao uso integral das TDIC no âmbito escolar (Cani et al., 2020, p. 24).

Considerações finais

Em vista das discussões trazidas, foi possível notar que a educação de modo geral sofreu inúmeras adaptações para que o processo de ensino-aprendizagem pudesse continuar atuando significativamente no desenvolvimento dos alunos. Apesar dos desafios postos pela pandemia da covid-19, toda a rede de ensino buscou alternativas necessárias para mediar o conhecimento com a utilização de novas estratégias metodológicas que viessem a diminuir o impacto na aprendizagem.

Dessa forma, os professores tiveram que se reinventar para atuar dentro de um modelo um tanto que distante do modelo tradicional de ensino em um curto período de tempo, sem formação adequada e com recursos didáticos reduzidos. Assim como em todo o país, os professores de Ciências e Biologia da rede educacional de Livramento/PB recorreram às metodologias interativas, que proporcionaram o envolvimento entre professores e alunos mesmo em meio ao distanciamento social. Tais metodologias respondem aos objetivos traçados no presente trabalho, uma vez que pudemos conhecer as práticas metodológicas adotadas e como elas contribuíram para o desenvolvimento da aprendizagem, mesmo diante de tantos desafios.

Os dados obtidos neste estudo mostram que, mais do que nunca, as TDIC estão sendo o principal veículo para a mediação do conhecimento de forma crítica e reflexiva, embora parte dos discentes não tenha acesso a esses recursos tecnológicos e muitos docentes ainda não são capacitados para a utilização desses meios. Vale ressaltar que essas tecnologias estão inseridas nas propostas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as quais potencializam e atuam decisivamente em todos os processos educativos.

Convém observar que as ferramentas metodológicas aplicadas durante o ensino remoto emergencial se mostram relevantes para a mediação do conhecimento. No entanto, com esta experiência pode-se observar que é preciso ampliar as possibilidades existentes aos professores para intensificar os processos de ensino, assim como disponibilizar os recursos e materiais necessários para que docentes e discentes consigam desenvolver uma aprendizagem mútua, colaborativa e interativa no âmbito escolar.

Referências

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Publicado em 16 de novembro de 2021

Como citar este artigo (ABNT)

FREITAS, Paloma Lima de; ARAÚJO, Jefferson Flora Santos de; MAMEDE SOBRINHO, Luiz. Práticas metodológicas utilizadas pelos professores de Ciências e Biologia durante o ensino remoto no município de Livramento/PB. Revista Educação Pública, v. 21, nº 41, 16 de novembro de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/41/praticas-metodologicas-utilizadas-pelos-professores-de-ciencias-e-biologia-durante-o-ensino-remoto-no-municipio-de-livramentopb

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