Pandemia de criatividade em tempos de educação remota: atuações docentes na era do distanciamento social
Luciana dos Santos
Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação (Unicarioca), professora dos anos finais da Secretaria Municipal de Nova Iguaçu, do Ensino Médio e Neja (Seeduc/RJ)
Alessandro Jatobá
Doutor em Engenharia de Produção (Coppe/UFRJ), mestre em Ciência da Computação
Marcos Antonio Silva
Mestre em Educação em Ciências e Saúde (Nutes/UFRJ), especialista em Design Instrucional para EaD (Facel) e em Psicopedagogia Clínica e Institucional (UCAM)
O mundo atual vive um momento sem precedentes; no início de 2020, de uma hora para outra, o mundo parou. No ambiente escolar não foi diferente: todos os atores educacionais – alunos, professores, equipe diretiva e pedagógica –tiveram que recolher os seus pertences e ir para casa.
O isolamento social se instaurou: ficamos diante de um acontecimento que nos direcionou à reinvenção, fazendo com que todos os professores tivessem que aprender a lidar com ferramentas tecnológicas que talvez nunca tenham utilizado e adaptar-se a metodologias digitais de forma urgente e imediata.
Afinal, o tempo não para, o mundo continua em movimento e a sociedade não vai esperar o professor se especializar para somente depois seguir adiante. Foram necessárias “movimentações relâmpago”, para se adequar a essa nova modalidade de ensino.
Com base nesse cenário, a pandemia da covid-19, exigiu de todos que pertencem à seara educacional o desenvolvimento de diversas habilidades para lidar com o novo panorama acadêmico que se instaurou. Essa catástrofe global trouxe a urgência de nos reinventar como professores e despertar em cada um de nós o potencial criativo, pois somente com ações inovadoras poderíamos atingir positivamente o educando, sem perder o foco de mediar constantemente as habilidades necessárias para o seu pleno desenvolvimento.
A criatividade tornou-se pressuposto fundamental para as ações docentes nesse tempo. Nesse panorama, a reflexão sobre o papel e o pensamento inovador do professor para resolver ou minimizar os entraves que se apresentam na atual circunstância nos convida a dialogar sobre as múltiplas habilidades que inevitavelmente tiveram que ser desenvolvidas para que o professor pudesse adaptar-se às novas demandas.
Essa nova maneira de ensinar e aprender desafia o professor a ir muito além de fazer uma aula diferente; passa também pelos obstáculos de adaptar-se às mais variadas situações que surgem diariamente, como mostrar aos alunos que o uso de tecnologias pode ser muito mais do que mera distração; as ferramentas tecnológicas também representam um importante aliado para ampliar os horizontes acadêmicos, oferecendo informação, interação e articulação de conteúdos sem que essas ações se tornem maçantes.
O uso tecnológico para fins acadêmicos também tem a capacidade de proporcionar momentos agradáveis, tornando a aprendizagem igualmente prazerosa.
Em meio a esse cenário, visualizamos ações que são corroboradas pelo Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI (Delors, 2010, p. 14), que diz: “a educação deve, portanto, adaptar-se constantemente a essas mudanças da sociedade, sem negligenciar as vivências, os saberes básicos e os resultados da experiência humana”.
Dessa maneira, fica clara a importância da flexibilização educacional para se adequar às modificações que ocorrem na sociedade, fazendo com que os educadores articulem-se em movimentos pedagógicos criativos para que, mesmo com o distanciamento, as aulas ministradas possam atingir os alunos de forma eficaz e significativa.
Para que essas reflexões acerca da educação sejam substanciais, torna-se necessario que noções teóricas e bibliográficas endossem as ideias defendidas neste trabalho; para este fim, uma pesquisa exploratória, descritiva e de revisão teórica simples aborda de forma eficaz a criatividade aliada às tecnologias digitais.
Esse tipo de pesquisa, de acordo com Gil (2010, p. 24), “consiste em pesquisa bibliográfica porque se baseou em materiais já publicados, compostos especialmente por livros, revistas, artigos científicos, teses e por informações especializadas em sites”, pois para dialogar sobre esse fenômeno educacional que estamos vivenciando torna-se essencial a articulação entre o tema e os estudiosos que versam sobre o assunto. Minayo (2001, p. 53) “coloca frente a frente os desejos do pesquisador e os autores envolvidos em seu horizonte de interesse”.
Dessa maneira, as reflexões aqui discutidas são um convite à busca de maiores conhecimentos sobre o assunto, promovendo o diálogo entre criatividade e tecnologias digitais, bem como com as movimentações criativas dos docentes que estão sendo aplicadas na atualidade.
De acordo com Gil (2010), a pesquisa descritiva objetiva a descrição das características de um fato ou de indivíduos. As ações inovadoras dos docentes na atualidade nos mostram o quanto elas têm contribuído para esse momento de reinvenção de nossas práticas educacionais, registrando sua importância para o desenvolvimento e o estímulo de nosso ser criativo.
A criatividade no ensino
Sabe-se que a criatividade é uma competência importante na personalidade do ser humano; ela representa uma das competências socioemocionais propostas e defendidas pela Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2017). De acordo com esse documento da Educação Básica, o incentivo ao desenvolvimento do pensamento criativo dos alunos os leva a buscar soluções inovadoras para resolver ou minimizar problemas educacionais.
Dessa forma, tem se tornado fundamental a necessidade de buscar soluções diferenciadas em meio ao momento no qual estamos inseridos a fim de compreender melhor o significado do termo criatividade e como ele se aplica em nossa práxis cotidiana.
Observam-se vários desdobramentos acerca de seu significado literal, uma vez que, segundo Cavallo et al. (2016), mesmo no campo da pesquisa científica, criatividade ainda é um conceito vago na literatura, sendo geralmente definida como um conjunto de habilidades cognitivas usadas para resolver problemas ou gerar soluções alternativas.
Muito mais profundo que proporcionar soluções inovadoras com ferramentas tecnológicas, elas também representam papel importante na disseminação de ações de sucesso, pois oferecem a oportunidade de ser vistas e reproduzidas, fazendo com que as atuações positivas possam ser realizadas também em outros ambientes de ensino, obtendo assim um grau de alcance muito mais abrangente. Tal pensamento é corroborado pelo conceito de Torrance:
o processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados (Torrance, 1976, p. 2).
De acordo com Lubart (2007), a articulação entre as características pertencentes ao indivíduo e ao ambiente é necessária para que a criatividade seja desenvolvida, ou seja, ela depende de fatores emocionais, cognitivos, conotativos e ambientais, estando todos eles relacionados entre si.
Assim os estímulos proporcionados na atual conjuntura foram importantes para o desenvolvimento de processos criativos envolvendo inevitavelmente os docentes em ações engajadoras nas atividades presentes nas suas atuações profissionais.
Ações pedagógicas inovadoras
No ambiente acadêmico, a pandemia da covid-19 tem mostrado o quanto ser criativo é uma necessidade que vai além do ambiente escolar. É preciso que o professor busque constantemente ações diversificadas para que suas aulas sejam atraentes, porém é necessário que incentive seus alunos a serem criativos em suas ações dentro e fora dos muros da escola. Segundo La Torre (2008), a criatividade é uma exigência social. Ele reforça seu pensamento no trecho que diz:
Concluímos que a sociedade necessita e exige que, na renovação de metas educativas, seja instalado o desenvolvimento da criatividade, como norte e motor de novas orientações metodológicas. Já não se trata de uma qualidade rara e inalcançável para muitos... mas sim da fonte de energia mais poderosa que a humanidade já imaginou (Torre, 2008, p. 25).
Em nossa trajetória profissional, a habilidade criativa pode ter estado adormecida no interior de cada um, porém a situação pandêmica em que nos encontramos incentiva a despertá-la, o que resulta na possibilidade de buscar subsídios para nos encaixarmos nesse novo perfil de ensino, em que as tecnologias também representam papel importante para atingir esse objetivo.
Figura 1: Desenho em que um aluno desejou representar a importância da criatividade no mundo: “Criatividade: uma luz que ilumina a escuridão da falta de ideias!”
Fonte: Acervo Pessoal.
Sendo assim, a escola também representa papel importante no incentivo ao pensamento criativo do docente, em que todos os atores educacionais deverão articular-se e em parceria, criando novas metodologias que resultem em ações pedagógicas mais dinâmicas que despertem o interesse dos alunos. De acordo com Oliveira e Alencar,
com referência a esse ambiente, o professor constitui elemento chave para facilitar o desenvolvimento do potencial criador dos alunos. Para tanto, a escola precisa ser um espaço que cultive e valorize as ideias originais de seus educadores, oportunizando o desenvolvimento e o desabrochar de habilidades que muitas vezes esse profissional desconhece possuir (Oliveira; Alencar, 2012, p. 543).
Essa nova era, apesar das questões que vêm resultando em tantos malefícios à sociedade, convocou os professores a desenvolver seu potencial criativo das mais variadas formas possíveis, fazendo em muitos momentos o despertar de algumas habilidades desconhecidas por eles mesmos.
A diversidade de entraves educacionais que estamos vivenciando incentiva a elaboração de ações incomuns em alguns casos, mas que podem resolver ou pelo menos minimizar os obstáculos que as aulas pautadas no distanciamento social possam apresentar.
Entre tantos desdobramentos de significados e conceitos, ser criativo significa também ser capaz de gerar novas ideias que sejam úteis e auxiliem na resolução dos problemas do cotidiano. Desse modo, a Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2017) traz uma de suas competências, no que tange ao desenvolvimento do pensamento criativo, a seguinte afirmativa:
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas (Brasil, 2017, p. 9).
O ensino remoto, que está sendo oferecido em várias plataformas durante esse período de pandemia, apesar de todas as dificuldades e obstáculos no acesso dos alunos evidenciando as desigualdades sociais existentes, viabilizou o cumprimento do calendário escolar, porém modificou totalmente o modo de trabalho dos docentes em todo o Brasil; de acordo com Martins e Almeida (2020, p. 218), “a utilização dos artefatos tecnológicos na Educação Básica ganhou força com a pandemia da covid-19”.
Dessa maneira, a utilização de aulas remotas e a oferta de materiais didáticos articulados com tecnologias digitais tornou-se imprescindível; memes educativos, vídeos, gamificações, debates em redes sociais, lives etc. são exemplos de como os docentes tiveram que se reinventar e desenvolver articulações criativas aliadas às tecnologias para melhorar a qualidade do ensino oferecido.
Para Trindade e Moreira (2021, p. 76), “com alguma criatividade poder-se-á tirar partido de todos os recursos digitais que estão ao alcance dos estudantes e que podem ser associados a cada área disciplinar”.
A urgência de uma adequação pedagógica em meio à pandemia inseriu os educadores nessa nova modalidade de ensino em pouquíssimo tempo. De acordo com Silva (2020, p. 104), “no cotidiano escolar são usados diversos dispositivos digitais por discentes e docentes, porém, na maioria das vezes, os mesmos não são potencializados pedagogicamente”.
Neste momento, em que o uso de tecnologias digitais se faz tão presente, utilizar ao máximo os recursos disponíveis é necessário para uma prática docente mais atrativa. Esse pensamento pode ser consolidado por Nakano (2009, p. 49), que diz: “Perante as dificuldades encontradas na prática profissional, reforça-se a importância do uso da criatividade como recurso auxiliar na resolução dos problemas encontrados no dia a dia da escola”.
Uma vez que, mesmo depois de tanto tempo após o início do isolamento, a maioria dos professores brasileiros continua se sentindo despreparada para essa nova forma de trabalho, e com a abertura gradual das escolas e a necessidade de rodízio entre os alunos, uma nova modalidade de ensino vem surgindo neste panorama educacional: o ensino híbrido, que se caracteriza basicamente por englobar atividades presenciais e a distância; reforça a ideia de como os docentes vêm tentando de forma gradativa e criativa se adaptar a essa nova percepção de ensino. Assim, conforme Oliveira (2021, p. 19), “nessa nova realidade cada vez mais híbrida e hiperconectada, torna-se necessário criar mecanismos de promoção, em professores e alunos, de competências e literacias digitais”.
Apesar de o sistema educativo ter percorrido vasto caminho, ainda há um longo percurso a trilhar, e a busca constante de possibilidades criativas por parte dos docentes, a troca de experiências e a pesquisa contínua resultam em atuações que, mediante mecanismos tecnológicos, vislumbram maior alcance a todos os agentes que estão interessados no desenvolvimento educacional de maior qualidade.
Desse modo, corroborado por Mendes e Santos, em recente publicação na edição especial da Revista Recite, em que afirmam:
As transformações estão acontecendo, já se observa o primeiro passo na busca de soluções para que a educação não fique estagnada neste momento tão atípico, e que movimentos educacionais estão sendo feitos de modo que as novas tecnologias digitais possam trabalhar de forma alinhada com o ensino. Contudo, muitos ajustes ainda deverão ser feitos (Mendes; Santos, 2020, p. 105).
Nesse contexto, observa-se que a utilização cada vez mais intensa de tecnologias digitais em diversos setores da sociedade vem sendo um desafio constante. No setor educacional não poderia ser diferente: muito mais que fazer uso dessas ferramentas aliadas à criatividade, tem-se a missão de colaborar no desenvolvimento de indivíduos autônomos que saibam utilizar esses mecanismos de forma segura e responsável.
Criatividade e tecnologias digitais: uma parceria de sucesso!
Com o surgimento da pandemia da covid-19, as ações de buscar e encontrar soluções criativas que minimizem a problemática existente no contexto educacional devido ao distanciamento social foram de extrema importância na seara acadêmica.
Em meio a tantas tentativas, com erros e acertos, a inevitabilidade de lidar com o desconhecido resultou na adaptação quase imediata dos docentes para se adequar a esse novo momento.
Os profissionais de educação, como toda a sociedade, tiveram que adotar novas posturas, reinventarem-se mediante novas modalidades e metodologias de ensino, tendo nas tecnologias digitais uma forte aliada.
Mesmo que muitos não dominassem seu uso de forma segura e abrangente, os professores de forma urgente buscaram informações e, em alguns casos, qualificações para lidar com esse novo panorama educacional.
As tecnologias digitais, por intermédio das suas mais variadas ferramentas, representam dispositivos extremamente relevantes neste momento, pois têm a capacidade de estreitar laços, diminuir fronteiras entre os agentes educacionais, promovendo melhores condições de diálogo e inter-relações entre seus pares, proporcionando assim, a busca incessante de oferecer ao meio acadêmico e consequentemente ao alunado aulas mais dinâmicas, interativas, que possam despertar o interesse e a participação ativa de todos os envolvidos.
Nesse momento de reinvenção, as tecnologias digitais têm sido importantes parceiras no processo criativo docente. Muguet et al. (2020, p. 56) afirmam: “A tecnologia multimídia cada vez mais vem sendo utilizada em salas de aula e tem evidenciado sua importância no campo educacional. Mas, se faz necessário que os docentes sejam capacitados para que façam uso correto das ferramentas tecnológicas”.
Com base nesse panorama, é notório que as tecnologias digitais estão presentes e cada vez mais atuantes na prática docente. Auxiliam e colaboram no despertar da habilidade criativa, tornando o ensino do século XXI cada vez mais atraente e envolvente, atendendo a esse “novo perfil de aluno” que já nasce e cresce imerso numa atmosfera tecnológica.
Apesar de termos trilhado um longo caminho, temos consciência de que ainda há uma árdua trajetória a percorrer, e a busca constante de possibilidades, a pesquisa contínua e a troca de experiências entre os docentes resultam em atuações educacionais de maior alcance a todos os profissionais pertencentes ao ambiente educacional que visem sua melhoria e excelência.
O uso das tecnologias vem da necessidade de movimentar de forma positiva a dinâmica das aulas e instiga professores e alunos a se tornar indivíduos cada vez mais criativos, críticos e autônomos. Incentiva o trabalho colaborativo, a resolução de questionamentos e a comunicação mais facilitada.
Com a utilização de ferramentas tecnológicas, as barreiras habituais que existiam anteriormente poderão ser extremamente minimizadas ou tornam-se inexistentes, mediante os recursos que viabilizam a facilitação de atuações pedagógicas.
Nesse panorama, temos a figura do professor que vai além de um mediador; a esfera acadêmica mais do que nunca necessita de agentes educacionais que sejam incentivadores constantes, visando promover a participação efetiva dos alunos nas propostas educacionais que são oferecidas no meio virtual, como é reforçado pela afirmativa de Moran:
Desafios e atividades podem ser dosados, planejados, acompanhados e avaliados com apoio de tecnologias. Os desafios bem planejados contribuem para mobilizar as competências desejadas, intelectuais, emocionais, pessoais e comunicacionais. Exigem pesquisar, avaliar situações, pontos de vista diferentes, fazer escolhas, assumir alguns riscos, aprender pela descoberta, caminhar do simples para o complexo. Nas etapas de formação, os alunos precisam de acompanhamento de profissionais mais experientes para ajudá-los a tornar conscientes alguns processos, a estabelecer conexões não percebidas, a superar etapas mais rapidamente, a confrontá-los com novas possibilidades (Moran, 2015, p. 18).
Dessa maneira, ao incorporar o uso de ferramentas tecnológicas à prática docente, estaremos oferecendo aos alunos o desenvolvimento e a estimulação do seu potencial criativo, à medida que ele entra em contato com diferentes ambientes culturais, tendo mais acesso ao que está sendo desenvolvido no Brasil e no mundo.
Em decorrência dessas ações, a tecnologia aliada à criatividade auxilia a testagem de infinitas possibilidades, podendo ainda colaborar em produções pioneiras, estimulando a inovação, a imaginação e o surgimento de novas ideias.
O professor e a sala de aula virtual: pandemia de criatividade na era do distanciamento social
As repercussões provenientes da pandemia da covid-19 foram impactantes em vários aspectos da sociedade, e na esfera acadêmica não foi diferente. As unidades de ensino tiveram que fechar suas portas de uma hora para outra e alunos e profissionais foram mandados para casa, resultando na paralisação do ensino presencial de forma inesperada.
Com base nessa condição, o ensino foi transferido para o esquema de aulas remotas, amparadas pelo parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), sendo a seguir homologado pelo Ministério da Educação (MEC) com o intuito de cumprir a carga horária mínima do calendário estudantil e reorganizá-lo.
O ensino remoto, que foi oferecido em diferentes plataformas e articulado por diversos tipos de ferramentas digitais durante todo esse período pandêmico, apesar das dificuldades de acessibilidade digitais que refletem de forma substancial as desigualdades sociais existentes, conseguiu viabilizar, apesar dos entraves existentes, o cumprimento do calendário escolar, porém transformou veementemente o modo de trabalho dos professores em todo o país, o que resultou na estimulação necessária e urgente de ações e posturas criativas para a superação dos obstáculos provenientes da pandemia, favorecendo o desenvolvimento de ambientes mais estimulantes e convidativos à participação efetiva dos estudantes.
A rapidez dessas transformações jogou os profissionais de ensino nessa nova realidade sem terem tido tempo para se preparar; dessa forma, a busca de novos aprendizados voltados à temática digital foi ação constante por parte dos docentes na busca de adaptar-se rapidamente a essa nova realidade educacional.
É uma situação tão diferenciada que, mesmo depois de todo esse tempo após a instauração do isolamento, parcela significativa dos professores brasileiros continua se sentindo despreparada e insegura nessa nova forma de ensinar e de aprender.
Com a reabertura gradual das unidades de ensino, o rodízio de alunos apresenta um novo desenho educacional no cenário educativo: o ensino híbrido, que tem como principal característica o envolvimento de atividades presenciais e a distância.
O desafio de inovar as práticas docentes no ambiente escolar tem sido um grande obstáculo a ser constantemente ultrapassado pelos professores. Diante da premência de mudanças devido à ausência do espaço físico da sala de aula, as tecnologias digitais tornaram-se fundamentais para a continuidade da aprendizagem.
Atualmente, há algo que não podemos negar: é preciso continuar trabalhando e apresentando os conteúdos acadêmicos aos alunos, e a procura de caminhos que incentivem articulações ricas e estimulantes entre professores e alunos é o grande desafio.
A luta para encontrar mecanismos de manutenção da qualidade do ensino, apesar de tantas dificuldades manifestadas nesse período, tem sido constante, pois se acredita que dessa forma poderemos avançar constantemente rumo a novas formas de fazer educação.
Uma das opções de maior relevância tem sido a manifestação contínua de ações metodológicas criativas aliadas às tecnologias digitais, como aplicativos, plataformas e as mais variadas redes digitais, que têm sido tão necessárias à prática docente.
A pandemia da covid-19 inevitavelmente tem nos levado em passos largos à abertura de novos horizontes, à curiosidade em experimentar novas formas de atuação, estimulando o despertar criativo dos docentes, fato que inegavelmente tem resultado em atuações inovadoras dentro e fora da sala de aula, física ou virtual, proporcionando impactos significativos não só no campo profissional, mas nas nossas vidas nos mais variados contextos.
Trocas de experiências na rede e em rede!
Para confirmar os pensamentos defendidos até aqui, veremos no decorrer do texto exemplos de opções digitais que fomentaram essa verdadeira “pandemia criativa” da nossa docência, que ratifica a necessidade de nos reinventarmos criativa e digitalmente para atingir com êxito nossas atuações profissionais nesse novo processo de ensinar e aprender.
As ações práticas e inovadoras por parte dos docentes têm se manifestado de forma gradual e contínua, uma vez que muitas vezes, por falta de recursos oferecidos pelas redes de ensino, os profissionais tiveram que buscar meios alternativos de desenvolver seu trabalho, a fim de proporcionar aos alunos uma aprendizagem que, apesar de todos os entraves que o distanciamento social apresentou, possa ser significativa.
Plataformas digitais
De forma generalizada, os professores trabalham em escolas que são ligadas a redes de ensino e, nessa era pandêmica, algumas delas ofereceram plataformas digitais para que os trabalhos educacionais fossem desenvolvidos, porém nem todas as redes educacionais ou instituições acadêmicas proporcionaram aos docentes uma plataforma oficial para lidar com os alunos e ministrar suas aulas.
Com isso, os próprios docentes, utilizando sua criatividade individual e/ou coletiva, empregaram recursos tecnológicos já existentes, como páginas do Facebook e grupos de WhatsApp, para se comunicar com os alunos e interagir de forma mais ativa, por meio de envio e devolutivas das atividades trabalhadas em determinado período.
Memes educativos
Os memes são por si só uma “febre” que se espalhou entre os jovens; essa modalidade tecnológica mostra com imagens como os alunos podem ser criativos para abordar de forma bem humorada e lúdica os temas de seu interesse.
Com isso, os professores viram uma oportunidade de utilizar esse aparato digital em prol de abordagens educacionais, ou seja, observa-se constantemente a utilização de memes benquistos pelos discentes, e dessa forma, correlaciona-se o conteúdo trabalhado em sala de aula com essa modalidade tecnológica; essa ação certamente atingiu positivamente o processo de ensino-aprendizagem, de forma muito mais prazerosa.
Vídeos
Os professores utilizam vídeos educativos e muitos criaram seus próprios vídeos, que se tornaram uma ferramenta muito importante no trabalho docente, pois proporciona interação dinâmica entre professor e aluno, além de apresentar o conteúdo de forma lúdica e interativa. Os vídeos são recursos audiovisuais que combinam não apenas um texto persuasivo como também animações ou outros efeitos gráficos. Eles permitem que o professor mostre não apenas o conteúdo de forma sistemática, mas também aborde o conhecimento de forma mais leve e articulada, tornando a aprendizagem mais interessante.
Além disso, os vídeos educativos estão sendo importantes, pois eles se tornam um canal muito eficiente de comunicação com o aluno, uma ferramenta em que é passado o discurso de forma proativa e mais fácil de ser entendida.
Eles, sem sombra de dúvidas, são um importante mecanismo que tem sido utilizado como estratégia de aproximação. Essa ferramenta tecnológica torna-se relevante não apenas por estimular a criatividade docente, mas sobretudo por estimular a utilização de estratégias envolventes.
Os docentes têm aproveitado materiais já existentes em algumas plataformas, como blogs, e muitos se dispuseram a criar os próprios materiais e adaptá-los para a linguagem audiovisual, o que proporcionou o aumento de acervos disponíveis, mostrando mais uma vez a capacidade docente de se reinventar e de se adaptar de forma criativa a essa nova realidade de ensino.
Observou-se um crescente de utilização e criação de vídeos educativos mediante a composição de histórias e personagens para simplificar um conteúdo que, a princípio, seja muito técnico e, por consequência, proporcionar mais facilidade para o aluno compreender.
Dessa forma, com vídeos educativos, nota-se maior engajamento dos alunos e mais audiência para o conteúdo, mostrando não apenas que sabe como contar histórias, abordar assuntos educacionais de forma mais criativa, mas principalmente como se aproximar dos educandos.
Os vídeos educacionais são excelentes formas de comunicação, pois falam aos alunos usando uma linguagem com que eles estão acostumados. Ali, o docente não quer diretamente passar um conteúdo metódico e engessado, mas simplesmente ensinar!
Com o vídeo educacional, é possível mostrar ao aluno que está assistindo a esse material que realmente domina o assunto tratado e pode passar esse conteúdo adiante de forma didática leve e, principalmente, interessante.
Com isso, notou-se o desenvolvimento das habilidades dos docentes em encarar mais esse desafio, se descobrindo, se redescobrindo e criando estratégias de como montar um bom roteiro, escrito com materiais validados e de qualidade, com base em uma boa pesquisa, e entregar ao público-alvo todo esse conteúdo de forma divertida e estimulante.
Gamificações
A gamificação tem sido uma prática adotada por inúmeros professores neste momento pandêmico que vivemos. Notou-se o quanto os alunos se interessam por atividades que envolvam jogos e, consequentemente, a competitividade, que pode ser estimulada de forma harmoniosa e sadia em prol da aprendizagem de conteúdos.
Na área da Educação, seja com tabelas de classificação, seja com recompensas por um desafio solucionado em sala de aula, podemos utilizar o jogo para falar de conteúdos didáticos a serem trabalhados. Essa prática, que é uma das metodologias ativas, incorpora a lógica, as regras e o design dos jogos no processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, essa metodologia oferece uma série de vantagens aos alunos, que se tornam protagonistas do próprio desenvolvimento. De acordo com experiências de atuações docentes, os estudantes relatam que obtiveram nos jogos alto potencial para a aprendizagem.
Ao estimular o aluno a participar de games educativos, o “discente-jogador” se envolve nas dinâmicas de um game e, consequentemente, desenvolve algumas habilidades muito valiosas para a vida. Nesse sentido, destacamos a capacidade de absorver informações de forma rápida, o trabalho em equipe, o senso crítico, a criatividade e a tomada de decisões.
Tudo isso surge em função de vários princípios, e alguns deles podem ser identificados nos jogos: interação, riscos, desafios e customização, que podem prender a atenção dos alunos de forma positiva e estimulante.
Quando falamos em gamificação na educação, referimo-nos à utilização, na sala de aula (mesmo que virtual), de elementos que podemos identificar nos jogos. Assim sendo, essa metodologia transforma o processo de ensino-aprendizagem em algo mais dinâmico, proativo e envolvente para os alunos.
A gamificação consegue aumentar o engajamento dos alunos, além de proporcionar mais dinamicidade, prazer e dedicação. Consequentemente, os alunos adotam uma postura mais autônoma em relação ao seu desenvolvimento educacional, verificando resultados imediatos, como contagem de pontos ou se conseguiu atingir determinado objetivo no jogo, verificando, assim, seu nível de aprendizagem do conteúdo abordado.
Redes sociais e lives
As redes sociais, em princípio, foram utilizadas principalmente pelos jovens como mero "instrumento" de comunicação, com o propósito de fazer contato com várias pessoas, a fim de proporcionar a troca e a interação de conteúdos de interesse comum. Com a instauração da pandemia e a busca de novas metodologias que pudessem agregar dispositivos para fomentar a seara educacional, os professores começaram a reconhecer o potencial dos recursos oferecidos pelas redes sociais e o seu potencial agregador.
Nesta situação de pandemia, especialmente quando ocorreram situações de alto impacto social, as redes sociais passaram a representar um importante aliado no trabalho pedagógico.
A utilização e a notável expansão das redes sociais resultam em mais uma estratégia que pode ser empregada não só pelos docentes, mas por toda a comunidade escolar, que, ao fazer uso desse aparato tecnológico, pode ter um contato mais próximo com professores, colegas de classe e com a própria escola; nessa nova forma de interação, a comunidade escolar tem acesso às informações de todos os indivíduos pertencentes ao ambiente educacional.
Nota-se que os professores têm encontrado ou descoberto algumas aplicações úteis das redes sociais na educação. Elas podem gerar novas sinergias entre alunos e professores de uma comunidade educativa, facilitando o compartilhamento de ideias e informações envolvendo os conteúdos abordados em sala de aula, o estudo em grupo e a divulgação dos mais diversos conteúdos informativos, por exemplo.
Com o manuseio e a utilização de espaço colaborativo, como redes sociais, o professor terá a chance de perceber aspectos muitas vezes difíceis de serem identificados em uma sala de aula, como a habilidade de elaborar textos de forma coerente, o nível de desenvolvimento do aluno em relação à escrita, a proatividade de pesquisar determinado assunto, a apresentação de uma opinião e a possibilidade de debater de forma imediata os mais variados temas.
O manuseio das redes sociais como plataforma de ensino também é uma boa opção para a construção do relacionamento entre alunos e professores. Sendo assim, com o uso dessa tecnologia professores e alunos podem trocar experiências, avaliações e conteúdos com informações de aprendizagem de forma mais dinâmica e imediata.
As redes sociais podem ser consideradas plataformas digitais de intercâmbio de informações e comunicação. Elas podem ser usadas de inúmeras formas pelos professores, como: criar comunidades de aprendizagem para a escola, subgrupos de turmas ou por disciplina; compartilhar ações metodológicas e pedagógicas pioneiras, programas e informações e ideias com outros professores, gerando assim um relacionamento didático e interativo e dinâmico.
Com a pandemia, podemos verificar sem sombra de dúvida que o aprendizado na atualidade pode se articular também fora do espaço formal de sala de aula; com isso vemos a importância imediata de agregar a partir de agora espaços que completem o processo de desenvolvimento e formação dos estudantes além da sala de aula tradicional. E essa movimentação se observou o tempo todo, ao vivenciar e conviver com o empenho e os desdobramentos criados pelos docentes com o objetivo de criar subsídios que resultem em uma educação que, mesmo “a distancia”, possa ainda estreitar laços e dar continuidade a movimentos de ensino de qualidade e excelência.
Considerações finais
A criatividade aliada às tecnologias digitais na educação certamente pode ser classificada como uma parceria positiva na conquista de bons resultados nas atuações dos professores e, consequentemente, no contexto de ensino-aprendizagem.
Afinal, é notório que a escola é um dos ambientes fundamentais na estimulação do desenvolvimento das habilidades acadêmicas e criativas do ser humano. Com base nessa premissa, pode-se ter a ideia de que o tema criatividade tem a condição de vislumbrar várias possibilidades que fomentem o despertar criativo e de reinvenção das práxis docentes na atualidade.
Porém entendemos o quanto a pandemia da covid-19 tem nos apresentado grandes limitações e obstáculos. Com base nessas questões, percebemos o valor e a importância de um profissional da Educação criativo dentro da atmosfera escolar.
O professor é elemento indispensável para colaborar na promoção de processos de ensino-aprendizagem que se destaquem pela estimulação de atuações dinâmicas e que despertem o interesse dos educandos.
Na nossa situação atual, é indispensável que a criatividade em parceria com tecnologias digitais esteja presente nas atividades docentes, pois o processo criativo estimula a criação de metodologias didáticas e pedagógicas inovadoras que irão estimular a curiosidade e o engajamento dos alunos pelos conteúdos que forem apresentados a eles, resultando na continuidade de ambientes estimuladores e incentivadores tanto para o professor quanto para o educando.
A criatividade contribui para o desenvolvimento de procedimentos e transformações diferenciadas no contexto escolar que possam estar atendendo de forma satisfatória às exigências que demanda a atual situação que a sociedade está vivendo tanto em nosso país como em todo o mundo.
Finalmente, o que se deseja é que as reflexões contidas neste artigo possam oferecer sugestões para futuras discussões e pesquisas. Que esta pequena contribuição auxilie no preenchimento de espaços acerca de estudos empíricos voltados a discorrer sobre a importância da criatividade no ambiente educativo,
pois a criatividade aliada a ferramentas tecnológicas pode contribuir de forma significativa com os avanços educacionais e a melhoria da qualidade do ensino, uma vez que atuações criativas não se manifestam apenas em grandes inovações pedagógicas que possam atingir grandes esferas sociais e acadêmicas.
As ferramentas digitais, atuando com a criatividade, podem resultar em pensamentos criativos que desemboquem em qualquer ação inovadora que o profissional de ensino possa estar criando para solucionar ou minimizar uma dificuldade, por menor que seja, mas que possam proporcionar melhores condições de ensino e auxiliem na resolução de problemas e questionamentos que possam surgir no seu ambiente de trabalho.
Referências
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CAVALLO, David et al. Inovação e criatividade na Educação Básica: dos conceitos ao ecossistema. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 24, nº 2, p. 143, 2016. Disponível em: https://www.br-ie.org/pub/index.php/rbie/article/view/6504. Acesso em: abr. 2021.
DELORS, J. et al. Educação, um tesouro a descobrir: relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.ceeja.ufscar.br/relatorio-jacks-delors. Acesso em: abr. 2021.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisas. 4ª ed. 11ª reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.
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Publicado em 22 de março de 2022
Como citar este artigo (ABNT)
SANTOS, Luciana dos; JATOBÁ, Alessandro; SILVA, Marcos Antonio. Pandemia de criatividade em tempos de educação remota: atuações docentes na era do distanciamento social. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, nº 10, 22 de março de 2022. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/10/pandemia-de-criatividade-em-tempos-de-educacao-remota-atuacoes-docentes-na-era-do-distanciamento-social
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