Drogas como temática para o ensino de Ciências: análise dos conteúdos e abordagens de livros didáticos do Ensino Fundamental
Maria Alcina Porfírio dos Santos
Licenciada em Ciências Biológicas (Ibrag/UERJ/Cederj)
Ranlig Carvalho de Medeiros
Mestre em Ensino de Ciências e Matemática (PPGEduCiMat/UFRRJ), tutor presencial no curso de licenciatura em Ciências Biológicas (UERJ/Cederj)
Liliani Aparecida Sereno Fontes de Medeiros
Mestra em Química Biológica (IBqM/UFRJ), tutora presencial no curso de licenciatura em Ciências Biológicas (UERJ/Cederj)
Uma grande preocupação que ronda pais, professores, alunos, coordenação pedagógica assim como todo o corpo escolar e social refere-se ao consumo de drogas por parte dos estudantes da Educação Básica, principalmente daqueles que estão no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio. Os adolescentes são vistos como um grupo vulnerável ao consumo de drogas, como citou Facundo (2007, p. 20): “para alguns jovens, experimentar o consumo de drogas lícitas e ilícitas é rito necessário para a fase de individuação. E assim, poder-se-ia dizer que a maior parte desses jovens são experimentadores ou consumidores ocasionais”.
É na adolescência que o ser humano procura o seu lugar no mundo e certa independência dos pais. Também, procuram entender o mundo por conta própria e alguns, por curiosidade, acabam por experimentar algum tipo de droga, seja lícita ou ilícita (Gomes, 2019). Gomes destaca que além desse interesse, existem outros fatores que podem contribuir para o consumo de drogas, tal como, uma dinâmica familiar desarmoniosa, que acaba por aumentar a possibilidade de o adolescente tornar-se suscetível a condutas arriscadas que o levem ao uso de drogas.
Na fase da adolescência, o ser humano passa por diversas mudanças neurológicas e emocionais causadas por neurotransmissores e transformações no sistema límbico, juntamente com aspectos ambientais e exposições a fatores de risco. Estas mudanças podem aumentar o risco do uso de drogas (Carbonaro, 2018).
Hoje, no meio social, ocorre um aumento da utilização das drogas lícitas e ilícitas. Por isso, as escolas devem direcionar os estudantes à reflexão, ajudando-os a se tornarem cidadãos autônomos responsáveis. Para isso, é necessário o ensino de prevenção às drogas em contexto escolar (Piai et al., 2015).
Segundo Gomes (2019), estudantes do Ensino Fundamental tiveram contato com diversos tipos de drogas.
o V Levantamento sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública das 27 capitais do nosso país, realizado pelo Cebrid, revela que as drogas mais utilizadas pelos estudantes foram solventes, maconha, ansiolíticos, anfetaminas e anticolinérgicos (Gomes, 2019, p. 1).
Como os adolescentes são um grupo de risco para o consumo de substâncias entorpecentes, faz-se necessário boas explicações sobre essas substâncias aos alunos, pois ao desenvolverem o senso crítico, podem discernir o que é ou não é proveitoso à saúde e ao futuro de cada um deles. As matérias de Ciências, principalmente a Biologia, são pilares fundamentais na educação de saúde, pois a escola é, por vários momentos, a única fonte de conhecimento do adolescente (Rabelo; Chabes; Lages, 2019).
Sabe-se que os alunos do Ensino Fundamental II estão entrando na adolescência. Essa fase da vida normalmente é complexa, por causa das mudanças físicas e emocionais, além de ser o momento de procurar uma atuação na sociedade (Valle; Mattos, 2011).
As escolas usam os livros didáticos como um suporte educacional, como destacam Rabelo, Chabes e Lages (2019, p.1), “como principal guia das aulas na escola, o livro didático, além de conter a informação necessária para o aluno acompanhar e compreender as aulas, é um componente significativo da análise da educação de um país”. Olhando por esse viés, seria necessário e proveitoso que esses materiais trouxessem informações satisfatórias sobre drogas ilícitas. Em estudo recente, Teodoro et al. (2017) identificaram que as informações sobre drogas nos livros de Biologia apresentam-se superficiais e descontextualizadas.
Os livros de Biologia apresentam informações sobre drogas superficiais e descontextualizadas em relação a questões como a saúde, cultura, mídia, indicando a necessidade de adequações, visando propiciar a professores e estudantes informações de qualidade e efetivas na prevenção ao uso e abuso de drogas (Teodoro et al., 2017, p. 33).
Entretanto, os livros didáticos vêm sofrendo alterações com o surgimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que normatiza os conteúdos programáticos que todos os alunos das escolas brasileiras devem aprender (Lima, 2020). Como esperado, os conteúdos programáticos para cada ano escolar são estipulados por esse documento.
Na BNCC, a temática da saúde, no Ensino Fundamental II, está presente em todos os anos. O 6° ano aborda a interação entre os sistemas locomotor e o nervoso. O 7° ano levanta questões de saúde pública, como a da comunidade e vacinação pública, entre outros. No 8° ano, os temas são de evolução e falam sobre mecanismos reprodutivos e saúde, que abordam as transformações na adolescência, prevenção à gravidez na adolescência, DST, especificamente Aids, e as sexualidades humanas. No 9° ano, o que se vê sobre saúde são explicações sobre os avanços tecnológicos da radiação na saúde (BNCC, 2018).
É necessário que os livros didáticos de Ciências abordem o tema das drogas de forma menos superficial ou moralista, mostrando de maneira científica os malefícios das drogas ilícitas na vida das pessoas. Dessa forma, analisar se os livros didáticos de Ciências do Ensino Fundamental II abordam o tema de maneira mais abrangente e contextualizada é de suma importância. O ensino do tema integrado às questões do cotidiano ajudaria os estudantes a entender os malefícios e as consequências do uso de entorpecentes assim como os ajudaria a se proteger das drogas.
Diante do exposto, colocamos os seguintes questionamentos que norteiam o presente estudo: após a implementação da BNCC, os livros didáticos de Ciências do Ensino Fundamental, do 6º até o 9º ano, abordam de forma mais abrangente o tema sobre as drogas, especialmente o das drogas ilícitas? A pesquisa tem como objetivo, buscar e analisar os livros didáticos disponíveis para escolha pelos professores de Ciências, do Ensino Fundamental II, da rede pública, a fim de verificar como o tema drogas é apresentado e quais conceitos e abordagens são utilizados.
A importância do livro didático no contexto do ensino de Ciências
A Lei de Diretrizes e Bases de 1961 (LDB nº 4.024/61) decretou como obrigatório o ensino de Ciências desde a primeira série ginasial e, a partir de 1971, o ensino de Ciências passou a ser obrigatório em todas as oito séries que compõem o primeiro grau: atuais Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II (Bayerl, 2014). Desse modo, foi considerada uma área extremamente importante para uma boa construção de saberes, por oferecer melhor compreensão do mundo, contribuindo para o questionamento e desenvolvimento de uma postura reflexiva e investigativa para interpretação dos fenômenos da natureza (Brasil, 1996).
Já a Legislação do Livro Didático foi criada no ano de 1932, “nesse período o livro era considerado uma ferramenta da educação política e ideológica, sendo caracterizado o Estado como censor no uso desse material didático” (Siganski; Frison; Boff, 2008, p. 1).
Em um dos parágrafos da Base Nacional Comum Curricular que fala sobre o ensino de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental II, lê-se:
à medida que se aproxima a conclusão do Ensino Fundamental, os alunos são capazes de estabelecer relações ainda mais profundas entre a ciência, a natureza, a tecnologia e a sociedade, o que significa lançar mão do conhecimento científico e tecnológico para compreender os fenômenos e conhecer o mundo, o ambiente, a dinâmica da natureza. Além disso, é fundamental que tenham condições de ser protagonistas na escolha de posicionamentos que valorizem as experiências pessoais e coletivas, e representem o autocuidado com seu corpo e o respeito com o do outro, na perspectiva do cuidado integral à saúde física, mental, sexual e reprodutiva (BNCC, 2018, p. 343).
Mesmo que a BNCC compreenda que os alunos estão estabelecendo conexões entre diversos temas, somente em uma parte do documento - no que se refere às orientações ao 6° ano - faz alguma menção ao tema droga, como segue: “explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afetado por substâncias psicoativas” (BNCC, 2018, p. 345).
O ensino de Ciências da Natureza é uma área que se destaca por causa da sua abordagem e os livros didáticos são muito importantes, pois contribuem para a aprendizagem de conceitos sobre saúde como a prevenção contra as drogas (Teodoro et al., 2017). Os livros didáticos não somente servem para apresentar e exemplificar conceitos científicos. Eles mostram um reflexo da sociedade em que foi organizado. Albuquerque e Ferreira (2019) alegam que o livro didático assume características de contextos políticos, sociais e econômicos.
Segundo Teodoro et al.(2017), mais de 90% dos livros didáticos investigados no estudo realizado pelos autores abordam temas sobre drogas. Contudo, 54,17% fazem menções isoladas sobre essas substâncias de forma superficial. Outros livros usam boxes de leituras extras, mas não há menção a nenhuma obra que contenha um capítulo específico sobre drogas.
Mesmo que os livros didáticos não tragam boas abordagens sobre as drogas, os adolescentes ainda são um alvo para esse problema social, já que são considerados um grupo de risco no que se refere ao uso dessas substâncias lícitas ou ilícitas.
No artigo “Principles of Adolescent Substance Use Disorder Treatment: A Research-Based Guide”, publicado pelo National Institute on Drug Abuse (NIH), alguns motivos são citados para que essa faixa etária seja considerada vulnerável. O texto cita alguns comportamentos, tais como: encaixar-se em determinado ciclo social, necessidade da sensação de prazer, diminuição da angústia e do estresse ou simplesmente para ter uma nova experiência (NIH, 2014).
É muito visível que a tentativa de afastar os estudantes das drogas seja feita pelo medo imposto, contudo, esse método não se apresenta muito eficaz no combate ao uso de drogas. Alguns autores alegam sobre a necessidade de uma educação que traga o pensamento racional para que os alunos venham a refletir sobre as drogas (Rabello; Chabes; Lage, 2019).
Segundo Cardoso et al., (2015),
prevenção às drogas é tudo aquilo que possa ser realizado para efetivamente, impedir, retardar ou minimizar o uso de drogas e os prejuízos relacionados. Quando se é tratada a prevenção de drogas nas escolas é necessário que seja feita uma reflexão sobre o assunto, contribuindo para a visão crítica das situações e dos problemas e para o desenvolvimento da autonomia e da capacidade de escolha dos adolescentes (Cardoso et al., 2015, p. 3).
Desse modo, faz-se necessária uma educação para a prevenção contra o uso de drogas ilícitas. Por muitas vezes, os livros didáticos são usados pelos professores como um roteiro para as suas aulas. Isso mostra como os livros didáticos de Biologia são importantes para ajudar nessa prevenção (Teodoro et al., 2017).
A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento dos conhecimentos em saúde dos alunos. Logo, uma educação em saúde, que fale sobre drogas, é fundamental para que os estudantes possam desenvolver a consciência dos problemas ocasionados pelos usos de substâncias ilícitas (Jesús; Ferriani, 2008).
Para que isso ocorra, é necessário que a escola proporcione conhecimentos que ajudem os estudantes a desenvolverem um bem estar físico, psicológico e social, tendo os livros didáticos como auxílios importantes aos educadores na missão contra as drogas e contra a falta de informações sobre elas (Jesús; Ferriani, 2008).
É importante ressaltar a informação sobre os livros didáticos discutida por Souza e Garcia:
No Ensino de Ciências essas contribuições e interferências apontam para as mudanças no desenvolvimento econômico, social e tecnológico da sociedade e que direcionavam para novos significados sobre o que ensinar, como ensinar, para quem ensinar, apontando o papel dessa disciplina em diferentes épocas no Brasil. É nessa direção que os livros são fontes importantes no registro dessas alterações curriculares, percebidas na apresentação dos conteúdos e de sua utilização (Souza; Garcia, 2013, p. 6.534).
No que diz respeito ao ensino de Ciências, percebe-se que os livros didáticos possuem importância significativa de apoio curricular. É evidente a importância do ensino de conteúdos ligados ao contexto dos alunos e, com isso, a necessidade de os livros didáticos abordarem mais sobre as drogas de forma que os alunos adolescentes possam entender seus malefícios para a saúde física, mental e social. No atual contexto, como está o ensino deste tema e as necessidades de abordá-lo se já havia uma defasagem no ensino sobre as drogas antes da pandemia da covid-19?
Metodologia
Primeiramente, para o desenvolvimento deste presente trabalho foi realizado um levantamento bibliográfico a fim de delimitar e fundamentar o desenvolvimento do tema escolhido. A busca foi feita tendo como base a consulta de dados no Google Acadêmico, no Portal de Periódicos da Capes, do MEC e na Scientific Eletronic Library Online (SciELO), utilizando como palavras-chave drogas, ensino de Ciências, livros didáticos, materiais didáticos e desafio docente. Essa etapa serviu de base para a construção da fundamentação teórica, da metodologia utilizada e da produção de informações e compreensão do problema investigado.
A pesquisa tem caráter qualitativo e quantitativo, de natureza aplicada. Como destaca Fonseca (2002), quando trabalhadas juntas, as pesquisas qualitativas e quantitativas permitem que mais informações sejam recolhidas do que quando feitas isoladamente.
Etapa de análise dos livros didáticos
Foi realizada uma busca no site do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) por livros didáticos de Ciências do ano de 2018 até 2020, do 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental, disponíveis e utilizados na rede pública do Estado do Rio de Janeiro. Observaram-se as obras citadas a fim de analisar e avaliar como o conteúdo das drogas é apresentado em cada uma delas. Foram avaliadas quatro coleções de diferentes livros didáticos com quatro volumes de cada coleção, totalizando dezesseis livros. As informações de identificação com título, autores, editora e ano de publicação encontram-se preenchidas no Quadro 2, mais adiante.
Para identificação da presença do tema drogas nos livros didáticos disponíveis para escolha pelo PNLD, utilizamos as seguintes palavras-chave: drogas, livros didáticos, material didático e Ensino Fundamental II. Após a identificação dos livros que abordam a temática, iniciamos a análise adaptando os critérios adotados por Rabello, Chabes e Lage (2019) e Teodoro et al.(2017). A análise visa à observação dos livros que abordam o tema drogas e de que forma eles abordam o tema, se as informações contidas nos livros são suficientes ou não para sanar as dúvidas, esclarecendo e informando para conscientizar os alunos a se afastarem das drogas.
A estrutura analítica adaptada para o trabalho, leva em consideração os seguintes aspectos: 1) os conteúdos trabalhados; 2) as abordagens utilizadas; 3) qualidade e quantidade das informações; e 4) elementos gráficos (Quadro 1, quadro analítico elaborado para análise do tema “drogas” nos livros didáticos de Ciências do Ensino Fundamental II).
Quadro 1: Formas de análise do tema “drogas” nos livros didáticos
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Drogas lícitas e ilícitas; Drogas depressoras, estimulantes, perturbadoras; Informações sobre classificação, mecanismos de ação, efeitos sobre o organismo, tratamento e causas do uso de drogas e dependência. |
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Não aborda o tema; Aborda de forma isolada; Aborda de forma contextualizada; Aborda de forma interdisciplinar; Aborda de forma fragmentada. |
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Presença de erros conceituais; Presença de jargões e termos preconceituosos; Explicações moralistas. |
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Tabelas, quadros, gráficos, figuras, boxes informativos. |
Fonte: Adaptado de Teodoro et al. (2017).
Como base para a verificação da presença de erros conceituais, utilizamos as informações do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid, 2010). Esses aspectos serão trabalhados seguindo o estudo realizado por Carlini-Cotrim e Rosemberg (1991).
No que diz respeito à abordagem utilizada pelo livro didático, levamos em consideração os seguintes pontos: 1) em caso de uma abordagem contextualizada, se o livro permite discussões aprofundadas sobre como as drogas interferem a sociedade, vida e família do usuário; 2) em caso de uma abordagem interdisciplinar, identificar quais as disciplinas foram incluídas na discussão do tema.
Análise dos livros didáticos de Ciências do Ensino Fundamental II
Após a análise dos dezesseis livros didáticos de Ciências do 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental, disponíveis para escolha e utilizados na rede pública do Estado do Rio de Janeiro, apenas 4 apresentaram conteúdo relacionado às drogas. No Quadro 2, constam todas as informações dos livros didáticos de Ciências utilizados e disponíveis para o Ensino Fundamental II.
Quadro 2: Informações sobre os livros pesquisados
Título/Volume |
Autores |
Editora |
Ano |
Identificação |
Série |
Observatório de Ciências/ V. 1 |
Miguel Thompson e Eloci Peres Rios |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 1 (M1) |
6ª |
Observatório de Ciências/ V. 2 |
Miguel Thompson e Eloci Peres Rios |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 2 (M2) |
7ª |
Observatório de Ciências/ V. 3 |
Miguel Thompson e Eloci Peres Rios |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 3 (M3) |
8ª |
Observatório de Ciências/ V.4 |
Miguel Thompson e Eloci Peres Rios |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 4 (M4) |
9ª |
Araribá Mais Ciências / V.1 |
Maíra Rosa Carnevalle |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 5 (M5) |
6ª |
Araribá Mais Ciências / V.2 |
Maíra Rosa Carnevalle |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 6 (M6) |
7ª |
Araribá Mais Ciências / V.3 |
Maíra Rosa Carnevalle |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 7 M7) |
8ª |
Araribá Mais Ciências / V.4 |
Maíra Rosa Carnevalle |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 8 (M8) |
9ª |
Ciências Naturais/ V.1 |
Eduardo Leite do Canto e Laura Celloto Canto |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 9 (M9) |
6ª |
Ciências Naturais/ V.2 |
Eduardo Leite do Canto e Laura Celloto Canto |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 10 (M10) |
7ª |
Ciências Naturais/ V.3 |
Eduardo Leite do Canto e Laura Celloto Canto |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 11 (M11) |
8ª |
Ciências Naturais/ V.4 |
Eduardo Leite do Canto e Laura Celloto Canto |
Moderna |
2018 |
Manual do Professor. 12 (M12) |
9ª |
Ciências Vida e Universo/ V.1 |
Leandro Pereira de Godoy |
FTD |
2018 |
Manual do Professor. 13 (M13) |
6ª |
Ciências Vida e Universo/ V.2 |
Leandro Pereira de Godoy |
FTD |
2018 |
Manual do Professor. 14 (M14) |
7ª |
Ciências Vida e Universo/ V.3 |
Leandro Pereira de Godoy |
FTD |
2018 |
Manual do Professor. 15 (M15) |
8ª |
Ciências Vida e Universo/ V.4 |
Leandro Pereira de Godoy |
FTD |
2018 |
Manual do Professor. 16 (M16) |
9ª |
É importante ressaltar que, para a construção deste trabalho, foram analisados somente livros do aluno, sem o auxílio do livro do professor.
Para facilitar a análise dos livros didáticos com conteúdos sobre o tema estudado, utilizamos uma sigla de identificação. Dos quatro volumes analisados, em azul no quadro 2, três são referentes ao sexto ano do Ensino Fundamental II (M5, M9 e M13) e apenas um do sétimo ano (M2), conforme a Figura 1.
Figura 1: Livros didáticos analisados das coleções escolhidas
Fonte: Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), 2019.
No Quadro 3, apresentamos o resumo analítico dos quatro livros analisados no que diz respeito aos conteúdos trabalhados com o primeiro aspecto de análise.
Quadro 3: Conteúdos trabalhados
Categoria |
M5 |
M9 |
M13 |
M2 |
|
|
Drogas lícitas e ilícitas |
X |
X |
X |
- |
Drogas depressoras, estimulantes, perturbadoras |
X |
- |
X |
- |
|
Informações sobre classificação, mecanismos de ação, efeitos sobre o organismo, tratamento e causas do uso de drogas e dependência. |
X |
X |
X |
X |
Como pode ser observado, M5, M9 e M13 apresentam os conceitos de drogas lícitas e ilícitas, assim como informações sobre tratamento e efeitos sobre o organismo e a dependência química.
Livro M2: não apresenta a diferença entre o conceito de drogas lícitas e ilícitas, nem aborda os tipos de drogas. Entretanto, o material apresenta um texto sobre o consumo de álcool e tabaco cujo título é “A saúde da população”. O capítulo fala sobre alimentação, atividades físicas, convívio social, higiene, drogas, peso e outros temas. Embora a obra não trate dos tratamentos sobre os efeitos que as drogas causam à saúde do indivíduo e ao convívio social, o conteúdo é apresentado de forma muito breve sobre o álcool e o tabaco.
Livro M9: traz boa explicação sobre como são os efeitos das drogas no sistema nervoso. Apresenta a definição de drogas pela OMS explicando o termo “droga” como tipo de medicamento, mas que é rotineiramente usado para as drogas psicoativas. Termos como entorpecentes ou narcóticos também foram apresentados pelo livro.
Livro M13: apresenta os conceitos de drogas lícitas e ilícitas: depressoras, estimulantes e perturbadoras. Contudo, o livro não apresenta os tratamentos e, superficialmente, mostra os malefícios das substâncias e como elas agem no organismo. Introduz o conceito de drogas psicoativas ou psicotrópicas, como atuam no sistema nervoso e como são classificadas de acordo com o tipo de ação que produzem no encéfalo. O livro fala muito rapidamente sobre o que é dependência química, relacionando-a a problemas na saúde do usuário com reflexo nas pessoas ao seu redor.
Livro M5: apresenta o conceito de drogas segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora o material apresente alguns exemplos de drogas legais, como cigarro e álcool, e as ilegais, como a cocaína e a maconha, discorre muito pouco sobre as drogas lícitas. Há uma preocupação do material em apresentar algumas consequências do consumo de drogas que provocam dependência química, alterações físicas como taquicardia e emagrecimento, além de perturbações e alucinações.
É muito importante que os livros didáticos tragam as informações sobre as drogas. Os estudantes precisam entender sobre os efeitos e malefícios causados por essas substâncias. Desta maneira é possível que ocorra a diminuição dos números de pessoas afetadas por esse problema de saúde pública.
No Quadro 4, apresentamos o resumo analítico dos quatro livros analisados e suas abordagens na apresentação do conteúdo como segundo aspecto de análise.
Quadro 4: Aspectos de análise dos livros
Categoria |
M5 |
M9 |
M13 |
M2 |
|
2. Abordagens utilizadas |
Não aborda o tema; |
- |
- |
- |
- |
Aborda de forma isolada; |
- |
- |
- |
X |
|
Aborda de forma contextualizada |
X |
X |
X |
- |
|
Aborda de forma interdisciplinar; |
- |
- |
- |
- |
|
Aborda de forma fragmentada. |
X |
X |
X |
X |
Como pode ser observado no Quadro 4, os livros M5, M9 e M13 apresentam uma abordagem contextualizada para apresentar os conteúdos sobre o tema.
Livro M5: abordou os temas de forma contextualizada relacionando saúde e aspectos sociais. O capítulo também fala dos grupos que trabalham com reabilitação de dependentes químicos.
Livro M13: aborda o tema de forma contextualizada. O livro traz um relato de um jovem que está no processo de reabilitação, trazendo também o contexto social, permitindo assim, uma ligação com o contexto social dos alunos.
Livro M9: aborda o conteúdo de forma contextualizada, falando sobre o risco de contrair HIV e hepatite B por drogas injetáveis. Isso fica evidente quando o material enfatiza os problemas sociais, como problemas na família, brigas, acidentes e crimes.
Livro M2: diferente dos demais livros, o tema é apresentado de forma isolada (não contextualizada) e fragmentada.
Embora os três livros não apresentem o tema de forma interdisciplinar, fica evidente que o tema é contextualizado, explorando os aspectos sociais principalmente para evidenciar os malefícios do uso das drogas. Essa categoria mostra como são importantes a contextualização da temática e a interdisciplinaridade dentro do processo educacional. O contexto ajuda na construção de significados, enraizando o conhecimento do aluno e conectando o seu saber à sua vivência (Maffi, 2019).
Já a interdisciplinaridade faz com que as disciplinas tenham conexões entre si. Além disso, ela auxilia na formação de uma pessoa participativa, hábil a interagir nas atividades escolares e a usar o conhecimento adquirido na sua realidade, melhorando a comunicação entre o estudante e a sociedade (Lago; Araújo; Silva, 2015).
No Quadro 5, apresentamos o resumo analítico dos quatro livros analisados no que diz respeito à quantidade e qualidade das informações como o terceiro aspecto de análise.
Quadro 5: Quantidade e qualidade das informações
Categoria |
M5 |
M9 |
M13 |
M2 |
|
3. Quantidade e qualidade de informações |
Presença de erros conceituais; |
- |
- |
- |
- |
Presença de jargões e termos preconceituosos; |
- |
- |
- |
- |
|
Explicações moralistas. |
- |
- |
- |
- |
Não foram encontrados erros conceituais, jargões, termos preconceituosos ou explicações moralistas nos livros analisados. Isso mostra que os livros didáticos não estão utilizando-se de informações infundadas, nem utilizando o medo e o moralismo para mostrarem os malefícios das drogas (Carlini-Cotrim; Rosemberg, 1991).
No Quadro 6, apresentamos o resumo analítico dos quatro livros analisados no que diz respeito aos elementos gráficos como o quarto aspecto de análise.
Quadro 6: Uso de elementos gráficos
Categoria |
M5 |
M9 |
M13 |
M2 |
|
4. Elementos gráficos |
Tabelas, quadros, gráficos, figuras, boxes informativos. |
X |
X |
X |
- |
Como pode ser observado no quadro 6, os livros M5, M9, M13 apresentam elementos gráficos relacionados ao tema.
Livro M5: apresenta uma série de elementos gráficos, como box e figuras sobre dependência química e a busca por tratamento. Há também um box informativo questionando remédios para dor de cabeça e questionando, ainda, a maconha e o cigarro considerados drogas. Há a imagem de um grupo dos Alcoólicos Anônimos e, também, da planta papoula seguida de uma explicação sobre sua relação com a produção de alguns opiáceos, como a morfina (Figura 2).
Figura 2: Elementos gráficos presentes no livro M5
Fonte: Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), 2019.
Livro M9: apresenta desenhos, boxes com textos explicativos, sugestão de acessar ao site dos Narcóticos Anônimos. Imagens de um acidente de trânsito, provocado por motorista alcoolizado e um mapa conceitual relacionando o sistema nervoso e o uso de drogas (Figura 3).
Figura 3: Elementos gráficos do livro M9
Fonte: Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), 2019.
Livro M13: apresenta dois cartazes do Governo Federal, um falando sobre a ingestão de álcool por adolescentes e outro sobre o Dia Internacional do Combate às Drogas (Figura 4).
Figura 4: Elementos gráficos presentes no livro M13
Fonte: Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), 2019.
Livro M2: não traz nenhuma imagem, gráfico, quadro ou boxes informativos sobre drogas de nenhuma natureza.
A utilização de elementos gráficos e boxes informativos podem ajudar o aluno a entender a dimensão do problema que as drogas causam à sociedade, além de oferecer informações adicionais - como os cartazes do Governo Federal - revelando a existência de grupos de apoio como os Alcoólicos Anônimos.
Considerações finais
É muito importante que o tema drogas seja debatido nos anos escolares que contemplam o Ensino Fundamental II, pois estudantes desse segmento fazem parte de uma faixa etária vulnerável. Contudo, é perceptível que há livros didáticos da Educação Básica que não apresentam informações suficientes sobre o tema, ou seja, não apresentam os motivos pelos quais o uso das drogas é uma péssima opção para a vida humana.
Embora a análise dos livros didáticos tenha mostrado que o tema está presente nos materiais, podemos concluir que existe a necessidade de que os conteúdos sejam trabalhados de forma mais consistente. Em alguns livros, fica evidente a falta de informações sobre os mecanismos de ação, efeitos sobre o organismo, tratamento e causas do uso de drogas e da dependência. Embora os conteúdos sejam apresentados de forma contextualizada, aproximando o conteúdo ao contexto do aluno, observamos uma abordagem fragmentada sem ligação com outras disciplinas. Abordagens fragmentadas dificultam o entendimento mais global do conteúdo.
Referências
ALBUQUERQUE, E. B. C. de; FERREIRA, A. T. B. Programa Nacional do Livro Didático (PNLD): mudanças nos livros de alfabetização e os usos que os professores fazem desse recurso em sala de aula. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 27, n. 103, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ensaio/v27n103/1809-4465-ensaio-S0104-40362019002701617.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021.
BAYERL, G. da S. O ensino de Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental: uma reflexão histórica das políticas de educação do Brasil. IV SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, Ponta Grossa, 2014. Disponível em: http://sinect.com.br/anais2014/anais2014/artigos/ensino-de-ciencias-nos-anos-iniciais/01408286963.pdf. Acesso em: 27 fev. 2021.
BRASIL. MEC. Base Nacional Comum Curricular, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 27 fev. 2021.
______. Lei n° 12.056, de 13 de outubro de 2009. Acrescenta parágrafos ao Art. 62 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Palácio do Planalto, 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12056.htm. Acesso em: 24 set. 2021.
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Publicado em 29 de março de 2022
Como citar este artigo (ABNT)
SANTOS, Maria Alcina Porfírio dos; MEDEIROS, Ranlig Carvalho de; MEDEIROS, Liliani Aparecida Sereno Fontes de. Drogas como temática para o ensino de Ciências: análise dos conteúdos e abordagens de livros didáticos de Ciências no Ensino Fundamental. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, nº 11, 29 de março de 2022. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/11/drogas-como-tematica-para-o-ensino-de-ciencias-analise-dos-conteudos-e-abordagens-de-livros-didaticos-do-ensino-fundamental
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