Resenha do texto “O conhecimento sobre a linguagem”

Cleiliane Sisi Peixoto

Graduada em Letras - Língua Portuguesa (UFG), doutora em Estudos Linguísticos (Unesp), professora de Linguística e Língua Portuguesa no Instituto Federal de Goiás - Câmpus Goiânia

O texto “O conhecimento sobre a linguagem”, escrito por Guimarães e Orlandi, é integrante de um conjunto de textos que fazem parte da coleção “Introdução às Ciências da Linguagem” (2006, p.143). O texto é composto por uma introdução e seis outras seções, direcionando-se a todos os estudiosos da linguagem, pesquisadores e professores de línguas, materna e estrangeiras, com o propósito de orientar a percepção sobre a interpretação dos fenômenos linguísticos.

Na Introdução, os autores afirmam que a coleção de textos aborda disciplinas e domínios no âmbito da linguagem, levando em conta a importância do conhecimento da história desses domínios para se saber o que atualmente se considera conhecimento contemporâneo nas diversas áreas das Ciências Linguísticas.

Nesse sentido, é mister salientarmos que é o percurso histórico de uma disciplina científica um dos principais fatores que justificam as características atuais que a definem, tais como os seus princípios teóricos e os seus procedimentos metodológicos, porquanto a Ciência é uma prática de produção de conhecimento em constante desenvolvimento e reconstituição.

Desse modo, o texto resenhado constitui-se uma reflexão acerca dos aspectos gerais relacionados aos procedimentos científicos concernentes às Ciências da Linguagem, procedimentos que são práticas fundamentais das sociedades humanas contemporâneas e que embasam toda a prática educativa.

Na primeira seção, intitulada “O percurso do conhecimento”, Guimarães e Orlandi destacam dois aspectos a serem considerados no percurso do conhecimento científico que se apoiam na distinção entre “1) o que vem de uma ‘tradição’ de conhecimento” e “2) a introdução de novos elementos na reflexão”.

De acordo com os autores (p. 144), para nos estabelecermos num domínio de conhecimento, é necessário adquirir o saber acerca do que já se produziu nesse domínio, o que constitui o primeiro percurso. Em outras palavras, é preciso construirmos um saber caracterizado por um conhecimento produzido por outros, o que conduz à aquisição de uma erudição mínima num domínio de conhecimento.

Na prática pedagógica, isso implica obviamente que o professor de línguas precisa ter conhecimento aprofundado a respeito da abordagem sobre a qual se respalda a sua prática educativa, assim como um mínimo de conhecimento sobre as demais perspectivas teórico-metodológicas.

O segundo aspecto do percurso concerne à necessidade de se produzir conhecimento novo sobre um domínio de saber, algo imprescindível para todos que se dedicam aos estudos das Ciências e se relacionam com outros estudiosos. A produção de novos conhecimentos se torna mais viável a partir do saber já conhecido pelas Ciências às quais as pessoas se propõem a se dedicar.

A ênfase é que, muito mais que mero reprodutor de conhecimentos e discursos construídos por outrem, o professor deve incentivar os alunos a desenvolverem conhecimentos novos, mediante o incentivo à realização de estudos na área da linguagem, o que implica na necessidade de os alunos se dedicarem e dominarem a área de conhecimento que elegerem.

Na segunda seção do texto que discutimos, “Aprender a pesquisar”, Guimarães e Orlandi (2006, p. 144-145) apresentam os procedimentos relacionados à aquisição e à produção do conhecimento, isto é, à prática científica incentivada pelos professores desde a Educação Básica.

Para a produção de novo conhecimento, os autores (p. 144) ressaltam que o procedimento fundamental é o de fazer pesquisa. Para tanto é preciso que docente e discentes sigam alguns passos:

  1. escolher o assunto;
  2. nesse assunto, escolher uma questão que seja do interesse e (preferencialmente) que não tenha sido respondida ainda;
  3. adotar um ponto de vista teórico;
  4. assumir um ponto de vista metodológico;
  5. produzir a análise de materiais específicos relativos à questão escolhida com uma instrumentação própria da metodologia escolhida no domínio teórico escolhido; e
  6. interpretar os resultados face à teoria adotada e face ao objeto em questão.

É relevante salientarmos que tais passos estão interrelacionados à produção de conhecimento na medida em que produzir pesquisa pressupõe necessariamente a adoção de um paradigma pelo qual os estudos devem se orientar, haja vista que uma das características da Ciência é a sua definição a partir do apoio em um paradigma teórico.

Assim, a produção de conhecimento científico pressupõe a definição pelo estudioso de uma teoria à luz da qual um fenômeno será analisado, teoria que se vale de procedimentos metodológicos científicos próprios (métodos experimentais sistematizados). É nesse sentido que se torna forçosa a interrelação entre os passos anteriormente mencionados.

Na subseção “Alguns marcos na história”, Guimarães e Orlandi (2006, p. 146-151) abordam seis questões gerais de suma importância para o professor de línguas:

  1. a produção do conhecimento sobre a linguagem antes do advento da Linguística;
  2. a constituição da Linguística como disciplina científica;
  3. alguns percursos do estruturalismo;
  4. a relação entre a gramática e a mente;
  5. a conexão entre a Linguística e a sociedade; e
  6. a relação entre o linguístico, o social e o histórico.

Em linhas gerais, os autores tratam da primeira questão fazendo menção à Antiguidade, momento no qual a linguagem é considerada como parte da Filosofia, na Grécia. No âmbito filosófico, a ênfase se dá sobre os aspectos da significação, conduzindo o leitor ao estudo da estrutura do enunciado, enfoque que tem como objeto de estudo a relação entre linguagem e conhecimento. Segundo Guimarães e Orlandi (2006, p. 146), a adoção desse universo de pesquisa levou Platão a estabelecer a divisão entre as classes de palavras “nomes” e “verbos”, às quais foi acrescida uma terceira, “as partículas”, por Aristóteles.

A respeito dessa postura filosófica da Antiguidade, cujo objeto é a relação entre a linguagem e o conhecimento, é válido salientar que a história da Linguística Ocidental começa no confronto entre duas visões sobre a língua(gem):

  1. a língua(gem) como fonte de conhecimento e
  2. a língua(gem) como um simples meio de comunicação.

De acordo com Weedwood (2002, p. 24), a questão posta era: “a língua tem algum vínculo direto e essencial com a realidade, espiritual ou física ou é puramente arbitrária?”.

As implicações dessas visões são consideráveis, pois se a língua contém ou espelha a realidade, o seu estudo é um caminho possível para o conhecimento da realidade (eis a justificativa para a ênfase nos aspectos da significação). Contudo, se é arbitrária, nada de maior importância pode ser obtido com o seu estudo. O objetivo da Linguística é o entendimento da lingua(gem) e nada mais. Essa é a visão norteadora da prática científica de Saussure (1916), a consideração da língua em si mesma e por si mesma, suscitando uma série de estudos estruturalistas intensamente praticados durante o século XX que influenciaram diretamente o ensino das línguas, estudos pautados em regras gramaticais e classificações dos itens linguísticos.

Conforme Guimarães e Orlandi (2006, p. 146), fora da Filosofia, houve o desenvolvimento de outras formas de saber sobre a linguagem na Antiguidade, as quais se relacionam às artes (no sentido latino) ou às técnicas (no sentido grego). Disciplinas destinadas a ensinar como fazer algo. Trata-se da arte da Gramática e da arte da Retórica. Enquanto a primeira se apresenta como um modo de ensinar a ler e a escrever corretamente, a segunda é concebida como a arte de ensinar as técnicas de convencimento dos ouvintes por aquele com quem fala, o orador. Essa abordagem linguística, definidora da prática educativa até o final do século XX, justifica o ensino tradicional de línguas excessivamente pautado na memorização das regras gramaticais, haja vista o propósito de escrever e ler corretamente.

Ainda na Antiguidade, na Índia, o interesse religioso, ligado à conservação da pronúncia correta de textos religiosos, conduziu à prática de estudos rigorosos dos aspectos fonológicos do sânscrito, o que ocasionou na descrição bastante criteriosa dos sons da língua, encontrada na Gramática de Panini, precursor remoto dos estudos estruturalistas do século XX.

Os impactos dessa abordagem tradicionalista acerca da linguagem no ensino são óbvios. Uma prática educativa pautada na memorização de regras ortográficas e gramaticais, conforme salientado anteriormente, feito para a reprodução exaustiva de textos orais e escritos, estigmatizando todas as produções linguísticas que se desviassem do padrão culto, tanto na oralidade quanto na escrita.

Após versarem sobre a consideração da linguagem na Antiguidade, Guimarães e Orlandi (2006, p. 147-148) abordam a questão concernente à constituição da Linguística como disciplina científica, ocorrida no século XIX. Em linhas gerais, os autores situam tal disciplina nesse século, afirmando que o cenário era de uma concepção naturalista e histórica do conhecimento científico, fator gerador de uma prática linguística baseada na análise da mudança da língua mediante o método comparativo, por meio do qual seria possível reconstituir o passado das línguas europeias e asiáticas, estabelecendo as relações genealógicas entre as línguas, cerne do interesse dos linguistas da época.

Cabe enfatizar que foi precisamente a Linguística Comparativa, resultante do método comparativo, que desenvolveu uma metodologia de manipulação de dados linguísticos enquanto dados linguísticos. O próprio Franz Bopp (apud Faraco, 2005, p. 29), em sua Gramática comparada, afirmou que “as línguas de que se trata esta obra são estudadas por si mesmas, ou seja, como objeto, e não como meio de conhecimento”.

Adiante, Guimarães e Orlandi fazem uma abordagem sobre a Ciência da linguagem no século XX. Nesse período, diversas disciplinas se estabelecem de modo consistente e decisivo nos estudos da linguagem, com seus objetos e procedimentos específicos. O primeiro movimento definitivo diz respeito ao abandono do naturalismo dominante no comparatismo do século XIX, abandono que constituiu um movimento fundador dos estudos linguísticos do século XX e diz respeito ao Cours de Linguistique Gènèrale (1916) de Ferdinand de Saussure.

O propósito de Saussure no Cours é definir um objeto específico da Linguística, rompendo com a concepção comparativa, histórica e naturalista do século anterior. Não obstante Saussure reconhecer o caráter social da língua, concebe-a no Cours como um sistema homogêneo caracterizado pela forma e não pela substância. Para ele, o sistema linguístico é constituído de signos arbitrários que devem ser estudados sincronicamente para que a língua seja concebida como objeto de estudo científico.

As elucidações dos autores nos levam a considerar que é a concepção vigente do conhecimento linguístico a orientadora de toda a prática pedagógica de uma dada época, de modo tal que o professor se conduz pelo embasamento educativo da sua contemporaneidade. Estudar as línguas somente por si mesmas e como fenômeno arbitrário levou o docente de línguas à desconsideração do contexto social, político, histórico e ideológico nos quais acontece a enunciação linguística, enfocando o fenômeno linguístico sob a perspectiva de uma vertente que considera somente o componente estrutural, em detrimento do significado.

A seguir, os autores (p. 148-149) discutem brevemente sobre alguns percursos do estruturalismo, afirmando que, enquanto os estudos comparatistas foram renovados com o advento do pensamento saussuriano, os estudos sincrônicos buscaram incluir o sujeito no mundo linguístico, o que foi realizado por Benveniste (1966 apud Guimarães; Orlandi, 2006, p. 148). A partir da visão acerca da relação entre língua e sujeito, desenvolveu-se a Semântica Argumentativa de Ducrot (1973 apud Guimarães; Orlandi, 2006, p. 149), a qual considera que o fundamento do sentido são as relações retóricas marcadas na língua, de modo que falar é ser tomado por essas relações de argumentação.

Paralelo a esse tipo de trabalho, no campo do estudo da significação, houve a concepção dos atos de fala pela via da Filosofia Analítica Inglesa, vertente na qual se destaca Austin (1962 apud Guimarães; Orlandi, 2006, p. 149), para quem falar é fazer algo, uma concepção que se desenvolveu na Pragmática. Nessa área de estudo, o sentido é pensado como intenção do falante, fato que remete a um certo psicologismo, quando o sujeito da linguagem é tomado como dono de suas intenções, precedendo o seu próprio dizer.

Com essas contribuições da Linguística, a consideração do contexto de enunciação linguística, dos fatores sociais, históricos, pragmáticos, políticos e ideológicos começam a ser percebidos pelo professor e trabalhados nas aulas de Língua Portuguesa e línguas estrangeiras na Educação Básica no Brasil, mais especificamente no Ensino Médio, devido à maturidade dos alunos desse nível.  

A seguir, os estudiosos do texto resenhado (p. 149-150) apresentam as pesquisas que focaram sobre a relação entre a Gramática e a mente, salientando o trabalho de Noam Chomsky, que assumiu uma posição fundamental na Linguística do século XX. Chomsky (1957; 1965) pensou a língua na sua relação com o pensamento ou, mais especificamente, como expressão do pensamento. Essa prática de análise fez com que a Linguística se fundamentasse no cognitivismo e na área biológica.

Cabe ressaltar que, segundo a perspectiva chomskiana, a língua constitui-se própria do cérebro humano e, por isso, é necessário que o objeto da Ciência da linguagem seja a competência linguística, ou seja, as regras de formação de frases que um falante ideal tem por natureza e que refletem na materialização linguística, denominada pelo célebre linguista de desempenho.

Portanto, é imperativo considerar que a posição metodológica assumida por Chomsky se caracteriza como formal e lógica, haja vista que ele estudou a língua como um conjunto de regras de como formar frases. Por isso, o referido linguista situou a Ciência da linguagem novamente no campo biológico, dessa vez, a partir de uma concepção universal, contrastando com a comparação realizada no século XIX.

As consequências da influência de Chomsky para o ensino na área da linguagem foram drásticas, porque excludentes. Uma vez concebida a língua como um sistema de regras de formação de frases que um falante ideal tem por natureza e que se refletem na materialização linguística, o ensino se pautou na dicotomia entre “escrever certo x escrever errado”, “falar certo x falar errado”, de modo tal que todos os que não seguissem o padrão linguístico ideal eram estigmatizados pela sociedade e rotulados como “burros”, porque destituídos de pensamento lógico.

Essa postura educativa contribuiu para a estigmatização das classes economicamente desprestigiadas e sem escolarização, haja vista que o falante ideal tomado como modelo padrão era aquele que dominava a norma culta, tinha acesso à educação privada e provinha da classe economicamente prestigiada.

A próxima questão discutida por Guimarães e Orlandi (2006, p. 150-151) diz respeito à relação entre o linguístico e a gramática. Os autores abordam duas vertentes de pesquisa linguística que, originadas no século XX, relacionam a linguagem a elementos exteriores que a constituem. Uma das vertentes relaciona a linguagem à Antropologia e a outra, à sociedade. No caso da Antropologia, encontra-se Sapir, para quem a língua é parte da cultura de um povo e é assim marcada por essa cultura.

No que tange à sociedade, identifica-se a Sociolinguística quantitativa americana de Labov (1972), estudioso que se dedicou à análise da competência linguística e centrou-se na variação linguística, um posicionamento oposto ao movimento de universalidade de Chomsky. Quanto a isso, vale ressaltar que a concepção de Labov acerca da variação linguística se baseia na premissa segundo a qual a língua varia porque as condições de enunciação são também variáveis, haja vista que o sistema linguístico é constituído pela sociedade.

As contribuições de Labov para o ensino de línguas foram várias. Com uma série de estudos sobre a variação linguística, os docentes começaram a voltar a atenção para os dialetos, socioletos, idioletos etc., concebendo-os como fenômenos naturalmente linguísticos, respeitando-os e trabalhando-os em sala de aula, de modo a erradicar o preconceito linguístico, em voga até então.

A questão tratada pelos autores (p. 151) sobre a relação entre o linguístico, o social e o histórico dizem respeito à Análise do Discurso de linha francesa, último movimento na história dos estudos da linguagem do século XX. De um lado, há Foucault (1969 apud Guimarães; Orlandi, 2006, p. 151), no interior de um pensamento filosófico dedicado ao estudo da história, e de outro, o pensamento de Pêcheux (1969; 1975), que constitui a análise do discurso como modo de se poder pensar a determinação histórica e o político nos próprios processos de significação do dizer (no qual se constitui o sujeito).

Nesse paradigma, o objeto fundamental dos estudos é o discurso como objeto integralmente linguístico e integralmente histórico. Assim, “o discurso constitui um objeto próprio enquanto materialidade específica da ideologia e que tem, por sua vez, a língua como sua materialidade específica” (Guimarães; Orlandi, 2006, p. 151).

Essa perspectiva de estudo insere, portanto, a linguagem no centro da cena das Ciências Humanas e as contribuições para o ensino de línguas se deram à medida que, além de incorporar o componente social da linguagem à sua prática educativa, o professor voltou o seu olhar ainda mais para o extralinguístico, para a dimensão que subjaz o enunciado, considerando o social, o histórico, o político e o ideológico como instâncias que se refletem na materialidade linguística e que por isso não devem ser desconsiderados nos estudos da linguagem.

A seguir, a seção intitulada “A relação entre o simbólico e o político” constitui-se numa reflexão sobre a oposição entre o logicismo (ou o formalismo) e o sociologismo (e historicismo) relacionada à Linguística. Para os escritores (p. 152), em primeiro lugar, toda teoria é política, embora isso não venha explicitado em todas elas. Considerar esse aspecto das ciências nos abre uma visão muito particular para a reflexão sobre a própria história do conhecimento sobre a linguagem, à medida que nos viabiliza perceber os fatores históricos, políticos e ideológicos subjacentes a todo fazer científico e que impacta diretamente no ensino, conforme discutimos anteriormente.

Guimarães e Orlandi (2006, p. 152) salientam que o logicismo se opõe ao sociologismo por meio dos termos da antiga oposição entre natureza e convenção. O logicismo procura universais, com o propósito de enunciar leis e construir uma teoria gramatical, enfatizando a autonomia linguística, enquanto o sociologismo efetua uma descrição, fazendo um estudo empirista dos dados e toma o indivíduo o centro do concreto linguístico, tendência atual dos estudos linguísticos e do ensino de línguas no Brasil.

Por fim, na sexta e última seção, intitulada “Os embates das Ciências da linguagem”, os estudiosos promovem uma reflexão acerca das diferentes linhas do pensamento linguístico e concluem que se trata de linhas de reflexão permanentes e concomitantes, e não substitutivas.

Assim, o texto analisado configura-se uma fonte de conhecimento imprescindível para o estudioso da linguagem e para o docente de línguas. Para o primeiro, a relevância está em dois sentidos: elucidar sobre os procedimentos concernentes à produção da ciência, discutindo a relação necessária entre teoria, método e objeto de análise; e enfocar as diversas linhas de reflexão científica sob as quais a linguagem humana foi e tem sido estudada e que constituem a Linguística contemporânea.

Para o docente de línguas, o trabalho de Guimarães e Orlandi (2006) é de suma relevância à medida que elucida a influência dos pressupostos teóricos-metodológicos das Ciências da Linguagem ao longo do tempo no ensino de língua materna e línguas estrangeiras, ampliando a percepção do professor acerca do seu objeto de estudo e trabalho e instigando-o à reflexão sobre a sua própria prática educativa.

Referências

CHOMSKY, A. N. Syntactic Structures. Mouton: The Hague, 1957.

______. Aspects of the theory of syntax. Cambridge: The MIT Press, 1965.

FARACO, C. A. Estudos pré-saussurianos. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (orgs.). Introdução à linguística 3 – fundamentos epistemológicos. São Paulo: Cortez, 2005. p. 27-52.

GUIMARÃES; E.; ORLANDI, E. P. O conhecimento sobre a linguagem. In: NUNES, J. H.; PFEIFFER, C. C. (orgs.). Introdução às Ciências da Linguagem – linguagem, história e conhecimento. Campinas: Pontes, 2006. p. 141-157.

LABOV, W. The transformation of experience in narrative syntax. In: ______. Language in the inner city. Filadélfia: University of Philadelphia Press, 1972.

PÊCHEUX, Michel. Análise automática do discurso. In: GADET, F.; HAK, T. (orgs.). Por uma análise automática do discurso. Campinas: Ed. Unicamp, 1990. p. 61-161.

______. Semântica e discurso. 3ª ed. Campinas: Ed. Unicamp, 1997.

SAUSSURE, F. de. Cours de Linguistique Générale. Paris: Payot, 1916.

WEEDWOOD, B. História concisa da Linguística. Trad. Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2002.

Publicado em 30 de agosto de 2022

Como citar este artigo (ABNT)

PEIXOTO, Cleiliane Sisi. Resenha do texto “O conhecimento sobre a linguagem”. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, nº 32, 30 de agosto de 2022. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/32/resenha-do-texto-ro-conhecimento-sobre-a-linguagemr

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