O ensino de estudantes com síndrome de Down no contexto da pandemia da covid-19

Nathália Villela Peres dos Santos

Pós-graduanda em Docência do Ensino Básico: Ênfase em Educação Inclusiva e Especial (IFMG), licenciada em Geografia (UERJ)

Claudia Maria Soares Rossi

Mestre em Educação (UFLA), pedagoga, técnica em assuntos educacionais (IFMG)

A pandemia da covid-19 trouxe uma série de mudanças repentinas e significativas para o ambiente escolar. No que tange ao processo de abordagem pedagógica, as aulas passaram a acontecer de forma híbrida ou remota, o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) voltadas para a educação, tornaram-se cada vez mais recorrentes, a interação professor-aluno foi modificada pelo distanciamento social e a presença familiar, no auxílio das atividades, se tornou cada vez mais necessária.

Em meio a tais mudanças se encontram os estudantes deficientes, como aqueles com síndrome de Down, que tinham um acompanhamento escolar presencial e conviveram, ao longo de dois anos, com essa nova realidade de um ensino à distância.

Contudo, todas essas mudanças repentinas impostas à nossa sociedade evidenciam, cada vez mais, as fragilidades existentes no sistema educacional brasileiro, sobretudo em relação à Educação Especial sob a perspectiva inclusiva nas questões de acessibilidade, igualdade e inclusão.

Nesse sentido, surge a necessidade da pesquisa sobre como ocorreu o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes com síndrome deDown durante a pandemia, sob o olhar do professor. Quais foram as dificuldades e os desafios? Quais estratégias foram adotadas para fomentar a inclusão?

Metodologia

A presente pesquisa foi elaborada a partir da metodologia qualitativa de revisão de literatura, com a utilização de textos que tratam sobre o assunto, assim como a elaboração de um questionário online, auto aplicado, na plataforma Google Forms, no período de janeiro a março de 2022, com a participação de dez professores da Educação Básica de ensino do município de São Gonçalo-RJ, com base na análise de diferentes opiniões dos indivíduos participantes da pesquisa a fim de compreender a complexidade do fenômeno em estudo.

Síndrome de Down: uma especificidade dentro da Educação Inclusiva

A escola é um lugar que recebe estudantes com diferentes tipos de necessidades especiais. Ao serem inseridos nesse ambiente, diversas questões devem ser levantadas e debatidas para que a inclusão desses estudantes seja realizada de forma efetiva a partir do conhecimento de suas características e especificidades dentro de cada tipo de deficiência, como no caso da síndrome de Down.

A síndrome de Down ou trissomia do 21 se constitui em uma alteração genética no par de cromossomos de número 21, com um cromossomo extra no núcleo. Por ser uma alteração genética, a síndrome não é considerada uma doença, já que o indivíduo que tem essa necessidade especial possui plenas condições de se desenvolver e ter uma boa qualidade de vida (FCSD, 1996).

Anualmente, nascem mais de 6 mil bebês com síndrome de Down nos Estados Unidos, e alguns milhares mais em outros países. Essa síndrome ocorre igualmente em meninos e meninas. É um dos defeitos congênitos mais comuns, apresentando-se em todas as raças, grupos étnicos, classes socioeconômicas e nacionalidades. Pode acontecer a qualquer pessoa (Kozma, 2007, p. 15).

De acordo com Cardoso e Santos (2014), algumas alterações são acarretadas ao indivíduo que possui esta síndrome, tais como: características fenotípicas semelhantes, atraso no desenvolvimento motor, dificuldade nas articulações, dificuldade na fala, que podem ser acompanhadas por diversos outros problemas funcionais (oftalmológicos, cardiovasculares, respiratórios, auditivos, gastrointestinais, excesso de peso, dentre outros).

No entanto, a principal característica da síndrome deDown é a deficiência intelectual leve ou moderada. A criança, desde cedo, apresenta um baixo desenvolvimento intelectual, não respondendo às demandas sociais devido às suas limitações físicas, psicológicas e sensório-motoras, percebidas principalmente no início da vida escolar, fase em que “costumam aparecer dificuldades relacionadas com conteúdos escolares e problemas de comportamentos dentro do convívio escolar” (Cardoso; Santos, 2014, p.4).

Dentre as características frequentes que podem ser percebidas na fase escolar estão: aprendizagem lenta, memória curta, cansaço rápido, perda da atenção com facilidade, curiosidade limitada, pois por vezes não conseguem realizar um tipo de atividade sozinho ou solucionar novos problemas, rejeição às atividades que não despertam interesse etc.

É nesse contexto que a escola se constitui como um espaço de extrema importância para um aluno com síndrome de Down. Ela funciona como um dos espaços em que poderá desenvolver a aprendizagem, a criatividade, a autonomia, as habilidades motoras, cognitivas, emocionais e de interação com o meio social no qual está inserido (Silva, 2021). Assim, a partir do conhecimento das características da deficiência e das singularidades em cada indivíduo é possível ao professor proporcionar ao aluno uma aprendizagem mais efetiva, mediante a estimulação precoce, respeitando o seu ritmo, as suas limitações e o seu tempo.

A inclusão escolar: dificuldades e desafios

Quando falamos de Educação Inclusiva, nota-se a percepção das pessoas de que se trata da Educação Especial. Segundo Braga (2012), a Educação Especial diz respeito ao atendimento de pessoas com deficiências em instituições especializadas e a Educação Inclusiva é o processo de inserção deste grupo nas redes de Ensino Regular, como um todo.

No Brasil, a Educação Inclusiva destinada a incluir crianças com deficiência no Ensino Regular tem como base a Constituição Federal de 1988, que garante a igualdade de direitos para todos (Art. 5º). Em seu Art. 205, trata do direito de todos à educação, visando “o desenvolvimento integral da pessoa, sua preparação para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Brasil, 1988). De acordo com o Art. 206, §1, um dos princípios de ensino é "igualdade de condições de admissão e duração da escola" (Brasil, 1988).

A ideia de uma Educação Inclusiva teve impulso por volta dos anos noventa, por meio da criação de um documento na Espanha em 1994, elaborado pela Conferência Mundial de Educação Especial chamado Declaração de Salamanca, documento sobre princípios, política e práticas na área das necessidades educativas especiais.

A elaboração desse documento teve como principal objetivo formular diretrizes básicas para a criação e/ou reformulação de princípios, políticas e práticas educacionais, considerando a escola como um espaço multiplural, onde a aprendizagem é realizada de forma conjunta entre as crianças, independentemente de qualquer diferença existente entre elas.

Além disso, o documento faz ressalvas também no que diz respeito ao direito à educação; ao acesso às escolas regulares e manutenção de um nível aceitável de aprendizagem; às características próprias de cada criança; à adequação do currículo, recursos e práticas pedagógicas; ao combate de atitudes discriminatórias; a participação familiar e da comunidade, dentre outras questões.

Nessa perspectiva de inclusão e influenciados pela Declaração de Salamanca, nos deparamos com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) no Brasil, na qual o MEC estabelece alguns objetivos legais que devem ser assegurados pelo governo brasileiro quanto à Educação Especial, pela Lei nº 9.394/96:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.

2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular.

3º A oferta da Educação Especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a Educação Infantil.

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder público.

Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.

Ao analisarmos o contexto social e escolar atual, observamos que muitos dos objetivos propostos pelo MEC não foram concretizados. Nessa perspectiva, a escola atual é um ambiente complexo, vivenciado por realidades muito distintas.

As crianças com deficiências encontram muitas barreiras físicas ou mesmo pedagógicas, que prejudicam a sua inserção social e seu processo educativo. Dentre essas dificuldades, a falta de professores capacitados e apoio especializado, a ausência de recursos e materiais didáticos que contemplem as especificidades de cada transtorno e a falta de estrutura física das escolas. Segundo Mantoan (1997, p. 8), o processo de inclusão exige da escola novos recursos de ensino-aprendizagem, concebidos a partir de uma mudança de atitudes dos professores e da própria instituição, reduzindo todo o conservadorismo de suas práticas, em direção de uma educação verdadeiramente interessada em atender às necessidades de todos os alunos.

Nessa lógica, quando nos referimos a uma educação para pessoas com síndrome de Down, esse ensino vai muito além do conhecimento de conceitos e conteúdos das diversas disciplinas escolares, mas se constitui um ensino voltado para o pensamento de concepções metodológicas que venham possibilitar uma autonomia aos estudantes. Portanto, o professor assume um papel de responsabilidade, pois dependendo da sua forma de agir com o aluno, ele pode influenciar de forma positiva ou negativa no processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Cardoso e Santos (2014), o professor deve estimular os alunos oferecendo possibilidades e respeitando as suas limitações.

Logo, “a formação continuada de professores por meio de cursos de extensão e/ou aperfeiçoamento e especialização constituem-se como uma forma de renovação das práticas pedagógicas e atualização dos conhecimentos” (Cardoso; Santos, 2014, p. 6).

Dentre as diferentes formas de ensino, encontra-se a elaboração de estratégias, recursos e atividades que não se restringem à sala de aula. Essas metodologias devem ser realizadas de forma que permitam aos alunos o contato com a natureza, os animais, os seres humanos, ou seja, o conhecimento dessa relação. Dessa forma, a elaboração de “atividades que requeiram um maior contato com a relação espaço/tempo reforça a inteligência, amplia o conhecimento do espaço por onde se movimenta e aguça a curiosidade em relação ao tempo em que as ações ocorrem” (Castro; Pimentel, 2009, p.305).

Outro fator importante está relacionado à linguagem. Segundo Castro e Pimentel (2009), a linguagem está diretamente relacionada à inteligência, pois são justamente as dificuldades das articulações dos elementos bucais que culminam no atraso do desenvolvimento de sons que implicam diretamente na fluência da linguagem. Para tanto é necessária a estimulação externa, por intermédio da criação de situação que coloque o aluno como sujeito ativo desta comunicação.

Além disso, os autores ainda ressaltam que

a troca interativa com pessoas mais experientes é de suma importância, pois permite que a criança observe como as palavras são articuladas, como é feita a classificação das coisas, pessoas, objetos e animais e isso contribui para o seu entendimento do que ouve ou vê. Isso gera aos poucos um amadurecimento no raciocínio, melhorando a persistência nas ações cognitivas e motoras, tanto relativas à fala, quanto à escrita (Castro; Pimentel, 2009, p. 306).

Portanto, há a necessidade de uma convivência inclusiva em diferentes lugares e com diferentes pessoas para a criança com síndrome de Down, pois ela contribui de forma positiva em diversas áreas do desenvolvimento educacional.

Educação Inclusiva no contexto da pandemia da covid-19

As fragilidades da Educação Básica no Brasil já são percebidas há tempos e são constantemente evidenciadas pelos estudiosos da educação. Com o aparecimento do covid-19, estudantes de todo o país iniciaram os seus estudos pelo ensino remoto, determinado pela Portaria nº 544/20, distante do espaço físico da escola, por meio da internet (Brasil, 2020), o que evidenciou a sua insuficiência já que nem todos foram contemplados (Santos; Bortoluzzi; Ghisleni, 2022). Quando olhamos para a educação sob a perspectiva inclusiva, essas fragilidades tornam-se ainda maiores, não somente pela questão do acesso, mas também na questão metodológica do processo de ensino-aprendizagem.

Como se sabe, os alunos com síndrome de Down precisam de um acompanhamento presencial para que suas necessidades sejam supridas de forma satisfatória e que suas habilidades e potencialidades sejam desenvolvidas do mesmo modo. Contudo, por serem pessoas que estão dentro do quadro de comorbidades para a nova doença que se propagou em escala mundial, mais do que nunca esses indivíduos necessitavam do distanciamento social. Mas eis que surgem os questionamentos: “Como ficou o processo de ensino-aprendizagem dessas pessoas?”, “Quais metodologias foram adotadas para que as necessidades individuais de cada estudante fossem supridas?”, “Como desenvolver as habilidades de forma virtual?” e “Quais foram as dificuldades e os desafios para o docente?”.

Para tanto foi realizado um questionário online autoaplicado na plataforma Google Forms, no período de janeiro a março de 2022, com dez professores da Educação Básica de ensino do município de São Gonçalo-RJ, para obter informações sobre o uso do ensino remoto para estudantes com síndrome de Downcom as seguintes perguntas:

  1. Sua escola possui política de inclusão? Como funciona?
  2. Você fez capacitações e/ou especialização em Educação Inclusiva e Especial?
  3. Você trabalha ou já trabalhou com estudantes com síndrome de Down durante o período pandêmico?
  4. Como ocorreu o processo de ensino-aprendizagem durante a pandemia?
  5. Que metodologias foram adotadas para que as necessidades individuais dos estudantes fossem supridas?
  6. Como foi desenvolver as habilidades de forma virtual?
  7. Quais foram as maiores dificuldades e os desafios?

Resultado e discussão

Os dados observados a partir do questionário mostram que os dez professores de crianças com síndrome de Down, durante a pandemia, possuíam algum conhecimento acerca da Educação Inclusiva e Especial e que as escolas adotavam uma política de inclusão (questões 1 e 2, respectivamente). Contudo, quando questionados sobre o funcionamento dessa inclusão, em pergunta aberta, a maioria respondeu que a escola não oferece subsídios necessários para promover uma inclusão de qualidade e não contam com profissionais de apoio. A inclusão é de responsabilidade exclusiva do professor regente da turma.

A pesquisa observou também que o processo de ensino-aprendizagem, durante a pandemia, ocorreu com dificuldades (questão 4), sobretudo pela falta de acesso aos meios de comunicação pelos discentes, culminando, muitas das vezes, na contratação de outros profissionais da educação para atendimento domiciliar de forma particular para atender às necessidades do educando.

O processo durante a pandemia foi bastante dificultoso, pois boa parte dos discentes não tiveram acesso de forma regular nos meios de comunicação. E o corpo docente em conjunto com a coordenação pedagógica está buscando estratégias para a diminuição nas distorções provenientes da ausência desses alunos durante as aulas remotas e híbridas (Professor 01).

Ocorreu de forma domiciliar, onde os pais tiveram que me contratar de forma particular para atender as necessidades do educando (Professor 03).

Em relação às metodologias (questão 5) foram utilizados jogos, brincadeiras e atividades que desenvolvem a parte socioespacial, a partir do virtual. Contudo, o desenvolvimento das habilidades e potencialidades foi prejudicado, pois muitos estudantes se ausentaram das aulas virtuais que, em alguns casos, sequer fora estabelecida virtualmente.

As metodologias que estão sendo utilizadas neste momento neste primeiro processo é avaliar o grau de distorção que este aluno acabou produzindo durante a pandemia. Em seguida buscamos potencializar materiais elaborados que possam inserir o aluno como o desenvolvedor em seu processo de aprendizagem. Muitos dos alunos não são alfabetizados e possuem dificuldades cognitivas que impossibilitam uma complexidade de materiais em forma de questionários. O conhecimento a ser transmitido ao estudante é sempre voltado para o seu desenvolvimento socioespacial dentro e fora da sala de aula (Professor 06).

As metodologias de ensino foram pautadas através de jogos e brincadeiras para que a aprendizagem se estabelecesse de forma mais prazerosa e significativa (Professor 09).

Destarte, entre as dificuldades e os desafios enfrentados (questões 6 e 7), percebe-se que a comunicação foi a dificuldade mais evidenciada pelos docentes e os desafios foram a busca de estratégias para fomentar a aprendizagem de forma virtual e a busca pela percepção desse desenvolvimento fora da rotina escolar.

Considerações finais

A Educação Inclusiva é um meio para alcançar a inclusão social. A escolaridade de pessoas com síndrome de Down é elemento decisivo, principalmente durante a estimulação inicial. Nesse sentido, o trabalho do professor requer prática com atividades cotidianas, especialmente no desenvolvimento das interações. Para isso, profissionais especializados devem ser estimulados a promover maior desempenho e desenvolvimento educacional aos educandos com síndrome de Down.

Dentre as adaptações necessárias para efetivação desse processo, os professores que participaram desta pesquisa julgam a necessidade da realização de adequações metodológicas, nas práticas pedagógicas e comunicativas, para um melhor desenvolvimento do ensino. Também observaram que durante a pandemia da covid-19, fragilidades educacionais foram evidenciadas e se constituíram como um dos grandes desafios a ser superado na Educação Inclusiva. É importante sinalizar que se evidencia a falta de apoio das instituições para que uma efetiva política de inclusão escolar seja cumprida.

Aponta-se a importância da presença de profissionais especializados para dar suporte aos professores, seja para confecção e adaptação dos recursos, materiais didáticos e estratégias de aprendizagem, como para atender às necessidades pessoais de cada educando.

Nota-se, a partir das falas dos docentes, que a dificuldade de acesso às tecnologias de informação e à comunicação, sem dúvida, foram fatores que atingiram o desenvolvimento dos discentes com síndrome de Down. Por conseguinte, o novo desafio pós-pandemia, é buscar a recuperação escolar de alunos com Down, para que eles possam avançar no desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades individuais.

Referências

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Publicado em 22 de novembro de 2022

Como citar este artigo (ABNT)

SANTOS, Nathália Villela Peres dos; ROSSI, Claudia Maria Soares. O ensino de estudantes com síndrome de Down no contexto da pandemia da covid-19. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, nº 43, 22 de novembro de 2022. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/43/o-ensino-de-estudantes-com-sindrome-de-down-no-contexto-da-pandemia-da-covid-19

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