Pibid de Ciências Biológicas: abordagem do tema solo no Ensino Fundamental

Daniela Santos de Carvalho

Licencianda de Ciências Biológicas (UFTM)

Gabryelle Mendonça Campos

Licencianda de Ciências Biológicas (UFTM)

Cristiane Monteiro dos Santos

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais (UFU)

Catarina Teixeira

Mestra e doutora em Educação (Unesp), docente da UFTM

O ensino de Ciências é de fundamental importância para formação de cidadãos críticos e para desenvolver a capacidade de interpretar o mundo à sua volta. Nessa perspectiva, as atividades desenvolvidas nas escolas têm um papel importante na construção desses conhecimentos (Santos et al., 2015).

Entretanto, a pandemia da covid-19 abalou a todos, de modo inesperado, por conta das medidas sanitárias e do distanciamento social. Um dos setores mais afetados foi o educacional, de modo que as atividades pedagógicas presenciais foram suspensas e os órgãos reguladores nacionais indicaram a continuidade do semestre letivo, por meio de atividades remotas (Rondini; Pedro; Duarte, 2020).

Com isso, o ensino passou a ser remoto e buscou ofertar temporariamente conteúdos curriculares desenvolvidos presencialmente, utilizando programas que possibilitam transmissões em tempo real, aulas gravadas, atividades e trabalho em plataformas online (Rondini; Pedro; Duarte, 2020).

Por conseguinte, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), trabalhou métodos que aderissem a essa situação e à realidade de quem vive em seu lar.

É válido ressaltar a presença de alunos com dificuldades financeiras em manter a internet e a falta de equipamentos tecnológicos para as atividades remotas realizadas pelo Pibid de Ciências Biológicas. Dessa forma foi analisada a realidade e, com isso, elaborado o projeto Kit Ciências: Meu Laboratório, Minha Casa, que abordava vários temas em Ciências e os alunos puderam desenvolver atividades em suas casas.

O projeto Kit Ciências foi realizado no primeiro semestre de 2021 e os alunos receberam os materiais e roteiros em casa para realizarem as atividades estimuladas pelo Pibid durante a pandemia, que contribuíssem com os temas que abordados durante as aulas remotas síncronas no segundo semestre de 2021.

Além disso, o Kit Ciências foi um projeto destinado aos alunos que participavam do Pibid, projeto cujo intuito era o de inserir os alunos em práticas experimentais, fora do âmbito escolar, durante a pandemia do covid-19, com diversos temas, roteiro explicativo e observação.

Dentre os temas trabalhados no projeto Kit Ciências: Meu Laboratório, Minha Casa, abordou-se o tema solo. Trabalhar essa temática na educação é importante para salientar que este é o sustentáculo da vida e que todos dependem dele, direta e indiretamente. Além disso, é relevante apresentar como o solo é formado e quais elementos da natureza participam desse desenvolvimento (Lima; Lima, 2007).

O solo e os seres vivos que o integram têm papel importante na manutenção ambiental, por isso se faz necessária à sua preservação para a manutenção da vida e para a conservação dos seres humanos e do planeta (Lima et al., s/d).

Com isso, este trabalho teve como objetivo relatar a atividade sobre o tema solo realizada pelo Pibid de Ciências por meio do projeto Kit Ciências: Meu Laboratório, Minha Casa. Além disso, abordar como o tema solo pode ser trabalhado na Educação Básica, evidenciando o processo de ensino-aprendizagem.

A importância do tema solo no ensino de Ciências

Segundo Villas-Boas e Moreira (2012), o solo não é compreendido adequadamente nos estudos ecológicos e nem o seu papel importante para o ecossistema.

A maioria da sociedade não sabe a importância do solo e isso ocasiona a sua degradação. Como consequência dessa negligência, observam-se problemas ambientais, tais como, erosão, poluição, deslizamentos, assoreamento de cursos de água etc. (Muggler; Pinto Sobrinho; Machado, 2006). Os autores enfatizam que a educação é um importante recurso para despertar no ser humano a importância de a sociedade compreender a relação do homem com a natureza.

Para isso é necessário que a Educação Básica forneça subsídios para que o indivíduo construa seu pensamento em busca dessa reversão ou da diminuição do uso desenfreado do solo. Por meio do conhecimento do funcionamento do solo, o aluno será capaz de perceber as inúmeras funções que ele realiza para garantir a nossa vida e, assim, podendo contribuir para a qualidade e preservação do solo (Zanellato, 2015).

Trabalhar o solo no Ensino Básico é de grande relevância, pois possibilita um melhor entendimento sobre o tema e até mesmo o despertar da consciência sobre o melhor uso por parte de todos, com o intuito da preservação (Lima, 2005).

Metodologia

O presente trabalho iniciou com a montagem de um kit de Ciências para os alunos da Escola Municipal Professora Terezinha Hueb de Menezes (EMPTHM), participantes do Pibid de Ciências da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), câmpus Uberaba/MG.

O kit de Ciências tinha algumas atividades com diversos temas. Na atividade sobre solo, havia materiais para se realizar a experimentação sobre erosão do solo. Os materiais disponíveis no kit são: lápis grafite preto e colorido, borracha, cartolina, caderno para diário de bordo, terra com sedimento para plantar, grama para ser plantada, serrapilheira, bandejas feitas de caixas de leite, garrafas pet cortadas ao meio e barbante e as instruções para realizar o experimento.

De início os alunos deveriam ler o roteiro contendo texto explicativo sobre erosão do solo, assoreamento, a importância da vegetação para o solo e recursos hídricos, ciclagem de nutrientes e serrapilheira. Após a leitura, os alunos começaram a montar o experimento e realizar a experimentação. É válido ressaltar que os alunos receberam o kit em casa, contendo o material descrito para realizar a atividade, durante e após a realização do experimento e os alunos registraram tirando fotos.

Com isso, após a realização do experimento os alunos tiveram que responder dezoito perguntas relacionadas às observações do resultado do experimento, sobre a importância da cobertura vegetal para o solo e como eles se sentiram realizando o experimento:

1) Após realizar a atividade, compare o que acontece em cada solo do experimento (bandeja 1, 2 e 3).
2) Diferencie também o aspecto da água que caiu nos recipientes de garrafa pet, como diferença em coloração, quantidade, aspecto e outros dos 3 recipientes.
3) O que contém na água de cada recipiente?
4) De acordo com o que ocorreu em cada recipiente, qual a importância da vegetação no solo?
5) O que contém no saquinho de serrapilheira?
6) Qual a importância da serrapilheira para o meio ambiente?
7) Explique a ciclagem de nutrientes.
8) Qual a importância da ciclagem de nutrientes?
9) Faça um desenho do que você observa no APP de Uberaba no diário de bordo. (Não esqueça de colocar o endereço do APP que você observou).
10) No APP você observa erosões?
11) No APP há indício de assoreamento? Quais?
12) Nesse local há muita interferência da comunidade? Quais foram observados?
13) O que você observa no solo do APP? Há serrapilheira? Muito resíduos sólidos (lixo)? Detalhe o que você observa no solo.
14) Você considera essa atividade importante? Por quê?
15) Você encontrou dificuldade em realizar a atividade? Explique.
16) Essa atividade tem alguma relevância para sua vida ou para a comunidade? Por quê?
17) Você considera essa atividade interessante para ser trabalhada nas escolas? Explique sua resposta.

Após os alunos realizarem o experimento e responderem às perguntas, foi realizado um encontro síncrono sobre formação do solo. Antes do encontro foram disponibilizadas aos alunos algumas perguntas, para levantarmos o conhecimento prévio de cada um em relação à temática da formação do solo.

O encontro síncrono foi realizado por meio do Google Meet pela necessidade de distanciamento social e quarentena devido à pandemia da covid-19. Durante o encontro foi apresentado e explicado o conteúdo por meio da apresentação de slides desenvolvidos no PowerPoint como ferramenta visual e quatro vídeos, o primeiro vídeo sobre a ligação química dos minerais com breve explicação sobre ligação iônica, covalente e metálica, o segundo sobre os minerais, o terceiro sobre as características e os tipos de rochas; e o último vídeo foi sobre solo.

Durante o encontro síncrono foram abordados os seguintes conteúdos:

  1. Hipótese de como a Terra se formou;
  2. As camadas da Terra;
  3. O que são minerais;
  4. Como são formados os minerais;
  5. O que são rochas;
  6. Como as rochas são formadas;
  7. Tipos de rochas;
  8. O que é intemperismo;
  9. Como ocorre o processo de formação do solo.

Por fim, após a discussão do conteúdo, foram elaborados dois jogos na plataforma Wordwall, na qual os alunos jogaram. Um jogo foi a palavra ausente com intuito de melhor compreensão do conteúdo abordado e outro sobre encaixar o nome correto das camadas da Terra. O jogo teve como objetivo avaliar o conteúdo de forma lúdica, o conteúdo exposto para os alunos e serviu de feedback sobre a sua compreensão.

Ao final do trabalho foram analisadas as fotos disponibilizadas pelos alunos do experimento, suas respostas ao questionário, a participação dos alunos no encontro síncrono e os jogos aplicados.

Resultados e discussões

A atividade sobre o tema solo foi realizada com os alunos da Escola Municipal Terezinha Hueb de Menezes, da cidade de Uberaba/MG, com a idade de 12 e 13 anos.

Para a realização da atividade, inicialmente os alunos realizaram um experimento, no qual tinha um roteiro explicativo os alunos poderiam realizar o experimento seguindo o passo a passo (Figura 1) no roteiro, com imagens e explicação. Salientamos que o material para realizar a experimentação estava no kit de Ciências que os alunos recebem em casa. Na bandeja 2, adiciona-se o solo com os restos dos vegetais mortos.

Figura 1: Roteiro para realizar o experimento

A partir do roteiro, os alunos conseguiram realizar a montagem para a realização do experimento (Figura 2).

Figura 2: Montagem dos experimentos pelo aluno

Fonte: Fotos da discente da escola EMPTHM participante do Pibid.

A partir da prática realizada pelos alunos, da análise das fotos que alunos enviaram e das discussões no encontro síncrono por meio do Google Meet foi possível observar, por meio das respostas dos alunos, que eles conseguiram compreender a importância da vegetação para o solo.

Logo, ao serem questionados, durante o encontro, se conseguiram observar a importância da vegetação para o solo, os participantes responderam que a vegetação não deixa a água sair muito suja, ou seja, a água sai mais limpa, mostrando um benefício para a proteção do solo. Além disso, também consideraram a atividade importante, porque aprenderam sobre o solo e sobre a natureza.

Dessa forma, o experimento sobre o solo proporcionou aos alunos a consciência de que são seres ativos no processo da aprendizagem. Esse trabalho corrobora com Lima (1993) que enfatiza que a educação sobre o solo no Ensino Fundamental deve conter experiências concretas que levem o estudante à construção gradativa do conhecimento, a partir de um fazer científico, levando em conta a vinculação da Ciência ao seu significado político, social e cultural.

Portanto, o experimento teve o objetivo de possibilitar que os estudantes tivessem autonomia na própria aprendizagem a partir das observações e montagem da atividade. Diante disso, observamos que conseguiram identificar, por meio das respostas e das fotos, a importância da vegetação para o solo.

No encontro sobre a formação do solo foi disponibilizado um formulário com algumas questões abertas e fechadas, criado no Google Forms três dias antes da apresentação, para entender sobre o conhecimento dos participantes acerca do assunto a ser abordado.

No formulário foi perguntado se os alunos pensam como o planeta Terra se formou. 100% dos entrevistados responderam que sim. Em seguida foi questionado se sabiam como o planeta Terra se formou e os alunos responderam que compreendiam um pouco. Assim, questionou-se sobre as camadas da Terra e todos escreveram corretamente as camadas. O planeta é formado por núcleo, manto e crosta, sendo o núcleo interno sólido devido à grande pressão exercida sobre ele, o núcleo externo líquido, o manto composto de rochas fundidas pastosa e líquida e a crosta foi resfriada devido à temperatura ambiente ser menos exacerbada (Grotzinger; Jordan, 2013).

Quando questionado se sabiam o que são os minerais, todos responderam que sabiam, mas quando questionados se sabiam como os minerais são formados, eles assinalaram a opção cristalização e metamorfose apenas, confirmando que não entendiam muito sobre os minerais, pois segundo Grotzinger e Jordan (2013), os minerais são substâncias de ocorrência natural, sólida, cristalina, geralmente inorgânica e com uma composição química específica, podendo ser formados em diversos ambientes de forma natural no ambiente.

Depois, perguntou-se sobre quais os tipos de rochas e os alunos selecionaram as ígneas/magmáticas, as sedimentarias e as metamórficas, acertando e confirmando que havia um conhecimento básico sobre o tema, mas houve necessidade de reforçar sobre os minerais, pois de acordo com Grotzinger e Jordan (2013), os minerais fazem parte da constituição das rochas e precisam ser preservados por serem um recurso natural que demora para ser desenvolvido no ambiente.

Os alunos foram questionados sobre intemperismo e selecionaram o químico, físico e biológico, confirmando que possuíam um conhecimento fundamental sobre o tema, sendo o intemperismo formador nos desgastes das rochas, a saber, químico, físico e biológico, tendo no seu processo final a formação do solo (Grotzinger; Jordan, 2013).

É válido destacar que os conhecimentos prévios são importantes para obter novos saberes, advindos das relações que o sujeito estabelece ao longo da vida, de acordo com o seu meio social e cultural, se desenvolvendo como sujeito (Feijó; Delizoicov, 2016).

Dessa maneira, ao analisar os conhecimentos que os participantes possuíam em relação às temáticas perguntadas no questionário, a saber, sobre a formação do solo, os minerais e as rochas (gráfico 1), obtemos os seguintes dados:

Gráfico 1: Análise das respostas dos participantes no questionário

Verificamos que os participantes tinham bastante conhecimento sobre a formação do planeta com 90%, 80% que disseram saber sobre a formação do solo com 50% que compreende a formação e os tipos de rochas e 90% que não possuem nenhum conhecimento em relação aos minerais.

É de grande valia realizar o levantamento do conhecimento prévio dos alunos, pois assim o professor deixa de ter a imagem de detentor do saber e o conteúdo passa a ter significado para os educandos, sendo abordadas as maiores dificuldades dos alunos, o que os instiga a terem interesse pelo tema.

Ressaltamos que, durante o encontro, além do questionário e das explicações relacionadas ao tema, os participantes demonstraram interesse pelo tema, pois realizaram algumas perguntas, dentre elas, perguntaram se o ferro utilizado nas casas é o mesmo extraído do solo. O ferro é um produto originado do mineral extraído, porém cada objeto tem a sua própria composição, podendo ser ou não de ferro puro (Carvalho et al., 2014).

Também foi perguntado sobre o vulcanismo, se a lava não para e se existe vulcão no Brasil. Segundo Souza (s.d.), as lavas param com os obstáculos e em algum momento a atividade vulcânica cessa. No Brasil temos vulcões, porém não há vulcão ativo.

Durante o encontro, os alunos assistiram a quatro vídeos disponíveis no YouTube, filmes sobre a ligação química, para melhor compreender as ligações ordenadas e organizadas dos átomos para a formação de minerais, sobre os minerais, sobre as rochas e sobre a formação do solo, para melhor compreensão do tema. É válido ressaltar que a utilização de imagens e filmes são estratégias de ensino que facilitam o processo de ensino-aprendizagem e auxiliam grandemente na formação de conceitos científicos na área de Biologia (Almeida; Schimin, 2017).

Arroio e Giordan (2017) também ressaltam a importância de usar filme ou programa multimídia, pois não se trata de uma simples transmissão de conhecimento, mas sim da aquisição de experiências de todo o tipo, como conhecimento, emoções, atitudes, sensações etc. Dessa forma, o produto audiovisual pode ser utilizado como motivador da aprendizagem e organizador do ensino em sala de aula (Arroio; Giordan, 2006).

Ao final do conteúdo ministrado foram aplicados dois jogos (Figuras 6 e 7) sobre a temática abordada, cujo propósito era identificar se os participantes compreenderam sobre o tema solo.

Figura 3: Jogo de encaixar as palavras

Fonte: https://wordwall.net/pt/resource/20274127/a-formação-do-solo.

Figura 4: Jogo sobre as camadas da Terra

Fonte: https://wordwall.net/pt/resource/3265811/camadas-da-terra/camadas-da-terra.

O jogo é um importante recurso para entender a aprendizagem do aluno. Durante a pandemia, abordagens virtuais foram necessárias para envolver mais os participantes (Costa et al., 2020). Dessa forma, utilizando o jogo para saber se os participantes entenderam sobre a temática da apresentação foi possível identificar que os participantes tiveram uma boa compreensão do conteúdo, pois no primeiro jogo os alunos tiveram 20% de erro e, no segundo, 80% de acerto. Portanto, no segundo jogo, 50% dos alunos encontraram dificuldades para encaixar os nomes corretos das camadas, de acordo com os nomes próprios. Na primeira tentativa de cinco encaixes, obtivemos 40% de acertos e 60% de erros. Em seguida foi explicado o exercício novamente aos alunos. Para sanar dúvidas, foi aplicado novamente o jogo e os participantes conseguiram encaixar corretamente, obtendo 100% de acerto nos cinco encaixes.

Dessa forma, observamos que o uso dos jogos pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem no qual o professor identifica imediatamente as dificuldades e pode trabalhar com os alunos o conteúdo. A partir do jogo, os alunos tiveram bastante entendimento relacionado ao solo. O erro, durante o jogo, pode ser utilizado para melhorar a aprendizagem dos alunos e ser uma atividade contínua para explicar novamente o tema em questão (Costa et al, 2020).

Segundo Ramos e Rocha (2016), a utilização de jogos no âmbito educacional é uma ferramenta divertida e lúdica e ajuda os estudantes a focar a atenção nas atividades escolares para obter êxito.

Considerações finais

O conteúdo ministrado com o auxílio do kit Ciências sobre erosão do solo e a temática trabalhada durante o encontro sobre a formação do solo, foram de grande valia para entender melhor sobre a importância da preservação ambiental para o solo e recursos hídricos.

Percebeu-se que, ao realizar os experimentos do kit Ciências, os alunos conseguiram realizar as observações necessárias para a compreensão da atividade, que foi constatado pelo diário de bordo e encontro específico para apresentar os resultados.

Em relação ao encontro sobre formação do solo, os alunos também conseguiram entender a formação das camadas da Terra e como foi formada a superfície da crosta terrestre.

Com isso, pode-se destacar a importância do Pibid no Ensino Básico, pois este proporciona oportunidade de atividades diferenciadas que possibilitam um maior aprofundamento em temáticas diversas, permitindo uma maior propagação do ensino de Ciências na educação dos alunos.

Conclui-se, assim, um acréscimo na aprendizagem dos alunos por meio das atividades abordadas no presente trabalho no Pibid, durante o isolamento social da pandemia da covid-19, utilizando recursos multimídias, experimentos e conteúdos explicativos.

É válido ressaltar que essa prática pode ser inserida nas atividades escolares do ensino formal. É importante para futuras pesquisas um maior aprofundamento sobre o solo e novas realizações de experimentos relacionados à temática a fim de compreender melhor a importância do solo e a sua relação com fatores bióticos e abióticos no ecossistema.

Referências

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Publicado em 29 de novembro de 2022

Como citar este artigo (ABNT)

CARVALHO, Daniela Santos de; CAMPOS, Gabryelle Mendonça; SANTOS, Cristiane Monteiro dos; TEIXEIRA, Catarina. Pibid de Ciências Biológicas: abordagem do tema solo no Ensino Fundamental. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22. nº 44, 29 de novembro de 2022. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/44/pibid-de-ciencias-biologicas-abordagem-do-tema-solo-no-ensino-fundamental

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