Influência do contexto familiar na vida escolar de alunos adolescentes do Ensino Fundamental

Dulce Jane Lopes Barros

Discente (IFMG - Campus Avançado Arcos), licenciada em Ciências Biológicas (UFV - Campus Florestal), professora da Educação Básica - anos finais na Prefeitura de Pará de Minas

Ricael Spirandeli Rocha

Mestrando em Educação (IFMG - Câmpus Avançado Arcos)

A família é vista como o primeiro espaço de socialização dos indivíduos, sendo ela indispensável no processo de desenvolvimento e de proteção integral das crianças e dos adolescentes. A instituição familiar é responsável pelo aporte afetivo e pela construção dos valores éticos sobre os quais os laços de solidariedade começam a ser absorvidos e aprofundados (Assis; Constantino; Avanci, 2010).

Cada vez mais, estudos vêm enfatizando sobre a importância da participação da família no processo de aprendizagem escolar e têm mostrado como diferentes aspectos e condições presentes no ambiente familiar estão relacionados ao desenvolvimento e ao desempenho dos estudantes (Aguena, 2010).

Nesse contexto, Marturano (1999) destaca que em um ambiente familiar onde se tem a presença de recursos aliados às experiências ativas de aprendizagem, em um contexto social promotor da autoconfiança, há um impacto positivo sobre o desempenho do aluno enquanto em ambientes que apresentam conflitos conjugais e familiares encontra-se um desenvolvimento socioemocional negativo desse sujeito.

Tendo em vista os aspectos abordados acima, o estudo sobre o impacto de um ambiente familiar desestruturado na vida dos estudantes do Ensino Fundamental faz-se relevante, pois é o período que corresponde à adolescência.

A adolescência é caracterizada como uma etapa de construção de valores sociais e de interesse por problemas éticos e ideológicos, além de ser o momento final da estruturação da personalidade (Sousa, 2006). A família, portanto, tem papel fundamental na determinação e na organização da personalidade individual através das ações e das medidas educativas que venham a ser tomadas nesse sentido (Drummond; Drummond Filho, 1998 apud Pratta; Santos, 2007).

Dessa maneira, pode-se dizer que a família possui importante papel social por ser a instituição formadora da identidade do indivíduo, além de exercer papel primordial no desenvolvimento escolar das crianças e dos adolescentes devido ao fato do ambiente familiar afetar diretamente no processo de aprendizagem e no comportamento dos estudantes.

Considerando-se a importância do ambiente familiar e como este pode interferir diretamente na vida escolar dos estudantes, indaga-se a respeito de como os conflitos familiares podem se refletir no dia a dia escolar dos alunos do Ensino Fundamental.

Sendo assim, este estudo tem como objetivo geral analisar de que forma os conflitos são refletidos pelos alunos no dia a dia escolar. Como objetivos específicos, a pesquisa visa compreender como os conflitos familiares afetam os adolescentes, além de analisar como os adolescentes externalizam os problemas enfrentados em casa no ambiente escolar.

O estudo utiliza-se de pesquisa bibliográfica sistematizada de trabalhos publicados nos últimos cinco anos. O enfoque incidiu sobre aspectos sociais, pedagógicos e metodológicos de fundamentação qualitativa uma vez que esta transcorre a pesquisa de acordo com a vivência e com os dados que a pesquisa traz, fundamentando os efeitos sociais e humanos (Gil, 2008).

Assim, o estudo faz-se relevante por apresentar informações consistentes sobre como os alunos demonstram as adversidades do ambiente em que estão inseridos dentro do contexto pedagógico.

Adolescência na atualidade: contribuições no contexto escolar

A adolescência é caracterizada como um período de transição da infância para a vida adulta, marcada por intensas mudanças internas e externas que irão proporcionar o amadurecimento do indivíduo. Apesar de ser um acontecimento inerente ao ser humano, há pelo mundo uma grande variação sobre o período de início e término da adolescência.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, estipula o período da adolescência dos 10 aos 19 anos (Opas, 2020). No mundo ocidental, a adolescência corresponde à época dos 12 aos 20 anos, contudo é possível encontrar divergências sobre esse período etário impostas pelas diferenças entre os sexos, as etnias, os meios geográficos, as condições socioeconômicas e as culturais (Ferreira; Nelas, 2006). No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considera a faixa etária dos 12 anos completos até os 18 anos (Brasil, 1990).

Apesar da delimitação do período correspondente à adolescência, é importante ressaltar a existência dos aspectos biológicos e psicológicos que devem ser considerados para analisar essa fase. Nesse sentido, Lourenço e Queiroz (2010) destacam que a adolescência é marcada por grandes mudanças corporais iniciadas com a puberdade e salientam que existe uma grande variação individual para o desencadeamento do processo. Entre as mudanças que caracterizam a puberdade estão o crescimento esquelético intenso, o desenvolvimento dos órgãos e sistemas, o desenvolvimento das glândulas sexuais (testículos e ovários) e as características sexuais secundárias. Esse período marca o início da capacidade reprodutiva dos seres humanos.

A partir dessa compreensão entende-se a adolescência como uma fase de transformação quando o sujeito inicia um novo estágio de sua vida, quando novos ciclos começam a ser desenvolvidos, causando dúvida e transições psicológicas. Ferronato (2015, p. 5) destaca que:

Durante a adolescência ocorrem significativas mudanças hormonais, que acabam influenciando diretamente no comportamento dos adolescentes. Em geral há alterações no estado do humor, no comportamento, na agressividade, na alternância de períodos de tristeza, felicidade e agitação, sendo características comuns a essa fase de desenvolvimento.

Para além das mudanças físicas, encontram-se outros tipos de transformações. Vygotsky aponta que junto ao amadurecimento sexual ocorrem modificações no sistema de atrações orgânicas, promovendo novos interesses e impulsos.

A melhor demonstração disso é o fato de que os processos de mudanças de interesses podem coincidir totalmente no tempo com o início das mudanças orgânicas. Quando o amadurecimento sexual se atrasa, retarda também o tempo da crise dos interesses; quando o amadurecimento sexual adianta no tempo, a crise de interesse se aproxima do estágio inicial deste período (Vygotsky, 1928 -1931/1996, apud Ferronato, 2015, p. 27-28).

Muitas pessoas consideram a adolescência um período conturbado devido às intensas alterações de humor e de comportamento, tratando o adolescente como um indivíduo rebelde que não possui limites e que não escuta os mais velhos. Importante considerar que todas as alterações hormonais tendem a desencadear esses acontecimentos, portanto, trata-se de um processo natural que levará o indivíduo ao desenvolvimento pleno.

Devido às intensas mudanças, o apoio social, entendido como um conjunto de situações que levam o sujeito a crer que é amado, estimado e cuidado por uma rede de indivíduos, é um importante ajuda durante essa etapa (Cobb, 1976 apud Alves; Dell’Aglio, 2015). Entre as significativas redes de apoio para o desenvolvimento do adolescente estão a família e a escola (Alves; Dell’aglio, 2015).

A instituição escolar, da maneira como a conhecemos, surgiu a partir do século XVII, tendo a sua função modificada no decorrer da História (Coimbra, 1989). Segundo Piovesan et al. (2018), a finalidade da escola segue o desenvolvimento econômico visto que esta molda os indivíduos dentro dos padrões esperados pela sociedade.

Apesar das instituições escolares seguirem os moldes do mercado econômico para a formação dos discentes, deveriam possuir como missão maior para a formação de cidadãos críticos transformadores do meio em que estão inseridos. Como exposto por Paulo Freire em seu livro Pedagogia do Oprimido,

O importante, do ponto de vista de uma educação libertadora, e não “bancária”, é que, os homens se sintam sujeitos de seu pensar, discutindo o seu pensar, sua própria visão do mundo, manifestada implícita ou explicitamente, nas suas sugestões e nas de seus companheiros (Freire, 1987, p. 75-76).

Além da função de transmitir conhecimentos didáticos, a escola promove o desenvolvimento moral, afetivo, psicológico e físico, mas para que isso ocorra é necessária a existência de um espaço acolhedor e bem estruturado onde o aluno seja capaz de desenvolver-se socialmente e cognitivamente (André; Barboza, 2018).

Estudo como o de Stecanela e de Wessel (2016) aponta que a percepção dos adolescentes sobre a instituição escolar vai além de um espaço para o estudo e o aprendizado. A instituição proporciona o surgimento de laços de amizade, momentos de lazer com conversas, brincadeiras e atividades recreativas, além de um local onde se sentem protegidos.

A sensação de estarem protegidos dentro do ambiente escolar surge em decorrência do favorecimento das relações de afeto e confiança entre os adolescentes e seus pares e entre eles e seus professores. A partir desse contato respeitoso, o jovem sente-se confiante para expor situações conflitantes que ocorrem no ambiente familiar (Elsen et al., 2011).

Pesquisas realizadas com profissionais da educação mostram que muitas vezes os estudantes de forma inconsciente demonstram estar sofrendo ou vivenciando algum tipo de violência no ambiente familiar e que é possível identificar casos de agressões por meio de desenhos, comportamentos agressivos ou retração. As professoras relatam que muitos alunos agem de forma afrontosa com seus pares, mesmo quando possuem uma afeição pelo outro, assim como com os profissionais, dando chutes, tapas e murros. Os discentes são intolerantes e apresentam o hábito de falar com gritaria e xingamentos (Costa; Teixeira, 2017; Cordeiro et al., 2019).

Corroborando o exposto acima, Reis, Prata e Parra (2018), apontam que vivenciar conflitos familiares, principalmente durante o processo de construção da identidade, faz com que o modelo de violência seja utilizado como estratégia para a resolução de conflitos em diferentes situações quando se pode identificar a sua perpetuação transgeracional.

Os educadores alegam que as agressões sofridas se refletem na saúde física e mental do estudante. É notável para os profissionais que os mesmos estudantes que possuem comportamento ofensivo ou apático, têm baixa autoestima ou mostram-se desnorteados além de apresentarem alterações no desenvolvimento social e cognitivo. Os educandos revelam-se desestimulados e desanimados, muitos cortam-se (mutilam-se), outros tentam suicídio. Todas essas situações resultam em desinteresse pelos estudos (Costa; Teixeira, 2017; Cordeiro et al., 2019). Embora sem significância estatística, uma pesquisa realizada por Santos (2018) com 239 adolescentes de uma escola pública mostra essa associação entre a reprovação escolar e a violência psicológica, acarretando aos adolescentes sinais como angústia, baixa autoestima, desmotivação, raiva e depressão. Entre a reprovação escolar e a violência física encontrou-se uma associação inusitada, pois o resultado sugere que muitos adolescentes veem esse ato como um método educativo utilizado pelos pais.

Não obstante, Magalhães et al. (2017) afirmam em seu trabalho que os adolescentes não se percebem em situação de violência doméstica devido ao sentido atribuído ao fato. Entre os significados utilizados pelos entrevistados estão termos ligados à agressão física severa, tais como: espancar, queimar, esfaquear e matar. É possível perceber, portanto, que os sujeitos podem sofrer com situações de violência física e psicológica dentro de suas casas, contudo não as identificam como circunstâncias extremas de agressões. Isso faz com que seja mais difícil identificar tais cenários e quebrar os ciclos de violência vivenciados por eles.

As agressões ocasionam também lembranças recorrentes da situação estressora, resultando em dificuldade de concentração nas aulas e, consequentemente, em um baixo rendimento escolar ocasionando a reprovação (Magalhães et al., 2020).

Construção da identidade e a influência da família

Em relação à construção da identidade familiar, Ferreira e Nelas (2006) apontam que a construção da identidade é uma das principais tarefas para o desenvolvimento da adolescência visto que é a partir da construção gradual da identidade que o indivíduo passa a adquirir uma subjetividade, envolvendo seus sentimentos e pensamentos mais pessoais. Serão os sentimentos e os pensamentos que modificarão as representações que o jovem tem sobre si próprio e sobre o outro. O processo de construção da identidade é pessoal e social, pois acontece de forma interativa entre o sujeito e o meio em que está inserido, no qual terá contato com novas culturas e valores (Ferronato, 2015). Ainda se observa fator peculiar sobre a identidade pessoal. Ele

se constrói em permanente tensão com a identidade cultural. A cultura fornece ao indivíduo os padrões de interpretação do mundo, valores, crenças e formas de agir produzidas por meio de processos socializadores das instituições sociais (Gonçalves, 2008, p. 3).

Desse modo, é extremamente relevante a influência da família na construção da identidade do sujeito. Atualmente, as famílias são compostas de diversas maneiras, sendo elas baseadas mais nos laços afetivos do que nas relações parentais ou de consanguinidade. A construção parental é importantíssima para o desenvolvimento dos indivíduos, pois é a partir desse convívio diário, gerado no âmbito familiar, que se constrói a base para a convivência em sociedade (Ferronato, 2015).

A instituição familiar é responsável por laços afetivos que se estruturam no dia a dia e, também, por projetar valores que contribuirão para as interações nos espaços públicos com os membros da sociedade (Sales, 2016). Uma relação construtiva e positiva entre o adolescente e a família traz a segurança para a formação da sua identidade (Gadêlha; Gonçalves, 2017).

Portanto, é fundamental ressaltar que uma família deve ser baseada em laços afetivos criados pelos indivíduos pertencentes a esse grupo e que independentemente da configuração que essa família apresenta, ela deve ser um núcleo de apoio, um ambiente harmonioso e bem estruturado moralmente, visto que servirá como espelho para a vida em sociedade assim como um apoio na escola a partir do vínculo que essa entidade social produzir na vida dos sujeitos.

Conflitos conjugais e intrafamiliares

Portanto, a família realiza importante função na formação identitária dos adolescentes. É necessário, dessa forma, compreender como os conflitos conjugais e intrafamiliares os afetam. Segundo o dicionário online Michaelis (2020), conflito é: falta de entendimento grave ou oposição violenta entre duas ou mais partes; encontro violento entre dois ou mais corpos; choque, colisão; discussão veemente ou acalorada; altercação.

O âmbito familiar, assim como qualquer outro ambiente onde há a convivência de indivíduos com diferentes crenças e propósitos, está suscetível a conflitos tanto conjugais como intrafamiliares. Os conflitos conjugais são indissociáveis da convivência dos casais e são importantes para que os envolvidos sejam capazes de resolver os problemas da vida a dois (Goulart; Wagner, 2013). Entretanto, há situações conflitantes que não terminam em um consenso, gerando agressões de todos os tipos: verbais, físicas, morais e econômicas. Quando os filhos presenciam tais comportamentos dos seus genitores, tendem a copiá-los tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos (Ferreira; Timbane, 2019).

Além dos conflitos conjugais, muitos adolescentes vivenciam os conflitos intrafamiliares. Entende-se por violência intrafamiliar toda ação ou omissão cometida por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental ainda que sem laços de consanguinidade, exercendo ou assumindo função de poder, sem importar o espaço físico onde ocorra, prejudicando o bem-estar, a integridade física, a integridade psicológica e, ainda, o direito ao pleno desenvolvimento do outro membro familiar (Brasil, 2009).

Os conflitos intrafamiliares são os mais prejudiciais para os adolescentes, visto que resultam em uma quebra de confiança nos indivíduos envolvidos e na perda da segurança em casa, podendo trazer prejuízos para o seu desenvolvimento (Costa; Teixeira, 2016).

Como colocado anteriormente, muitos conflitos podem vir a desencadear diversos tipos de agressões. Segundo o documento Por uma cultura de paz, a promoção da saúde e a prevenção da violência, do Ministério da Saúde (Brasil, 2009), os quatro tipos mais comuns de violência doméstica são a violência física, a negligência nos cuidados, a violência psicológica e a violência sexual. Esses conflitos repercutem sobre a saúde física e mental dos adolescentes, prejudicando o desenvolvimento pleno desses indivíduos, a qualidade de vida das famílias e até a produtividade do país, pois se trata de um problema de saúde pública (Magalhães, 2015).

Estudos realizados com estudantes demonstram que as violências intrafamiliares ocasionam marcas que vão muito além dos hematomas provocados pelas agressões físicas. As pesquisas apontam que os adolescentes apresentam problemas de ordem comportamental, mental, emocional e física, somatizando as violências sofridas que manifestam-se por intermédio da tristeza profunda, da insegurança, da vergonha, da ansiedade, dos choros frequentes, do distúrbio do sono, da baixa autoestima, da idealização suicida com comportamento de autolesão, das dificuldades de socialização ou de aprendizagem, chegando ao abandono escolar (Moreira et al., 2016; Santos et al., 2018; Magalhães et al., 2020).

Corroborando o exposto acima, Paixão, Patias e Dell'Aglio (2018) trazem, como resultado de um estudo, a confirmação de que características positivas na família como a presença de apoio e menores níveis de conflitos, podem atenuar o aparecimento de sintomas patológicos e de transtornos mentais em adolescentes. Em contrapartida, o convívio com situações de violência influencia diretamente na identidade do indivíduo, dificultando o seu desenvolvimento pleno e natural (Santos; Cardin, 2015).

Dessa forma, é imprescindível que o jovem viva em um ambiente harmonioso, pois vivenciar situações conflitantes desencadeia diversos problemas de ordem física e mental que irão afetar negativamente o seu desenvolvimento.

Relevância da contribuição familiar na escola

A união entre a família e a escola traz diversos benefícios para o adolescente. Como já citado, ambas fazem parte da rede de apoio social e juntas formam uma equipe, favorecendo o desenvolvimento do estudante.

A interação mediada pelo espaço escolar e a família cresce a partir da carência que há em unir a família ao contexto escolar. A participação familiar é fator agregador para o desenvolvimento do sujeito, uma vez que oferece a base que sustenta o sujeito. A escola destaca seus valores, auxilia no desenvolvimento da personalidade e contribui no processo de ensino-aprendizagem (Santos; Coutinho, 2020). O estreitamento dessa relação promove o bem-estar ao estudante a partir de melhores condições de desenvolvimento e aprendizagem. Disso resultará o incentivo para aprender os conteúdos e conhecer a vida em sociedade, além de contribuir no processo de desenvolvimento da confiança no outro e, ainda, da sua independência e potencialidades escolares (Santos; Coutinho, 2020). A participação familiar na vida escolar do estudante além de ser fator de melhora no desempenho estudantil promove a proteção contra comportamentos de risco (Macedo, 2018).

Os benefícios resultantes da relação de cooperação entre a família e a escola vão muito além da melhora no desempenho do estudante. Afeta, também, o trabalho do professor, fazendo com que os pais compreendam o esforço do profissional e percebam qual o papel e qual a melhor maneira de desempenhá-lo, facilitando o trabalho desse educador. Assim, há uma melhora na comunicação entre as partes (Santos; Coutinho, 2020).

Diante do exposto, Santos e Coutinho (2020) ressaltam que para se ter um crescimento do aluno é necessário que ambas as instituições caminhem juntas para alcançar os objetivos pretendidos, tendo os mesmos princípios e critérios. Assim, o estudante será capaz de desenvolver, além do cognitivo, o emocional, a comunicação e a cooperação, elementos essenciais para o convívio em sociedade.

Considerando que a maior parte dos problemas que influenciam no desempenho escolar está relacionada a algum tipo de tribulação no ambiente familiar, a relação de proximidade das instituições permite que se procure, em conjunto, uma solução para situações de conflito (André; Barboza, 2018).

Metodologia

A presente pesquisa utilizou a pesquisa bibliográfica sistematizada como metodologia. Esta foi realizada no indexador Google Acadêmico que apresenta uma extensa variedade de trabalhos. Os principais descritores utilizados para a pesquisa foram: <violência intrafamiliar>; <adolescência>; <relação família-escola> e <vida escolar discente>. Deu-se prioridade para trabalhos publicados nos últimos cinco anos que traziam as temáticas de acordo com o eixo da pesquisa. Esse tipo de pesquisa apresenta como vantagem o fato de permitir uma investigação mais ampla dos temas propostos (Gil, 2008).

O aporte teórico foi embasado pelos autores: Ferronato (2015), Alves e Dell’Aglio (2015), Stecanela e Wessel (2016), Costa e Teixeira (2017), Macedo (2018) e Santos e Coutinho (2020), direcionando as concepções sobre a temática da violência do contexto familiar como conflitos que influenciam no contexto escolar do discente.

Por conseguinte, o estudo buscou compreender como ocorre o fenômeno em seu ambiente natural, dando maior precisão ao objeto de estudo caracterizado por natureza qualitativa (Stake, 2011).

Desse modo, toda pesquisa está centralizada no contexto exploratório, pois a investigação está apontada para o objeto ou fenômeno pesquisado, concebendo maior compreensão, entendimento e precisão sobre a temática. Além disso, o levantamento bibliográfico apoia teoricamente a experiência dos autores na construção das discussões a partir das práticas problematizadas pela pesquisa, motivando a compreensão e visando aproximação como os fatos do estudo (Gil, 2008).

Resultados e discussão

A adolescência é uma importante etapa para a construção da identidade de um indivíduo e o ambiente é um elemento significativo para o seu desenvolvimento. Por isso, é de extrema importância que o indivíduo viva em um local harmonioso, que favoreça o seu pleno desenvolvimento.

A partir dos resultados dos trabalhos apresentados, fica evidente que a vivência com situações de conflito provoca nos adolescentes uma inversão de valores. Eles passam a acreditar que os métodos para a resolução dos embates dão-se por meio, principalmente, da violência física.

Costa e Teixeira (2017) acreditam que os alunos se comportam dessa maneira por enxergar as situações de violência como algo normal para a resolução de conflitos e, por isso, reproduzem as situações vivenciadas no cotidiano, gerando um ciclo vicioso. As autoras apontam que essa vivência em ambiente familiar gera uma ideia de que as agressões fazem parte do processo de aprendizagem e não simbolizam desamor.

Corroborando o exposto, Reis, Prata e Parra (2018), sinalizam que, por ser a família o primeiro modelo de crenças e valores, ela é uma importante fonte de transmissão de comportamentos por meio da qual os indivíduos envolvidos acabam guiados pelas más vivências e suas consequências, muitas vezes sendo incapazes de lidar com as emoções promovidas por essas situações. As autoras ressaltam que é importante que esses indivíduos, em processo de formação, vivam em ambientes favoráveis ao seu desenvolvimento.

Na pesquisa, o exposto nos leva a acreditar que a identificação precoce de adolescentes que vivenciam situações de violência pode interromper a perpetuação dessas atitudes quando há o acompanhamento psicológico especializado. A intervenção os leva ao entendimento da situação em que se encontram e a uma melhora nos aspectos mental e físico.

Cordeiro et al. (2019) nos mostram, a partir dos discursos de educadores, o quão importante faz-se a instituição escolar no reconhecimento das situações de violência. Para tanto, é necessário que toda a equipe escolar esteja engajada em práticas pedagógicas promotoras de diálogos sobre a convivência familiar harmoniosa.

Como mostrado nos trabalhos de Costa e Teixeira (2017) e de Cordeiro et al. (2019), estudantes que vivem situações de violência tendem a ter comportamentos agressivos com colegas e professores, demonstrando uma dificuldade em relacionamentos interpessoais. Os docentes retratam que esses adolescentes possuem baixa autoestima, automutilam-se e apresentam pensamentos suicidas.

Todas essas ações promovem uma desordem psicológica, fazendo com que o desenvolvimento cognitivo seja comprometido. Esse comprometimento pode ser verificado na desmotivação para com os estudos, no baixo rendimento escolar e, consequentemente, nas reprovações.

Considerações finais

Neste estudo, os trabalhos utilizados como base teórica levam-nos a fazer considerações fundamentais acerca do tema estudado. A pesquisa mostrou o quão importante é viver em um ambiente harmonioso principalmente durante a adolescência, pois a adolescência configura-se como um período de formação identitária, que utiliza os valores da família como base para a sua construção.

Os prejuízos causados por vivenciar situações violentas são inúmeros e vão além de hematomas corporais. A perpetuação da violência física e verbal como método de resolução de conflitos, em outros ambientes, evidencia que esses jovens apresentam uma inversão de valores, além de indicar dificuldade para relacionarem-se com outras pessoas.

Os danos psicológicos também são evidentes em alunos que vivenciam a violência no âmbito familiar. No ambiente escolar, a violência é percebida através da desmotivação em realizar as tarefas escolares.

Diante dos prejuízos que a convivência com situações de violência ocasiona na vida dos adolescentes, os profissionais da educação mostram-se grandes aliados na identificação desses casos. É necessário que toda a equipe educacional tenha um preparo para lidar com essas situações de forma adequada.

Trabalhar preventivamente com os estudantes e familiares, mostrando as consequências dos atos violentos para os membros envolvidos, rompe com o ciclo de perpetuação dessas atitudes. A identificação precoce e o encaminhamento dos envolvidos a um profissional especializado minimiza os danos psicológicos causados.

A parceria família-escola beneficia ambos os lados, pois a partir do momento em que a escola identifica o problema e intervém, a vida de todos os familiares tende a melhorar, assim como o desempenho do adolescente na interação social e como estudante dentro do espaço escolar.

Referências

AGUENA, Elaine Cristina. As crenças e as atitudes parentais e o desempenho escolar de estudantes do Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/251344.

ALVES, Cássia Ferrazza; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Percepção de apoio social de adolescentes de escolas públicas. Revista de Psicologia da IMED, Passo Fundo, v. 7, nº 2, p. 89-98, dez./2015. Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/download/968/776.

ANDRÉ, Elisandra Leite; BARBOZA, Reginaldo José. A importância da parceria entre a família e a escola para a formação e desenvolvimento do indivíduo. Revista Científica Eletrônica da Pedagogia, Garça, v. 1, nº 30, p. 1-21, jan. 2018. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/lupTy4EkojpUN2D_2018-10-6-10-36-41.pdf.

ASSIS, S. G. D; CONSTANTINO, Patrícia; AVANCI, Joviana Quintes. Impactos da violência na escola: um diálogo com professores. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010. Disponível em: http://books.scielo.org/id/szv5t.

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 16 jul. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art 266.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Por uma cultura da paz, a promoção da saúde e a prevenção da violência. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cultura_paz_saude_prevencao_violencia.pdf.

COIMBRA, C. M. B. As funções da instituição escolar: análise e reflexões. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 9, nº 3, p. 14-16, out. 1989. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98931989000300006.

CORDEIRO, K. C. C.et al. Violência doméstica vivenciada por adolescentes: discurso de educadoras. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 28, nº 1, p. 1-12, dez. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2018-0275.

COSTA, Andréia Lana; TEIXEIRA, K. M. D. O comportamento dos alunos na escola e sua relação com a violência doméstica na percepção dos educadores. Oikos, Viçosa, v. 28, nº 1, p. 22-42, jun. 2017. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/oikos/article/view/3731.

COSTA, Susana; TEIXEIRA, Sandra. A história não tem de ser o destino: o risco psicossocial em crianças com famílias disfuncionais. Psicologia da Criança e do Adolescente, Lisboa, v. 7, nº 1, p. 193-203, jan. 2016. Disponível em: http://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/rpca/article/view/2408/2567.

ELSEN, I. et al. Escola: um espaço de revelação da violência doméstica contra crianças e adolescentes. Psicologia Argumento, Curitiba, v. 29, nº 66, p. 303-314, jun. 2011. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20375.

FERREIRA, Liliana Bispo; TIMBANE, Alexandre António. Relações conjugais: conflitos e influências comportamentais sobre os filhos. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 29, nº 2, p. 276-292, abr. 2019. Disponível em: http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/article/view/7299/4245.

FERREIRA, Manuela; NELAS, Paula Batista. Adolescências... Adolescentes... Millenium, São Paulo, v. 32, nº 11, p. 141-162, fev. 2006. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/8399.

FERRONATO, V. F. O. A importância da família na formação social do adolescente. Revista de Educação, Londrina, v. 18, nº 24, p. 3-9, dez. 2015. Disponível em: https://seer.pgsskroton.com/educ/article/view/3341.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. Disponível em: https://cpers.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Pedagogia-do-Oprimido-Paulo-Freire.pdf.

GADÊLHA, Lucas Nobre; GONÇALVES, F. M. D. S. A adolescência e a responsabilidade social. Psicologia.pt, v. 1, nº 1, p. 1-18, jan. 2017. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1413.pdf.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. Disponível em: https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-pesquisa-social.pdf.

GONÇALVES, M. A. S. Escola, adolescência e construção da identidade. Docplayer, v. 1, nº 1, p. 1-24, jan. 2008. Disponível em: https://docplayer.com.br/7165952-Escola-adolescencia-e-construcao-da-identidade.html.

GOULART, Viviane Ribeiro; WAGNER, Adriana. Os conflitos conjugais na perspectiva dos filhos. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 65, nº 3, p. 329-408, nov. 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672013000300006.

LOURENÇO, Benito; QUEIROZ, Lígia Bruni. Crescimento e desenvolvimento puberal na adolescência. Revista de Medicina, São Paulo, v. 89, nº 2, p. 70-75, jun. 2010. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v89i2p70-75.

MACEDO, Etiene Oliveira Silva de. A relação entre família e escola na adolescência: vínculos e afetos como dispositivos de cuidado e proteção. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura), Universidade de Brasília, Brasília, 2018. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/34320.

MAGALHÃES, J. R. F. D.et al. Repercussões da violência intrafamiliar: história oral de adolescentes. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 73, nº 1, p. 1-7, jan. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0228.

MAGALHÃES, Júlia Renata Fernandes. Violência intrafamiliar: história oral de adolescentes. Dissertação (Mestrado), Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20219.

MAGALHÃES, J. R. F. D.et al. Violência intrafamiliar: vivências e percepções de adolescentes. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 21, nº 1, p. 1-7, jan. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.5935/1414-8145.20170003.

MARTURANO, Edna Maria. Recursos no ambiente familiar e dificuldades de aprendizagem na escola. Psicologia, Brasília, v. 15, nº 2, p. 135-142, ago. 1999. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-37721999000200006.

_____. Recursos no ambiente familiar e dificuldades de aprendizagem na escola. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Ribeirão Preto, v. 15, nº 2, p. 135-144, maio 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ptp/v15n2/a06v15n2.pdf.

MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2020.

MOREIRA, M. A.et al. Impactos da violência perpetrada contra adolescentes na qualidade de vida. Arquivos de Ciências da Saúde, São José do Rio Preto, v. 23, nº 4, p. 54-60, dez. 2016. Disponível em: https://www.cienciasdasaude.famerp.br/index.php/racs/article/view/484.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Folha informativa - Saúde mental dos adolescentes. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/saude-mental-dos-adolescentes.

PAIXÃO, R. et al. Relações entre violência, clima familiar e transtornos mentais na adolescência. Revista Interinstitucional de Psicologia, Belo Horizonte, v. 11, nº 1, p. 101-122, jan. 2018. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202018000100009&lng=pt&nrm=iso.

PIOVESAN, J. et al. Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. Santa Maria: Núcleo de Tecnologia Educacional, 2018. Disponível em: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/358/2019/07/MD_Psicologia-do-Desenvolvimento-e-da-Aprendizagem.pdf.

PRATTA, E. M. M; SANTOS, M. A. D. Família e adolescência: a influência do contexto familiar no desenvolvimento psicológico de seus membros. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, nº 2, p. 247-256, ago. 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-73722007000200005.

REIS, Deliane Martins; PRATA, L. C. G; PARRA, Cláudia Regina. O impacto da violência intrafamiliar no desenvolvimento psíquico infantil. Psicologia.pt, v. 1, nº 1, p. 1-20, out. 2018. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1253.pdf.

SALES, Evelyn Thainara. A influência do contexto familiar na saúde mental das crianças e adolescentes. Revista Itecne, v. 1, 2016. Disponível em: http://itecne.com.br/social/edicoes/2016/artigos/Artigo%20%284%29.pdf.

SANTOS, A. C. G. G.; CARDIN, V. S. G. Os desvios da personalidade decorrentes da prática do assédio moral no âmbito familiar e afetivo. Revista de Direito de Família e Sucessão, Belo Horizonte, v. 2, nº 1, p. 100-116, dez. 2015. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/direitofamilia/article/view/372.

SANTOS, R. M. et al. Reprovação escolar e aspectos sociais e de saúde: estudo transversal com adolescentes. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 32, nº 1, p. 1-11, jan. 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18471/rbe.v32.21827.

SANTOS, S. J. V. D; COUTINHO, D. J. G. A contribuição da família no contexto escolar. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 6, nº 7, p. 42.478-42.498, jul. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-022.

SOUSA, P. M. L. D. Desenvolvimento moral na adolescência. Psicologia.pt, v. 1, nº 1, p. 1-21, ago. 2006. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0296.pdf.

STAKE, Robert E. Pesquisa qualitativa: estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre: Penso, 2011.

STECANELA, Nilda; WESSEL, Samanta Cristina. Por que ir à escola? da (re)produção de sentidos à espera pela “vida real”. Atos de Pesquisa em Educação, Blumenau, v. 11, nº 2, p. 663-679, set. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.7867/1809-0354.2016v11n3p663-679.

Publicado em 15 de março de 2022

Como citar este artigo (ABNT)

BARROS, Dulce Jane Lopes; ROCHA, Ricael Spirandeli. Influência do contexto familiar na vida escolar de alunos adolescentes do ensino fundamental. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, nº 9, 15 de março de 2022. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/9/influencia-do-contexto-familiar-na-vida-escolar-de-alunos-adolescentes-do-ensino-fundamental

Novidades por e-mail

Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing

Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário

Deixe seu comentário

Este artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.