Estágio Supervisionado em Gestão Educacional e suas implicações para o processo de formação do pedagogo

Gerlanio Alexandrino de Alencar

Graduado em Pedagogia (URCA), tutor em Pedagogia na rede municipal de Nova Olinda/CE

Nos dias de hoje, a prática do estágio supervisionado tem sido alvo de muitas pesquisas (Haddad, 1997; Machado, 1997; Pimenta, 2012) e tem como propósito fortalecer os conhecimentos adquiridos durante a nossa formação acadêmica, como também relacionar teoria e prática vivenciadas na graduação.

O estágio curricular em gestão educacional possibilita aos estudantes uma visão ampla do processo de organização e funcionamento das escolas, facilitando ao estagiário fazer uma leitura do ambiente onde ele possa vir a trabalhar futuramente. Quando falamos em gestão, o assunto em si, já é vasto e carrega uma responsabilidade imensa.

O gestor escolar, a partir do momento que assume o cargo, será responsável junto com a coordenação por tudo que compete à escola como, por exemplo, identificar as dificuldades da instituição, buscando soluções, realizar o planejamento e executar todas as regras e ações, acompanhando e avaliando a aprendizagem dos alunos. As responsabilidades dos gestores e coordenadores estão presentes durante todo o ano letivo.

Esse tema foi despertado durante a disciplina de estágio em Gestão da Educação Básica, pois se percebe que esse assunto percorre diferentes áreas da escola. De acordo com Pimenta e Lima (2004, p. 167), “o estudo realizado na passagem dos estagiários pelas instituições, departamentos e secretarias representantes do sistema de ensino constituirá um transitar entre o escrito e o vivido”.

Foi então que surgiu a curiosidade e o interesse em pesquisar sobre o tema Estágio Supervisionado em Gestão Educacional e suas implicações para o processo de formação do pedagogo, apresentando conceitos relacionados ao contexto da gestão escolar. Inclusive, em virtude da necessidade de entender melhor sobre o Estágio Supervisionado em Gestão Educacional e, também, por considerar um tema relevante e pertinente à formação dos alunos licenciandos.

Conforme ressaltam Pimenta e Gonçalves (1990 apud Pimenta e Lima, 2004, p. 45), “a finalidade do estágio é a de propiciar ao estudante uma aproximação à realidade na qual atuará”. Os alunos, ao chegarem à universidade, já trazem consigo algum conhecimento prévio, que é ampliado com o embasamento teórico adquirido ao longo do curso, oferecendo a oportunidade de vivenciar a prática educativa durante o estágio.

Nesse contexto, o problema da pesquisa que norteou este trabalho foi: quais as implicações do Estágio Supervisionado em Gestão da Educação Básica na formação inicial de professores-gestores, no Curso de Licenciatura em Pedagogia, em uma instituição de ensino superior (IES) pública do Estado do Ceará?

Definiu-se como objetivo geral que se trata de compreender as implicações do Estágio Supervisionado em Gestão da Educação Básica para a formação do aluno graduando em Pedagogia, tendo como objetivos específicos: entender a relação teoria e prática no Estágio Supervisionado em Gestão da Educação Básica, analisar o papel do pedagogo no âmbito da gestão educacional e refletir sobre as dificuldades enfrentados pelos alunos no estágio.

Diante disso, percebe-se que as contribuições existentes no estágio possibilitam um conhecimento maior na formação do pedagogo, proporcionando uma articulação entre a teoria e a prática na Educação Básica, discutindo essas contribuições mediante a reflexão dos alunos que já concluíram o estágio em gestão.

Contextualização acerca do estágio supervisionado e sua regulamentação

O estágio é o momento em que se põe em prática o que foi estudado e vivenciado na teoria. É o momento de familiarizar-se com o ambiente em que pode vir a trabalhar futuramente, mantendo a convivência humana mais harmônica. Acerca disso, Haddad (1997) determina que o estágio é o momento em que o estudante irá interagir com a prática profissional e os conhecimentos adquiridos na universidade, aprendendo novas técnicas que proporcionarão ao estagiário o convívio com o campo profissional.

Segundo Colombo e Ballão (2014), o termo estágio tem sofrido mudanças, passando de uma atividade prática para uma atividade curricular exigida atualmente pelas instituições de ensino superior como disciplina importante para a atuação profissional.

Foi a partir de 1808, com a chegada da Família Real, que os primeiros cursos superiores foram instituídos, reconhecendo a importância do estudo e da obtenção de uma qualificação para o mercado de trabalho. Para Machado (1997, p. 47) “foi a partir daí que começou a ser instalada a ideia de que para se ter um bom emprego era preciso estudar e [...] ir para a escola, onde se estudam disciplinas, matérias e há a aproximação com a vida prática, o estágio”.

Com a implantação dos primeiros cursos, várias normas legais buscaram regulamentar o estágio no Brasil, desde a década de 1940, com um destaque para o Decreto-Lei nº 4.073/42, ou Lei Orgânica do Ensino Industrial,que trata de estabelecer bases de organização e de regime industrial, podendo promover preparação profissional para trabalhadores das indústrias, do artesanato, dos motoristas de transporte e da pesca. Na década de 1960 foi reconhecida a importância do estágio para o desenvolvimento do ensino, oferecendo melhores resultados nas empresas, no ensino superior e no ensino tecnológico.

A Portaria nº1.002/67, do Ministério do Trabalhoe Previdência Social, após perceber a necessidade de criar condições que possibilitassem o entrosamento entre as escolas e as empresas, tendo em vista a formação técnico-profissional,apontou também que o estágio deveria ser firmado em contrato, envolvendo duração, carga horária, valor da bolsa e o seguro contra acidentes pessoais.

Na década de 1970, ocorreu a regulamentação do estágio pelo Decreto nº 75.778/75, de 26 de maio de 1975, que previa o estágio de estudantes em estabelecimento de Ensino Superior e de Ensino Profissionalizante de 2º grau no Serviço Público Federal e outras providências. Em seguida, veio a Lei nº6.494/77 de 7 de dezembro de 1977, a primeira lei que tratava exclusivamente de estágio, publicada no final da década.

Na década de 1980, o Decreto nº 87.497/82, de 18 de agosto de 1982, regulamentou a Lei nº 6.494/77, que dispõe sobre o estágio de estudantes em estabelecimentos de Ensino Superior e de 2º grau regular e supletivo. Nos limites que especifica e dá outras providências, previam que o estágio deveria ocorrer intermediado pelo termo de compromisso e celebrado entre o estudante e a parte concedente, sendo que a instituição de ensino era obrigada a ser a interveniente.

Por mais de 30 anos, a lei que regulamenta o estágio praticamente não foi alterada. Com isso, houve a necessidade de uma nova legislação. Em 25 de setembro de 2008, sancionou-se a Lei nº 11.788, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 26 de setembro de 2008. Em seu capítulo 1, há a classificação e as relações de estágio, atestando que:

Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos.

§ 1ª O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. 

§ 2ª O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

O Art. 1º aborda o quanto o estágio é importante para a vida profissional por possibilitar uma capacitação adequada para o meio de trabalho e dar a oportunidade do aprendizado de novos conhecimentos. O estágio traz benefícios tanto para o conhecimento intelectual quanto para o profissional, amenizando os impactos causados pela passagem na vida acadêmica, a fim de permitir uma estabilidade emocional no momento de sua prática.

A ida a campo durante o estágio, possibilita ao estagiário conhecer as diretrizes curriculares, a realidade da instituição educacional e as deficiências do espaço, buscando formas de aprimoramento, pois para que a prática aconteça eficientemente, ela depende da teoria (Pimenta, 2012). Assim, o contato com a teoria é fundamental para que aconteça um conhecimento mais abrangente sobre o assunto e para conhecer autores que pensam a mesma temática de maneiras diferentes. Porém, esse contato é necessário para que o futuro profissional possa vivenciar os conhecimentos adquiridos na teoria.

Estágio e docência como prática necessária para atuação do pedagogo

A prática do estágio é uma das melhores formas de integração entre a universidade e o ambiente escolar. Sob a influência das atividades cotidianas, o acadêmico tem a chance de conhecer, pelo menos, grande parte das facetas que envolvem o cotidiano escolar. Pimenta e Lima (2004, p. 45) destacam que:

Estágio atividade curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo, e intervenção na realidade, este sim objeto da práxis. Ou seja, é no trabalho docente do contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá.

A relação entre teoria e prática, é de total importância para a formação dos universitários, como pondera Sacristán (1999), sendo estes termos inseparáveis, tendo em vista haver uma estreita relação entre o conhecimento que acontece por meio das experiências pessoais e concretas de maneira coletiva configurando-se numa constante reelaboração da teoria e da prática.

A teoria, oferece ao professor, conhecimentos para que ele compreenda os contextos históricos, sociais, culturais e conhecer a si mesmo como profissional da área de atuação, e a prática aprimora os conhecimentos e as teorias estudadas, fazendo com que os alunos já tenham conhecimento do que possa praticar no estágio. Os cargos ocupados por gestores e coordenadores ainda possuem várias lacunas no ambiente escolar, visto que a maioria dos profissionais que atuam não são formados em Pedagogia, mas têm formação em outras áreas e com especialização em gestão escolar.

Tomando por base o contexto da gestão escolar mediante as Diretrizes Curriculares Nacionais (2006), foi feito uma reformulação e, desta vez contou com a participação da comunidade acadêmica. A sua aprovação foi motivo de diversas críticas dos profissionais da educação. Para o curso de Graduação em Pedagogia, a Resolução nº 01/06, na perspectiva de Barbosa e Abdian (2013, p. 249-250) destaca que:

a docência é a base da identidade do pedagogo; a base comum nacional deverá ser respeitada; o pedagogo não é formado exclusivamente para a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental; a formação para a gestão educacional e para pesquisa estão asseguradas; as habilitações foram extintas; a organização curricular por disciplinas poderá ser superada; a experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério.

As Diretrizes Curriculares Nacionais tratam sobre a atuação do pedagogo no âmbito escolar, evidenciando que a formação do aluno em Pedagogia não é apenas para uma atuação na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, mas também para a função de gestor escolar.No Art. 4º, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Graduação em Pedagogia (DCNP), explicitam as atividades que devem envolver o trabalho docente, entre elas a participação na organização e na gestão em instituições escolares assim como em sistemas educacionais de educação formal e não formal. A DCNP aborda ainda as funções que o docente pode exercer, tais como participar de forma ativa nas tomadas de decisões, organizar um planejamento que possa envolver todos os membros da escola na execução de suas metas para obtenção de resultados positivos e analisar as atividades que contemplem os espaços escolares e não escolares.

Conceituando gestão escolar e suas atribuições

A gestão escolar envolve todos os setores relacionados com as práticas presentes no sistema de organização interno da escola, tornando-se fundamental para o ambiente educacional. Para Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002), gestão “significa gerir, gerência, administração. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir determinado objetivo. Portanto, gestão é o ato de conduzir para a obtenção dos resultados desejados”.

Lück (2007, p. 109-110) afirma que “a administração constitui um conceito e conjunto de ações fundamentais para o bom funcionamento de organizações, por estabelecer as condições estruturais básicas para o seu funcionamento”. Logo, colabora para o bom desenvolvimento e correta organização das ações escolares.

A gestão escolar tem como responsabilidade elaborar e executar as propostas pedagógicas, administrando todos os recursos materiais e financeiros da escola, assim como também as pessoas. Portanto é uma área que atua na educação, planejando, organizando, orientando e coordenando ações, a fim de promover a aprendizagem dos alunos e o bem-estar dos profissionais que nela se encontram atuantes (Lück, 2009).

Assim sendo, a gestão educacional não surgiu para substituir a administração escolar, mas para complementar os conceitos já existentes no âmbito acadêmico. Lück (2007, p. 55), assevera que a compreensão do conceito sobre gestão educacional difere da realidade, pois abrange várias concepções e tem como foco a interação social que supera a definição de administração.

A gestão escolar engloba todas as atividades da instituição. O Art. 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96 (Brasil, 1996), destaca as principais obrigações da gestão escolar nas unidades de ensino: “I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas”, dentre outras obrigações.

A escola adota uma série de medidas no âmbito de sua gestão, tendo como objetivo central criar condições que garantam o ensino de qualidade. Diante disso é preciso que a escola adote padrões mínimos de funcionamento para proporcionar mais conhecimento na realização de suas funções. Para Oliveira (2016), a gestão dos recursos físicos, financeiros e de materiais didáticos é essencial para o bom funcionamento e o bom desempenho da escola.

A gestão tem como responsabilidade o processo de admissão dos servidores em exercício, assim como os demais servidores. No entanto, o principal é olhar para a avaliação do desempenho dos docentes e para a identificação dos conhecimentos transmitidos para os alunos.

No que diz respeito à gestão administrativa, o objetivo é garantir a manutenção do espaço físico da escola, fazendo uso da melhor maneira possível de todos os materiais disponíveis para o funcionamento da escola. Segundo Penteado (2018, p. 3):

É função dessa gestão otimizar todos os recursos e integrar todos os setores da escola em prol de um único objetivo: garantir a excelência do ensino e das práticas pedagógicas. Dessa forma, todas as estratégias de atuação da gestão administrativa já devem estar presentes no Projeto Político e Pedagógico (PPP) e no Regimento Escolar da instituição.

Nessa perspectiva, a gestão pedagógica, conforme Oliveira (2016, p. 26), não “concede apenas ao diretor escolar a função unicamente de responder pelas tarefas administrativas e financeiras, ele precisa ter visão ampla da escola como um todo”. A gestão educacional é a estrutura organizacional que materializa as diretrizes, os programas, os projetos e objetivos educacionais institucionais.

O foco principal é o desempenho do trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores, cuja finalidade é garantir o aprendizado dos alunos como significativos. É oportuno que em todo o processo, a gestão pedagógica fique atenta a outros assuntos que sejam de sua competência.

Libâneo (2001, p. 349) concebe a gestão como o conjunto de todas as atividades “envolvendo o cumprimento das atribuições de cada membro da equipe, a realização do trabalho em equipe, a manutenção do clima de trabalho e a avaliação de desempenho". Logo, assumir o compromisso, tendo em mente que para um trabalho bem realizado é necessário trabalhar num clima receptivo, acolhedor e em equipe.

Competência necessária para o gestor escolar

Um bom gestor escolar, envolvido com a aprendizagem dos alunos, deve desenvolver em sua prática a interação e a comunicação com os membros da escola, fazendo com que os pais participem ativamente dos grupos de trabalhos e das discussões relacionadas ao ambiente educacional.Desse modo, precisa estar aberto a novos conhecimentos para tomar decisões sobre problemas emergentes acerca da organização escolar, compreendendo os processos envolvidos, desenvolvendo habilidades e competências de liderança e elaborando planos, metas e ações que possam implementar o projeto político-pedagógico (PPP). Como competência, avaliar o próprio trabalho para a efetivação quanto ao serviço desempenhado é uma ação importante (Lück, 2009).

O gestor escolar, no uso de sua função, pode realizar um trabalho satisfatório em sua escola, formando parcerias e fazendo com que a comunidade escolar se engaje nas atividades extracurriculares, proporcionando trabalhos coletivos, obtendo resultados significativos e mostrando que os objetivos podem ser alcançados com esforço e trabalho em equipe, salientando o porquê e o para daquilo estar sendo feito.

O grande desafio enfrentado pelos gestores atualmente é fazer com que a família participe no processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos. Entendemos que, muitas vezes por falta de tempo, por estarem sobrecarregados com as atividades domiciliares, a família se distancie do processo educativo. Corrobora Libâneo (2001, p. 222) a respeito dessa discussão:

Para que a escola tenha uma comunidade de aprendizagem precisa adotar uma estrutura organizacional e processo de gestão respeite e valorize o desenvolvimento das competências de todos, pois, essas competências são meios valiosos para que cada membro aprenda a se expressar, enfrentar problemas, capacidade de comunicação liderança e acima de tudo perceba a escola como uma cultura organizacional.

Nesse sentido, a competência fundamental da gestão é expor para a comunidade escolar o entendimento do papel de todos em relação à educação. É importante que a gestão e todos os funcionários da escola tenham informações gerais sobre os alunos, suas famílias e onde residem, para que seus profissionais possam fazer uma análise e discutir esses resultados. Para Piletti (2002) a forma de conhecer a realidade da comunidade escolar é por meio do diálogo permanente para que a escola se situe a respeito do que a família espera do trabalho pedagógico realizado.

Um gestor tem que ser um bom articulador nas tomadas de decisões, capacitado a ouvir opiniões de seus colegas de trabalho, de alunos e de suas famílias, sempre disposto a novas aprendizagens, procurando professores e funcionários adequados à proposta da escola e que se encaixem no perfil da proposta pedagógica, a fim de que todos, como um coletivo, tenham êxito nos objetivos finais pretendidos. Um bom gestor escolar deve ser solidário e buscar o melhor para o seu ambiente de trabalho.

Percurso metodológico da pesquisa

De acordo com Gil (2008, p. 26), a pesquisa é “um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico [...] é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Esta pesquisa traz, portanto, reflexões pertinentes acerca do estágio supervisionado e a relação com a teoria e a prática vivenciadas.

O objeto de estudo foi construído e trabalhado a partir do método qualitativo que, de acordo com Minayo (1994, p. 22), “se preocupa, nas ciências sociais, com nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atividades”. Aqui, não houve o interesse em quantificação de dados, mas em problematizar os resultados obtidos com a pesquisa.

Considera-se uma pesquisa explicativa, podendo justificar os fatores que motivaram a sua realização. Na afirmativa de Gil (2008, p. 28), “este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas”.

A pesquisa foi composta por uma etapa bibliográfica, utilizando-se de “material escrito e em meio virtual, tendo como fim, colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi dito, escrito ou filmado sobre determinado assunto” (Lakatos; Marconi, 2007, p. 66). Dessa forma, a utilização de autores com embasamento teórico e metodológico foi fundamental para o aprofundamento da pesquisa.Como procedimento técnico-metodológico, fizemos um estudo de campo, utilizando questionários como instrumentos de coleta de dados para a sua organização e análise.

Análise e discussão dos dados obtidos na pesquisa

A construção dos questionários se deu a partir do objetivo de compreender a contribuição do Estágio Supervisionado em Gestão Escolar para a formação do aluno graduando em Pedagogia. Foi aplicado aos que cursaram as três disciplinas referentes à gestão (Gestão da Educação Básica I e II e Estágio Supervisionado em Gestão da Educação Básica), ofertadas na matriz curricular do curso de Pedagogia.

Quarenta alunos do 9º semestre de Pedagogia, dos turnos matutino e noturno de uma universidade, responderam ao questionário de 13 questões fechadas e 3 abertas, respondidas por 36 alunos pelo e-mail e 4 via WhatsApp.

Nessa perspectiva, iniciamos o questionário com a primeira questão sobre o interesse dos alunos em atuar no âmbito da gestão educacional. 47% dos entrevistados do 9º semestre de Pedagogia afirmaram terem interesse em atuar em gestão, enquanto 45% ainda não têm certeza e 8% dizem não ter interesse na área.

Constata-se uma boa quantidade de alunos com interesse em atuar na área.Por outro lado, existe um número também alto de alunos que ainda não se decidiram. Entre os fatores que podem acarretar esse percentual, destacam-se a falta de entendimento a respeito da atuação do gestor ou a ausência de conhecimentos suficientes sobre o tema.

O cargo de gestor escolar exige conhecimento. Portanto, levantou-se a seguinte pergunta: será que os estudantes adquirem conhecimento suficiente durante a graduação para atuar na gestão educacional? Devido à abrangência da pergunta, destaca-se não ser possível respondê-la, mas fica à disposição para outros pesquisadores que possam vir a pesquisar a respeito no futuro.

Sobre o ponto de vista de estar preparado para atuar nas funções relacionadas à gestão escolar, a pesquisa demonstra que do total de entrevistados, 50% disseram estar pouco preparados e 8% disseram estar despreparados e 12% disseram estar preparados. Somente 2% responderam estar muito bem-preparados à função. Além desses, 28% afirmaram estar medianamente preparados.

Pode-se apontar como possíveis motivos para esse alto percentual, a falta de abertura dos núcleos gestores, por causa do desinteresse dos alunos em relação ao estágio ou mesmo por causa da insegurança frente ao trabalho com a gestão. Segundo Saviani (1986, p. 190),

é preciso dizer que o diretor de escola é antes de tudo, um educador; antes de ser um administrador ele é um educador. Mais do que isso: em termos ideais, ele deveria ser o educador por excelência dado que, no âmbito da unidade escolar, lhe compete a responsabilidade máxima em relação a preservação do caráter educativo da instituição escolar.

Em relação ao estímulo que o curso de Pedagogia oferece aos alunos para atuarem na gestão, 20% responderam que o curso estimula, 25% responderam que não estimula e 55% que nem sempre se sentem estimulados.

Esses números permitem refletir que a falta de motivação no curso de Pedagogia é um fator bastante relevante. Supõe-se que a falta de estímulo pode acontecer, porque os alunos não participaram nem observaram eventos e/ou atividades relacionadas ao ambiente da gestão escolar.

Pensando na ideia de motivar os alunos para atuarem na gestão escolar, os professores das disciplinas (Gestão da Educação Básica I e II) poderiam desenvolver mais atividades práticas relacionadas à gestão escolar e o departamento organizar mais eventos que discutissem o assunto, proporcionando mais conhecimentos e experiência aos alunos. Assim, quando esses iniciassem uma disciplina de Estágio Supervisionado em Gestão da Educação Básica, teriam mais noções a respeito de como ocorre todo o processo.

Quando questionados sobre a compreensão do que seja uma gestão democrática durante o estágio, 18% disseram que não foi possível compreender, 30% afirmaram que nem sempre compreendem e 52% disseram que compreenderam. Tomando por base esses dados, foi perguntado se as escolas onde estagiaram buscam construir uma gestão democrática. 67% disseram que “sim”, 5% manifestaram que “não” e 28% responderam “nem sempre”.

Observa-se, portanto, que na grande maioria das escolas, os núcleos gestores buscam desenvolver uma gestão democrática motivando os pais, professores, funcionários e comunidade escolar a participarem de forma mais ativa do funcionamento da escola. Para reforçar a ideia de gestão escolar democrática, Oliveira (2016, p. 16) explica que “a gestão escolar democrática se constitui como ato político, uma vez que implica em tomada de decisões dos envolvidos sejam eles: pais, alunos, professores, funcionários e a própria comunidade local”.

O próximo questionamento refere-se ao projeto político-pedagógico (PPP) da escola. Sobre ele, 18% afirmaram não ser possível perceber se os aspectos que dizem respeito às atividades relacionadas à gestão se concretizam na prática ou não. 60% disseram que mais ou menos se concretizam e 22% dos alunos declararam que os aspectos se concretizavam na prática. De fato, esse número é bastante baixo e mostra que muitos gestores não estão fazendo uso eficiente do PPP.

O projeto político-pedagógico, ao se configurar como projeto “norteador”, define os caminhos que a escola deverá seguir. Sendo assim, é necessário que este documento ultrapasse a teoria e o engavetamento, e seja, uma base prática, da unidade escolar. Já que sua elaboração, muitas vezes acontece apenas como forma de cumprimento legal, e marcado pelo descomprometi mento da equipe escolar, o PPP permanece arquivado, engavetado, esquecido e inacessível aos membros da escola (Oliveira, 2016, p. 16).

A questão seguinte procurou esclarecer se o núcleo gestor disponibilizou abertura para os conhecimentos das atividades relacionadas à gestão e 30% disseram que nem sempre foi disponibilizado, 32% afirmaram que sim, foram disponibilizados, e 38% que não foram.Muitos alunos, no momento do Estágio Supervisionado em Gestão, vão com o intuito de adquirir novos conhecimentos, mas para alguns gestores o estagiário está ali como uma ameaça. Assim, ele acaba não dando a abertura necessária aos estudantes e eles não conseguem ter um aproveitamento satisfatório durante a disciplina de estágio.

Com a chegada dos estagiários nas escolas, os gestores parecem se sentir ameaçados como se estivessem sendo avaliados e sentem medo de que futuramente possam vir a perder seu emprego. Ressaltada essa preocupação, salienta-se que os estagiários não estão para avaliar os trabalhos dos gestores, mas para aprender com eles, na prática, como aplicar o que foi assimilado, na teoria, em sala de aula.

O questionamento seguinte procura identificar se os núcleos gestores estão disponibilizando abertura para os estagiários participarem dos eventos que acontecem dentro do ambiente escolar. 38% dos núcleos gestores não dão abertura suficiente para os estagiários participarem dos eventos relacionados à escola. Apenas 30% disseram que sim e 32% afirmaram que nem sempre. Entende-se que os estagiários, por não terem chance de participar, perdem a oportunidade de desenvolverem as suas habilidades ou de compartilhar informações, trocar/partilhar conhecimentos. Para Libâneo (2001, p. 80), “o conceito de participação se fundamenta no de autonomia que significa a capacidade das pessoas e dos grupos de livre determinação de si próprios, isto é, de conduzirem sua própria vida”. É uma oportunidade para todos vivenciarem experiências que irão repercutir em suas vidas, seja no campo pessoal quanto no campo profissional, ganhando autonomia para lidar com os problemas de forma individual ou coletiva.

Na questão a seguir, buscou-se identificar se, durante os dias de estágio, os estagiários perceberam um bom envolvimento entre o núcleo gestor, alunos e comunidade escolar. 72% declararam que houve um bom envolvimento e 28% responderam “mais ou menos”. Com base nesses resultados, percebemos que os gestores tiveram um bom envolvimento e sempre buscaram aproximação com toda a comunidade escolar, podendo proporcionar-lhes uma gestão democrática.

Na perspectiva de o estágio possibilitar conhecimento suficiente para assumir um cargo futuramente, os dados obtidos não foram muito satisfatórios. Apenas 10% disseram estar preparados, 30% mais ou menos e 60% não se consideraram preparados. Esses resultados mostram que o número de alunos que disseram estar preparados é muito baixo, mas vale ressaltar que os alunos podem ter conhecimento suficiente acerca das atividades relacionadas à gestão, contudo podem não se sentir preparados para assumirem o cargo. De acordo com Oliveira e Cunha (2006, p. 7), o objetivo do estágio é proporcionar ao aluno a oportunidade de aplicar seus conhecimentos acadêmicos em situações da prática profissional, criando a possibilidade do exercício de suas habilidades.

Corroborando a ideia de que o estágio em gestão escolar proporciona conhecimento acerca do trabalho dos profissionais na área, a pesquisa revelou que 30% responderam sim, proporciona, enquanto 57% responderam mais ou menos e 13% afirmaram não, número alto, tendo em vista que a duração do estágio é longa para não adquirir conhecimento.

O próximo questionamento diz respeito ao desempenho dos estagiários durante o estágio. A pesquisa aponta que 10% tiveram um desempenho excelente, 16% um desempenho ruim, 35% regular e 39% um desempenho ótimo. Esse número revela que, mesmo com o núcleo gestor não dando a “oportunidade de aprendizagem da profissão docente e da construção da identidade profissional” (Pimenta; Lima, 2012, p. 99-100) suficiente, eles estão se dedicando e se esforçando ao máximo para adquirir conhecimento.

É necessário que o professor da disciplina de estágio, juntamente com o gestor escolar, acompanhe os estagiários durante todo o processo. Vale ressaltar que o percentual de alunos que considerou ter tido um desempenho ruim, pode ter ocorrido por vários motivos, como por exemplo, a falta de abertura dos núcleos gestores para o conhecimento das atividades, como apresentam os dados anteriores, a baixa dedicação dos alunos durante o estágio ou, até mesmo, o desinteresse em atuar na área.

Quando se trata da atuação do núcleo gestor, de acordo com a avaliação dos estagiários, 7% afirmaram ter sido excelente, 47% ótimo, 35% regular, 8% ruim e 3% deles, segundo a pesquisa, disse ter sido péssimo. Esse resultado demonstra que, na opinião dos alunos, uma minoria dos núcleos gestores presentes nas escolas ainda não desenvolvem trabalhos satisfatórios em termos de gestão escolar.

No questionário, três questões abertas foram criadas com o intuito de identificar quais foram as vivências mais importantes durante o estágio, as dificuldades enfrentadas pelos alunos e o que pode ser feito para melhorar o estágio em gestão.Em relaçãoàs experiências vivenciadas durante o estágio, perguntamos quais foram as mais importantes do ponto de vista dos entrevistados. A maioria afirmou ter sido a participação em eventos, tais como, feira de ciências, criação de projetos, reuniões, palestras e organização de um bazar pelo núcleo gestor junto aos alunos.

Conforme os dados da questão aberta, para a maioria houve experiências vivenciadas. No entanto, ao analisar os dados, observou-se um impasse. Talvez os entrevistados não tenham sido fidedignos às respostas por receio de falar realmente o que vivenciaram. A entrevista com a coordenação também foi uma vivência muito importante. Diante das dúvidas existentes, os estagiários puderam perguntar, percebendo também as dificuldades do outro e entendendo um pouco sobre a parte técnica e burocrática da escola.

Em relação às dificuldades enfrentadas pelos estagiários, a principal adversidade foi a pouca abertura de gestores às vivências concretas escolares.Corroborando com essa ideia, pode-se observar que os núcleos gestores presentes nas escolas buscam envolver alunos e funcionários nas atividades, mas quando se trata dos estagiários, isso não acontece. Os estagiários, tendo abertura no espaço escolar, podem observar os problemas de fora e, a partir disso, desenvolver projetos com a orientação do professor e do núcleo gestor da escola, auxiliando na resolução ou na amenização de situações adversas.

A dificuldade de os estagiários serem aceitos nas escolas foi bastante ressaltada. Isso ocorre, porque os gestores se sentem ameaçados com a presença de estagiários, esquecendo que estão ali para aprender com eles a serem profissionais gestores.Em alguns casos, os diretores não expressam confiança para um diálogo, como afirma o estagiário A1:

Na primeira escola o diretor não nos recebeu, não quis nem saber de onde éramos ou o que queríamos, durante os três dias nos sentíamos como se estivéssemos invadindo um lugar que não nos pertencia, todos nos olhavam como se não fôssemos bem-vindos. Na segunda escola, o caos se multiplicou, a primeira vez que fomos, não fomos recebidas, votamos uma segunda vez e a diretora disse que só ia nos receber à tarde.

A distância e o horário também foram mencionados como dificuldades do horário noturno. Para eles, o fato de o estágio ser à noite, fica mais difícil manter contato com diretores e coordenadores, pois normalmente estão presentes durante o dia.Em vista dessas dificuldades, os entrevistados foram questionados sobre o que poderia ser feito para melhorar o estágio supervisionado em gestão escolar: os gestores e coordenadores disponibilizarem mais abertura ao diálogo para os estagiários. Assim, teriam a oportunidade de assimilar mais conhecimento e, no término do curso, estariam aptos e estimulados a se interessassem pela área da gestão.

Outra sugestão mencionada foi a formalização de parcerias entre a escola e a universidade, facilitando a entrada dos estagiários nas instituições de ensino, pois o estágio pode beneficiar as duas instâncias. Desse modo, seria importante organizar mais eventos na universidade que discutissem as experiências dos estágios, dando oportunidades para que as escolas se sintam incluídas e possam colher os frutos dessa experiência.Poderia oferecer ainda condições para que os professores que lecionam as disciplinas de estágio supervisionado acompanhassem o desempenho dos estagiários nas escolas, zelando pelo elo entre a teoria e a prática para que o estágio, de fato, faça sentido. 

Considerações finais

A realização deste trabalho se deu a partir do objetivo de compreender a contribuição do Estágio Supervisionado em Gestão Escolar para a formação dos alunos graduandos em Pedagogia da URCA.

Em virtude das dificuldades encontradas durante o percurso para desenvolver a pesquisa, constatou-se que o conceito de Estágio Supervisionado sofreu muitas mudanças e melhorias no decorrer dos tempos.Mesmo diante dessas melhorias, percebemos que ainda existem muitas dificuldades em relação à aceitação dos estagiários nas escolas.

Portanto, faz-se necessário buscar meios que ajudem a resolver a questão, pois é preciso facilitar a entrada dos estagiários, a fim de que desenvolvam suas funções por meio da prática. É pertinente entender os motivos que levam a essas barreiras. Esse impedimento pode gerar no graduando uma insatisfação para atuar na área de gestão escolar. Por essa razão, as respostas e as análises feitas nesta pesquisa justificam as respostas dos sujeitos.

Vale destacar que a realização desta pesquisa trouxe resultados satisfatórios e fundamentais para a concretização de discussões acerca da temática.Com base nas respostas dos sujeitos, notou-se que os entrevistados tiveram muitas experiências importantes, como participação em eventos, em feira de ciências, na criação de projetos, em reuniões, palestras, dentre outros.

A pesquisa mostrou ainda que o diálogo entre estagiários, diretores e coordenadores pode contribuir para o desenvolvimento acadêmico, tirando as dúvidas e auxiliando os estagiários durante todo o estágio em gestão. O próprio núcleo gestor pode se beneficiar com a presença dos estagiários, levando-os à reflexão sobre a sua própria prática.

Diante dos dados colhidos, entendemos que o estágio em gestão escolar tem muito a colaborar na formação acadêmica e no bom desempenho dos envolvidos, proporcionando vivências positivas ao futuro pedagogo que pode descobrir-se, nessa trajetória, um gestor competente que venha a fazer a diferença com sua prática educacional.

Referências

BARBOSA, Andrea Haddad; ABDIAN, Graziela Zambão. Gestão escolar e formação do pedagogo: relações e implicações a partir da análise de projetos político-pedagógicos de universidades públicas. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 29, n° 4, p. 245-276. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/edur/v29n4/a11v29n4.pdf. Acesso em: 9 nov. 2020.

BRASIL. Decreto nº 75.778, de 26 de maio de 1975. Dispõe sobre o estágio de estudantes de estabelecimento de ensino superior e de ensino profissionalizante de 2º grau, no Serviço Público Federal e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 27 de maio de 1975.

BRASIL. Portaria nº 1.002, do Ministério do Trabalho e Previdência Social,de 29 de setembro de 1967. Institui nas empresas a categoria de estagiário e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 6 de outubro de 1967.

BRASIL. Decreto nº 87.497, de 18 de agosto de 1982. Regulamenta a Lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1977, que dispõe sobre o estágio de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e de 2º grau regular e supletivo, nos limites que especifica e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de agosto de 1982.

BRASIL. Decreto-lei nº 4.073, de 30 de janeiro de 1942. Lei orgânica do ensino industrial. Diário Oficial da União, Brasília, 30 de janeiro de 1942.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, n° 248, p. 833-841, 23 de dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Parecer CNE/CP nº 03/2006. Brasília: MEC/CNE, 2006.

BRASIL. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes. Diário Oficial da União, seção 1, p. 81, 08 de julho de 2008.

COLOMBO, I. M.; BALLÃO, C. M. Histórico e aplicação da legislação de estágio no Brasil. Educar em Revista, Curitiba, n° 53, p. 171-186, jul./set. 2014.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

HADDAD, Maria Angélica. Anais do I Encontro Nacional de Estágios – aspectos éticos e legais. Curitiba: UFPR, 25 a 28 de agosto de 1997.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.Metodologia do trabalho científico. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4ª ed. Goiânia: Alternativa, 2001.

LÜCK, Heloísa. Gestão educacional: uma questão paradigmática. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

LÜCK, Heloísa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Positivo, 2009.

MACHADO, Nilson José. Estágio nas licenciaturas: 300 horas. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTÁGIOS: ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS, 1. Curitiba. Anais. Curitiba: UFPR, 1997.

MINAYO, Maria Cecilia de Souza (org.); DESLANDES, Suely Ferreira; GOMES, Romeu. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 26ª ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

OLIVEIRA, Edson Coelho de. Gestão escolar: o papel do diretor na perspectiva de uma gestão participativa. Artigo científico (Licenciatura em Pedagogia), Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Nova Cruz, 2016.

OLIVEIRA, L. M.; PEREZ JR., J. H.; SILVA, C. A. S. Controladoria estratégica. São Paulo: Atlas, 2002.

OLIVEIRA, Eloiza da Silva Gomes de; CUNHA, Vera Lucia. O estágio supervisionado na formação continuada docente a distância: desafios a vencer e construção de novas subjetividades. RED. Revista de Educación a Distância, 2006. Disponível em:  http://www.um.es/ead/red/14/. Acesso em: 30 jun. 2020.

PENTEADO, Fernanda. Gestão escolar: conheça os 7 pilares fundamentais. SAE Digital, 22 de maio de 2018. Disponível em: https://sae.digital/gestao-escolar/. Acesso em: 22 set. 2019.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 11ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.

PIMENTA, Selma Garrido. Estágio: diferentes concepções. In: PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena (org.). Estágio e docência. José Cerchi Fusari (rev. téc.). São Paulo: Cortez, 2004.

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.

PILETTI, Nelson: Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental. 26ª ed. São Paulo: Ática, 2002.

SACRISTÁN, J. G. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica.São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1986.

Publicado em 20 de junho de 2023

Como citar este artigo (ABNT)

ALENCAR, Gerlanio Alexandrino de. Estágio Supervisionado em Gestão Educacional e suas implicações para o processo de formação do pedagogo. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 23, nº 23, 20 de junho de 2023. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/23/22/estagio-supervisionado-em-gestao-educacional-e-suas-implicacoes-para-o-processo-de-formacao-do-pedagogo

Novidades por e-mail

Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso mailing

Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário

Deixe seu comentário

Este artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.