Contribuições das tecnologias da informação e comunicação nos processos de ensino e aprendizagem de estudantes surdos
Glaudia da Silva Pereira
Licencianda em Computação (IF Sertão Pernambucano)
Maria do Socorro Araujo de Freitas
Docente (IF Sertão Pernambucano), mestre em Ensino (Univates)
Na sociedade atual, com a evolução da tecnologia, existem várias ferramentas que podem ajudar na comunicação entre ouvintes e surdos. Estes últimos vêm, ao longo do tempo, conquistando seus direitos. Contudo, ainda enfrentam muitas barreiras comunicacionais nos mais diversos setores da sociedade.
A falta de um sentido nas pessoas surdas não as impede de atuar com eficiência em diversas áreas no mercado de trabalho, desde que tenham recebido uma educação adequada à sua condição de “ser visual”. Assim, a Educação de Surdos vem aos poucos obtendo grandes conquistas, como a lei que torna obrigatória a disciplina de Libras nos cursos de Fonoaudiologia e de formação de professores. Foi ao cursar a disciplina de Libras ofertada pelo curso de Licenciatura em Computação do IF Sertão Pernambucano, que me despertou a curiosidade para aprofundar mais o conhecimento sobre pessoas surdas. Mas o interesse maior partiu da convivência com uma pessoa surda muito próxima e por ser uma área ainda muito carente de profissionais e pouco valorizada.
As tecnologias de informação e comunicação (TIC) potencializaram a comunicação e o aprendizado das pessoas surdas, pois possibilitam mais acessibilidade e entendimento mais amplo sobre os assuntos estudados em sala. Nesse sentido, podemos dizer que algumas dessas tecnologias favorecem a inclusão.
Os estudos da linha de pesquisa Uso das TIC na Educação do Surdo subsidiaram a elaboração da pesquisa Contribuições das Tecnologias da Informação e Comunicação nos Processos de Ensino e de Aprendizagem de Estudantes Surdos. A presente pesquisa tem como objetivo analisar como o uso de tecnologias da informação e comunicação podem auxiliar os intérpretes de Libras a mediar os conteúdos na sala de aula e identificar softwares que possam auxiliar os estudantes surdos. Os objetivos específicos são: identificar os softwares educacionais que podem ser utilizados nas atividades cotidianas e verificar como as tecnologias auxiliam na inclusão dos estudantes surdos. Para desenvolvimento desta pesquisa, foram executados os seguintes passos:
- Reunir artigos relacionados ao assunto;
- Analisar esses artigos;
- Apresentar ferramentas que possam ser utilizadas na educação.
Buscou-se reunir informações com o propósito de responder ao seguinte problema de pesquisa: quais as contribuições das TIC para os intérpretes de Libras no processo de mediação dos conteúdos e para os estudantes surdos no processo de aprendizagem?
A presente pesquisa se justifica com base no atual cenário, em que as pesquisas mostram que a quantidade de pessoas com deficiência auditiva, que é a perda parcial ou total da audição, vem crescendo no Brasil. Segundo o censo do IBGE realizado em 2010, 23,9% da população brasileira possuem algum tipo de deficiência; a deficiência auditiva é estimada em 5,10% da população. Todo esse crescimento da população com deficiência requer que a sociedade trace um plano para inclusão desses cidadãos.
Metodologia
A pesquisa é de natureza qualitativa e de caráter descritivo. Foi realizado um mapeamento sistemático que segue os passos citados por Júnior e Silva (2016); são utilizadas no processo para a coleta do mapeamento sistemático cinco etapas:
- Buscar referências,
- Selecionar as referências em um repositório organizado,
- Filtrar essas referências,
- Relato dos resultados,
- Controle de processo e apresentar as referências em termos gerais.
Nesse mapeamento sistemático, foram analisados relevantes artigos publicados originalmente em língua portuguesa de 2015 a 2020, tendo como referências os dados do SciELO Periódicos e Google Acadêmico, obtendo um total de catorze artigos científicos, dos quais foram selecionados os cinco estudos de maior evidência científica.
A estratégia de busca utilizada foram as seguintes combinações de palavras-chave: intérpretes e Educação de Surdos; tecnologia da informação e comunicação (TIC) e intérpretes, tecnologia da informação e comunicação (TIC) e surdos, tecnologia da informação e comunicação (TIC) na educação. Os critérios de inclusão e exclusão foram julgados como o ano da publicação e a relevância do estudo.
Tecnologia da informação e comunicação (TIC)
As tecnologias da informação e comunicação (TIC) são entendidas como os meios técnicos que auxiliam na comunicação e tratamento da informação, em hardware e software. Segundo Silva (apud Vieira, 2011), a configuração interativa dessas tecnologias permite aos utilizadores tornarem-se ativos no papel do fazer, tornando a comunicação não só um trabalho de difusão, mas também uma cocriação da informação e da própria comunicação.
A utilização das TIC pode ser entendida como a troca de ações, o controle e a modificação de conteúdo; com tudo isso, os usuários dessas tecnologias podem ouvir, visualizar, ler, gravar, retornar, encaminhar, selecionar, processar e enviar qualquer tipo de mensagem a partir de diversos lugares; em suma, a interatividade nos permite transcender o estado de espectadores passivos.
Com tanta facilidade no meio tecnológico, essas opções em sala se tornam grandes aliadas, pois o estudante surdo pode visualizar mídias voltadas para assuntos, ler, gravar e até mesmo produzir mídias para compartilhar com os colegas, formando um grupo de debate e tirando dúvidas, passando de simples receptor para produtor de conteúdo.
Assim, na educação de surdo, o tradutor/intérprete é responsável por facilitar a comunicação, de maneira neutra;ele deixa de ser somente emissor e passa a buscar informação e comunicação, tornando-se uma exigência a mudança nas práticas educacionais que dizem respeito ao uso das TIC como facilitadoras no processo de comunicação entre intérpretes e surdos. Segundo Vieira (2011, p. 1),
A sociedade atual vivencia um amplo processo de transformação no que dizrespeito à intensificação do acesso à comunicação e informação. Trata-se da sociedade do conhecimento, na qual os saberes são transitórios e há necessidade de estarmos constantemente aprendendo, construindo novos conhecimentos. O espaço educacional, não diferente de outros espaços, mas de um modo particular, tem sido cada vez mais demandado na perspectiva de se experienciar novas formas de construção e difusão do conhecimento.
Os recursos tecnológicos, se utilizados de forma adequada no cenário educacional, ampliam as alternativas que intérpretes e surdos têm para a complexidade do aprender, tornando o processo mais interativo.
A comunicação é a ferramenta base para viver em sociedade, e as TIC vieram para revolucionar essa era. Segundo Juan Ignacio Pozo (apud Leite; Ribeiro, 2011, p. 175), “as tecnologias estão possibilitando novas formas de distribuir socialmente o conhecimento, que estamos apenas começando a vislumbrar”; a era da modernidade traz exigências de mudança na educação, a forma de ensino tradicional utilizada no século XX já não se encaixa na educação atual, pois o estudante passou a ser ativo em sala e a atualidade faz com que se insiram novos métodos e modos de ensinar esse sujeito.
O tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais
O tradutor e intérprete de língua de sinais é o profissional que traduz e/ou interpreta de uma dada língua de sinais para outra língua de sinais ou para língua oral e vice-versa, em quaisquer modalidades que se apresentar (Febrapils, 2014). Esse profissional deve ser neutro, ter confiabilidade e fidelidade nas informações, ser discreto e manter distância profissional.
Quadros (2007) corrobora que o intérprete é o profissional que domina a língua de sinais e a língua oral do país e que é qualificado para desempenhar tal função. No Brasil, o intérprete deve dominar a Língua Brasileira de Sinais e a língua portuguesa.
De acordo com Carvalho e Martins (apud Bastos, 2018), o tradutor é aquele que traduz da escrita para a fala, diferentemente do intérprete, que trabalha com a língua falada, e se vê diante da tarefa de ensinar e traduzir; ele está ativando o efeito apropriado de incorporar possibilidades à experiência educacional. Entretanto, devemos evitar a quase ingenuidade de acreditar que a tradução por si só já promove a inclusão, o que é incorreto porque a tradução pode somente desempenhar bem seu papel técnico.
Os intérpretes educacionais facilitadores da comunicação, que têm garantido que as pessoas surdas usuárias da Língua Brasileira de Sinais tenham acesso à informação, são profissionais que atuam principalmente em salas de aula junto aos professores. Entende-se que o professor é o principal responsável pelo ensino e aprendizado do estudante e que o intérprete está responsável pela mediação de todos os conteúdos, porém esses papéis muitas vezes são confundidos quando é exigido do intérprete que tenha conhecimento técnico das matérias para ensinar ao estudante e acaba fazendo papel de professor.
Bastos (2018) aponta que o professor continua a ser o responsável pelo ensino ao estudante, mesmo o intérprete tendo papel significativo na construção do saber. Cabe ao intérprete escolher estratégias de interpretação que tornarão o mais claro o entendimento de determinado conteúdo. Nesse contexto, o papel do intérprete chega próximo ao papel do professor e tem a oportunidade de levar as TIC para sala de aula, desenvolvendo assim um processo de aprendizado que incentiva o estudante. Quando o intérprete faz videochamadas, envia vídeos explicando os assuntos ou até mesmo enviando PDF direcionados para esses estudantes, são ótimos exemplos de uso de tecnologias em sala que podem contribuir facilitando a compreensão.
No processo de ensino-aprendizagem, entende-se o despreparo que as instituições têm ao receber o estudante surdo; o intérprete também pode promover projetos que possam favorecer esses estudantes. O intérprete, o professor e o estudante são componentes que juntos podem fazer a diferença em termos de inclusão e, juntando a tudo isso as tecnologias da informação e comunicação, é possível transpor as barreiras encontradas no processo, trazendo melhorias para todas as partes. Montoya, citado por Costa e Souza et al. (2016, p. 3), acrescenta que “as ferramentas TIC devem ser usadas como uma forma de transpor algumas das muitas barreiras existentes na inclusão social. Conforme observa, as barreiras podem ser vistas como oportunidades para o acesso à informação, à comunicação e à aprendizagem”.
Muitas barreiras podem ser rompidas quando o professor consegue se comunicar com o estudante, tirando dúvidas e ampliando o seu mundo de conhecimentos. Exemplos de rompimento acontecem quando o professor cria aulas expositivas, dinâmicas, atividades inclusivas ou trabalhos em grupo em que os estudantes ouvintes e surdos conseguem se comunicar. Existem vários softwares, como Vlibras e Hand Talk, que facilitam essa comunicação, além de tecnologias que os professores podem compartilhar, podendo passar o assunto de forma que facilite o entendimento do estudante, transpondo essas barreiras e promovendo boas situações de aprendizagem.
Processo de ensino-aprendizagem de estudantes surdos
Para que de fato o estudante surdo seja incluído, é necessário que a escola o compreenda como um ser capaz,utilizando estratégias que potencializam o ensino para todos com igualdade. Segundo esclarecem Nascimento e Santos (2011, p. 10), percebe-se que,
diante da proposta de inclusão escolar, seria o rompimento com as velhas práticas de ensino e de reprodução do ensino; no entanto, o que se constata é o discurso já institucionalizado de uma significativa parcela de professores que alegam não saber trabalhar com a inclusão e de “não estar preparado para”, é o habitus adquirido, que extrapola a imposição legal e se manifesta consciente ou inconscientemente nas insistentes práticas excludentes de ensino, pois são práticas homogeneizadas quando deveriam ser heterogêneas.
Proporcionar ao estudante a participação em aulas interativas mediante as TIC é uma prática que pode levar à inclusão do estudante surdo. Porémas tecnologias utilizadas nas aulas devem ser de modo que os estudantes tenham como enfrentar os problemas e buscar as soluções, assim procurando a construção colaborativa do conhecimento, quebrando as velhas práticas de ensino.
Com essas mudanças na educação, o estudante deixou de ser somente um receptor de informações e passou a engajar-se na construção da educação; todavia, a Educação de Surdos ainda é precária. Martins e Lins (2015, p. 3) afirmam que,
sem uma educação de qualidade, muitos surdos acabam por apresentar dificuldades ao longo de todo o seu processo de escolarização e têm seu desempenho avaliado como insatisfatório, o que é absolutamente equivocado e injusto. Assim, na lógica ouvinte de avaliação dos surdos, ignora-se com frequência suas potencialidades, promovendo uma reiterada exclusão escolar, na qual alguns ainda persistem e permanecem, enquanto outros retornam em idade avançada, pela Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Com todas as dificuldades no processo de escolarização, o surdo não consegue absorver o conhecimento, o que traz grande dificuldade para a comunidade surda, deixando seus integrantes excluídos e perdendo pessoas de grande potencial que têm muito a contribuir com o país. Contudo, as tecnologias vêm mudando toda essa história dos surdos.
As tecnologias na sala de aula deixam o ambiente mais interativo, pois os estudantes do século XXI não conseguem desconectar-se delas; desse modo os professores e intérpretes têm que chamar a atenção dos estudantes por meios diversos, deixando o estudante familiarizado e atraído pelo assunto abordado.
Os avanços tecnológicos trouxeram uma avalanche de informações e modificações na vida das pessoas surdas; na educação não é diferente: essas tecnologias impactam o ambiente. Desse modo, o estudante que tem contato com as tecnologias pode receber e transmitir conhecimento a todo instante na palma da mão, em segundos, formando assim uma rede de aprendizado e conhecimento. Segundo Martins e Lins (2015,p. 201), “o uso das tecnologias para o ensino-aprendizagem dos estudantes atingiu de maneira tão significativa que os mesmos desejaram levar para fora da escola”.
Com o desenvolvimento das TIC, a conexão vem a ser uma prioridade, pois aqueles que não estão conectados às tecnologias e não têm acesso às informações estão automaticamente excluídos; os surdos têm necessidade de vivenciar isso durante a formação. Na atualidade, quem tem a informação está um passo à frente, as TIC podem contribuir para que os estudantes possam ter acesso às informações a quilômetros de distância por meio da conexão, o que no passado, para os surdos, não era possível. As informações distribuídas na rede fazem com que os estudantes tenham melhor engajamento na construção do conhecimento. Thoma e Pellanda (2006,p. 3) afirmam que
quem tem acesso ao dilúvio de informações hoje disponíveis pode ser considerado incluído, [...] e aqueles que não têm o mesmo acesso são os desconectados do nosso tempo e surgem como mais uma categoria de deficientes/anormais.
Vivemos em uma sociedade em que todos estão conectados; incluir o surdo nesse processo é importante para que eles contribuam com a sociedade não só com mão de obra qualificada, mas para assegurar que os direitos humanos de pessoas surdas sejam respeitados; as TIC podem auxiliar o acesso comunicacional em Libras em espaços públicos, físicos e virtuais, assim como a educação a partir da perspectiva surda.
Resultados e discussão
Sabe-se que a educação de pessoas surdas deve ser mediada por meio da Libras e os professores e intérpretes precisam adaptar-se para utilizar asferramentas com as metodologias, pois é um direito do surdo ter sua capacidade explorada ao máximo, sem distinção. A seguir apresentamos os artigos selecionados. No Quadro 1 estão os dados dos artigos escolhidos.
Quadro 1: Artigos selecionados
Título |
Autor/ano |
Fonte |
Interlib: ferramenta colaborativa para tradutores e intérpretes de Libras |
Machado (2020) |
Monografia Universidade Federal do Pará - Núcleo de Desenvolvimento Amazônico em Engenharia - Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada |
O WhatsApp como ferramenta de ensino aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais - Libras |
Dias e Dias (2019) |
Brazilian Journal of Development |
A utilização do aplicativo Hand Talk como ferramenta de apoio aos professores de Ciências na Educação Inclusiva |
Oliveira et al. (2019) |
Revista Interdisciplinar de Tecnologias e Educação, v. 5, nº 1, Ed. Especial: VI Simpósio de Ensino de Ciências (SEC) |
Complementaridade e oportunidade: práticas docentes na Educação de Surdos mediadas pelas tecnologias da informação e comunicação (TIC) |
Pereira e Krieger (2018) |
I Seminário Nacional de Formação Docente e Práticas de Ensino |
O uso de tecnologias para a tradução e interpretação da Língua Brasileira de Sinais |
Silva (2020) |
Universidade Federal de Santa Catarina – Bacharelado em Letras - Libras |
No Quadro 2, expomos objetivos, metodologias/instrumentos utilizados e resultados encontrados nos artigos.
Quadro 2: Objetivos, metodologias/instrumentos e resultados
Artigo |
Objetivo |
Metodologia/Instrumento |
Resultados |
Interlib: ferramenta colaborativa para tradutores e intérpretes de Libras |
Desenvolver uma ferramenta colaborativa para ser mecanismo de acessibilidade da informação, socialização de sinais, suporte e interação entre esses profissionais |
Utilizou-se uma metodologia híbrida em seu processo de desenvolvimento baseado em técnicas comuns de engenharia de software e especificação de requisitos. Foi realizada uma avaliação qualitativa, de caráter exploratório, com orientação analítica descritiva, mediante entrevistas semiestruturadas |
A ferramenta desenvolvida poderá ser utilizada na área computacional como modelo para construção de ferramentas colaborativas utilizadas para fins de compartilhamento de conhecimento para públicos específicos |
O WhatsApp como ferramenta de ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais - Libras |
Analisar como a Libras vem sendo adquirida e difundida por meio do aplicativo |
A pesquisa é de natureza qualitativa, um estudo de caso realizado em dois grupos de WhatsApp, em que há a participação ativa de surdos, deficientes auditivos, ouvintes, intérpretes e professores de Libras de todo o Brasil |
Verificou-se que os grupos conseguem atingir seus objetivos quanto à aprendizagem e difusão da Libras por meio das conversas no WhatsApp e do arquivamento dos sinais no Google Drive, serviço de armazenamento gratuito e online na nuvem |
A utilização do aplicativo Hand Talk como ferramenta de apoio aos professores de Ciências na Educação Inclusiva |
Discorrer sobre a utilização das TIC como possíveis ferramentas de inclusão na sala de aula, visando à plena aprendizagem do estudante surdo |
Levantamento bibliográfico, análise e avaliação de estudos e pesquisas publicados em anais, revistas, dissertações de mestrado e teses de doutorado que tratassem do tema e que apresentassem as possibilidades da utilização desse aplicativo como apoio para o professor de Ciências e como ferramenta de comunicação entre o professor e o estudante |
Resultados apontam para a viabilidade de esse recurso favorecer a aprendizagem do estudante com surdez, além de perceber, com a presente pesquisa, a necessidade de desenvolver mais pesquisas que tratem do tema, dadas as poucas publicações a respeito |
Complementaridade e oportunidade: práticas docentes na Educação de Surdos mediadas pelas tecnologias da informação e comunicação (TIC) |
Investigar as contribuições que as TIC podem outorgar à prática pedagógica de docentes envolvidos com a Educação Bilíngue de surdos na Educação Básica |
O corpus de análise foram cinco ferramentas seletas devido à facilidade de acesso e gratuidade |
Nesse contexto, as TIC favorecem a concepção de momentos educacionais orientados pela atenção à cultura surda, pois propiciam a infusão de elementos visuais às aulas; para atender modalidade visual espacial da língua de sinais, tais elementos são indispensáveis |
O uso de tecnologias para a tradução e interpretação da Língua Brasileira de Sinais |
Conhecer as contribuições que as TIC têm agregado ao cotidiano laboral dos profissionais tradutores e intérpretes de Libras, identificando as que eles mais utilizam no processo tradutório e interpretativo |
O trabalho é de natureza descritiva, com viés qualitativo |
Verificou-se que os respondentes demonstraram utilizar recursos ou ferramentas tecnológicas que contribuem no exercício de sua função comotradutores e intérpretes de língua de sinais e língua portuguesa, o que tem propiciado um processo de formação constante para entregar um trabalho eficiente às pessoas para as quais presta serviço, surdos e ouvintes |
No primeiro artigo, Machado (2020) fala dos benefícios que as tecnologias móveis têm para a aprendizagem. O autor destaca que todos os avanços e inovações nos dispositivos trazem recursos que ultrapassam as funções de ligação e envio de torpedo, são acessíveis e permitem a interação e a divulgação de sinais, acesso a comunicação e informação, videoconferências, chat, fórum, podendo auxiliar no aperfeiçoamento da aprendizagem e contribuir para a inclusão não apenas social, mas também a digital.
Nesse sentido, Dias e Dias (2019) destacam que os aplicativos móveis têm contribuído de forma grandiosa para disseminação da língua de sinais brasileira; esses recursos visuais podem contextualizar e fornecer significados às palavras,dando,assim, um destaque maior para a aula; alguns aplicativos podem ser utilizados para incrementá-las.
O Libraflix é um exemplo de aplicativo que pode ser utilizado com estudantes surdos, pois oferece filmes, séries e documentários com conteúdo em Libras, além de glossário em Libras e sinais com variações de região. Um detalhe interessante é que são intérpretes reais, além da funcionalidade de poder gravar vídeos e mandar para ser inseridos na plataforma. O aplicativo é baseado na Netflix, que é preciso assinar, e após um tempo determinado passa a cobrar uma taxa, porém pode ser cancelada a qualquer tempo.
Esse aplicativo pode dar destaque maior às aulas, pois intérpretes e professores podemincluir filmes e documentários que fazem parte do assunto estudado, podem usar o glossário para descobrir os significados das palavras e até mesmo gravar vídeos com novos sinais para serem inseridos na plataforma, utilizando essa tecnologia adequadamente.
Dias e Dias (2019) argumentam, no segundo artigo, que a tecnologia utilizada de forma adequada faz grande diferença no ambiente escolar, na vida pessoal e na profissional de pessoas surdas; Sena e Melo (2018, p. 2) acrescentam que
as tecnologias de informação e comunicação têm impactado nas relações sociais e nos modos de produção de conhecimento, nas práticas de conhecimento e nas práticas de letramento e escrita. São ferramentas que facilitam a inclusão do estudante surdo, pois para estes os recursos tecnológicos são alternativas de comunicação e aprendizagem, por serem tecnologias visualmente acessíveis.
Contudo, nas tecnologias também temos impactos negativos nas relações sociais quando enfrentamos riscos, como sequestro de dados, notícias falsas, ataques cibernéticos ou quando as pessoas deixam de ter contato presencial com as pessoas próximas, mas procuram na rede conexões com pessoas específicas que deixaram o mundo real e se concentram apenas no virtual; o intérprete pode orientar o estudante a entender a existência desses pontos de risco e mostrar como se proteger. No entanto, as TIC beneficiam setores como a educação, pois são tecnologias que promovem o processo inclusivo em sala de aula, auxiliam na aprendizagem da Libras, no letramento e escrita, quando existem texto escrito, cores, imagens, gráficos, vídeos ou ferramentas com recursos visuais.
Outro aplicativo desenvolvido para ajudar na escrita e letramento do estudante é o Storysing, um exemplo de aplicativo que pode ser benéfico em sala, pois utiliza realidade aumentada e inteligência artificial para auxiliar na Educação Infantil; ao apontar a câmera do telefone para o texto, ele vai funcionar. Precisa de um livro físico para desencadear as ações e gestos do personagem 3D. Quando a tradução da Libras for concluída, a palavra que está sendo traduzida será destacada na tela do celular. O detalhe é que o livro físico traduzido pelo app também deve ser disponibilizado digitalmente na plataforma.
Esse aplicativo pode ajudar no letramento em sala; assim, o professor pode ensinar novas palavras para que os estudantes aprendam e introduzam sinais novos no seu vocabulário pessoal; o estudante pode ampliar sua linguagem e comunicação, facilitando, assim, o processo de ensino-aprendizagem.
Oliveira et al. (2019) relatam no terceiro artigo que a utilização das tecnologias durante o processo de ensino-aprendizagemvem se tornando uma condição essencial na inclusão, sendo de suma importância, pois possibilita que o estudante crie horizontes. Pode-se incluir o estudante em sala a partir do momento em que se exploram os conteúdos trazendo atividades possíveis de serem vistas e resolvidas em conjunto ou até mesmo facilitando a vida escolar dos estudantes por meio de envio de vídeos e documentos, realização de videoconferências; essas são atitudes simples do cotidiano que podem acrescentar muito no aprendizado dos estudantes.
Pereira e Krieger (2018) corroboram que “as TIC estão presentes no nosso cotidiano, sendo recursos valiosos que podem ser utilizados para favorecer o ensino-aprendizagem de todos; com relação aos estudantes surdos, desde as disciplinas mais simples, até as mais complexas, podem utilizar-se de tais recursos tecnológicos para explorar seus conteúdos de maneira visual e dinâmica”.Com as tecnologias presentes no nosso dia a dia, fica fácil encontrar estratégias que incluam o estudante no processo de ensino-aprendizagem; eles já estão inseridos no mundo virtual, assim pode-se buscar metodologias mais atrativas.
Para tanto, Leite e Ribeiro (2012) defendem que, para incluir as tecnologias na educação de forma positiva, é necessária a união de multifatores, podendo destacar-se: o domínio do professor sobre as tecnologias que existem, que a escola tenha uma boa estrutura física e material que possibilite a utilização dessas tecnologias durante as aulas e que professores possam se atualizar frente às mudanças.
Existem tecnologias, como o smartphone, que podem se tornar mais fáceis para estudantes e professores usarem. Embora a escola não ofereça boa infraestrutura, é possível utilizar métodos e técnicas disponíveis para facilitar o ensino de muitos conteúdos.
Pereira e Krieger (2018) afirmam no quarto artigo que aplicativos como o Hand Talk, Vlibras e Rybená têm funções semelhantes e são muito úteis em sala de aula por permitirem que os estudantes de classe bilíngue e/ou regular que não conhecem profundamente a Libras tenham acesso a uma infinidade de sinais e podem auxiliar os estudantes surdos na busca por palavras na hora dos estudos da segunda língua, por meio dos sinais que já conhecem.
Por exemplo: o Hand Talk é uma plataforma projetada para traduzir simultaneamente todo o conteúdo contido nela do português para a Língua Brasileira de Sinais. Foi criado e lançado em julho de 2013. É uma plataforma amplamente utilizada por pessoas ouvintes para aprender a língua de sinais e por surdos para aprender o português, relacionando a língua de sinais ao texto escrito no software.
Stumpf, citada por Silva (2020, p. 14), reforça que ”o computador e a internet promoveram possibilidades de comunicação ao surdo, uma vez que são tecnologias que se apresentam de forma visual”. Para que as pessoas surdas possam se comunicar, precisam de uma educação de qualidade em que interajam, recebendo e transmitindo informação; a internet possibilita muito esse fato;mídias e aplicativos trazem a possibilidade de comunicação com pessoas que moram a quilômetros de distância em uma chamada de vídeo, podem conversar sobre fatos do cotidiano e até mesmo sobre o conteúdo da sala. Contudo, para que isso aconteça, Pereira e Krieger (2018) afirmam que a forma como o uso das TIC impacta os estudantes depende da relação que o professor tem com tais recursos, um artefato tecnológico pode ou não ser pedagógico de acordo com as escolhas metodológicas efetuadas pelo docente.
Assim, Rocha e Lima et al. (2018) acrescentam que as tecnologias da informação e comunicação (TIC), a cada dia que passa, são amplamente utilizadas em ambientes educacionais, possibilitando a extensão do ensino.
O WhatsApp, aplicativo usado diariamente para troca de mensagem instantânea, é uma ferramenta que pode ser vista como benéfica para a educação, de modo que Silva (2020) mencionou que esse aplicativo se tornou uma ferramenta de interação mais rápida por possuir múltiplas funções, como mensagens de texto, chamadas de vídeo e voz, envio e recebimento de documentos em PDF. Além de gratuito, é também um aplicativo multiplataforma que pode ser utilizado em smartphones com Android e iOS e via WhatsApp Web.
Esse aplicativo é utilizado no mundo inteiro como rede social para interação, porém pode ser inserido em sala, por ser um aplicativo de trocas de mensagens que possibilita grupos fechados, em que o intérprete ou o professor podem enviar conteúdos interativos em diferentes formatos para que o estudante possa se familiarizar com os assuntos estudados. Da mesma maneira, Dias e Dias (2019, p. 10) defendem que
o aplicativo WhatsApp se configura como uma ferramenta educativa que pode possibilitar a aprendizagem e difusão da Libras; suas potencialidades estão além do que muitos imaginam, pois esse app não é apenas para troca de mensagens instantâneas, ele é uma ferramenta que possibilita a aprendizagem, a difusão e a divulgação da Libras.
O WhatsApp é uma ferramenta que há muito tempo deixou de ser uma simples rede social, passando a ser utilizada para a aprendizagem dos estudantes, pois o aplicativo, além das possibilidades de transmissão já citadas, possibilita chamadas de vídeo com até 30 participantes. Nesse contexto, o professor e o intérprete podem utilizar essas funções para transmissão e divulgação do assunto estudado em sala.
Silva (2020) defende, no quinto artigo, que as ferramentas tecnológicas são utilizadas na atuação do tradutor e intérprete de língua de sinais e língua portuguesa diariamente, auxiliando-os no ato tradutório ou interpretativo, ampliando e potencializando seu desempenho profissional. Por meio das tecnologias, os intérpretes podem aprofundar seus conhecimentos sobre a Libras, as variações linguísticas conforme cada região, vendo glossários, praticando os sinais nos aplicativos e assim ter um amplo vocabulário para apresentar aos estudantes.
Rodrigues, citado por Oliveira et al. (2019, p. 4), ressalta que “uma ferramenta possível a ser utilizada na exploração de recursos visuais a favor da educação, seriam os aplicativos virtuais, que facilitariam a integração dos estudantes surdos em sala de aula”. Por esse motivo, é interessante pesquisar aplicativos virtuais como Hand Talk e Librasflix, que podem beneficiar o ensino-aprendizagem do estudante, praticando aulas interativas e utilizando documentários, livros e vídeos acessíveis. Essas ferramentas facilitam o aprendizado do estudante; portanto, compreende-se que as TIC podem auxiliar os intérpretes de Libras no processo de mediação dos conteúdos.
Considerações finais
A pesquisa indicou que a utilização das TIC em ambiente educacional contribui para inclusão dos estudantes surdos no processo de ensino-aprendizagem. Tais recursos foram percebidos como ferramentas que permitem a construção do saber mediante materiais publicados em mídias acessíveis à comunidade surda e aplicativos que ajudam no letramento e escrita. Há softwares que, por serem ferramentas visualmente acessíveis, facilitam a comunicação entre pessoas que compartilham língua de sinais e as que não compartilham.
Ferramentas como WhatsApp, que têm recursos como mensagem de voz e texto, chamada de vídeo e voz, envio e recebimento de documentos, podem ser utilizadas pelo intérprete para envio de arquivos, trazendo o melhor entendimento do assunto abordado em sala.
O Librasflix traz filmes e documentários, disponibiliza glossário em que o surdo procura o sinal de uma palavra e descobre o significado; é uma ferramenta que traz oportunidade de entendimento dos filmes e documentários por serem traduzidos por intérpretes reais, ampliando o vocabulário e o conhecimento em diversas áreas, e pode ser uma atividade prazerosa.
O Storysing pode ser utilizado pelo intérprete de Libras para leitura de livros em sala, assim diversificando o vocabulário do estudante em palavras e sinais, pois o aplicativo traz a possibilidade de letramento e apropriação da escrita, uma vez que, quando a tradução para Libras é feita, a palavra traduzida é destacada na tela.
O aplicativo Hand Talk pode auxiliar a pessoa ouvinte a aprender o sinal, quando coloca o nome que quer aprender e o avatar 3D faz o sinal; já o surdo pode aprender o português quando vê a escrita e o sinal feito pelo avatar 3D, associando o sinal à palavra. Porém, as formas como as TIC impactam o estudante dependem de como o intérprete e o professor usam tais recursos.
Assim, essas ferramentas contribuem para a educação de surdos presencial e a distância, pois a Libras, por ser uma língua visual e o uso da sua escrita ainda é muito incipiente, tem a sua difusão dificultada. Então as TIC vêm permitindo aos estudantes, intérpretes e professores compartilhar arquivos em vídeos sinalizados que facilitam a compreensão dos assuntos estudados.
Durante a pesquisa, pôde-se observar que há poucas publicações a respeito das tecnologias que auxiliam os intérpretes de Libras na mediação com o estudante. Com o cenário pandêmico vivemos, essas ferramentas se tornaram grandes aliadas para todos, principalmente para o ambiente educacional. Inferimos que inserir as TIC em sala nem sempre é fácil, pois a maioria das escolas não possui estrutura adequada para enfrentar esses novos desafios. Nesse sentido, um espaço educacional em que o professor e o intérprete trabalham juntos para inserir as TIC no ambiente escolar pode trazer benefícios à escola e à inclusão do estudante surdo, auxiliando-o a ser ainda mais produtivo.
Espera-se que a pesquisa possa contribuir no uso de TIC na Educação de Surdos, facilitando a vida acadêmica de estudantes, intérpretes e professores. Espera-se também que possam ser ferramentas que possibilitem novas estratégias para a construção de aprendizagem, proporcionando maior interação entre esses atores da educação.
Referências
BASTOS, Ana Paula Rodrigues. Reflexões sobre a experiência de intérpretes de Libras em aulas de língua estrangeira. 2018. 39f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras-Libras) - Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Rosa, 2018.
COSTA, S. E.; SOUZA I. A. et al. Desafios na arte de ensinar inclusiva; a relação professor intérprete na inclusão do surdo. Cintend, v. 14, nº 2, dez. 2016.
DESIGN TECNOLOGIA. Conceitos didáticos. 2013. Disponível em: http://dxtdigital.com.br/det/conc-conteudo.html. Acesso em: 1 jun. 2021.
DIAS, M. L. O.; DIAS J. L. O WhatsApp como ferramenta de ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais – Libras. Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, nº 12, p. 28.832-28.842, dez. 2019.
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Publicado em 11 de julho de 2023
Como citar este artigo (ABNT)
PEREIRA, Glaudia da Silva; FREITAS, Maria do Socorro Araujo de. Contribuições das tecnologias da informação e comunicação nos processos de ensino e aprendizagem de estudantes surdos. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 23, nº 26, 11 de julho de 2023. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/23/23/contribuicoes-das-tecnologias-da-informacao-e-comunicacao-nos-processos-de-ensino-e-aprendizagem-de-estudantes-surdos
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