Percepção dos professores sobre o impacto da pandemia da covid-19 nas aulas de Educação Física em Altamira/PA

Brenno Wanderson de Castro Bragança

Licenciando em Educação Física (UEPA/Campus IX – Altamira)

Mikael de Lima Lisboa

Licenciando em Educação Física (UEPA/Campus IX – Altamira)

Laíne Rocha Moreira

Graduada em Educação Física e Pedagogia, mestra em Educação (UEPA), doutoranda em Educação (Ulbra/Canoas), professora assistente do Curso de Licenciatura em Educação Física (UEPA/Campus IX – Altamira)

Em Wuhan, na China, em dezembro de 2019, foi detectado um vírus nomeado Sars-Cov2, causador da doença covid-19 (Cazassa, 2020). De acordo com Oliveira, Ferreira e Silva (2020), as medidas de contenção do vírus, estabeleceram uma nova realidade social, possibilitando investigações em diversos âmbitos de conhecimento. Nesse viés, o isolamento e o distanciamento social foram estratégias propostas pela União, pelos Estados e Municípios no enfrentamento da emergência de saúde pública, como anuncia o Ministério da Saúde (Brasil, 2020).

As instituições de ensino tiveram que deter, abruptamente, as atividades presenciais exigindo a revisão e, consequentemente, a adoção de um novo modelo educacional (Brito et al., 2020). Assim, as escolas se viram obrigadas a repensarem as estratégias pedagógicas e acadêmicas, colocando em prática as normativas preconizadas pela Portaria nº 345/20 do Ministério da Educação (Brasil, 2020b), em que professores e alunos do ensino presencial são deslocados para as atividades educacionais em rede.

Com a suspensão das aulas presenciais, em virtude da necessidade do distanciamento social, a pandemia desafiou as escolas a adotarem o ensino à distância de forma emergencial. Desse modo, adotou-se atividades não presenciais, apoiadas pelo uso dos recursos oferecidos pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC), constituindo-se assim um caminho para minimizar as perdas causadas no campo da educação.

A partir da determinação da Portaria nº 343, de 17 de março de 2020 (Brasil, 2020a), expedida pelo Ministério da Educação (MEC), foi adotado o ensino remoto emergencial, tendo em vista a necessidade de se manter um calendário letivo semelhante ao proposto antes da pandemia (Tomazinho, 2020).

Logo, a TIC surge como uma alternativa para evitar que os estudantes sofram prejuízos no processo de ensino-aprendizagem (Pereira; Narduchi; Miranda, 2020). Nesse contexto, as alternativas mais utilizadas são o método de Ensino a Distância (EAD), uma modalidade de ensino devidamente reconhecida pela Lei nº 9.394/96, e o método híbrido, por meio do ensino remoto.

Destarte, o ensino híbrido é tido como forma de trazer a experiência do aprendizado para o aluno em ambientes diferentes da sala de aula convencional, dando ao aluno a liberdade de organizar, da maneira mais conveniente, o seu tempo e seu local de estudo (Hack, 2011). Ambas as modalidades de ensino (híbrido ou à distância) apropriam-se das TIC para a materialização do processo de ensino-aprendizagem.

Antunes-Neto (2020) destaca que, com o início do isolamento social, muitos profissionais se concentraram em criar condições de prosseguir com o trabalho e, em relação à Educação Física escolar, não foi diferente. Professores de todo o país trocavam os quadros, as carteiras escolares, as quadras esportivas e as salas apropriadas às aulas pelas telas e por aplicativos digitais.

Oliveira, Ferreira e Silva (2020) afirmam que, levando em consideração o componente curricular Educação Física, os professores estavam habituados a ministrar aulas presenciais e precisaram se adaptar para realizar aulas on-line, utilizando mais uma vez a inclusão das TIC, substituindo a sala de aula por telas de computadores, podendo ser realizadas no ambiente domiciliar.

Dessa forma, este trabalho problematiza: qual a percepção dos professores de Educação Física de Altamira/PA sobre o impacto da pandemia para o seu ensino?

Diante da situação atípica, a qual ocasionou diversas mudanças na rotina de pessoas em todo o mundo, inclusive no ambiente escolar, a presente pesquisa surge da necessidade de compreender quais foram os impactos da pandemia nas aulas de Educação Física, em instituições de ensino da rede pública, nos anos finais do município de Altamira/PA. Nesse sentido, o estudo tem como objetivo analisar a percepção desses professores do Ensino Fundamental a respeito desse impacto.

A pesquisa explora a visão dos profissionais de Educação Física e reflete sobre o desenvolvimento dessas aulas na tentativa de compreender as principais mudanças ocorridas no exercício pedagógico pós-pandemia.

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa de campo, de caráter exploratório e de abordagem qualitativa. Para Gil (2008), a pesquisa de campo é realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações que ocorrem naquela realidade.

O estudo exploratório se caracteriza por proporcionar uma maior familiaridade com um problema, com o objetivo de torná-lo mais explícito ou, ainda, a construção de hipóteses e o aprimoramento de ideias, sendo que seu planejamento tende a ser bastante flexível (Gil, 2008).

Sobre a abordagem qualitativa, Marconi e Lakatos (2010) enfatizam que trata- se de uma pesquisa que tem como objetivo analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano e fornecendo análises mais detalhadas sobre as investigações, atitudes e tendências de comportamento.

Nesse contexto, esta pesquisa foi realizada em escolas escolhidas tendo em vista perfis diversos de ampla abrangência, que contemplassem tanto a região central quanto a periférica da cidade. Participaram do estudo 12 professores de Educação Física, de ambos os sexos, atuantes nas escolas públicas do referido município, que ministram aulas para os alunos do Ensino Fundamental, nos anos finais. Os participantes concordaram e aceitaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE).

A amostragem foi selecionada pelo método não-probabilístico, do tipo intencional. De acordo com Mattar (2001), nesse tipo de amostragem existe uma dependência do julgamento do pesquisador ou do entrevistado para a seleção dos elementos da população para compor a amostra. A coleta de dados se deu por meio de dois questionários, um questionário referente ao uso da Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), com a utilização de texto indutor: “a pandemia do Covid-19 nas aulas de Educação Física”. O intuito foi coletar dados acerca das percepções dos professores sobre o tema proposto na pesquisa. O segundo questionário, formado por seis questões abertas, foi elaborado para fins de avaliação do tema proposto, com o intuito de compreender os desafios e as possibilidades que o ensino remoto proporcionou à disciplina com o uso das TIC pelos professores de Educação Física no período da pandemia covid-19.

Os dados coletados foram analisados por meio da técnica de análise ídeo-central, seguindo a proposta metodológica de Teixeira (s/d) que consiste em uma modalidade de análise temática organizada a partir das ideias-chave, em um conjunto de respostas que identificam as ideias mais representativas.

De acordo com Teixeira (s/d), esse tipo de análise visa evidenciar as ideias-chave nucleares do discurso, que emergem das respostas dos entrevistados, obtidas questão por questão identificando as ideias centrais de cada resposta, dando base para discussão do tema proposto. Dessa forma, os dados são exibidos em forma de quadros, com o intuito de facilitar a interpretação dos resultados obtidos em cada questão.

As palavras obtidas por meio do questionário TALP foram transportadas para uma tabela do Excel, versão 2013, para posterior análise no software Iramuteq. Para ilustrar a ideia central dos dados obtidos no questionário TALP, foi utilizada a técnica de nuvem de palavras que, de acordo com Surveygizmo (apud Silva; Jorge, 2019), pode ser utilizada como maneira de apresentar, de forma superficial, a leitura de um senso comum. Nesse sentido, quanto maior a fonte da palavra na nuvem, maior a incidência de repetição daquela palavra pelo público entrevistado.

O software Iramuteq disponibiliza variadas categorias de dados textuais, desde a mais simples até a mais complexa (Camargo; Justo, 2013). Vale ressaltar que o software Iramuteq viabiliza diferentes tipos de análises de dados textuais, permitindo uma organização e leitura dos dados que nos fornecem informações importantes sobre a percepção dos professores sobre o termo indutor, pois “por meio desse software, a distribuição do vocabulário pode ser organizada de forma facilmente compreensível e visualmente clara com representações gráficas pautadas nas análises utilizadas” (Camargo; Justo, 2013, p. 8).

>>No IRaMuTeQ essas análises podem ser realizadas tanto a partir de um grupo de textos a respeito de uma determinada temática (corpus textual) reunidos em um único arquivo de texto; como a partir de matrizes com indivíduos em linha e palavras em coluna, organizadas em planilhas, como é o caso dos bancos de dados construídos a partir de testes de evocações livres (Camargo; Justo, 2013, p. 8).<<

Respeitando as recomendações dadas pelo Ministério da Saúde acerca do isolamento e distanciamento social, para evitar a propagação do vírus, a pesquisa foi realizada de forma remota, por meio de e-mail ou aplicativos como o WhatsApp. O questionário foi produzido na ferramenta do Google Forms e enviado por meio de link ao público-alvo da pesquisa, após eles concordarem em participar do estudo aceitando o TCLE.

Seguindo o pressuposto da Resolução 466/2012 – CNS (Brasil, 2012) e respeitando os critérios para estudo com seres humanos, a pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética da Universidade do Estado do Pará, Campus XII em Tapajós de Santarém/PA, sendo aprovada sob o Parecer n° 5.113.509.

Resultados e discussões

O estudo aponta as percepções dos professores de Educação Física da rede pública sobre os impactos da pandemia da covid-19 em relação ao componente curricular. No Quadro 1 são apresentadas as ideias centrais das respostas dos professores de Educação Física, quando questionados se a Secretaria de Educação do Município ofertou cursos de capacitação durante a pandemia para ministrar aulas por meio do ensino remoto ou para o uso das TIC.

Em sua maioria, os professores afirmaram que participaram de cursos de capacitação/treinamentos ofertados pela Secretaria de Educação do Município. Eles possibilitaram a aproximação de conhecimentos que favoreceram o uso das TIC em suas práticas educativas, como destacou em sua fala o professor P3: “Sim, a Secretaria Municipal de Educação ofereceu capacitações para o trabalho de forma remota. As formações foram muito importantes para o aprendizado de diferentes plataformas e modos de ensino remoto”.

De acordo com a organização Todos pela Educação (2020), as inovações tecnológicas, as demandas sociais e as novas exigências do mundo moderno, trazem questões centrais relacionadas ao ensino remoto no que se refere ao papel do professor, responsável por desempenhar múltiplas funções para as quais não está preparado. Observa-se que os docentes necessitam de constante atualização das metodologias de ensino para conseguirem lidar pedagogicamente com os recursos tecnológicos.

Quadro 1: O(A) senhor(a) fez alguma capacitação (formação/ treinamento) ofertada pela Secretaria de Educação durante a pandemia da covid-19?

Ident.

Conteúdo das respostas

P1

Sim.

P2

Sim. Participei dos treinamentos ofertados pela instituição de ensino as formações contribuíram significativamente para o aprendizado quanto ao manuseio eficiente das referidas tecnologias

P3

Sim, a secretaria municipal de educação ofereceu capacitações para o trabalho de forma remota. As formações foram muito importantes para o aprendizado de diferentes plataformas e modos de ensino remoto.

P4

Sim! A Semed Altamira disponibilizou algumas formações on-line no âmbito geral e específico da disciplina.

P5

Sim, eu cheguei a fazer algumas capacitações ofertadas durante a pandemia

P6

Sim! Tivemos diversas formações que aconteceram também em formato on-line.

P7

Não respondeu.

P8

Sim, através delas, conseguimos atender a maioria dos alunos em um processo de interação metodológica, ajudando assim, no processo de ensino aprendizagem.

P9

Não.

P10

Sim, na verdade para mim não contribuíram em quase nada.

P11

Sim! Através destas formações pude trabalhar nas minhas turmas com várias ferramentas digitais e aplicativos educacionais.

P12

Sim, a capacitação foi de grande importância, pois tivemos a oportunidade de aprofundar o conhecimento em algumas plataformas digitais.

Os dados indicam que houve necessidade de os professores se capacitarem para desenvolver metodologias que permitissem o ensino-aprendizagem com o uso das TIC. Por isso, os professores buscaram conhecimentos para ministrar as aulas em ensino remoto, com a apropriação de novas metodologias de ensino, até então não utilizadas nas aulas.

Mesmo que os dados apontem que a maioria dos docentes participaram de capacitações sobre as tecnologias que pudessem dar subsídios para o ensino remoto, ainda assim, eles relatam que enfrentaram dificuldades para ministrar suas aulas no período pandêmico, como mostra o quadro 2.

Entre as dificuldades centrais apontadas pelos entrevistados estão: a conexão com a internet (tanto por parte dos professores, como dos alunos), a falta de equipamentos tecnológicos (como computador e celular) e a falta de participação e acesso dos alunos às aulas remotas. A pesquisa evidenciou que, pela percepção dos docentes, as dificuldades estão relacionadas principalmente ao uso e manuseio das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem.

Quadro 2: O(A) senhor (a) tem enfrentado alguma dificuldade para ministrar suas aulas durante a pandemia da covid-19? Se a resposta for sim, comente sobre elas.

Ident.

Conteúdo das respostas

P 1

Sim, meus equipamentos não são tecnologicamente avançados.

P 2

Sim, especialmente de ordem técnica, como problemas com a conexão com a Internet.

P 3

Sim. A dificuldade se dá principalmente em relação à participação de alunos em aulas on-line.

P 4

Sim! Pouco interesse dos alunos

P 5

Sim com relação a participação dos alunos.

P 6

Sim! Dificuldade em fazer os alunos participarem das aulas, a evasão é grande.

P 7

Sim, muitos não têm acesso à Internet, não possuem celular.

P 8

No início sim, tive que mudar o plano da minha internet, comprar um celular com melhor resolução e me aprimorar mais nas ferramentas.

P 9

Sim, principalmente porque as aulas estão sendo 100% teóricas

P 10

Sim, visto que Educação Física é teoria e prática

P 11

Sim! Os alunos não tinham internet de boa qualidade e nem equipamentos para participarem das aulas remotas, dificultando o acesso a todos.

P 12

Sim. Na verdade, ministrar aula não é complicado o difícil é ter o retorno dos alunos.

Na percepção dos professores, a relação entre professor-aluno também foi muito prejudicada nas aulas remotas no período de pandemia, pois a disciplina de Educação Física demanda o contato corporal para o desenvolvimento da cultura corporal de movimento. Dessa forma, concordamos com os dados apontados na pesquisa de revisão sistemática desenvolvida por Batista (2019), nos quais a interação entre professores e alunos é um dos principais elementos no processo de ensino-aprendizagem, pois por meio dessa relação que são possíveis as vivências de movimentos.

Devido à pandemia, Coelho, Xavier e Marques (2020) destacam que as aulas agora ocorrem via tela de computador, tablets ou smartphones, com o professor on-line para tirar dúvidas e passar o conteúdo por meio de videoaulas gravadas sem a interação/relação professor-aluno, aluno-aluno. Outro aspecto evidente foi a evasão dos alunos das aulas de Educação Física, devido à falta de motivação.

Adiante, os professores foram questionados se fizeram uso de ferramentas ou plataformas digitais para manter a comunicação com os alunos e ministrar os conteúdos da disciplina, conforme mostra o Quadro 3.

Quadro 3 – O(A) senhor(a) faz uso de alguma ferramenta ou plataforma digital para manter o contato com os alunos e ministrar o conteúdo da disciplina de Educação Física? Se a resposta for sim, quais são elas?

Ident.

Conteúdo das respostas

P 1

Sim, todas as ferramentas Google.

P 2

Sim. Para comunicação uso o WhatsApp, Google Meet e Google Forms.

P 3

Sim, as plataformas são o Google Classroom, Google Meet e WhatsApp.

P 4

Google Forms, Google Drive e WhatsApp.

P 5

Sim, através do WhatsApp, Google Forms, Google Meet e videoaulas

P 6

A principal forma de contato com os alunos é através do WhatsApp, Instagram, YouTube, o próprio Google Meet, e algumas plataformas de criação de jogos de perguntas e respostas.

P 7

Grupos de WhatsApp, Google Meet, apresentação, Google Forms, Google Drive.

P 8

Sim. Faço uso com maior frequência do Google Meet, Google Forms e Google Classroom. Uso links do YouTube também, assim como o WhatsApp e bloco de atividades.

P 9

WhatsApp.

P 10

Sim. Google formulário e o WhatsApp, além do Word para preparar as apostilas para os alunos sem acesso à Internet.

P 11

Sim. Fiz uso de WhatsApp, Google Meet, Google Classroom, além do Word para preparar as apostilas para os alunos, entre outros.

P 12

Google Meet, WhatsApp, Google Forms, Google Classroom.

Em sua maioria, os professores relataram utilizar aplicativos como o WhatsApp e ferramentas do Google como o Google Meet, o Google Drive, o Google Forms e o Google Classroom.  Além disso, utilizavam vídeos do YouTube e o Word na construção de apostilas denominadas “Cadernos de Atividades”. Sobre o uso desses recursos didáticos, o professor P6 destacou que o uso foi “a principal forma de contato com alunos”.

As instituições, privadas e públicas, nos seus distintos níveis de ensino, tiveram que adotar diversas soluções para o ensino remoto, como a adoção de instrumentos digitais, plataformas, aplicativos e desenvolvimento de atividades não presenciais. Contudo, a proposta de educação ofertada por meios tecnológicos sempre trouxe alguns empecilhos, principalmente pelo déficit de preparo/capacitação dos docentes na utilização de suportes tecnológicos (Rosa, 2020).

Percebe-se que, apesar das dificuldades encontradas para a realização das aulas de forma remota, os professores se apropriaram de novas ferramentas educacionais, adaptando suas metodologias de ensino para manter o contato com os alunos e atingir os objetivos das aulas.

O Quadro 4 aponta as ideias nucleares das falas dos professores quando questionados sobre como os professores avaliaram o processo de ensino-aprendizagem e a participação dos alunos nas aulas.

Quadro 4 - Como o(a) senhor(a) avalia a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos no ano na pandemia?

Ident.

Conteúdo das respostas

P 1

O oferecido nem sempre foi acessível. Nem o acessível foi oferecido

P 2

Não ministrei aula no ano letivo de 2020. Todavia, em 2021 avalio como regular a ruim.

P 3

Insuficiente devido ao fato de nem todos terem acesso à internet para acompanhar as aulas.

P 4

Bem abaixo.

P 5

As aulas remotas afetaram drasticamente o progresso de ensino-aprendizagem desses alunos.

P 6

Por mais que este ano o ensino tenha acontecido durante o ano inteiro, ainda assim nem de longe conseguimos recuperar o tempo perdido.

P 7

Sinceramente regular.

P 8

Na minha opinião a aprendizagem dos alunos não foi muito boa.

P 9

Em 2021 tivemos um pequeno avanço

P 10

Avalio como um fracasso.

P 11

É muito difícil fazer uma avaliação neste momento.

P 12

A aprendizagem na sua maioria não foi satisfatória.

Na percepção dos professores, o desenvolvimento da disciplina de Educação Física não foi satisfatório no período da pandemia, mesmo considerando a aplicação das aulas de forma remota, como se observa na fala do professor P5, que destacou: “As aulas remotas afetaram drasticamente o progresso de ensino-aprendizagem desses alunos”.

Devido a pandemia, regista-se a dificuldade de os professores interagirem com os alunos, ponto muito importante para o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, os professores foram desafiados a ministrarem atividades dinâmicas e interativas com a participação dos alunos, mesmo que em espaços geográficos diferentes (Machado et al., 2020).

Dessa maneira, o progresso no processo de ensino-aprendizagem foi impactado na ação docente, talvez por não terem pleno domínio para usar as TIC nas aulas da disciplina, mas ainda por terem dificuldade em manter o contato com os alunos e repassarem os conteúdos remotamente. 

Os dados da pesquisa podem ser comparados com o estudo realizado por Gois et al. (2020) sobre o impacto da pandemia na Educação Física escolar. O estudo destacou que a não afinidade com as tecnologias foi um dos maiores desafios a serem enfrentados pelos professores da disciplina, que com frequência trabalham mais com o corpo e o movimento do corpo (Gois et al., 2021).

Sendo assim, o professor tem um papel muito importante no processo de ensino-aprendizagem, no qual ele se torna um mediador do conhecimento, facilitando a aprendizagem dos discentes. Algumas dificuldades no processo avaliativo geram resultados insatisfatórios e dados equivocados. 

Os resultados apontados no Quadro 5 trazem as ideias centrais relatadas pelos professores quando indagados sobre as aulas remotas na Educação Física escolar. Os dados evidenciam que a disciplina de Educação Física talvez tenha sido uma das mais afetadas diante desse cenário pandêmico, devido principalmente às limitações em relação à falta de interação nas aulas práticas.

Coelho, Xavier; Marques (2020), em pesquisa realizada com 199 alunos de uma escola da rede estadual de ensino de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, destacam que as aulas de Educação Física, em modo remoto, limitaram ou até mesmo excluíram o trabalho corporal, devido à falta de espaço e materiais adequados, além da falta de contato presencial do professor com os alunos, imprescindíveis para ensinar, corrigir, encorajar e motivar a realização de movimentos. A falta de socialização entre os próprios alunos também é característica marcante das aulas práticas de Educação Física, quando realizadas na quadra da escola.

Quadro 5 - Qual sua opinião sobre as aulas remotas na Educação Física escolar?

Ident.

Conteúdo das respostas

P 1

Diferente, mas viável.

P 2

Com as aulas remotas ficou difícil trabalhar a prática, acompanhar a execução dos movimentos pelos alunos, e, consequentemente, a teoria sobressaiu.

P 3

Na parte teórica creio que o objetivo das aulas pode ser alcançado, já na parte prática é mais difícil, pois o retorno dos alunos demostrando algum exercício ou atividade se dá em forma de imagens ou vídeos.

P 4

O ensino remoto funciona para a teoria, a aplicação da prática fica um pouco mais difícil.

P 5

A nossa disciplina é a mais afetada durante a pandemia, visto que não podemos trabalhar com o corpo da forma que desejamos.

P 6

São importantes, porém sofrem com a falta de participação dos alunos.

P 7

Muito difícil a interação.

P 8

Na minha opinião, a aula fica incompleta, pois a parte prática fica comprometida.

P 9

Complicado.

P 10

De forma remota as aulas de Educação Física ficam muito precárias, além do professor ter o dobro de trabalho.

P 11

Na disciplina Educação Física, tivemos que nos reinventar, pois como é uma disciplina que requer muitas atividades práticas e movimentos.

P 12

Não ter interação na prática é bem complicado.

Além disso, Pedroza e Dietz (2020) observam que a Educação Física é importante em diversos aspectos, mesmo que de maneira remota, pois traz seus benefícios para o desenvolvimento da saúde em momento de isolamento e outros aspectos da vida dos alunos. Para que as aulas remotas de Educação Física alcancem toda sua totalidade é preciso preparar o docente para que esteja apto a desenvolver práticas pedagógicas com o uso das TIC, experimentando práticas didático-pedagógicas produtivas aos alunos. 

Constata-se que a parte teórica da disciplina foi mais valorizada e a aplicação dos conteúdos de forma prática perderam as suas características interativas com as aulas remotas. O processo didático-educativo foi muito prejudicado sem as aulas práticas da disciplina. De forma geral, na visão dos professores, suas limitações e fragilidades ficaram evidentes no ensino remoto, pois os espaços domiciliares das residências dos alunos eram inapropriados e havia a falta de materiais de apoio, consequentemente esses fatos causaram impacto na participação, no interesse e na motivação dos alunos para realizarem as atividades práticas propostas.

Os resultados apontados no Quadro 6 referem-se à percepção de professores de Educação Física de Altamira sobre o impacto da pandemia nas aulas da disciplina.

Quadro 6 - Na sua percepção, qual o impacto da pandemia da covid-19 nas aulas de Educação Física escolar?

Ident.

Conteúdo das respostas

P 1

Sem dúvida negativo.

P 2

Impactou especialmente na metodologia de ensino, na didática de modo a deixar a aula mais atrativa e interessante.

P 3

A Educação física escolar sem dúvidas foi um dos componentes curriculares mais prejudicados.

P 4

A educação física é de suma importância tanto na teoria quanto na prática, porém temos um déficit muito grande no aprendizado prático dos alunos.

P 5

É grande, pois a nossa disciplina é muito prática e cada vez temos que nos adequar à nova realidade.

P 6

Muito impacto.

P 7

Muito grande, pois impediu totalmente os alunos de se expressar e desenvolver suas aptidões.

P 8

Primeiramente o aluno fica desestimulado a fazer atividades físicas, fica limitado as aulas teóricas perdendo a verdadeira essência da Educação Física.

P 9

A pandemia trouxe diversos impactos nas aulas de educação física.

P 10

Um impacto enorme.

P 11

Teve um impacto muito grande no desenvolvimento motor do educando.

P 12

Trabalhamos mais teoria do que a prática. Mesmo sabendo que a atividade física poderia ajudar nesse momento.

Os dados justificam que as implicações da pandemia nas aulas de Educação Física foram muito significativas. Na percepção dos professores, a falta desse contato direto com os alunos no período da pandemia, contribuiu de forma negativa até no desenvolvimento motor dos alunos, conforme aponta o professor P7, que destacou: “o prejuízo foi muito grande, pois impediu totalmente os alunos de se expressar e desenvolver suas aptidões físicas”.

Uma revisão integrativa realizada por Silva e Silva (2022) apontou que, de 21 pesquisas analisadas, publicadas entre os anos de 2019 e 2020, relacionadas ao Ensino Fundamental, 10 apresentam alguns fatores relacionados aos impactos da pandemia na prática de atividade física, incluindo prejuízos funcionais e cognitivos, distúrbios do sono, desinteresse, atrasos motores, sedentarismo, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares em crianças, perda de prestígio da profissão e empobrecimento pedagógico.

Silva e Silva (2022) destacaram que os alunos precisam ser estimulados com ações para o desenvolvimento da coordenação motora e das habilidades físicas básicas, como andar, correr, saltar, pular, e suas capacidades físicas, como resistência muscular, força, flexibilidade, agilidade, velocidade e equilíbrio, além das suas relações interpessoais e da exploração de sua expressão corporal. A ausência de aulas presenciais de Educação Física no período de pandemia prejudicou esse estímulo.

A Figura 7 destaca a nuvem de palavras como resultado da Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP). Foi solicitado aos professores que escrevessem 5 palavras que, de acordo com a percepção deles, tivessem ligação com o termo indutor “pandemia covid-19 nas aulas de Educação Física”. O TALP revela representações sociais dos professores relativos ao tema pesquisado.

Ficou nítido que a palavra “dificuldade” teve significativa representação aos professores no desenvolvimento de suas aulas no período de pandemia. Os dados podem ser comparados com a pesquisa de revisão bibliográfica de Arruda, Silva e Bezerra (2020) que enfatizam o uso da tecnologia e as dificuldades enfrentadas por professores e alunos. A pesquisa constatou que algumas comunidades não possuem acessibilidade alguma à internet e essa situação acabou impedindo que os alunos acompanhassem as aulas, dificultando os professores de darem continuidade ao processo de ensino-aprendizagem.

Figura 7 – Nuvem de palavras

As dificuldades encontradas pelos professores no desenvolvimento das aulas no período da pandemia também foram evidenciadas no estudo exploratório de Oliveira e Scholze (2021), realizado com 2 professores de Educação Física, a partir de suas atuações em turmas de 1° e 2° anos do Ensino Fundamental, em uma instituição de ensino particular, localizada no Distrito Federal, Brasil. O estudo destacou que os professores tiveram dificuldades de planejar e incorporar atividades considerando a realidade de cada aluno, mesmo com a ampla variedade de ferramentas e equipamentos disponíveis remotamente. Compreende-se, assim, que os professores tiveram dificuldades em planejar suas aulas, considerando o espaço e a quantidade de materiais que os alunos poderiam ter em casa, para que assim, todos os alunos conseguissem realizar as atividades propostas.

Machado et al. (2020), em pesquisa que buscou analisar as transformações decorridas do impacto da covid-19 no setor educacional, afirmam que, embora as tecnologias possam ser um recurso explorado pelos docentes, os desafios ainda são grandes para transformar, por exemplo, o celular em ferramenta para estudo, devido à realidade econômica (que gera limitações no acesso à internet, tanto de alunos como de professores). Outra palavra que evidenciou o problema foi “superação”. Esses dados apontam que mesmo que tenham surgido dificuldades para os professores ministrarem suas aulas, eles buscaram adaptar situações adversas e superá-las, dedicando-se a fazerem o melhor que podiam para um ensino de qualidade.

A pesquisa de Leifeld (2021), realizada com professores de escola pública de Ponta Grossa/PR, destacou evidências que constatam que a transição do ensino presencial para o ensino remoto desencadeou sentimentos de medo, angústia, ansiedade, havendo a necessidade de superar o que era considerado ainda impossível aos docentes. Por outro lado, o mesmo estudo indica que a impossibilidade de realizar o ensino presencial, garantiu aos professores o exercício da criatividade, outras parcerias e novas pesquisas, na medida em que o ajustamento frente às situações adversas trouxe habilidades imprescindíveis para a concretização de uma educação de qualidade.

Outras palavras, como “sedentarismo”, “participação” e “tecnologia”, também tiveram destaque na nuvem de palavras, indicando significativa representação para os professores, quando o assunto foi Educação Física na pandemia.

Considerando a palavra “sedentarismo” como significância relatada pelos professores, destacamos a pesquisa de revisão de literatura de Silva e Silva (2022) na qual enfatiza que as restrições pandêmicas resultaram no fechamento das escolas, parques e no cancelamento da prática de centros esportivos. Isso aumentou o sedentarismo, trazendo obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares para a vida da criança. O sedentarismo torna-se um risco para a saúde física quando associado a outros problemas metabólicos, colocando a vida de crianças e adolescentes em risco. O estudo recomenda intervenções dos profissionais de Educação Física na redução dos efeitos prejudiciais das aulas remotas.

Portanto, perante o contexto gerado pela pandemia, professores de Educação Física e estudantes foram colocados diante de questões fundamentais. No caso dos professores, o conjunto das experiências somado ao processo de formação tem requerido, nesse momento, reinvenção, criatividade, reflexão, pesquisas e abertura a novas aprendizagens, com o intuito de superar as dificuldades e os desafios impostos pela pandemia.

Considerações finais

Os resultados apontam que houve a necessidade de os professores participarem de cursos de aperfeiçoamento e atualização para adaptar-se de novas formas de ensino-aprendizagem para a construção de aulas remotas. Para tanto, a Secretaria de Educação Municipal disponibilizou cursos que permitissem o desenvolvimento de estratégias na utilização e na aplicação de meios tecnológicos nas práticas educativas em Educação Física escolar.

Conclui-se que os professores enfrentaram desafios e dificuldades com as restrições causadas pela pandemia. Por outro lado, aprenderam a desenvolver novas habilidades para o ensino, com o uso de ferramentas digitais, na disciplina de Educação Física.

Notamos que é pertinente explorar para pesquisas futuras o desenvolvimento da disciplina de Educação Física escolar após a pandemia da covid-19, com o intuito de adquirir conhecimentos sobre a sua realidade contextual e histórica por meio das escolas públicas do município de Altamira/ PA. Além disso, faz-se importante também abordar o tema a partir de outros referenciais ou talvez de outros instrumentos de coleta de dados, na tentativa de trazer novas percepções e problematizações aos professores sobre o ensino remoto.

Referências

ANTUNES-NETO, Joaquim M. F. Sobre ensino, aprendizagem e a sociedade da tecnologia: por que se refletir em tempo de pandemia? Revista Prospectus, v. 2, n° 1, p. 28-38. ago./fev., 2020.

ARRUDA, Graziela Queiroz de; SILVA, Joelma Santana Reis da; BEZERRA, Maria Aparecida Dantas. O uso da tecnologia e as dificuldades enfrentadas por educadores e educandos em meio à pandemia. VII CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – CONEDU: Educação como (re)Existência: mudanças, conscientização e conhecimento, outubro, 2020.

BATISTA, Cleyton. A interação entre professores e alunos é um dos principais elementos no processo de ensino e aprendizagem. Por meio dessa relação à aprendizagem e as vivências de movimentos são possíveis: o início de um consenso. J. Phys. Educ, Recife, v. 30, p. 341-352, 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais. Brasília, 2020a.

BRASIL. Portaria nº 345, de 19 de março de 2020. Diário Oficial da União, Brasília, 2020b.

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Publicado em 08 de agosto de 2023

Como citar este artigo (ABNT)

BRAGANÇA, Brenno Wanderson de Castro; LISBOA, Mikael de Lima; MOREIRA, Laíne Rocha. Percepção dos professores sobre o impacto da pandemia da covid-19 nas aulas de Educação Física em Altamira/PA. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 23, nº 30, 8 de agosto de 2023. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/23/30/percepcao-dos-professores-sobre-o-impacto-da-pandemia-da-covid-19-nas-aulas-de-educacao-fisica-em-altamirapa

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