A avaliação da aprendizagem em Ciências da Natureza no ensino remoto: a percepção dos professores do 4º ano do Ensino Fundamental

Silvana Alves Queiroz

Pedagoga (UFRR), especialista em Educação Especial (Facinter/IBPEX) e em Educação Especial - Déficit Cognitivo e Educação de Surdos (UFSM), mestranda em Ensino de Ciências (UERR)

Vanuza Martins Lara

Graduada em Educação do Campo, Ciências da Natureza e Matemática (UFRR), especialista em Metodologia do Ensino da Matemática (FAEL), mestranda do em Ensino de Ciências (UERR)

Enia Maria Ferst

Professora doutora, orientadora da disciplina Avaliação: Processos e Critérios, do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da UERR

O contexto pandêmico vivenciado e provocado pela covid-19 trouxe consequências inesperadas à educação, exigindo da escola e dos professores uma readequação da prática pedagógica e das metodologias de ensino utilizadas. Com o estabelecimento do distanciamento e do isolamento social, seus efeitos foram sentidos na suspensão imediata das aulas e na adoção do ensino remoto, a fim de que os alunos não fossem tão prejudicados em sua aprendizagem.

Diante desse cenário de mudanças, esta pesquisa apresenta relevância social, científica e acadêmica. No âmbito social, contribui mostrando como os professores da disciplina de Ciências da Natureza do 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública municipal de Boa Vista/RR têm conduzido o processo avaliativo durante o ensino remoto. No âmbito científico e acadêmico, ajuda a produzir conhecimentos teóricos e práticos sobre a avaliação desenvolvida no componente curricular durante o período pandêmico, permitindo conhecer como os professores passaram a avaliar os alunos e as estratégias utilizadas.

Assim, como problemática desta investigação, questiona-se: como os professores do 4º ano do Ensino Fundamental estão avaliando a aprendizagem dos alunos na disciplina de Ciências da Natureza durante o ensino remoto? Na busca por respostas, surgiram questões norteadoras para este estudo: a forma de avaliar os alunos no ensino de Ciências da Natureza no período de pandemia mudou? O novo formato de ensino remoto adotado facilitou ou dificultou a avaliação da aprendizagem dos alunos no ensino de Ciências da Natureza? Quais estratégias avaliativas foram empregadas no ensino remoto?

Desse modo, este estudo, baseando-se no desenvolvimento de uma pesquisa de campo e bibliográfica com enfoque qualitativo e do tipo descritiva, cujo instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado no formato formulário do Google, traz para a análise a realidade de três professores de três turmas do 4º ano matutino da Escola Municipal Professora Carmem Eugênia Macaggi.

Os resultados obtidos permitiram a construção de um arcabouço teórico a respeito do processo avaliativo no ensino de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental na perspectiva do ensino remoto e a apresentação da realidade vivenciada, identificando as estratégias avaliativas adotadas pelos professores da escola, analisando se o processo de ensino-aprendizagem conseguiu, efetivamente, cumprir a sua função social e educativa devido à necessidade de readaptação, minimizando as consequências das suspensões de aulas presenciais e facilitando a continuidade do ensino-aprendizagem dos alunos.

O processo avaliativo em Ciências da Natureza no Ensino Fundamental na perspectiva remota

O ensino de Ciências da Natureza nos anos iniciais do Ensino Fundamental, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tem requisitado do professor a adoção de práticas metodológicas que proponham uma progressão da aprendizagem em consonância com a aquisição de habilidades específica para cada série, capazes de despertar o interesse e a criatividade do aluno, “ampliando sua capacidade de observar, testar, comparar, questionar, assim como seus conhecimentos, preparando-os para níveis posteriores de aprendizagem” (Colaço; Giehl; Zara, 2017, p. 55).

Por isso, orienta-se o professor ao desenvolvimento de ações e atividades de caráter investigativo que permitam aos seus alunos “utilizar ferramentas de pesquisa, analisar dados, contrapor informações etc., para que aprendam com autonomia” (Muline; Souza, 2017, p. 2).

No entanto, para que isso aconteça, é imprescindível que os alunos sejam progressivamente estimulados por meio da organização de situações de aprendizagem fundamentadas na resolução de problemas.

Não se pode negar que a pandemia da covid-19 trouxe diversos desafios a todos os setores da sociedade numa escala global, com consequências assustadoras e em proporções alarmantes. No âmbito educacional, seus efeitos foram sentidos nitidamente por meio da suspensão imediata das aulas e da adoção do ensino remoto.

Com essa nova realidade, cada sistema de ensino direcionou esse novo formato de ensino. Em Boa Vista/RR, o sistema municipal de ensino, de posse das orientações legais, teóricas e didáticas, orientou as escolas a adotar meios digitais como o WhatsApp, assim como a entrega de apostilas impressas para aqueles que não tivessem acesso à internet, pois essa foi a forma encontrada para “manter uma comunicação ativa entre a escola e a família, entre os professores, professoras e os estudantes, de acolhimento e atenção nesse momento de distanciamento social” (Monteiro, 2020, p. 240).

No entanto, conforme evidenciado em pesquisas já realizadas sobre o assunto, como as de Alves (2020), Ferreira (2020) e Monteiro (2020), uma nova situação se instaurou, pois ninguém realmente estava preparado para lidar com o ensino remoto, expondo uma triste realidade não apenas local, mas nacional: o apartheid digital vivenciado por estudantes e professores da Educação Básica.

Diversas situações se destacaram e trouxeram angústias, inquietações e medos a toda a comunidade escolar, pois sem a previsão de retorno às aulas presenciais, o ensino remoto, aos poucos, foi sendo inserido em todos os sistemas de ensino, e, por conseguinte, em todas as escolas e realidades de sala de aula o ambiente físico se tornou virtual, mediado pelas novas tecnologias (Alves, 2020).

Entre as angústias, inquietações e medos vivenciados, a preocupação com o processo avaliativo a ser realizado na perspectiva do ensino remoto foi uma das situações que mais desafiou os professores, principalmente a partir do 2º ano do Ensino Fundamental, quando os alunos são avaliados por meio de notas alcançadas pela aplicação de provas, testes e trabalhos. As principais perguntas eram voltadas para se saber quais seriam “as formas de avaliar nos novos espaços de ensinar e aprender” (Araújo et al., 2020, p. 2).

Tais preocupações partiam da premissa de que, se a avaliação da aprendizagem é um dos eixos da ação didática para atender ao novo contexto instaurado pelo ensino remoto, deve haver redirecionamento de estratégias de ensino e rotas de aprendizagem, para que se consiga verificar se os estudantes estão conseguindo ou não aprender os conhecimentos ministrados (Ferreira, 2020).

Em se tratando do ensino de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental, a avaliação escolar se apresenta como “um componente do processo educativo que tem como finalidades orientar o ensino e facilitar a aprendizagem das ciências” (Silva; Moradillo, 2002, p. 29).

Sendo assim, no cenário de pandemia vivenciado, para saber se a disciplina está conseguindo viabilizar a aquisição de habilidades específicas em cada série, é importante que o professor implemente práticas avaliativas que lhe ajudem nesse processo.

Nessa nova realidade, o que se observa, de acordo com Araújo et al. (2020), é uma combinação de estratégias avaliativas mediadas pelas mídias digitais, visando garantir a continuidade do ensino e a aprendizagem dos alunos, mesmo não alcançando os objetivos educacionais em sua totalidade.

Diante das aprendizagens essenciais a serem asseguradas ao aluno por meio do currículo escolar previsto para a disciplina de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental e sabendo que a avaliação não deve visar “a atribuição de notas, mas, a facilitação da aprendizagem dos alunos e a orientação do ensino do professor” (Silva; Moradillo, 2002, p. 33), compreende-se que mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia da covid-19, tornou-se essencial que os espaços educativos fossem transpostos para que o conhecimento chegasse de forma significativa até o ambiente familiar dos estudantes.

Avaliar no ensino remoto se torna, portanto, mais importante porque “implica a retomada do curso de ação, ou a sua reorientação, pois é um diagnóstico da qualidade do processo de ensino e aprendizagem e não somente dos resultados” (Colaço; Giehl; Zara, 2017, p. 56), principalmente quando o que se vê é o desenvolvimento de uma logística complexa, na qual as práticas pedagógicas são reorganizadas, de maneira aligeirada e com uma apropriação até equivocada do significado de Educação a Distância (EaD), a fim de que as aulas fossem retomadas.

A princípio, era quase impossível ser realizado, mas os professores conseguiram tornar possível, pois, unindo forças com a escola, reorganizaram o trabalho pedagógico, inovaram, ousaram e reinventaram a sala de aula.

Metodologia

Sabendo que o ensino remoto é a realidade local presente no contexto educacional em Boa Vista/RR desde abril de 2020 nas escolas municipais, por meio do Projeto Aprendendo em Casa BV, utilizando o WhatsApp como mecanismo para a realização do processo de ensino-aprendizagem, esta pesquisa se desenvolveu, nesse período, com uma abordagem qualitativa, trazendo como foco de análise “um universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes” (Andrade, 2010, p. 21) essenciais à proposta implementada.

Assim, para identificar as estratégias avaliativas adotadas pelos professores da escola pesquisada durante o ensino remoto na disciplina de Ciências da Natureza, foram empregada como procedimento a pesquisa de campo, buscando “conhecer aspectos importantes e peculiares do comportamento humano em sociedade, buscando trazer elementos sempre atuais com o intuito de enriquecer o trabalho realizado” (Chizzotti, 2013, p. 51) e “oferecer meios para definir, resolver não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente” (Lakatos; Marconi, 2010, p. 66).

Com o intuito de conhecer a percepção dos professores da escola pesquisada, este estudo caracterizou-se como sendo do tipo descritivo, uma vez que permitiu “registrar e descrever os fatos observados sem interferir neles” (Andrade, 2010, p. 52), com o intuito de explicar os motivos de sua ocorrência, utilizando os resultados obtidos com a aplicação de um questionário estruturado e de ferramentas do formulário do Google, encaminhado por meio de link pelo WhatsApp a três professoras do 4º ano do Ensino Fundamental do turno matutino da Escola Municipal Professora Carmem Eugênia Macaggi.

A seguir há a apresentação dos dados, por meio da transcrição das respostas obtidas junto às participantes do estudo, cujos resultados são analisados de forma descritiva, trazendo para a discussão a opinião de autores sobre o assunto proposto.

Análise dos dados e discussão dos resultados

O questionário foi composto de sete questões que permitiram analisar como as professoras estão avaliando a aprendizagem dos alunos em Ciências da Natureza durante o ensino remoto, conforme o Quadro 1, que traz as perguntas e as respostas obtidas.

Quadro 1: A percepção dos professores sobre a avaliação da aprendizagem em Ciências da Natureza no ensino remoto

Perguntas

Respostas

1) A forma de avaliar os alunos no ensino de Ciências da Natureza no período de pandemia mudou? O que mudou?

Professora 1: “Sim. Agora deve ser levado em consideração além da aprendizagem dos alunos. Verificar se o aluno tem acesso as aulas remotas. Se consegue acompanhar”.

Professora 2: “Sim, pois antes da pandemia tínhamos outros instrumentos de avaliação. Eram alternativas que auxiliavam no ensino-aprendizagem”.

Professora 3: “Sim, ensinar presencial é bem melhor para que o aluno compreenda e desenvolva algum projeto”.

2) Como está sendo avaliada a aprendizagem dos alunos na disciplina de Ciências da Natureza durante o ensino remoto, tanto em relação a quem tem acesso à internet, quanto a quem não tem?

Professora 1: “Através das atividades realizadas pelos alunos. Tanto os que têm acesso a internet como os que não têm. Que também realizam as atividades”.

Professora 2: “Através do recebimento das atividades realizadas e da participação do aluno no grupo de WhatsApp ou atividades impressas entregues na escola”.

Professora 3: “Por meio de vídeos e áudios”.

3) Quais estratégias e/ou instrumentos estão sendo utilizados para avaliar a aprendizagem dos alunos na disciplina de Ciências da Natureza durante o ensino remoto?

Professora 1: “Acompanho via grupo de WhatsApp”.

Professora 2: “Atividades realizadas com o livro didático, vídeos no YouTube e resumos explicativos”.

Professora 3: “Aplicativos e vídeos relacionados ao tema abordado”.

4) Você incorporou alguma ferramenta tecnológica que a ajudou a avaliar os alunos durante o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Ciências da Natureza? Qual(is)?

Professora 1: “Não”.

Professora 2: “Não”.

Professora 3: “Computador, tablet, celular”.

5) O novo formato de ensino remoto adotado facilitou ou dificultou a avaliação da aprendizagem dos alunos no ensino de Ciências da Natureza?

Professora 1: “Não facilitou”.

Professora 2: “Com certeza dificultou, por se tratar de crianças, além da falta de internet para alguns e o acompanhamento familiar”.

Professora 3: “Dificultou”.

6) Como você avalia o novo formato avaliativo no ensino remoto na disciplina de Ciências da Natureza?

Professora 1: “Ruim”.

Professora 2: “Regular”.

Professora 3: “Regular”.

7) O novo formato de ensino adotado compromete a avaliação da aprendizagem dos alunos na disciplina de Ciências da Natureza? Como isso acontece?

Professora 1: Sim. O aluno na sua maioria não consegue adquirir as habilidades necessárias”.

Professora 2: “Sim, pois presencialmente realizavam-se trabalhos mais práticos, facilitando assim a aprendizagem da criança”.

Professora 3: “Compromete, é complicado você desenvolver um projeto na teoria só por meio de conteúdos, não presencial, e não pôr em prática aquilo que gostaria que ele aprendesse e vivesse a experiência de perto”.

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Numa análise dos resultados obtidos na primeira questão, percebe-se que a forma de avaliar os alunos no ensino de Ciências da Natureza no período de pandemia mudou, demonstrando que “o ensino presencial, principalmente em se tratando da Educação Básica, ainda é uma premissa essencial” (Alves, 2020, p. 352). Logo, por mais que se critique o formato avaliativo adotado anteriormente, nesse novo formato tudo se tornou ainda mais difícil e mais complexo.

Na segunda questão, verifica-se que a avaliação da aprendizagem dos alunos na disciplina de Ciências da Natureza, tanto em relação a quem tem acesso à internet quanto a quem não tem, se resumiu à realização de atividades, por meio de vídeos ou áudios, nos grupos de WhatsApp, ou foram entregues na escola, tornando o processo de ensino-aprendizagem muito limitado, conforme destaca Ferreira (2020).

Na terceira questão, ficou visível que as estratégias e/ ou instrumentos utilizados para avaliar a aprendizagem dos alunos em Ciências da Natureza foi o próprio acompanhamento via grupo de WhatsApp, atividades do livro didático, vídeos do YouTube relacionados ao tema abordado, resumos explicativos e aplicativos que tiveram o uso incorporado, confirmando que, diante do atual cenário, “as estratégias de mobilização entre alunos, professores, pais e gestores são quase que exclusivamente mediadas pelas tecnologias digitais de informação e comunicação” (Silva et al., 2020, p. 59), mesmo se observando na quarta questão que duas das três professoras disseram não ter incorporado nenhuma ferramenta tecnológica durante o processo.

Duas das três professoras também informaram que o novo formato de ensino remoto dificultou a avaliação da aprendizagem dos alunos, confirmando ser “bastante desafiador para boa parte dos docentes e até para os pais, que se viram instados a atuar com mais intensidade na educação escolar de seus filhos” (Costin et al., 2020, p. 9).

Desse modo, foi avaliado de regular a ruim o novo formato avaliativo no ensino remoto na disciplina de Ciências da Natureza, conforme visualizado na sexta questão. Isso revela que, de modo não tão visível, os desafios, as dificuldades e as limitações enfrentadas, assim como o “‘estar presente’, ganham outra conotação, visto que as presenças físicas do professor e dos alunos não podem acontecer” (Ferreira et al., 2020, p. 3), requerendo estratégias e recursos de ensino diversificados e cada vez mais potencializadores da aprendizagem.

Por fim, na sétima questão ficou comprovado que o novo formato de ensino adotado compromete a avaliação da aprendizagem dos alunos em Ciências da Natureza, porque, conforme relatado pelas professoras participantes do estudo, os alunos não estão conseguindo adquirir as habilidades necessárias, exigindo do professor uma atuação docente mais efetiva, considerando que a mediação da família não pode substituir de forma alguma a presença desse profissional. Por conta disso, nunca se exigiu tanto do educador como nos últimos tempos, sem nem se considerar se ele estaria ou não preparado para isso.

Conclusão

Com o contexto da pandemia da covid-19, diversos desafios tornaram-se mais presentes e dificultaram a prática pedagógica. Ganhou evidência, por exemplo, a falta de acesso e de interação, de infraestrutura das escolas, sem falar da formação precária dos professores no que tange ao uso das novas tecnologias digitais. Mas nem isso foi empecilho para que o ensino remoto alcançasse todos os sistemas e seus níveis, etapas e modalidades de ensino.

É fato que aprendizagens foram construídas e expectativas foram se solidificando, mesmo observando que o número de interações virtuais e o pouco acompanhamento familiar na realização das atividades propostas interferiram significativa e negativamente no sucesso do processo de ensino-aprendizagem de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental nesse novo formato de ensino remoto.

Em se tratando diretamente do processo avaliativo, sabe-se que antes da pandemia ele já não atendia a todas as complexidades existentes e acabava, na maioria das vezes, se resumindo ao ato de dar uma nota. Com o ensino remoto, alternativa apropriada devido à situação pandêmica vivida, esse cenário tornou-se mais complicado devido as diferentes situações impostas aos professores e às próprias famílias dos alunos. A grande maioria dos pais não domina os conteúdos trabalhados, tendo em vista não terem formação adequada para isso. As atividades acabam sendo muito superficiais, uma vez que os docentes não conseguem explicar ou demonstrar adequadamente o conteúdo para que o aluno compreenda o que deve ser feito via celular, por exemplo.

Por mais difícil que seja esse novo formato de ensino remoto, a avaliação da aprendizagem no ensino de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental deve considerar o processo e não apenas o resultado em formato de nota. O que realmente vale é a aprendizagem do aluno.

Assim, diante do esforço da pesquisadora em trazer uma análise de dados e evidências extraídas a partir da realidade das professoras do 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal de Boa Vista/ RR, mesmo não representando a totalidade, elas ajudam a compreender como foi avaliada a aprendizagem dos alunos na disciplina de Ciências da Natureza por meio do ensino remoto, estratégia prática utilizada para repensar e ressignificar novos contextos.

Referências

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Publicado em 16 de abril de 2024

Como citar este artigo (ABNT)

QUEIROZ, Silvana Alves; LARA, Vanuza Martins; FERST, Enia Maria. A avaliação da aprendizagem em Ciências da Natureza no ensino remoto: a percepção dos professores do 4º ano do Ensino Fundamental. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 13, 16 de abril de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/13/a-avaliacao-da-aprendizagem-em-ciencias-da-natureza-no-ensino-remoto-a-percepcao-dos-professores-do-4-ano-do-ensino-fundamental

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