Aprendizagem e Educação Infantil sob o olhar de um professor em formação: a Psicomotricidade em foco
Agenor Sousa Silva Junior
Pós-graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional (Facet), licenciado em Pedagogia (Uespi), membro do Grupo de Estudos em Educação Inclusiva (GEEI)
Helena Cristina Soares Menezes
Mestra em Educação, doutoranda em Ensino, professora do Curso de Pedagogia da Uespi
As discussões acadêmicas sobre a formação docente são notáveis a partir século XIX, quando surgiu uma nova divisão do trabalho, tendo em vista que havia tarefas que exigiam formação profissionalizante. Mas foi apenas no século XX que a Educação passou a ter uma relação mais direta com a formação humana, pois foi nessa época que a sociedade começou a compreender a importância da qualificação do homem para o capital (Rocha; Nogueira, 2019).
O professor tem papel muito importante na vida de inúmeras pessoas. É essencial conhecer, discutir e evidenciar a formação do pedagogo sob o ponto de vista da imersão na prática profissional, bem como trazer o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), o Programa de Residência Pedagógica (PRP) e o estágio obrigatório para sintonizar as vivências e percepções de um pedagogo em formação.
A questão que se coloca e que motiva o percurso investigativo deste trabalho consiste no seguinte questionamento: como as experiências vivenciadas por um professor em formação podem alicerçar concepções sobre o ensinar e o aprender?
O objetivo geral do presente estudo é relatar as experiências de iniciação à docência interligando as compreensões que dão sentido à aprendizagem docente, sob o olhar de um professor em formação, situando a Psicomotricidade como alicerce pedagógico na educação.
Pinheiro, Carvalho e Dias (2021, p. 9) afirmam que “o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência pode configurar-se como um contexto favorável ao desenvolvimento da capacidade de reflexão pessoal e profissional do professor”. Faria e Diniz-Pereira (2019, p. 341) declaram que “o PRP permite uma aproximação ao exercício profissional pleno”. Dessa forma, é possível entender como esses programas são indispensáveis para a construção profissional dos estudantes de licenciatura.
Para possibilitar que os objetivos presentes neste trabalho fossem alcançados, foi necessário desenvolver uma metodologia com uma abordagem qualitativa. Para Gerhardt e Silveira (2009, p. 33), “a pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização etc.”. Ademais, o presente estudo é uma pesquisa bibliográfica, que, segundo Severino (2013, p. 106), é “aquela que se realiza a partir do registro disponível decorrente de pesquisas anteriores em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc.”.
O participante da pesquisa foi o próprio pesquisador, com a utilização de autonarrativa das experiências vividas por ele. Para Marques e Satriano (2017, p. 377), “a pesquisa autonarrativa fundamenta-se na descrição, reflexão e introspecção tanto intelectual quanto emocional do narrador e do leitor/interlocutor da narrativa.”.
Para a coleta dos dados, foram analisados os próprios relatos, que estavam dispostos nos diários de campo. Segundo Guerra (2014, p. 34), nesse instrumento devem ser registradas “conversas informais, observações de comportamento, falas e impressões pessoais sobre as categorias ou pontos a serem investigados”. As explanações foram apreciações de forma qualitativa, com fundamento nos autores citados ao longo do estudo, dentre eles Brites (2020), Alves (2012), o Portal da Capes e Pimenta e Lima (2019).
A aprendizagem e o ambiente escolar
Logo após o nascimento, seres humanos são capazes de reconhecer sons que ouviram no período de gestação, mostrando que o processo de aprendizado inicia mesmo antes do nascer. Essa construção pode ocorrer em qualquer local ou momento, tendo em vista que basta a criança estar em contato com o mundo, vivenciando as experiências que lhe são proporcionadas. Além disso, as questões afetivas estão completamente ligadas a esse dinamismo, de modo que o entendimento de que as crianças de hoje são mais inteligentes tem relação direta com as mudanças no modo de tratamento oferecido a elas, em que pais, responsáveis, professores e a sociedade como um todo acharam necessário intensificar a preocupação e atenção com as pessoas que estão nessa fase da vida (Brites, 2020).
Aprender traz consigo a possibilidade de algo novo incorporado ao conjunto de elementos que formam a vida do indivíduo, relacionando-se com a mudança dos conhecimentos que ele já possui. Traz também a perspectiva de algo específico para cada pessoa, ou seja, ninguém aprende pelo outro, assim como ninguém aprende da mesma forma. Cada ser humano é singular em sua formação individual, mas ao mesmo tempo necessita dos outros para aprender e, portanto, para constituir a si (Nunes; Silveira, 2011, p. 11).
É certo que existem diversos tipos de aprendizagem, dentre eles as ações cotidianas que o ser humano aprende durante seus primeiros anos de vida, como sentar, ficar em pé, andar, correr, falar, identificar e pegar objetos e comer sozinho, entre outros. No entanto, há outros processos de aprendizagem que ocorrem em locais pensados para o seu desenvolvimento, como as escolas, que têm como finalidade o ensino de conhecimentos considerados importantes para a sociedade, de acordo com a cultura e o tempo, de modo específico (Nunes; Silveira, 2011).
Para Vygotsky, a criança já entra na escola com conhecimento prévio, que é adquirido por meio das experiências que viveu ao longo de seu desenvolvimento. Dessa forma, quando entram em contato com os conteúdos escolares, os alunos já possuem algum conhecimento acerca da matéria que foi adquirido em seu cotidiano, facilitando o processo de aprendizagem. Diante desse fato, é possível observar a importância da zona de desenvolvimento proximal na vida acadêmica das crianças (Nunes; Silveira, 2011).
Com relação às experiências que tive durante o estágio obrigatório na Educação Infantil, é importante ressaltar que ele ocorreu durante a volta às aulas presenciais, após o fim da necessidade da realização das aulas na modalidade remota. Dessa forma, foi possível observar como as crianças traziam conhecimentos prévios de suas vidas fora da escola, algumas vezes pelo incentivo da família, buscando um melhor desempenho da criança quando inserida no ambiente escolar ou pela ignorância do que deve ser trabalhado na educação inicial dos alunos, iniciando precocemente conteúdos escolares que não são obrigatórios dentro do currículo direcionado para os anos iniciais.
É importante lembrar aqui que, durante a pandemia causada pela covid-19, o Brasil utilizou o isolamento social como medida de segurança e meio de interrupção do alastramento do vírus, interrompendo qualquer atividade que pudesse ocasionar aglomerados de pessoas. As escolas, por serem locais que concentram fluxo constante de pessoas, suspenderam suas aulas presenciais, em que as ações pedagógicas aconteciam no âmbito escolar, e implementaram as aulas remotas. Nessa modalidade, as práticas pedagógicas aconteciam no mundo virtual; assim, os alunos davam continuidade às aulas estando em suas casas para que não fossem colocados em risco (Santos; Russo, 2021).
Nesse tipo de situação, foi preciso um desdobramento meu, como professor, com uma turma que apresentava alunos que traziam uma bagagem de conhecimento variada. Assim, busquei metodologias que conseguiriam contemplar todas as demandas dos alunos, não permitindo que elas se dispersassem das aulas e que eu conseguisse trabalhar o conteúdo dentro do que é necessário para todas as crianças, contemplando os seus níveis de conhecimento.
Figura 1: Atividade de alinhavo para trabalhar a coordenação motora fina
Fonte: Acervo do autor, 2021.
Nessa fase, destaca-se a importância da mediação no processo de aprendizado da criança, promovendo atividades que a desafiem a estimular seu pensamento, memória, afetividade, atenção e reflexão, aspectos fundamentais para a aprendizagem. A escola desempenha papel crucial como ambiente de construção e transmissão de conhecimento, proporcionando espaço significativo para a interação entre mediador/professor e alunos. É essencial que o mediador/professor possua o conhecimento e o preparo necessários para essa tarefa.
O professor estimula as crianças a construir novas significações e a relacionar o que estão aprendendo na creche ou pré-escola com outras experiências fora dela. Isso inclui interagir com elas, mesmo com as muito pequenas, assumindo papéis estratégicos para acalmá-las, motivá-las, ajuda-las a discriminar, conceituar, argumentar. Ele não lhes reserva apenas o lugar de depósito, de eco dele mesmo, mas percebe a construção, por parte delas, de redes de significação tecidas em planos diferentes e por vezes antagônicos, atingindo diversificadas aquisições (Oliveira, 2013, p. 160).
Maria Montessori, com seus estudos, percebeu que as crianças buscavam independência e autonomia, enquanto os adultos eram os mediadores desse processo, entendendo que eles poderiam instigar as crianças diante do seu processo de desenvolvimento e aprendizagem (Brites, 2020).
Ante a importância do mediador durante o processo de aprendizagem das crianças, é possível apontar a relevância das emoções no processo, tendo em vista que, na medida em que o ser humano procura atividades que lhe são satisfatórias e que é incentivado, é possível observar melhora no seu desempenho em todas as áreas da vida. A emoção tem grande influência na cognição, o que comprova sua importância com relação à aprendizagem (Fonseca, 2016).
A aprendizagem é um processo natural das pessoas e pode ocorrer tanto de forma involuntária – em razão dos instintos, por exemplo – quanto de forma proposital, diante da importância da formação acadêmica na sociedade. Dessa forma, ela está ligada a diversos aspectos do desenvolvimento humano, dentre eles o psicomotor, que ocupa destaque na ênfase discursiva deste trabalho.
O lugar da Psicomotricidade na aprendizagem
A Psicomotricidade possui papel relevante no desenvolvimento da criança e está presente até mesmo nas menores ações e atividades que trabalham a motricidade, com relação ao entendimento e ao domínio do seu próprio corpo. No processo de aprendizagem são utilizados elementos da Psicomotricidade com frequência e, caso ocorra prejuízo em algum desses elementos, isso pode se refletir e causar danos na aprendizagem, como no processo de alfabetização (Alves, 2012).
Em resumo, a educação psicomotora tem o objetivo de desenvolver as capacidades do indivíduo por meio do movimento, ou seja, da ação. E, por essa razão, é um instrumento de prevenção de transtornos ou dificuldades de aprendizagem. Estimular o aspecto psicomotor, entretanto, não precisa ser algo maçante para as crianças. A prática pode ser treinada com atividades lúdicas que despertem nos pequenos o interesse por desenvolver seus movimentos com consciência (Brites, 2020, p. 67).
É inegável o valor dos primeiros anos escolares; é muito importante que os professores da Educação Básica tenham amplo conhecimento acerca do desenvolvimento infantil, de modo que coloquem em prática seus saberes no planejamento de atividades psicomotoras para que elas sejam planejadas de acordo com a faixa etária, com o intuito de alcançar os requisitos da etapa em questão (Rossi, 2012).
As práticas psicomotoras tiveram início em 1935, com o neurologista Edouard Guilmain, que as utilizava de forma científica para diagnosticar transtornos psicomotores. No entanto, foi em 1947 que o psiquiatra Julian de Ajuriaguerra redefiniu o conceito do termo “motora”. Ao atender guerrilheiros com amputações de membros, o psiquiatra observou que os feridos ainda sentiam dores nos membros retirados e notou a relação que existe entre o cérebro e o corpo, diferenciando assim a Psicomotricidade de outras áreas. Depois disso, muitos estudos foram desenvolvidos a partir dessa visão (Brites, 2020).
O portal da Associação Brasileira de Psicomotricidade registra:
Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, em que o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas (ABP, s.d.).
São elementos da Psicomotricidade a coordenação motora fina (relacionada a movimentos que usam pequenos grupos de músculos), a coordenação motora ampla (difere da anterior, pois refere-se a ações que envolvem grandes pares de músculos), o equilíbrio (necessário para a realização de diversas atividades, dentre elas as atividades simples do cotidiano, como ficar em pé, sentar, andar, entre outras), a lateralidade e a percepção de direita e esquerda, tanto isoladamente considerada quanto inserida naquilo que nos rodeia (Alves, 2012).
A dominância lateral é o entendimento acerca das peculiaridades de cada parte do seu corpo, o esquema corporal, o reconhecimento de si em relação ao seu corpo e as formas de se expressar através dele. A imagem corporal é o aspecto ligado às emoções, às experiências pessoais e à influência que o meio exerce sobre a própria pessoa, e é indispensável no esquema corporal. Por fim, a noção espaço-tempo é como o indivíduo entende e se localiza em relação ao espaço e ao tempo no ambiente em que está inserido (Alves, 2012).
Com as brincadeiras, as crianças conseguem estimular todos os seus sentidos, de modo que tal aprimoramento é algo que o aluno irá utilizar ao longo de toda a vida, pois se trata de um elemento muito importante na compreensão do meio em que vive, além de ajudar no entendimento do seu próprio corpo diante das ações que são necessárias para a realização do brincar (Brites, 2020).
Durante minha participação no Pibid, tive a oportunidade, junto de outros colegas bolsistas, de trabalhar dança e teatro para a comemoração do Dia do Livro Infantil. Foi realizada uma peça teatral sobre a obra Sítio do Picapau Amarelo e ainda no mesmo universo fantasioso, criado pelo Monteiro Lobato, autor que é considerado o pai da literatura infantil, preparamos uma dança com a música tema da personagem Emília.
As atividades realizadas utilizando teatro e dança foram muito divertidas para os alunos. No momento em que as crianças foram informadas da realização do evento, a empolgação foi nítida, pois estavam muito felizes ao participar das atividades. O objetivo da peça e da dança era incentivar a leitura, visto que os participantes eram crianças do 4º e 5º anos, e algumas já tinham o domínio da leitura. Para os que ainda não haviam alcançado essa habilidade, a atividade serviu de encorajamento para o desenvolvimento da leitura e como forma de trabalhar a criatividade das crianças. A partir do movimento, da ludicidade e da arte, as crianças mostraram-se mais interessadas pelo mundo da leitura e ainda conseguiram absorver os conteúdos trabalhados de forma mais efetiva, demostrando entusiasmo nesse método, que foge do ensino tradicional, sendo que nesse os alunos ficam apenas sentados, ouvindo e observando seu professor explicar o conteúdo na frente da sala de aula, enquanto o desenvolvimento de projetos lúdicos os transporta para um ensino em que os mesmos têm participação direta nas ações desenvolvidas para sua aprendizagem.
Figura 2: Projeto do Dia do Livro Infantil: alunas caracterizadas para apresentação da música da Emília
Fonte: Acervo do autor, 2019.
Os instrumentos da Psicomotricidade na Educação, como brincadeiras e jogos lúdicos, proporcionam aos alunos experiências psicomotoras essenciais, geralmente envolvendo movimento, aspecto crucial no estudo psicomotor. Quando os pedagogos compreendem e aplicam essa ciência em sala de aula, é esperado que as práticas pedagógicas tenham desempenho superior no processo de ensino-aprendizagem das crianças.
A criança, ao receber vários estímulos, passa a realizar mais conexões cerebrais e, ao chegar à fase da alfabetização, por exemplo, já possuirá uma gama de capacidades desenvolvidas, precisando apenas de aprimoramento e aprofundamento (Maneira; Gonçalves, 2015, p. 16.883).
Os elementos de estudo da Psicomotricidade estão completamente relacionados às habilidades que são importantes para a fase de alfabetização. Consequentemente, trabalhar a Educação Psicomotora com as crianças irá proporcionar um auxílio considerável no âmbito acadêmico do aluno, que, futuramente, com a exploração de estímulos corretores, apresentará maior facilidade na aquisição dos conhecimentos.
As dificuldades de aprendizagem (DA) podem ter ligação com o mau desenvolvimento de atividades psicomotoras em virtude da negligência no ensino dessas ações na vida desses aprendentes, uma vez que a Psicomotricidade tem caráter preventivo em relação a esses problemas. Desse modo, é essencial a realização de investigações e avaliações das metodologias aplicadas na educação.
Na residência pedagógica, que ocorreu durante os anos de 2020 e 2021, período no qual o mundo enfrentava uma pandemia, foi direcionado para cada bolsista um aluno público-alvo da Educação Especial (PAEE) ou que apresentasse alguma dificuldade de aprendizagem, para que este recebesse acompanhamento. Portanto, todo o trabalho foi realizado sem contato direto com os estudantes, apenas de forma remota, em chamadas de vídeo, utilizando aplicativos ou mensagem de texto em redes sociais. [...]
A criança que acompanhei vinha de uma família humilde, conforme o que me foi repassado pela escola e em conversas que tive com a família, e que não tinha conhecimento de que aquela forma de acompanhar a criança era necessária para o método de educação daquele momento, em que os pais e responsáveis tinham papel bastante importante. A criança estava matriculada no 2º ano do Ensino Fundamental e apresentava dificuldade na leitura e na escrita, situação que pode ter sido causada por múltiplas questões. O aluno precisava de assistência específica para que conseguisse superar essas barreiras na sua aprendizagem, sendo que a fase em que o mundo se encontrava trazia uma série dificuldades para a efetivação desse auxílio. [...]
Foram pensadas estratégias que estivessem ao alcance dos bolsistas e que seriam eficazes, visando o desenvolvimento do aluno e a superação das suas dificuldades. Eram compartilhados nas redes sociais de sua mãe vídeos de músicas em que o aluno precisaria realizar movimentos para interagir ou dançar, de modo a trabalhar a consciência fonológica da criança. Ademais, durante as chamadas de vídeos, eram desenvolvidos jogos como o jogo da forca ou complete a palavra, para trabalhar a leitura e a escrita.
Figura 3: Revisão da letra “A” através da parlenda A abelha amarela
Fonte: Acervo do autor, 2020.
Maneira e Gonçalves (2015) realizaram uma pesquisa com professores atuantes em instituições que tinham turmas de Educação Infantil, com foco na importância da aplicabilidade da Educação Psicomotora, sendo cinco escolas da rede pública de ensino e duas da rede privada; o objetivo era analisar a visão desses profissionais sobre a Psicomotricidade nas escolas e na vida dos estudantes. Em uma das respostas obtidas, “foi possível constatar que não há o conhecimento de que as dificuldades de aprendizagem podem ser decorrentes da falta de práticas psicomotoras na primeira infância” (Maneira; Gonçalves, 2015, p. 16.888).
Diante disso, observa-se que muitos educadores não têm conhecimento de que as dificuldades de aprendizagem podem ser causadas por alguma negligência nas atividades que tenham relação com as práticas psicomotoras, o que deixa evidente a falta de conhecimento deles sobre a importância dessa prática, tendo em vista a sua função preventiva na vida escolar dos estudantes.
O movimento vai além da locomoção física; é uma forma essencial para as crianças explorarem, interagirem e expressarem pensamentos e sentimentos, promovendo uma aprendizagem mais eficaz e maior interação social. Portanto, é crucial que profissionais qualificados planejem e conduzam atividades que estimulem o movimento na vida das crianças.
Experiências de iniciação à docência na formação do professor
Como em qualquer outra profissão, o professor, em sua formação, necessita da prática realizada em campo para que possa se familiarizar com o caminho que deverá seguir ao longo de sua carreira. A observação, a imitação e a reinvenção das práticas que são capazes de proporcionar resultados positivos são fundamentais para essa construção de conhecimento do docente (Pimenta; Lima, 2019).
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e o Programa de Residência Pedagógica (PRP) são promovidos em uma parceria do Ministério da Educação (MEC) com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior (Capes), ofertados em universidades públicas por todo o Brasil. Ambos os programas têm como foco a formação de acadêmicos em licenciatura, enfatizando a construção do conhecimento na junção entre teoria e prática, fazendo com que os estudantes tenham contato com o espaço escolar real, com todas as dificuldades e os obstáculos, de modo a contribuir para suas práticas pedagógicas e sua formação profissional (Martins; Slavez, 2015).
Os objetivos do Pibid definidos pela Capes (Brasil, 2020), são: incentivar a formação de professores da Educação Básica durante a graduação; valorizar a profissão docente; aprimorar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, integrando o Ensino Superior com a Educação Básica; oferecer experiências inovadoras e interdisciplinares para estudantes de licenciatura em escolas públicas, com o objetivo de superar desafios no processo de ensino-aprendizagem; envolver escolas públicas na formação de futuros professores e torná-las ativas nesse processo; promover a integração entre teoria e prática para assegurar uma formação de qualidade para os professores, aprimorando as atividades acadêmicas nos cursos de licenciatura.
No seu portal, a Capes também define os objetivos do PRP da seguinte forma: aprimorar a formação dos estudantes de licenciatura com projetos que reforcem a prática e promovam a integração entre teoria e prática profissional; impulsionar mudanças na formação prática nos cursos de licenciatura com base na residência pedagógica; fortalecer a relação entre as instituições de Ensino Superior e as escolas, incentivando uma colaboração eficaz e o envolvimento das redes de ensino na formação de professores; e ajustar os currículos e as propostas pedagógicas dos cursos de formação de professores da Educação Básica às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (Brasil, 2018).
Diferentemente dos programas citados, o estágio supervisionado é de cunho obrigatório, determinado na legislação que dispõe acerca da estrutura curricular, e é considerado essencial para a formação inicial dos professores. O período de estágio foi instituído em razão da necessidade que os educadores em formação possuem de aprender não somente a teoria, apesar de essencial à formação, mas também a prática, para assim conhecer e vivenciar as atividades pedagógicas, possibilitando que a pessoa que está no curso de Pedagogia possa utilizar os conhecimentos que foram adquiridos durante seu período teórico de formação (Moraes; Guzzi; Sá, 2019).
O conhecimento não é desenvolvido somente mediante a observação ou o estudo teórico das concepções que rodeiam determinado tema; a prática é imprescindível em qualquer formação, tendo em vista que é necessário conhecer os objetos nos seus diversos aspectos sociais, econômicos e históricos, possibilitando dessa forma o entendimento acerca de determinado assunto em todos os seus ângulos. Ademais, a atuação em campo instiga um olhar reflexivo do docente com relação à realidade encontrada nas escolas, bem como às ações que cada ambiente e sujeito necessitam para melhor qualidade no processo de ensino-aprendizado (Pimenta, 1995).
Nos cursos de formação, a intensa relação entre teoria e prática deve fazer parte de seus componentes, sendo o estágio visto como o representante desse diálogo formacional. Os universitários, durante essa iniciação formativa, entram em contato com a prática docente, quando se aproximam daquilo que entendem por tornar-se professor por meio da problematização dos padrões e comportamentos que caracterizam e dão formas à identidade profissional (Ferreira; Ferraz, 2021, p. 304).
As teorias guiam a prática dos professores, oferecendo exemplos e inspiração para outros educadores. É essencial que os estudantes que se tornarão professores entendam como adaptar métodos com base em seus conhecimentos teóricos e na realidade da escola e dos alunos. Mesmo antes de se formarem, os graduandos devem compreender a importância da Psicomotricidade, pois podem desenvolver atividades que abordam questões psicomotoras durante o estágio.
Quando os bolsistas do PIBID foram apresentados à escola na qual iriam atuar, a professora supervisora já nos contextualizou sobre o público que frequentava aquela instituição e o local onde ficava a escola. Ela informou que a escola se encontrava em um bairro de origem quilombola e os seus moradores eram, em sua maioria, de ascendência afro-brasileira; em relação a questões econômicas, a parcela populacional dominante era de classe média baixa e muitos não tiveram oportunidades de acesso à educação. [...]
As informações oferecidas para os graduandos pelos coordenadores foram de grande ajuda para que fosse possível alinhar as atividades aos objetivos e metodologias adotadas pelas escolas, que eram os que tinham um real contato com aquela população e que os conheciam bem. Dessa forma, a partir dessas orientações recebidas antes do início do trabalho de campo, foi possível entender e conhecer as pessoas que moram naquela área, para que os bolsistas conseguissem atender as especificidades que aquela comunidade demandava. [...]
O projeto a partir do qual foram trabalhados teatro e dança, tendo como tema a obra Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato, uma vez que já tinham recebido os direcionamentos sobre as características daquela comunidade e com o contato que realizamos com as turmas, tinha o objetivo de criar naqueles estudantes o desejo pela leitura, e o tema foi algo que, provavelmente, conquistaria qualquer criança, uma vez que traz personagens mágicos baseados em lendas folclóricas brasileiras, com que eles já tinham um contato prévio; sendo assim, conseguimos trabalhar arte com temas que os alunos já conheciam e demostravam interesse, favorecendo o nosso trabalho, e também contemplava a temática da Psicomotricidade.
Figura 4: Dia do Livro Infantil: alunas caracterizadas para apresentação da peça teatral inspirada no Sítio do Picapau Amarelo
Fonte: Acervo do autor, 2019.
A teoria é essencial para a formação do professor, mas sua aplicação prática no ambiente real de trabalho, com seu público e suas peculiaridades, amplia significativamente sua contribuição. Compreender a comunidade, suas crenças e necessidades, incluindo questões econômicas, é crucial. Aspectos como acesso à alimentação adequada, a materiais escolares e o tempo de deslocamento para a escola têm impacto considerável na aprendizagem dos alunos e, consequentemente, no trabalho do professor.
Essa discussão destaca a importância do projeto como metodologia de intervenção. Ao utilizar o "mundo encantado" nas estratégias pedagógicas, fica claro que a imaginação é uma ferramenta poderosa para promover a concentração e a participação dos alunos nas atividades. Para eles, o envolvimento com esse mundo encantado é algo cativante, trazendo prazer tanto durante a participação quanto na observação das atividades.
Mitos, lendas, circo, brincadeiras antigas são alguns bons exemplos de temas que podem ser utilizados na aprendizagem por meio de projetos. O trabalho por meio dessa metodologia é um importante facilitador da construção do conhecimento. Os conhecimentos prévios, ou seja, o que a criança já aprendeu e é capaz de fazer por si só, estabelecem o referencial de onde deverá partir o trabalho psicomotor, levantando hipóteses e apontando práticas e informações que desencadeiem o novo. O desconhecido e o almejado impulsionam a aprendizagem (Pougy, 2020, p. 198).
A maioria dos estudantes de licenciatura destinados ao trabalho com crianças reconhece a importância da ludicidade nas estratégias de ensino, tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental. Contudo, é especialmente gratificante durante a graduação observar o interesse e o progresso das crianças ao participarem de trabalhos e métodos desenvolvidos pelo próprio estudante. Essa experiência é altamente motivadora para os futuros professores.
Muitos educadores só têm a oportunidade de ter esse contato mais próximo com os alunos no final do curso, durante o estágio obrigatório. No entanto, os programas de iniciação à docência permitem que alguns graduandos antecipem essa experiência.
Eu já tinha o conhecimento de que, durante o estágio na Educação Infantil, teria que preparar diversos materiais e jogos. Desta forma, antes mesmo de iniciar o estágio propriamente dito, eu já havia preparado alguns materiais de forma prévia. Para as crianças, qualquer coisa nova no ambiente chama a atenção, até mesmo uma pessoa diferente da sua rotina, como foi no meu caso. Ao chegar à sala para iniciar o período de observação do estágio, todas as crianças ficaram curiosas e algumas até mesmo me chamavam para ajudar na realização das atividades que a professora desenvolvia. [...]
Com o início da regência, me preocupei em sempre começar a aulas com uma música de bom dia, com interação e movimentos de bater as mãos e os pés. Na etapa de observação, notei que a professora não tinha uma rotina estabelecida. Minhas atividades foram planejadas tendo como base a ciência da Psicomotricidade, sempre ressaltando a importância dos movimentos para o desenvolvimento e a aprendizagem. Levei jogos e brincadeiras novas e as repetia durante as semanas quando percebia um bom aproveitamento. [...]
Os instrumentos que utilizei foram materiais escolares básicos (lápis, coleções, caderno, borrachas, tintas, massinhas de modelar, folhas, cartolinas, canetas Pilot e quadro branco). Entretanto, foram utilizadas ferramentas mais elaboradas na realização de jogos e brincadeiras, como aparatos recicláveis (tampinhas de garrafas, caixetas de ovos, garrafas PET, palitos de picolé e papelões), de modo a facilitar o desenvolvimento das atividades e para que os familiares também pudessem utilizá-las em suas casas com as crianças, favorecendo e reforçando os ensinamentos trabalhados em salas de aula.
Retomando a discussão acerca da relação entre Educação e a renda das pessoas que vivem em comunidades no Brasil, é necessário entender que, em regra, o poder aquisitivo dessas pessoas é reduzido e que essa é uma realidade de muitos brasileiros. Portanto, a quantidade de escolas públicas é maior no país, se comparada com o número de instituições privadas. “A rede municipal é responsável por aproximadamente dois terços (60,1%) das escolas de Ensino Básico no Brasil. Em seguida, vem a rede privada, com 22,9%” (Brasil, 2021).
Figura 5: Atividade de contagem de grãos com pinça, para estimular a coordenação motora fina, com garrafa PET e palito de picolé
Esse contexto é significativo para a formação profissional dos professores, de modo que eles tenham conhecimento de que o ensino público proporciona mais oportunidades de trabalho, pelo número significante de escolas públicas no país. Isso deve ser levado em consideração quando se discutem nas universidades o local de trabalho do professor e o público que ele irá atender. As teorias levadas para esses futuros docentes devem ter relação com a camada mais popular da sociedade.
O professor só conhece seu real local de trabalho na prática
Como já citado, a economia tem grande poder de influência sobre a aprendizagem das crianças. Portanto, o ambiente, as experiências e a alimentação delas, até mesmo a partir até mesmo do período de gestação, apresentam relação direta com a situação financeira de cada uma, e todos esses pontos estão ligados ao desenvolvimento cerebral, um dos órgãos fundamentais para o funcionamento do nosso corpo, e a parte principal para que ocorra a aprendizagem, que é complexa por si só e pode se tornar ainda mais desafiadora quando a criança enfrenta dificuldades como má alimentação, falta de lazer para descansar do cotidiano e a frustração de compreender as diferenças entre sua vida e a de outras pessoas. Esse processo maturacional pode ser difícil de entender para o sujeito, dependendo da fase em que se encontra.
O trabalho do professor vai além das quatro paredes da sala de aula, exigindo o conhecimento das características e peculiaridades de cada aluno, além de considerar eventos que ocorreram antes mesmo do nascimento dos estudantes. Essas lições só podem ser absorvidas plenamente pelos professores quando estão atuando nas escolas.
Algo que levei muito em consideração para a minha formação, a partir da oportunidade de participar da RP, foi o modo correto de falar e agir para entrar em contato com a família do aluno que acompanhava. Minha participação no programa foi durante a pandemia da covid-19; portanto, ocorria de forma remota. Quando fui orientado a entrar em contato com os responsáveis pela criança que iria mediar, eu o fiz por meio de aplicativos de mensagem. Mesmo que a escola mantivesse contato com os pais, encaminhei uma mensagem me apresentando e informando acerca do programa do qual participava, além de explicar minha função com relação ao estudante. No entanto, apesar de tentar contato duas vezes, não obtive resposta. [...]
Entrei em contato com o preceptor da escola na qual eu estava atuando e ele me sugeriu uma abordagem diferente, por meio de mensagem de áudio, porque muitos dos pais dos alunos daquela instituição não sabiam ler, visto que se localizava em um bairro popularmente conhecido como local onde moravam pessoas de baixa renda e, por essa circunstância, não ofereciam retorno. Fiz o que me foi orientado, e assim consegui um primeiro contato com a família. Combinamos uma chamada de vídeo para nos conhecermos melhor. Aparentemente, a família conseguia utilizar o aparelho celular e o aluno sempre frequentava as aulas online pelo único celular que tinha na casa. [...]
Durante a chamada de vídeo, me apresentei de modo mais formal e fiz indagações para conhecer meu aluno e sua família. De acordo com os relatos da mãe do aluno, ela e o pai da criança não sabiam ler, mas tinham desejo que sua filha e seu filho aprendessem a ler. Eles moravam um pouco distante da escola, mas durante as aulas presenciais a mãe sempre deixava e buscava seus filhos no local. Não era uma família com muitas condições financeiras, mas conseguia se virar. O pai era o único que tinha emprego. Consegui obter várias informações importantes sobre aquela família, mas o que mais levei em consideração foi o pedido daquela mãe para que eu ajudasse seu filho a ler. A partir desse pedido, esse foi o principal foco do meu trabalho, que, aparentemente, foi bastante favorável. No retorno às aulas presenciais, foi repassado pelo meu preceptor que aquele menino tinha um bom desempenho na turma.
Figura 6: Primeira videochamada: conhecendo o aluno e sua família
Fonte: Acervo do autor, 2020.
A oportunidade para os estudantes de licenciatura interagirem com profissionais experientes em sala de aula é uma experiência valiosa para os futuros pedagogos. Isso lhes permite aplicar o conhecimento adquirido em suas estratégias pedagógicas e compreender a gratificação de facilitar a aprendizagem. Embora as universidades forneçam uma base sólida, o acesso a atividades práticas durante programas de docência e estágios supervisionados é vantajoso para os estudantes, preparando-os para os desafios da vida profissional. Essa interação com a realidade das escolas permite aos futuros pedagogos conhecerem melhor o que enfrentarão no dia a dia, tornando-os mais capacitados para lidar com as dificuldades que possam surgir ao longo de suas carreiras docentes.
Considerações finais
Este estudo analisou as contribuições das experiências oferecidas pelos programas de iniciação à docência e estágio supervisionado obrigatório na formação do futuro professor, com foco na Psicomotricidade, com base dos relatos autodescritos em discussão com os autores citados. Os objetivos foram alcançados ao descrever os relatos das experiências, situando as compreensões que fundamentam a aprendizagem docente na perspectiva de um professor em formação. A pesquisa foi integrada à formação em campo proporcionada pelo estágio supervisionado, no Pibid e na PRP, destacando a importância da Educação Psicomotora com base nas percepções das próprias vivências.
Ao analisar os relatos, observa-se que o desenvolvimento de atividades psicomotoras é fundamental para o processo de aprendizagem dos alunos, justificando a necessidade de relatar como a Educação Psicomotora é abordada. Foi possível responder à questão central levantada na introdução deste artigo, de como as experiências vivenciadas por um professor em formação podem moldar concepções sobre o ensino e a aprendizagem. As experiências proporcionadas durante a formação acadêmica definitivamente contribuem para a vida do licenciando em Pedagogia.
Foi possível considerar a necessidade de os professores se adaptarem à realidade de seus alunos, desenvolvendo um olhar que transcenda o ambiente escolar para compreender suas dificuldades e aplicar estratégias eficazes de mediação. Essa abordagem é essencial para o sucesso de sua função social.
Embora os estudantes de Pedagogia recebam uma base sólida em suas instituições de ensino, a experiência prática em sala de aula, lidando com a comunidade escolar e o processo de ensino-aprendizagem, oferece uma compreensão mais profunda do papel do professor e de como alcançar seus objetivos com sucesso.
A discussão sobre a formação dos profissionais da Educação e o processo de ensino-aprendizagem é crucial para a qualificação prática dos docentes, especialmente na Educação Infantil, em que experiências e estímulos são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos futuros. Portanto, o estudo contínuo da Psicomotricidade é essencial para os professores que atuam nesse nível de ensino, dada a natureza relativamente nova dessa prática e ciência.
Os programas de iniciação à docência oferecem aos licenciados a oportunidade de se familiarizarem antecipadamente com o campo educacional, visto que os estágios geralmente ocorrem ao final do curso. Sem o Pibid e a PRP, os alunos só conseguem aplicar seus conhecimentos quando estão prestes a concluir o curso e por um período limitado.
Com o Pibid, os bolsistas selecionados, que estão nas fases iniciais do curso de Pedagogia, podem comparar teoria e prática, realizando ações educativas durante um período prolongado nas escolas. Este trabalho oferece aos acadêmicos que não participaram de atividades práticas ao longo do curso a chance de entender como elas funcionam e de se familiarizarem com situações práticas discutidas na pesquisa. Além disso, essas narrativas podem servir como introdução para aqueles que desejam ingressar nessas atividades.
Considerando que nenhum conhecimento tem fim, recomenda-se maior aprofundamento no tema. Além disso, podem ser desenvolvidas, em estudos futuros, discussões acerca do impacto que os programas de iniciação à docência e o estágio supervisionado proporcionam para as escolas públicas, do ponto de vista da comunidade escolar.
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Publicado em 30 de abril de 2024
Como citar este artigo (ABNT)
SILVA JUNIOR, Agenor Sousa; MENEZES, Helena Cristina Soares. Aprendizagem e Educação Infantil sob o olhar de um professor em formação: a Psicomotricidade em foco. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 14, 30 de abril de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/14/aprendizagem-e-educacao-infantil-sob-o-olhar-de-um-professor-em-formacao-a-psicomotricidade-em-foco
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