Formação continuada de professores do Ensino Fundamental para o uso de tecnologias digitais na educação

Suzanne de Oliveira Freitas

Coordenadora pedagógica na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, mestra em Novas Tecnologias Digitais na Educação (UniCarioca)

Tharcila de Abreu Almeida

Professora na Fundação Municipal de Educação de Niterói, mestra em Novas Tecnologias Digitais na Educação (UniCarioca)

Antônio Carlos de Abreu Mól

Doutor em Engenharia Nuclear (Coppe/UFRJ), chefe da Divisão de Ensino do IEN/CNEN, docente (PPGIEN), coordenador do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca, bolsista de produtividade em Pesquisa 1C (CNPq), Cientista do Estado do Rio de Janeiro (Faperj)

Ana Paula Legey de Siqueira

Pós-doutora em Divulgação Científica (IEN/CNEN), doutora em Ciências (IOC/Fiocruz), Jovem Cientista do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 (CNPq), coordenadora adjunta do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação (UniCarioca)

Como coordenadora de uma escola municipal do Rio de Janeiro situada em área conflagrada da Zona Norte, a primeira autora vivencia em sua rotina escolar que grande parte dos educadores utiliza práticas de ensino pautadas na memorização, com metodologias puramente conteudistas e ainda fazendo pouco uso das novas tecnologias em sua prática. Ao mesmo tempo, percebe que os alunos têm estado mais conectados, ampliando suas possibilidades de comunicação, de aprendizagem e de produção, vivenciando um processo cultural no qual sua relação com o conhecimento e com o mundo passa pela incorporação das ferramentas digitais no seu cotidiano, inclusive escolar.

Além de todas as dificuldades já existentes na educação brasileira, o país enfrentou outros problemas em função da necessidade de distanciamento social imposta pela covid-19 (coronavirus disease 2019), como a suspensão das aulas; a adaptação dos docentes em um tempo muito curto às ferramentas para serem utilizadas de forma virtual; preparar atividades que mantivessem os alunos estimulados e, ao mesmo tempo, estar disponíveis para esclarecer dúvidas. Nesse contexto, a fim de solucionar a impossibilidade do ensino presencial, novas tecnologias digitais foram utilizadas para promover aulas remotas em todos os segmentos educativos (Nemer; Almeida, 2020).

Conforme sinalizam Almeida et al. (2021), há desafios que precisam ser superados a fim de permitir o acesso de todos ao conhecimento, além da necessidade de utilização adequada das tecnologias digitais dentro da sala de aula, demandando a oferta de formação para tal. Desse modo, faz-se necessário oferecer aos docentes cursos que contemplem recursos que os educandos dominam, mas não sabem usar a favor de sua aprendizagem.

A sociedade atual vem enfrentando mudanças no tocante às tecnologias cibernéticas e às formas de comunicação e comportamento. Sabe-se que a escola não está aquém nem além da realidade; pelo contrário, ela está inserida como pertencente e participante das mudanças nos quadros históricos, políticos e sociais e precisa se adaptar às mudanças, adequando sua forma de interação e formação. Nesse contexto, Malheiros, Souza e Peralta (2020), salientam a importância do investimento na utilização das tecnologias nas instituições de ensino.

As transformações na sociedade estão vinculadas ao crescente uso da tecnologia da comunicação e da informação e da produção de conhecimento; destarte, as novas metodologias de ensino aparecem nesse cenário, conforme destacam Vergani e Moraes (2020). Assim, acredita-se que a capacitação de professores pode ser um dos caminhos para que essa dinâmica realmente se faça presente nos espaços escolares, pois existem casos em que o professor até tem acesso às tecnologias digitais, mas ainda não sabe como utilizá-las adequadamente, uma vez que simplesmente compartilhar conteúdos na rede não significa ressignificar as práticas educacionais.

A partir das vivências da primeira autora em sala de aula, bem como na atuação de coordenadora, é possível evidenciar que continuamos aquém do desejável nos índices da aprendizagem pautadas no uso das novas tecnologias tanto pela falta de formação do professor quanto pelo uso das tecnologias digitais, além da resistência em sua utilização. Nessas circunstâncias, a educação em época de covid-19 se torna um espaço de luta e transformação, mas também de desigualdades. Mediante tantas inquietações, os autores se debruçaram a responder os seguintes questionamentos: os professores do Ensino Fundamental possuem formação adequada para trabalhar com as tecnologias digitais? Como as tecnologias digitais podem favorecer o processo de ensino-aprendizagem?

Para Libâneo (2004), a formação continuada é um crescimento posterior à formação inicial, visando a qualificação teórica e prática do profissional para além de seu trabalho, buscando também uma evolução cultural.

Cabe salientar que pesquisas realizadas no âmbito educacional ressaltam que a concepção quanto ao uso das tecnologias é essencial para o processo de formação docente, assim como a valorização do professor como intelectual e produtor de conhecimento, sujeito ativo e reflexivo em relação à sua prática (Rosa, 2013).

O professor precisa estar preparado para as novas práticas pedagógicas exigidas no momento, sendo necessário redefinir o papel do educador. A complexidade de suas tarefas exige uma formação inicial e continuada totalmente nova. Diante dessa perspectiva, é necessário aprimorar o conhecimento dos professores, verificando a sua atuação em relação ao uso das ferramentas tecnológicas, apontando e reavaliando as lacunas deixadas nos cursos de formação atual. Nesse contexto, o problema da pesquisa é a necessidade de formação do professor para uso de metodologias permeadas por tecnologias digitais.

A partir do exposto, objetivou-se neste estudo promover a formação de professores com inserção de tecnologias digitais em práticas significativas que têm o potencial de auxiliar o ensino-aprendizagem dos alunos no período pós-pandêmico.

Formação continuada de professores e sua importância para o aprimoramento profissional: saberes em (re)construção

Os movimentos históricos de luta na reconstrução do campo docente perpassam as demarcações legais e continuam por meio das reformulações de professores e profissionais da Educação a fim de proporcionar a produção da carreira e formação deles em suas práticas pedagógicas. Dessa forma, pode-se levantar a questão quanto à diferenciação entre a informação e o conhecimento.

Tendo em vista a importância do saber docente na transformação das fontes de informação em conhecimento, dentro e fora da sala de aula, os professores ocupam importante papel para fazer com que seus alunos consigam assimilar e refletir a importância de distinguir tal relação. Para Freire (1997),

ensinar é profissão que envolve certa tarefa, certa militância, certa especificidade no seu cumprimento [...]. O processo de ensinar, que implica o de educar e vice-versa, envolve a “paixão de conhecer”, que nos insere numa busca prazerosa, ainda que nada fácil (Freire, 1997, p. 9).

A Constituição Federal do Brasil de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDBEN/96) constituem a base para a definição de novas políticas de formação dos profissionais da Educação no país. É na Constituição que a educação está garantida como direito social, da mesma forma que a valorização dos profissionais.

A fim de conseguir desempenhar melhor suas funções dentro de sala de aula, os professores buscam alternativas educacionais para sua formação. Tais alternativas são chamadas de formação continuada e têm por finalidade complementar todo o processo educacional que o professor conquistou até ali.

Por meio da implementação da LDBEN/96, o termo “formação continuada” passou a ser difundido entre educadores e gestores educacionais, tendo em vista ser um direito de todos os professores de todos os níveis educacionais se atualizar e aperfeiçoar seus conhecimentos. Segundo Fontes (2014, p. 56),

a formação continuada tem, entre outros objetivos, propor novas metodologias e colocar os profissionais a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na escola e, consequentemente, da educação.

Pode-se questionar, no entanto, a qualidade da formação a ser oferecida para atender a essa exigência caso as condições ideais não sejam dadas pelos sistemas de ensino, levando em consideração a adoção de modelos de cursos fortemente criticados pela comunidade acadêmica por serem aligeirados e de baixa qualidade, especialmente aqueles oferecidos em determinadas instituições que não contemplam as necessidades básicas da formação (Fontes, 2014).

A formação continuada tem um importante papel na valorização e na transformação do ensino, buscando desenvolver visões convencionais, rompendo paradigmas e construindo novas formas metodológicas de ensino-aprendizagem. Com essa constante formação e a compreensão que o docente adquire sobre o exercício da sua prática é que as alterações experimentadas conseguem colaborar no seu dia a dia.

Cabe salientar que os gestores das unidades escolares podem encontrar algumas dificuldades na logística de manter seus professores atualizados, considerando que muitos trabalham em mais de uma escola e o tempo passa a ser um obstáculo; porém, com o advento da tecnologia, a direção pode encontrar um caminho viável para combater esse percalço, pois as plataformas online possibilitam que os cursos sejam oferecidos e finalizados de qualquer lugar onde o professor se encontre.

O papel do gestor na formação continuada

A trajetória da gestão escolar perpassa alguns contextos históricos no Brasil, desde a construção dos direitos humanos dentro da sociedade até as questões políticas. Conforme Machado e Ganzeli (2018, p. 51), “a institucionalização do estado de direito foi um construto histórico fundamental para a promoção e efetivação dos direitos humanos”.

A escola é um espaço democrático cuja finalidade de pensar sobre os desafios deveria ter a participação de todos os segmentos para que possam acontecer as práticas de ensino e aprendizagem. Sendo assim, os sujeitos pertencentes ao núcleo escolar devem se sentir envolvidos nas propostas e decisões da instituição de ensino a fim de se reconhecerem como colaboradores no processo de ensino-aprendizagem. Para tal, deve-se ter cautela quanto à utilização da definição de gestão democrática, tendo em vista que não pode existir distorção quanto à relação dos que planejam para os que executam (Alves; Bispo, 2022).

Cabe ao gestor transpor as exigências dos órgãos centralizadores e assumir o papel de estar engajado no processo de integração entre aluno, professor, família e escola. Além disso, deve propiciar trocas, provocar novas oportunidades, novos contextos, compreendendo as condições e ritmos de cada um frente às tecnologias digitais, proporcionando espaços estimulantes para que o professor exerça papel ativo no desenvolvimento de novos conhecimentos (Santos; Sales, 2012). Porém, faz-se necessário ter consciência de que muitos cursos de graduação não oferecem disciplina específica para utilização de recursos tecnológicos; consequentemente, o professor assume uma postura de passividade, à espera de cursos de formação por parte dos órgãos responsáveis (Costa, 2015, p. 27).

O trabalho docente e o trabalho da gestão escolar são análogos no que se refere ao âmbito político-pedagógico, ao técnico e ao epistemológico, tendo em vista que ambos possuem participação no trabalho docente e de gestão, por suas experiências e práticas na condução dos desafios do cotidiano tanto da escola como dentro de sala de aula. Ou seja, ambos são cargos que devem estar presentes em todo cenário escolar, desenvolvendo e pensando a escola como um todo. “A presença das lideranças na escola, através do/a gestor/a e do/a professor/a, contribui, inclusive, para estimular a construção da autonomia dos/as alunos/as e o espírito de liderança entre eles/as” (Santos; Sales, 2012, p. 178).

O coordenador pedagógico é o principal incentivador dos professores para que eles estejam engajados no processo de formação continuada, devendo desenvolver e privilegiar as práticas educativas e formativas. “Esse profissional é por essência um formador de professores e, como tal, também precisa desenvolver habilidades e competências para auxiliar os professores nesse processo permanente de reflexão sobre a prática” (Girardelo; Sartori, 2018, p. 3).

Para Alves e Bispo (2022), a formação inicial de professores, nos cursos de licenciatura, assim como nos cursos de formação continuada, não contempla os aspectos necessários para a gestão escolar. Além disso, segundo os autores, "uma gestão de qualidade deve passar pela formação cidadã e participativa direta dos envolvidos nas políticas públicas” (Alves; Bispo, 2022, p. 242).

Procedimentos metodológicos

A pesquisa constituiu-se de um estudo de caso, visando o detalhamento, a fim de aprofundar a análise do processo cujo principal objetivo é promover a capacitação de professores por meio da inserção das tecnologias digitais, para que tenha potencialidade de auxiliar o ensino-aprendizagem dos alunos pós-período da pandemia da covid-19. O estudo de caso tem por objetivo construir, segundo Tormes, Monteiro e Moura (2018, p. 19), “uma teoria indutiva, a partir do estudo empírico de um caso, o qual pode ser considerado como um evento, ou seja, uma prática educativa”.

O presente estudo apresentou uma abordagem qualitativa, com ênfase prática na resolução de problemas; dentro dessa perspectiva, o trabalho desenvolvido visa “gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos” (Gerhardt; Silveira, 2009, p. 35).

Visando compreender a necessidade dos professores em relação ao uso de tecnologia em suas práticas, foi realizada uma pesquisa exploratória, baseada em questionário semiestruturado, com perguntas abertas e fechadas, utilizando a ferramenta Google Formulários e disponibilizado por meio de link no grupo de WhatsApp criado pela pesquisadora a fim de se comunicar com 15 professoras de uma escola municipal situada na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Os dados coletados foram analisados de acordo com técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2016), que tem como instrumento um conjunto de técnicas, dentre elas a análise documental e a linguagem, cujas informações obtidas passam por uma “leitura flutuante” para posteriormente classificá-las e poder explorar o material, podendo assim obter os resultados.

A pesquisa exploratória possibilitou conhecer o público-alvo do estudo e, por meio da observação dos dados coletados, buscou-se traçar ações que pudessem contribuir com as necessidades apontadas pelas professoras participantes e de instrumentalizar os profissionais que trabalham como orientadores pedagógicos nas questões relacionadas à utilização das tecnologias digitais no ambiente escolar.

A partir da observação das dificuldades mencionadas pelas professoras participantes, procurou-se contemplar, por meio de uma proposta de capacitação, ações que pudessem colaborar com as práticas docentes dessas profissionais, possibilitando a elaboração de um curso de formação continuada a fim de proporcionar ao corpo docente desse espaço educativo a ampliação dos conhecimentos em relação à utilização das tecnologias digitais de forma significativa, coletando a partir dessa proposta os dados para análise e discussão deste estudo.

Análise, apresentação e discussão dos resultados

Das quinze participantes, treze atuam como professoras, uma como diretora e uma como diretora adjunta. Em relação ao planejamento das aulas utilizando algum tipo de tecnologia digital como recurso, pode ser identificado que as participantes raramente utilizam ferramentas digitais em suas práticas pedagógicas. A participação em curso de formação voltado ao uso de tecnologias digitais na educação no período que antecedeu a pandemia da covid-19 foi um ponto levantado no estudo, o que possibilitou a observação de que a maioria, perfazendo um total de 46,7% não havia realizado nenhum curso voltado a essa temática, enquanto as demais participaram de poucos estudos sobre o assunto.

Em relação à realização de cursos de formação voltados às tecnologias na educação durante esse período, observou-se que apenas uma professora afirmou não ter realizado nenhum curso nesse ínterim, duas fizeram apenas um curso e as demais doze profissionais da Educação realizaram cursos voltados ao tema no período da pandemia. Quanto às dificuldades encontradas pelas professoras ao planejar suas aulas com a utilização de recursos digitais, observou-se que as respostas se dividiram entre a falta de prática, as questões técnicas e a falta de recursos.

O curso de formação foi dividido em módulos, cada um com objetivos claros e bem definidos. Com o intuito de facilitar a organização e melhor compreensão da proposta, foi elaborada uma ementa, conforme pode ser observado no Quadro 1.

Quadro 1: Ementa do curso

Tema

Rompendo as barreiras do conhecimento

Justificativa

Esta capacitação é voltada a professores do Ensino Fundamental I mediante a necessidade de compreensão da cultura digital e inserção de novos recursos tecnológicos para o uso didático-pedagógico em suas escolas.

Público-alvo

Professores e gestores de escolas públicas ou privadas que atendem alunos do Ensino Fundamental I, assim como outros agentes educacionais dos sistemas de ensino responsáveis pelas escolas.

Objetivos

  • Identificar as contribuições das tecnologias digitais para o desenvolvimento da aprendizagem.
  • Apresentar práticas pedagógicas mediadas por tecnologia, cultura digital e outros recursos educacionais.

Carga horária

30 horas

Programação

Módulo 1 - Novas formas de aprender por meio das tecnologias digitais.

Módulo 2 - Como planejar aulas utilizando as tecnologias digitais?

Módulo 3 - Sequência didática: proposta de aplicação nas aulas com o uso de tecnologias digitais.

Metodologia

As atividades serão realizadas de acordo com o horário mais adequado ao participante, respeitando os prazos finais estabelecidos no cronograma do curso, sendo de diferentes naturezas:

  • Autoformativas: atividades realizadas individualmente;
  • Interativas: entrosamento entre os participantes do curso;
  • Mediadas: atividades por escrito enviadas pelo participante e comentadas pelo mediador.

Pré-requisitos para participar

Dispor de aproximadamente cinco horas semanais para se dedicar ao curso.

Ter habilidade de gerenciamento do tempo, de forma a conseguir realizar as atividades nos prazos determinados.

Possuir habilidades de navegação na web, tais como: abrir e fechar links; carregar vídeos para serem vistos; responder e enviar mensagens; produzir arquivos e enviá-los.

Dispor de conexão com a internet.

Recursos utilizados

Recursos digitais: aplicativos como WhatsApp, YouTube, Anchor e navegadores para utilizar a internet.

Fonte: Os autores, 2022.

Pode ser observado, no quadro apresentado, que se objetivou a ampliação/construção de práticas pedagógicas e reflexões de como se pode ensinar com o uso das tecnologias digitais, suscitando discussões importantes e necessárias para a formação docente, a fim de atuar na diversidade e auxiliar o enfrentamento de situações reais em salas de aula. Para a presente pesquisa, utilizou-se como base o foco no conhecimento pedagógico do conteúdo, o uso de metodologias ativas de aprendizagem e o trabalho colaborativo entre pares.

O primeiro encontro aconteceu de forma presencial nas dependências da escola municipal à qual pertencem as 15 professoras participantes da pesquisa. Inicialmente foi apresentado aos professores um slide elaborado no PowerPointa fim de facilitar a compreensão das etapas da formação, conforme pode ser observado na Figura 1.

Figura 1: Etapas da formação continuada

Fonte: Os autores, 2022.

O primeiro módulo do curso de formação teve duração de duas horas. Nesse período, as participantes foram familiarizadas com o tema, os objetivos e uma introdução acerca do conteúdo abordado, além de debater questões pertinentes em relação à elaboração das aulas com a utilização das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem. Desse modo, as professoras puderam compreender e se relacionar com a temática.

A realização da capacitação voltada às necessidades docentes transcorreu de maneira tranquila e produtiva. A percepção de que os docentes necessitam participar de formações que contemplem as tecnologias pode ser observada na fala da professora 1: “muito se fala em tecnologia, mas descobrimos o quanto ainda não sabemos sobre o assunto”. Desse modo, “ao se permitir conhecer novas maneiras e recursos, dentre eles o uso das tecnologias digitais, é possível que o professor consiga modificar e avançar no seu modo de atuação pedagógica" (Vergani; Moraes, 2020, p. 7).

A evolução do uso da tecnologia dentro da sala de aula foi destacada pela professora 12, porém esta salientou a dificuldade estrutural das instituições de ensino quanto aos equipamentos. Neste contexto, conforme Malheiros, Souza e Peralta (2020, p. 5) “apesar de haver investimentos para o uso das TD nas salas de aulas, cabe destacar que essas ainda atendem a um número pequeno de escolas e que é insuficiente a quantidade de computadores fornecidos”.

Com o intuito de proporcionar às participantes da capacitação experiências lúdicas no que tange à utilização das tecnologias digitais, por meio do aplicativo Jamboard elas puderam conhecer tal ferramenta e mencionar os principais benefícios do uso da tecnologia na educação, conforme pode ser observado na Figura 2:

Figura 2: Culminância da avaliação do módulo 1

Fonte: Os autores, 2022.

A segunda etapa da capacitação propiciou um aprofundamento acerca da aplicabilidade de algumas tecnologias digitais utilizadas no âmbito educacional, relacionando-as com a BNCC. Cabe ressaltar que esta se deu de forma híbrida, por meio da plataforma WhatsApp, permitindo a interação através de conversa e envio das atividades.

Ao final da segunda etapa foi apresentado uma ferramenta digital que pudesse colaborar para as práticas docentes levando as participantes da capacitação a elaborarem um Podcast, por meio da ferramenta Anchor, no qual elas puderam relatar suas experiências em relação à utilização das tecnologias digitais em sala de aula. De acordo com Almeida et al. (2021, p. 144) “o conhecimento acerca dessas ferramentas se dá, de forma mais efetiva, na prática docente, ou seja, em sala de aula, com os alunos”. Assim, conforme relato de alguns participantes:

No ensino remoto, eu também utilizei muito Forms, para enriquecer esse trabalho. Mesmo com um número reduzido de participantes, eu realizava avaliações bimestrais através dele (professora 5).

Eu já utilizei em sala de aula o YouTube. Fiz a projeção com uso do data show do material RioEduca em formato digital, e isso dá muito certo (professora 6).

O módulo 3 do curso, foi de forma presencial e contou com a participação de todas as professoras, tendo como finalidade o aprimoramento por meio do conhecimento desenvolvido no decorrer da formação. Nesta etapa a abordagem foi sobre Sequência Didática (SD) e a aplicabilidade com o uso das tecnologias digitais. Segundo Paulucci, Mól e Siqueira (2022, p. 68) "as SDs podem ser entendidas como um conjunto de atividades concatenadas que promovem o ensino e aprendizagem".

Mediante a proposta metodológica de SD apresentada, foi observado que muitas professoras não tinham o hábito de planejar suas aulas utilizando a SD, assim, a partir da explicação e exibição dos passos sobre uma SD foi reforçado como incluir a utilização de novas tecnologias nos planejamentos das aulas. Por meio da realização de uma atividade prática, as professoras puderam observar e dialogar sobre a forma de construção de um planejamento totalmente desenvolvido com a utilização de tecnologias.

A professora 1 relatou que ao fazer o planejamento das suas atividades propende a separar os conteúdos por disciplina, tendo em vista sua formação mais tradicional. Como mediadora, a pesquisadora ratificou sobre a SD, que tem como finalidade a disciplinaridade integral para aprimorar a dinâmica no processo de ensino aprendizagem. Desse modo, conforme Sucupira (2017):

as estratégias de ensino, dentre elas a sequência didática a partir da abordagem de resolução de problemas, é uma forma alternativa de trabalhar pedagogicamente o conteúdo, podendo contribuir com a prática docente e possibilitando a aprendizagem dos alunos (Sucupira, 2017, p. 23).

O link https://proximal.unicarioca.edu.br/portal/sequencias-didaticas/ foi disponibilizado para que as participantes pudessem acessar e conhecer outras sequências didáticas permeadas por tecnologias digitais. A finalização do terceiro encontro se deu através da participação ativa e da avaliação integrada na construção de planos de aula. As participantes foram divididas em grupos com a finalidade de elaborar a proposta de uma SD, utilizando-se das tecnologias digitais, de forma a realizar colaborativamente atividades de acordo com a realidade das turmas.

Foi observado que todas as sequências didáticas elaboradas pelas professoras buscaram incorporar estratégias para a possibilidade de participação das famílias bem como a interação dos alunos com as atividades propostas no ambiente de casa. Os autores Torres e Irala (2014) levantam alguns aspectos sobre a interação da família nesses processos, referindo-se como uma experiência ativa em que os participantes conseguem interagir e compartilhar suas experiências, possuindo assim um aprendizado colaborativo.

A culminância do curso de formação foi realizada através do reencontro com todas as professoras participantes e a pesquisadora, no qual, por meio de uma roda de conversa, buscou-se averiguar as concepções, necessidades e prioridades dos docentes.

A fim de nortear o diálogo, algumas perguntas foram elaboradas, sendo discutido sobre a aplicabilidade das ferramentas tecnológicas em sala de aula, a realização da formação continuada e de que forma a coordenação pedagógica pode contribuir para atividades ligadas às tecnologias educacionais, conforme pode ser observado no quadro 2:

Quadro 2: Perguntas norteadoras da roda conversa avaliativa

Roteiro da roda de conversa avaliativa

A formação continuada apresentada foi significativa para sua prática pedagógica?

As tecnologias apresentadas são interessantes para a inovação no seu planejamento de atividades?

As tecnologias apresentadas são pertinentes com as suas concepções de ensino-aprendizagem? Por quê?

O modelo de formação híbrida (presencial e remoto) foi satisfatório para sua formação?

Pretende planejar aulas a partir de Sequências Didáticas?

Aponte plataformas digitais que pretende utilizar com os alunos.

Fonte: Os autores, 2022.

Quando foram indagadas sobre a relevância do curso de formação continuada para suas práticas pedagógicas, todas as professoras consideraram o quanto o conhecimento adquirido fez refletir sobre novas práticas pedagógicas, além de poder inseri-las no desenvolvimento de suas aulas. Conforme menção da professora 6: “As propostas apresentadas foram bem interessantes, principalmente para a grande parte que ainda não domina as mídias digitais”.

Integrar esses recursos à prática docente significa falar a língua dos alunos, aproximando-os da realidade digital, atraindo atenção e engajamento para o processo de aprendizagem e melhorando a construção do conhecimento. Para tal, de acordo com a professora 11: “A formação foi um ótimo momento de discussão sobre a prática e aprendizado”.

Foram levantados questionamentos em relação às inovações que se abriram para a construção dos planejamentos e acerca das tecnologias digitais apresentadas serem interessantes. Nesse tocante, a professora 1 relatou ser "bastante enriquecedora às aulas. Além de melhorar a atenção e a motivação dos alunos”. Segundo Pinheiro, Benvenutti e Favretto (2020, p. 9) “a motivação dos alunos é o principal aspecto citado pelos docentes, quando deixam transparecer nas respostas que o trabalho que integra as mídias digitais atrai a atenção dos alunos e gera sua motivação e participação”. 

Em relação à utilização de ferramentas digitais a professora 5 expôs que o curso “agregou mais ferramentas para melhorar a qualidade e forma de se passar conhecimento”. No tocante ao curso de formação ter acontecido de forma híbrida, observou-se que ele foi relevante para a proposta apresentada, pois segundo a professora 7 “o modelo é satisfatório, pois a parte remota pode complementar o presencial”. Enquanto a professora 10 levantou a questão de se fortalecer o formato: “É preciso ser mais efetivo. É necessário se criar toda uma cultura deste formato” (professora 10).

Neste contexto, notou-se a importância dos professores se capacitarem para que possam acompanhar as demandas que surgem na educação do século XXI, tendo em vista que os alunos já nascem imersos no mundo digital. Observou-se que a falta de estrutura para o ensino concebido diversas vezes de forma tradicional e a utilização de novas tecnologias foi um ponto relevante levantado pela professora 13:

Acredito muito num ensino pautado em novas tecnologias. Todo o discurso relativo ao ensino, de modo geral, é em prol desta realidade, mas toda estrutura oferecida ainda é bem a quem do discurso. Enquanto nossos alunos digitam em celulares, alimentam redes sociais e tudo mais, nas escolas ainda é quadro e caderno/livro. Vejo que muito do desinteresse destes se dá justamente por aí também. É preciso mais investimentos neste sentido, tanto em parte física quanto na capacitação dos docentes. Fazemos uma coisa aqui ou ali, mas que, a meu ver, acaba sendo uma gota d'água numa fervura (professora 13).

Quanto à importância dos cursos de formação continuada, as professoras 6 e 11, respectivamente, falaram: “As propostas apresentadas foram bem interessantes, principalmente para a grande parte que ainda não domina as mídias digitais”; “A formação foi um ótimo momento de discussão sobre a prática e aprendizado”.

Percebeu-se, no decorrer da capacitação, que apesar das tecnologias digitais terem sido utilizadas durante o período da pandemia, com o retorno ao ensino presencial elas foram relegadas ao segundo plano, não sendo muito exploradas em sala de aula, sendo mencionado pela professora 4 e gestora da unidade escolar:

os professores durante a pandemia se apropriaram de recursos tecnológicos para fazer em suas aulas, planejarem suas atividades e isso foi muito bacana de ver por que professores que não tinham hábitos do uso das tecnologias passaram a se interessar e pesquisar para fazer as atividades mais interessantes. Mas em contrapartida o que observo é que após o retorno às aulas elas pararam de utilizar dos recursos tecnológicos e voltaram ao tradicional [...] aquela aula bem tradicional. É uma pena mesmo porque foi para as crianças, apesar da distância, foi muito legal, foi enriquecedor. Imagine o uso dessa tecnologia se houvesse essa continuidade se esses alunos presencialmente tivessem a mesma oportunidade? Porque à distância nem todos puderam participar, nem todos tiveram esse proveito. [...] uma pena que foi se perdendo (professora 4).

A partir disso, observou-se que a concepção de ensino tradicional ainda está muito arraigada em alguns docentes, além do distanciamento do uso das tecnologias digitais. Deste modo, entre tantas limitações e desafios a serem enfrentados, defende-se que a realidade não aponta só entraves às transformações das práticas educacionais, mas assinala a importância da educação permanente e do investimento incessante na capacitação docente.

A fim de possibilitar a compreensão, a utilização e a percepção quanto à utilização das tecnologias digitais em suas aulas e no cotidiano, foi elaborado um e-book (figura 3), contendo também materiais audiovisuais de própria autoria, foram selecionados recursos digitais que auxiliaram durante o processo de capacitação, buscando tornar esse momento mais dinâmico e interativo. O material foi desenvolvido por meio do aplicativo Canva , que possibilitou a elaboração do e-book utilizando imagens coloridas, além de inserção de links que podem ser acessados para a obtenção de maiores conhecimentos.

Canva é uma plataforma de design gráfico que permite aos usuários criar gráficos de mídia social, apresentações, infográficos, pôsteres e outros conteúdos visuais. Link: https://www.canva.com/pt_br/

Figura 3: Capa do e-book apresentado na formação

Fonte: Os autores, 2022.

Ademais, para que ocorram êxitos nas experiências de formação tecnológica dos educadores, é preciso que estes se conscientizem das potencialidades desses recursos na educação.

Conclusão

Concluiu-se nesta pesquisa que os docentes necessitam se apropriar de novas metodologias que contemplem a utilização de recursos tecnológicos a fim de auxiliar suas práticas pedagógicas.

A pesquisa exploratória inicial forneceu uma visão mais assertiva sobre a realidade da formação do professor, evidenciando que mesmo diante utilizando alguns recursos tecnológicos, ainda surgem muitas dúvidas. Para tal, o curso de formação voltado a professores do Ensino Fundamental oportunizou estratégias de ensino a partir de metodologias diferenciadas visando tornar o aprendizado mais eficaz e significativo para os alunos.

Dessa forma, pode-se chegar ao objetivo principal do estudo que foi promover capacitação de professores com inserção de tecnologias digitais a partir de uma proposta significativa a fim de auxiliar o ensino-aprendizagem dos alunos no período pós pandêmico.

As professoras ampliaram seus conhecimentos acerca da BNCC e aprenderam na prática, por meio de metodologias ativas e colaborativas, a elaborarem uma proposta de Sequência Didática voltada aos alunos do Ensino Fundamental.

O modelo híbrido do curso foi considerado relevante pelas professoras participantes, tendo em vista que combinou uma metodologia de ensino tanto presencial quanto online, oportunizando assim um aprendizado mais dinâmico e autônomo dos professores. Ademais, possibilitou ratificar que a educação continuada do professor é uma questão de suma relevância, sendo um importante recurso para reflexão e multiplicação dos conhecimentos entre os profissionais, o que pode provocar a partir disso a mudança de alguns paradigmas.

Desse modo, o espaço escolar pode ser a forma mais eficaz para a realização da formação de professores a fim de dar conta das lacunas produzidas na sua formação inicial.

A partir da presente pesquisa, os professores desenvolveram simultaneamente as capacidades técnicas e principalmente as pedagógicas, vivenciando e experimentando práticas de ensino pautadas na colaboração, com a participação ativa e interação dos participantes, promovendo o engajamento, envolvimento e a motivação.

Novos olhares para o uso das tecnologias, potencializam os professores como sujeito e não como objeto nesses encontros, fazendo que se sintam inseridos nesse processo, pois não se formam apenas na prática acadêmica, mas também nas práticas sociais e nas interações realizadas.

A elaboração de e-book, utilizado no decorrer da formação, como recurso pedagógico, contendo elementos facilitadores do conhecimento contribuiu para o processo de aprendizagem das professoras participantes.

O presente estudo suscitou discussões relevantes acerca da formação continuada do professor e a utilização das novas tecnologias no seu planejamento , aflorando debates e inferências ao tema, possibilitando a reflexão sobre novas práticas pedagógicas que potencializam a construção de conhecimentos, objetivados no princípio de que as escolas de hoje serão a economia de amanhã.

Referências

ALMEIDA, Adrielle Veras de; CASTRO, Maria Beatriz de Oliveira. PAULO, Maria Amanda de Lima. A utilização de tecnologias digitais nas práticas pedagógicas no contexto da pandemia da covid-19. TICs & EaD em Foco. São Luís, v. 7, nº 2, jul./dez. 2021. Disponível em: https://www.uemanet.uema.br/revista/index.php/ticseadfoco/article/view/560. Acesso em: jan. 2023.

ALVES, Thaís Lopes de Lucena; BISPO, Marcelo de Souza. Formação de gestores públicos escolares à luz da reflexividade prática. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 56(2), p. 226-247, mar./abr. 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rap/a/CN3gFjwzhzbbNWKg48VZQRh/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: dez. 2022.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Edição revista e ampliada. São Paulo: Edições 70 Brasil, [1977] 2016.

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Publicado em 14 de maio de 2024

Como citar este artigo (ABNT)

FREITAS, Suzanne de Oliveira; ALMEIDA, Tharcila de Abreu; MÓL, Antônio Carlos de Abreu; SIQUEIRA, Ana Paula Legey de. Formação continuada de professores do ensino fundamental para o uso de tecnologias digitais na educação. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 16, 14 de maio de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/17/formacao-continuada-de-professores-do-ensino-fundamental-para-o-uso-de-tecnologias-digitais-na-educacao

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