O livro didático como recurso pedagógico para o ensino de Geografia

Denetro Pessoa Ferreira

Especialista em Informática na Educação (IFMA)

Oswaldo Palma Lopes Sobrinho

Doutor em Ciências Agrárias – Agronomia, especialista em Formação de Professores e Práticas Educativas (IF Goiano - Câmpus Rio Verde)

Erika de Kássia Pereira Cantanhede

Mestra em Engenharia de Materiais (IFMA)

Brenda Abigail Freire de Jesus Coelho

Licencianda em Ciências Naturais com Habilitação em Biologia (UFMA - Câmpus Codó)

Jose Weliton Aguiar Dutra

Mestrando em Química (UFPB), licenciado em Química (IFMA - Câmpus Codó)

Roselina Aguiar

Mestranda em Geografia (UFJ)

Nayanny Bruno de Oliveira Braz

Mestranda em Geografia (UFJ)

Luzineide de Souza James

Diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Pão da Vida

No Ensino Fundamental, a disciplina de Geografia, na maioria das vezes, é explorada de maneira fragmentada e desconexa do dia a dia dos alunos, sendo considerada um campo de saber não tão importante em relação aos outros presentes no currículo escolar, pois seu foco principal se encontra na leitura e escrita (Deon; Callai, 2020).

Como parte da área de Ciências Humanas e suas tecnologias, a Geografia se baseia na interpretação política e econômica do mundo, nas relações socioculturais, físicas e biológicas, e nas diversas interações entre o ser humano e o ambiente natural (Lopes Sobrinho et al., 2020). Com isso, percebeu-se a necessidade de implementação do ensino de Geografia por meio da utilização de recursos tecnológicos, aulas práticas com a participação maciça dos alunos e de professores dialogando com o cotidiano e o papel da escola contemporânea no processo de transformação social, educacional, política e cultural.

Não se pode ignorar que os recursos tecnológicos também têm seu espaço, considerando que a tecnologia ganha relevância no Ensino Fundamental, especialmente na disciplina de Geografia. Mesmo antes de aprenderem a ler e escrever, os alunos já estão envolvidos com o mundo digital, tornando a integração tecnológica essencial desde as primeiras etapas da Educação Básica (Almeida; Paniago; Lopes Sobrinho, 2023).

No contexto escolar, os professores e demais profissionais das escolas trabalham para que as tecnologias sejam adotadas, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino (Caldas et al., 2023). Recomenda-se, portanto, a utilização de recursos como computadores, internet e softwares educacionais. Esses recursos podem colaborar para a democratização do acesso à linguagem digital e aumentar as chances de aprendizagem dos alunos da Educação Básica. Além disso, é fundamental fortalecer a formação dos professores, capacitando-os para o uso eficaz das tecnologias em sala de aula (Silva et al., 2023).

O professor desempenha o papel de mediador do conhecimento, planejando e aplicando estratégias pedagógicas que atendem às necessidades específicas de cada aluno. Ele tem a responsabilidade de motivar e engajar os estudantes, utilizando tecnologias educacionais, recursos didáticos e metodologias ativas para tornar o aprendizado mais significativo (Sandes et al., 2024).

O ensino e a compreensão da Geografia podem possuir significados prazerosos e funcionais, devendo ser explorados em todas as suas subáreas de conhecimento. Visam ao reconhecimento dos alunos sobre o espaço geográfico, abrangendo as interações entre a natureza e a sociedade e a importância na compreensão da espacialidade e temporalidade, nas interações dos fenômenos naturais, reconhecendo o relevo e suas transformações (Brasil, 1998). Portanto, fazem-se necessários o conhecimento e a compreensão global do livro didático (LD) de forma eficaz.

O LD de Geografia expandiu-se significativamente a partir do século XIX (D'Avila, 2008) e tornou-se presente na vida escolar de alunos e professores, com estratégias e recursos didáticos que melhoram o processo de ensino-aprendizagem. Straforini (2004); Callai (2005) e Deon e Callai (2020) destacam a grande contribuição da disciplina de Geografia para o aprimoramento dos alunos do Ensino Fundamental.

No entanto, a abordagem de alguns professores ainda se mostra superficial, muitas vezes devido à falta de planejamento e à escassez de recursos adequados. Em muitos casos, o livro didático de Geografia tem sido o único recurso didático empregado. O LD se revela um recurso fundamental nas atividades didático-pedagógicas, devendo ser utilizado como um entre diversos recursos disponíveis (Castrogiovanni et al., 2010). Portanto, é fundamental adotar uma nova postura didática em relação ao LD que faz com que os alunos sejam protagonistas no processo de construção de sua aprendizagem (Lopes Sobrinho et al., 2020).

É importante reconhecer que o aluno não chega à escola como tabula rasa; ele já possui noções adquiridas em seu convívio familiar e social. Isso significa que o discente se torna capaz de compreender o espaço em que está inserido, bem como a sua realidade, antes de iniciar o processo de escolarização. Cabe ao professor estimular o aluno a ampliar seu conhecimento sobre espaço, lugar, paisagem, clima e o mundo em que vive, passando a entender que o novo espaço que está frequentando é diferente daquele em que está acostumado e que existem muitos contrastes sociais e climatológicos que irão influenciar diretamente sua vida. O objetivo deste estudo é analisar a importância da utilização do LD de Geografia dentro do contexto apresentado.

Este estudo, de natureza descritiva e qualitativa, baseou-se em pesquisa bibliográfica que conta com renomados estudiosos (Silva, 1998; Callai, 2000; Callai, 2005; Castrogiovanni et al., 2010; Paula; Rama; Pinesso, 2018; Emiliana; Menezes, 2018; Deon; Callai, 2020), visando abordagens sobre livros didáticos, propostas curriculares e metodologias no ensino. A pesquisa bibliográfica oferece dados vindos de diferentes publicações, o que permite a construção e a definição do quadro conceitual do estudo aqui proposto (Gil, 1994).

O livro didático ainda é importante? É, sim!

O livro didático é importante para o processo de ensino-aprendizagem, pois representa uma ligação entre o imaginário dos alunos e a realidade dos fatos, além de desenvolver conceitos e habilidades de leitura nos alunos. Assim, o LD é um agente proporcionador da leitura, atuando ainda como fomentador do imaginário de seus usuários. Nesse sentido, Antunes (2003, p. 67) afirma que:

a atividade de leitura completa a atividade da produção escrita. É por isso que uma atividade de interação entre sujeitos supõe muito mais que a simples decodificação de sinais gráficos. O leitor como um dos sujeitos da interação atua participativamente buscando recuperar, interpretar e compreender o conteúdo e as intenções pretendidas pelo autor.

Portanto, é indubitável a importância do LD, juntamente com um bom planejamento realizado pelo professor, na construção do saber e no alcance das metas e dos objetivos do processo de ensino-aprendizagem. É de grande valia salientar ainda que o LD influencia todas as etapas de escolarização, possibilitando novas descobertas e o desenvolvimento dos hábitos de leitura, bem como a arte de decifrar imagens que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Lajolo e Zilberman (1999, p. 121),

o livro didático interessa igualmente a uma história da leitura porque ele talvez mais ostensivamente que outras formas escritas forma o leitor. Pode não ser tão sedutor quanto as publicações destinadas à infância (livros e histórias em quadrinhos), mas sua influência é inevitável, sendo encontrado em todas as etapas da escolarização do indivíduo: é cartilha, quando da alfabetização; seleta, quando da aprendizagem da tradição literária; manual, quando do conhecimento das ciências ou da profissionalização adulta na universidade.

O papel do LD em sala de aula é fundamental para o sucesso do aluno como leitor e nas práticas rotineiras de leitura. Na formação desse leitor, cabe destacar que o LD é fundamental para que se tenha sucesso no processo de ensino-aprendizagem. Na acepção de Marpica e Logarezzi (2010, p. 116),

o livro didático cumpre um papel de grande importância na medida em que é um elemento que está presente em sala de aula e auxilia na implementação de políticas de educação em geral e apoia o planejamento de atividades de ensino e fundamenta o seu desdobramento em aprendizagem, no processo pedagógico desenvolvido pelos professores e alunos.

O LD facilita a execução de atividades que tornam o processo de aprendizagem menos complexo, pois organiza os procedimentos metodológicos. Mesmo com uma gama de recursos didáticos ofertados, o LD permanece sendo o material mais utilizado (Brasil, 2011). É importante que o processo de escolha do LD envolva uma ampla participação dos professores que, ao conhecer profundamente seu alunado, deverão atentar-se para os livros selecionados, visando suprir as necessidades mais urgentes de seus alunos. Partindo dessa premissa, Pietri (2009, p. 36) observa que,

como é o professor quem escolhe o livro didático a ser usado com suas turmas durante determinado período letivo, o livro precisa atender às necessidades desse profissional e se adequar a sua formação, a suas concepções de ensino/aprendizagem, a expectativa que possui em relação a seus alunos e as condições de seu trabalho.

Segundo Emiliana e Menezes (2018), a linguagem do livro de Geografia é um dos critérios utilizados para classificá-los, devendo estar adequada ao estágio de desenvolvimento cognitivo do alunado e contribuir para o seu desenvolvimento na área da Geografia. O LD deve apresentar conteúdos com diferentes pontos de vista, permitindo aos alunos formar seus próprios conceitos, compreender os conteúdos e estimular o exercício da cidadania. 

O LD de Geografia, uma das melhores ferramentas de apoio pedagógico para professores e alunos, ganha cada vez mais espaço no contexto do processo de ensino-aprendizagem, mesmo que haja atualizações e/ou uma modernização na forma de utilizá-lo. Sua relevância permanece intacta, seja de forma impressa ou digital.

As contribuições dos livros didáticos de Geografia

O LD de Geografia não é um fim em si mesmo, mas um meio para a aquisição do conhecimento e desenvolvimento cognitivo. Silva (1998) corrobora esse pensamento ao afirmar que o livro didático no processo de ensino-aprendizagem deve exercer funções como: informar e formar indivíduos dentro de sua realidade social e servir como apoio em sala de aula; sua eficácia dependerá da maneira como for organizado e utilizado.

É muito relevante que o LD permita ao professor e aos alunos o desenvolvimento de suas criatividades, evitando apresentar textos e exercícios com ideias prontas, fechadas e limitadas (Castrogiovanni et al., 2010). A problematização e contextualização dos conteúdos são essenciais no uso do LD de Geografia, visando uma educação transformadora.

Selbach (2010, p. 37) afirma que a Geografia é ensinada para que os alunos possam construir e desenvolver uma compreensão do espaço e do tempo, fazer uma leitura coerente do mundo e dos intercâmbios que o sustentam. Além disso, o ensino de Geografia visa a apropriação de conhecimentos específicos pelos alunos, permitindo que utilizem esses conhecimentos como verdadeiras ferramentas para seu crescimento pessoal e para suas relações com os outros.

É importante salientar que o professor não deve depender de modelos prontos, pois sua prática docente precisa considerar as informações trazidas pelos alunos no processo de ensino-aprendizagem, bem como a necessidade de uma influência mútua entre aluno e professor.

Ler o mundo é maravilhoso, mas é muito importante que isso aconteça nos primeiros anos de vida de uma criança. Somente assim é possível construir valores sociais importantes e despertar noções sobre cidadania. Nesse contexto, é essencial que uma criança estude Geografia no início de sua fase escolar, pois a sociedade está em constantes mudanças e, a partir delas, a educação deve se adaptar, observando as novas exigências.

O ensino de Geografia nos LD para as séries iniciais no Brasil é pouco difundido e questionado. Com novas formas de currículos, conteúdos mais específicos, como a Climatologia, são frequentemente deixados em segundo plano e agrupados de forma geral, sem o necessário aprofundamento para uma melhor compreensão (Callai, 2000). Esse pensamento é reforçado pelo mesmo autor:

Consideramos que a leitura do mundo é fundamental e queremos tratar aqui sobre qual a possibilidade de aprender a ler, aprendendo a ler o mundo; e escrever, aprendendo a escrever o mundo. Para tanto, buscamos refletir sobre o papel da geografia na escola, em especial no ensino fundamental, no momento do processo de alfabetização (Callai, 2005, p. 228).

Callai (2005) menciona que ler o mundo não se limita às representações cartográficas e à paisagem, mas envolve ler e compreender o espaço, as marcas e contribuições dos seres humanos nesse espaço, ressaltando a necessidade de considerar os avanços da Geografia como ciência e sua história como componente curricular nos anos iniciais da vida escolar. Para abandonar as práticas tradicionais, nas quais o professor é a figura central do conhecimento em sala de aula, ele precisa encontrar formas de compreender o mundo, o que não é uma tarefa fácil (Callai, 2000).

Na busca por novas estratégias de ensino, o professor não pode se limitar ao uso de LD como único recurso pedagógico, pois é necessário atender às exigências educacionais dentro e fora da sala de aula. Isso é crucial para a formação dos alunos, que serão futuros multiplicadores do conhecimento. Utilizando conteúdos de forma ampla e novas tecnologias, torna-se mais fácil lidar com obstáculos como evasão escolar, falta de aprendizagem e desinteresse dos alunos, muitas vezes causado pela desmotivação dos professores.

É essencial que o professor, independentemente de sua formação ou em qualquer outra área do conhecimento, possua conhecimentos pedagógicos que permitam a utilização de diversas estratégias e recursos didáticos em sala de aula, visando atender à diversidade de aprendizagens dos alunos (Lopes Sobrinho; Paniago, Pereira, 2023).

Espera-se que, ao final do ensino inicial, os alunos tenham conhecimento suficiente para reconhecer e comparar o papel da sociedade e da natureza na construção de diferentes paisagens, entendendo as relações sociais na construção dessas paisagens e seus processos. Somente com o LD, esse conhecimento se tornará muito superficial. É fundamental que o professor deseje a mudança e não se prenda às exigências obrigatórias, superando-as com força de vontade e interesse de seus alunos.

No século XIX, com a expansão dos LD no Brasil, iniciaram-se a estruturação de órgãos e comissões para gestão e controle desses recursos. Em 1937, foi criado o Instituto Nacional do Livro (INL), voltado principalmente para o livro didático escolar. Em 1938, a Comissão Nacional do Livro Didático (CNLD) foi organizada, ampliando-se em 1945. Em 1985, foi criado o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD); a partir de então, professores de Língua Portuguesa e Matemática do Ensino Fundamental passaram a avaliar e indicar os livros didáticos a serem utilizados nos anos seguintes. As editoras atendiam às avaliações do governo, que comprava os livros apenas se as exigências fossem cumpridas (Spósito, 2006). Esse trabalho é de responsabilidade da Secretaria do Ensino Fundamental do Ministério da Educação (Pontuschka, 2010).

O processo de avaliação dos LD de Geografia inscritos no PNLD ocorreu em 1996, 2002 e 2005, e um dos princípios gerais para sua avaliação, segundo Hespanhol (2006, p. 77), foi que o material didático deve ser integrado, de maneira coerente, às discussões e inovações atuais, mantendo-se atualizado em relação aos avanços teóricos e metodológicos aceitos pela comunidade científica. Além disso, deve atender às exigências do mundo contemporâneo, preparando o aluno para atuar em um contexto complexo, compreendendo seu verdadeiro sentido e significado. É fundamental que o material contribua para o desenvolvimento do espírito crítico dos alunos, o que implica a capacidade de problematizar a realidade, proporcionar soluções e reconhecer sua complexidade.

Por isso, o LD deve apresentar conteúdos de forma que os alunos possam assimilar os conteúdos propostos e problematizar os assuntos apresentados, permitindo o surgimento de novas ideias, conceitos e compreensões para atuarem no mundo onde estão inseridos.

É cada vez mais evidente a importância do LD no processo de ensino-aprendizagem, especialmente na disciplina de Geografia. Por meio de textos e imagens, ele instiga no aluno a capacidade de enxergar uma realidade antes apenas descrita e imaginada. Ramos (2012) reforça essa ideia, mencionando que representações gráficas e cartográficas ampliam os conhecimentos espaciais do cotidiano dos alunos ao utilizarem cartas mentais, croquis, maquetes, plantas, desenhos e mapas como ferramentas pedagógicas.

A disciplina de Geografia tem fundamental importância na formação do cidadão, havendo a necessidade de os geógrafos realizarem análise crítica do entorno, no intuito de obter soluções para evitar degradações ao meio ambiente provocando problemas sociais e naturais (Silva et al., 2020). O trabalho do professor utilizando o LD de Geografia possibilita maneiras que levam à leitura do espaço geográfico, por meio de conteúdos e imagens relacionando as diferentes linguagens e o cotidiano de seus alunos permitindo a reflexão geográfica (Ramos, 2012).

O ensino de Geografia apresenta uma nova realidade, na qual o aluno aprende a interpretar situações para melhor compreender o que se passa ao seu redor, ou seja, o lugar que ocupa dentro do contexto geográfico e sua relação com outras áreas do conhecimento (Moreira, 2012).

É indiscutível a importância do LD no cotidiano escolar. Callai (2005) destaca que é essencial para a formação de bons leitores, pois a leitura promove uma reflexão sobre o aprendizado mais eficaz dos alunos. Antunes (2003) valoriza a importância de um vasto acervo de LD nas escolas, citando que eles exercem forte influência no sucesso do aluno em relação à leitura, gerando interação entre leitores e conteúdos, permitindo a decodificação de sinais gráficos.

Santos e Pimentel (2012) também demonstram que o LD é fundamental na formação de bons leitores, citando a cartilha educacional frequentemente utilizada na educação infantil como o primeiro contato da criança com o material que será utilizado nos anos seguintes. Eles entendem que, se o ensino for mecanizado, sem discussão dos textos, apenas leitura, o aluno não assimilará o conteúdo de forma crítica, resultando apenas na memorização dos conteúdos transmitidos pelo professor em sala de aula (Emiliana; Menezes, 2018).

Silva et al. (2020) mencionam a necessidade de os cursos de Licenciatura apresentarem domínio de novas tecnologias para capacitar professores em seu uso, mas a falta de recursos financeiros impede esse aprimoramento, causando problemas como acesso à internet e falta de capacitação dos docentes. Isso reforça a importância de manter a utilização do LD nesse cenário de incertezas na Educação Básica brasileira. É relevante ressaltar que a implementação de ferramentas tecnológicas, acompanhada de outras metodologias práticas de ensino na disciplina de Geografia, pode melhorar o processo de ensino-aprendizagem ao utilizar o LD.

Por fim, é evidente a importância do LD no processo de ensino-aprendizagem, especialmente na disciplina de Geografia, na qual textos e imagens instigam a capacidade dos alunos de enxergar realidades antes apenas descritas e imaginadas. O LD é uma ferramenta essencial para organizar as aulas e expandir os horizontes dos alunos, promovendo o desenvolvimento de pensamentos diversificados.

Considerações finais

Este artigo reforça a importância dos LD no processo de ensino-aprendizagem de Geografia, destacando seu papel crucial na formação de bons leitores. Para que isso ocorra, é necessário fortalecer a rede de educação por meio do Programa Nacional do Livro Didático, promovendo maior acesso para todos os alunos. O LD auxilia na organização das aulas e na expansão dos horizontes dos alunos.

Por fim, o LD de Geografia é uma ferramenta indispensável no meio escolar, facilitando o processo de ensino-aprendizagem e promovendo uma educação de qualidade. É fundamental que o LD de Geografia contribua para a elaboração de aulas atrativas e formadoras de bons leitores, especialmente nos primeiros anos escolares. As cartilhas educacionais, embora limitadas, estabelecem o primeiro contato das crianças com o livro, auxiliando na construção do saber.

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Publicado em 16 de julho de 2024

Como citar este artigo (ABNT)

FERREIRA, Denetro Pessoa; LOPES SOBRINHO, Oswaldo Palma; CANTANHEDE, Erika de Kássia Pereira; COELHO, Brenda Abigail Freire de Jesus; DUTRA, Jose Weliton Aguiar; AGUIAR, Roselina; BRAZ, Nayanny Bruno de Oliveira; JAMES, Luzineide de Souza. O livro didático como recurso pedagógico para o ensino de Geografia. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 25, 16 de julho de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/25/o-livro-didatico-como-recurso-pedagogico-para-o-ensino-de-geografia

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