Uso de TDIC durante o ensino não presencial no programa Se Liga na Educação
Aline Fabiana D’Angelo Amorin
Bacharela em Letras-Português/Inglês (Unimontes) e em Administração Pública (UFOP), especialista em Docência no Ensino Superior (PUC/MG) e em Avaliação Educacional (Unyleya), formadora regional (Pnaic-MEC), professora efetiva (SMED/BH), graduanda em Letras-Italiano (UFMG)
Matheus Batista Barboza Coimbra
Doutorando em Educação Especial (UFSCar), mestre em Letras (UNIR), professor de Linguagens no IF Sul de Minas - Câmpus Poços de Caldas
Os desafios da educação remota
O presente trabalho tem o objetivo de relatar as experiências do trabalho realizado no programa Se Liga na Educação durante o período da pandemia da covid-19, quando a população de todo planeta foi obrigada, pela crise sanitária, a aprender uma nova forma de se relacionar mesmo estando em confinamento.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), pela Resolução SEE nº 4.310/20, instituiu o Regime Especial de Atividades Não Presenciais (Reanp), por meio do qual foram estabelecidas as normas para o funcionamento do ensino remoto emergencial, tendo como meta a continuidade do ensino e o cumprimento da carga horária mínima exigida nas escolas estaduais.
Com o intuito de assegurar o acesso aos conteúdos pelos estudantes, foram utilizadas estratégias de oferta de material didático por meio digital, além de meios de comunicação entre os estudantes e seus professores. As ações foram efetivadas mediante os planos de estudo tutorado (PET), do programa Se Liga na Educação e do aplicativo Conexão Escola. O Se Liga na Educação, foco deste trabalho, era e continua a ser exibido no canal da Rede Minas de Televisão, uma emissora de televisão pública.
A implementação do Reanp nas escolas estaduais de Minas Gerais
A Resolução SEE nº 4.310/20, considerando o disposto no §1º, inciso III do Art. 93 da Constituição Estadual, no § 2º, do Art. 23 da Lei nº 9.394, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e no Decreto Estadual n° 47.886, de 15 de março de 2020, dispõe sobre as normas e institui o Regime Especial de Teletrabalho nas Escolas Estaduais da Rede Pública de Educação Básica e de Educação Profissional, em decorrência da pandemia do coronavírus (covid-19), para cumprimento da carga horária mínima exigida.
Com o intuito de amenizar as perdas de aprendizagem no período de isolamento social, a Resolução n° 4.310/20 visa assegurar os seguintes direitos aos estudantes:
- O cumprimento da carga horária mínima obrigatória;
- O alcance dos objetivos educacionais de ensino previstos na proposta pedagógica, com qualidade, para o Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional ofertados até o final do período letivo.
Dessa maneira, a Secretaria Estadual de Educação definiu a oferta dos Planos de Estudo Tutorados disponíveis por meio das tecnologias da informação e comunicação (TIC), sendo possível, em casos excepcionais, a retirada do material em forma impressa nas escolas; com isso, poderia evitar que qualquer estudante tivesse privação do material. As atividades dos PET foram computadas como carga horária visando o cumprimento dela. Outro fator importante previsto na resolução é que deveriam ser priorizados os meios de comunicação não presenciais para o contato com os estudantes, como telefone, e-mails, plataformas digitais ou redes sociais, desde que compatíveis com o acesso dos estudantes.
Dentre as atribuições definidas pela resolução, o professor possui a responsabilidade, além das já previstas na legislação, pelo acompanhamento de seu grupo de estudantes e exercer, quando solicitado, ações extraordinárias durante o período de isolamento social. Surge, então, a possibilidade do professor de exercer de forma diferenciada sua função e, assim, tentar colaborar para amenizar as dificuldades educacionais surgidas com o momento pandêmico.
O Regime Especial de Atividades Não Presenciais (Reanp) contou com a criação de um programa de televisão para atender às necessidades dos estudantes do Estado de Minas Gerais através de teleaulas. Esse programa, intitulado Se Liga na Educação, foi veiculado pela Rede Minas de Televisão, possibilitando aos discentes acessar, pela internet e de maneira síncrona, os conteúdos ofertados no canal da emissora no YouTube, em que os estudantes tinham e continuam tendo acesso às aulas em período assíncrono à sua exibição.
Para que o programa tivesse êxito e atendesse às demandas pedagógicas, as aulas foram produzidas baseando-se na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), alinhadas ao currículo do Estado de Minas Gerais. Os especialistas, em conjunto com os professores selecionados dentro do quadro de profissionais da rede estadual de ensino, produziram os planos de curso para servir de suporte aos professores nas escolas.
Mas como tudo isso se deu? De onde surgiram os professores que assumiram as videoaulas? Qual a logística dessa produção de aulas que antes nunca havia acontecido? Quem era responsável por produzir as apresentações para as aulas? São muitos os questionamentos e detalhes que permearam o trabalho constante e coletivo para que tudo chegasse ao produto final, ou seja, aulas com qualidade e, mesmo que à distância, pudessem oferecer o máximo de interação possível, não se tornando assim nada mecânico, e sim humanizado, já que o momento pedia.
Para Delors (2010, p. 31), essas metas seriam
aprender a fazer, a fim de adquirir não só uma qualificação profissional, mas, de maneira mais abrangente, a competência que torna a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Além disso, aprender a fazer no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho, oferecidas aos jovens e adolescentes, seja espontaneamente na sequência do contexto local ou nacional, seja formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho.
A nova configuração educacional causada pela pandemia da covid-19 fez com que fossem criadas formas alternativas para o ensino presencial. No entanto, surgiram naquele momento algumas indagações sobre as fronteiras do querer fazer e do saber fazer. A insegurança pelo novo e as imposições geradas pelo modelo de educação não presencial, que para muitos se assemelhava à educação a distância, trazia alguns questionamentos: em que momento os professores foram preparados para lidar com esse tipo de situação? Nunca antes é a resposta mais plausível, pois o que se sabe da realidade é que, mesmo possuindo equipamentos, as escolas nunca tiveram isso como prioridade, ou seja, o preparo do professor para o uso adequado das ferramentas tecnológicas (Santos Júnior; Monteiro, 2020).
Nesse sentido, Cortez et al. (2020), citando Santos Junior e Monteiro (2020), afirmam que a formação acadêmica do professor ainda sofre defasagem no que concerne ao uso das tecnologias, pois o modelo de formação docente segue um estereótipo tradicional, não harmonizando com o cenário hodierno. Acrescentam-se, ainda, as dificuldades e as defasagens dos professores no uso da tecnologia, as quais ficaram mais evidentes no período de pandemia da covid-19, sendo fácil para alguns, mas complicado para uma grande maioria.
Em uma pesquisa quantitativa realizada com 161 professores da rede pública e privada de ensino em cinco estados brasileiros das regiões Sudeste e Sul do país, notou-se que a rede privada de ensino se destaca no uso das tecnologias em detrimento da rede pública (Cortez et al., 2020). Quando foram questionados sobre o uso das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) em sala de aula antes da pandemia, 54 profissionais alegaram que não utilizavam TDIC em suas aulas. Quando a pesquisa chegou ao quesito tipos de treinamento ou formação, percebe-se que, mesmo sendo um período emergencial, a rede pública ainda apresenta menor quantidade de ofertas e como são realizadas as formações ofertadas. O resultado é que, na maioria das vezes, elas aconteceram por meio de tutoriais. No quesito suporte à tecnologia da informação (TI), enquanto a escola privada apresenta 34 professores que recebem esse apoio, na rede pública, apenas oito dizem ter esse suporte.
Perceber-se inserida de forma emergencial, não arbitrariamente, mas por uma questão de oportunidade de contribuir de alguma maneira com a educação, mesmo tendo que assumir novos desafios, não foi somente uma escolha minha, mas de um grupo de professores que conscientemente abraçaram a causa. O problema é que, como toda escolha, ela veio acompanhada da necessidade de engajamento para responder à altura das demandas. Essa foi a postura dos professores e demais profissionais que escolheram transitar entre o anonimato e uma seara de exposição pessoal sujeita a todos os tipos de julgamento.
O princípio, após as devidas autorizações legais, foi selecionar os docentes para realizar as aulas, etapa que foi realizada em processo seletivo interno com professores e especialistas da rede estadual de ensino de Minas Gerais. Feita a seleção com critérios preestabelecidos, na etapa seguinte vieram reuniões de alinhamento dos trabalhos e orientações técnicas que alguns já dominavam e outros não; foi “um trabalho de formiguinha”.
Após as orientações adequadas e o envio de parâmetros para confecção das aulas, como templates (modelo pré-formatado que serve como base para a criação de diferentes tipos de conteúdo, como sites, blogs, e-books ou apresentações) e orientações de direitos autorais no cuidado com a produção das apresentações elaboradas pelos professores, o material seguia para revisão. A revisão, também composta de minucioso tratamento do material, envolvia revisão textual, de imagens, adequação ao público, referências e arte; depois, partia-se para as gravações. Durante as gravações, era necessário também alinhamento entre o permitido e o não permitido na mídia, desde seguir o manual de visagismo (conjunto de técnicas usadas para valorizar a beleza de um rosto, como maquiagem, cosméticos, cortes e penteados dos cabelos) até o uso expressões que podem ou não devem ser utilizadas. Muitos professores desconheciam as adequações; com auxílio da equipe de jornalistas e técnicos em comunicação, foram capazes de inserir as técnicas no seu cotidiano.
Como exemplo disso, podemos citar o uso de expressões que se tornaram pejorativas, como índios, tribos e escravos, que deveriam ser substituídas por indígenas, aldeias e escravizados. Com base nessas iniciativas, fez-se desenvolver em todos o que se pode nomear de abertura ao novo e o aprender a fazer (Delors, 2010).
Como tudo que é novo, o programa no princípio era incipiente, o que, com o passar do tempo, foi exigindo adequações e esforços coletivos para atender às demandas que surgiam a cada etapa de um trabalho gigantesco. Aperfeiçoar e adequar sempre foram palavras de ordem para aquele coletivo. E, para dar a possibilidade de maior interação, além das atividades resolvidas durante as aulas, a técnica utilizada desde o início ao responder às questões e às dúvidas dos estudantes no Tira-Dúvidas chegou ao ponto que todos muito aguardavam. Foi possível, então, ir até as escolas após a liberação do retorno ao presencial e realizar interações ao vivo com os estudantes. Além dessa estratégia, também foram realizadas aulas gravadas fora do estúdio da TV, com o intuito de apresentar aos discentes (na prática) o que estavam estudando.
Os números podem dizer do impacto social gerado por um programa feito para atender à educação no momento em que a humanidade vivenciou a pandemia da covid-19. O programa cresceu de maneira significativa e em muito pouco tempo, sendo possível seu acesso pelo canal do YouTube da Rede Minas, que conta com cerca de 350 mil seguidores. A Rede Minas, canal 9 na TV aberta e gratuita, alcança 350 municípios mineiros e tem público estimado em 15 milhões de telespectadores.
O Se Liga na Educação também é veiculado no site https://seliga.educacao.mg.gov.br/, da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, e no Instagram da Secretaria, da Rede Minas e da Escola de Formação de Minas Gerais. Com o sucesso das aulas, em abril de 2022 o Se Liga na Educação passou a ser exibido também em rede nacional pela TV Brasil, no canal 21, e em outras emissoras afiliadas. Na TV Brasil, iniciou-se a transmissão com a exibição dos programas iniciais do Se Liga na Educação, o que significa que as aulas exibidas são aulas que em Minas Gerais foram exibidas desde o ano de 2020.
A evolução tecnológica que tanto amedrontava os professores que não faziam uso dela mostrou-se eficiente ao servir de suporte. E, por que não dizer, a única saída para que a educação pudesse continuar a fazer parte da vida dos estudantes quando não podiam mais contar com as aulas presenciais, tendo em vista que
as novas tecnologias de informação e comunicação, caracterizadas como midiáticas, são, portanto, mais do que simples suportes. Elas interferem em nosso modo de pensar, sentir, agir, de nos relacionarmos socialmente e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova cultura e um novo modelo de sociedade (Kenski, 2010, p. 23).
Segundo essa autora, o que se pode perceber é que a sociedade, mesmo que não intencionalmente, necessita das novas tecnologias de informação e comunicação em sua vida cotidiana, pois a evolução tecnológica requer essa postura das pessoas, deixando aqueles que não a acompanham excluídos de um mundo globalizado. Pensando dessa forma, ao retornar ao ensino presencial, os profissionais da Educação entenderam a necessidade de inserir no seu cotidiano a utilização das TDIC como forma de suporte à educação. Mesmo que pareça algo desafiador, isso não deve ser encarado como obstáculo e sim como suporte de importância significativa. O professor, portanto, deve contribuir para que esse novo processo possa ocorrer com a desenvoltura necessária ao ensino híbrido (Galizia et al., 2023).
Para apoiar essa demanda de uma nova época, os professores devem ser capacitados em níveis que lhes deem subsídios para o desempenho de seu papel de educadores. Ou seja, para que o professor permeie seu trabalho utilizando as TDIC, ele deve ser o primeiro a deixar de lado os medos, enfrentando as dificuldades encontradas. A melhor forma de fazer isso é por meio de capacitações (Minozzo; Cunha; Spíndola, 2016), capacitações essas que começaram a serem conhecidas e exploradas de forma mais efetiva com o advento da pandemia da covid-19.
Considerações finais
É perceptível o impacto causado pela tecnologia associada à educação de maneira adequada e bem assistida mediante o crescimento de um programa criado para atender ao Estado de Minas Gerais e hoje é exibido nacionalmente.
Consequentemente, a parceria firmada pelo MEC, pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e pela TV Brasil com a Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais proporcionou maior possibilidade de expansão das ações para amenizar os impactos negativos do isolamento social e continuar, mesmo que após o retorno às aulas presenciais, servindo de suporte aos professores a fim de melhorar a recomposição de aprendizagens.
Embora o profissional da Educação, cercado de ideais e medos, se envolva nesse tipo de demanda, ele enfrenta as dificuldades esperadas de um profissional que não foi previamente preparado para lidar efetivamente com a tecnologia (Lévy, 2010). Ainda que haja sucesso na empreitada, é preciso repensar formas de amenizar esses impactos em sua vida profissional. Em outras palavras: cursos de especialização oferecidos por institutos federais, como o de Informática na Educação, têm papel fundamental na solução desses desníveis de capacitação tecnológica.
Este estudo demonstra que o capital humano, mesmo que com auxílio tecnológico, ainda detém importante papel para a solução de problemas imediatos e urgentes. E, ao mesmo tempo, apresenta a importância de valorizar o uso das TDIC nas práticas profissionais diárias, o que conduzirá o profissional da Educação a desenvolver habilidades relevantes no desempenho profissional.
Referências
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CORTEZ, Anne C. C. R. et al. Desafios dos docentes da Educação Básica no uso de tecnologias para as aulas a distância, frente à pandemia da covid-19. Revista Interdisciplinar de Tecnologias e Educação, São Paulo, v. 6, nº 1, p. 1-15, 2020.
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o século XX. Brasília: Unesco Brasil, 2010. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590_por.
GALIZIA, Fernando Stanzione et al. Tensões entre educação tradicional e uso de TDIC no ensino remoto emergencial durante a pandemia. Actualidades Investigativas En Educación, San José, v. 22, nº 2, p. 1-30, 2023. Disponível em: http://dx.doi.org/10.15517/aie.v22i2.48706.
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial a distância. 8ª ed. Campinas: Papirus, 2010.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2010.
MINAS GERAIS. Lei nº 47.886, de 15 de março de 2020. Belo Horizonte, 2020. Disponível em: https://www.almg.gov.br/legislacao-mineira/DEC/47886/2020/#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20medidas%20de%20preven%C3%A7%C3%A3o,Sa%C3%BAde%20do%20COVID%2D19%20%E2%80%93%20Comit%C3%AA.
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MINOZZO, L. C.; CUNHA, G. F.; SPÍNDOLA, M. A importância da capacitação para o uso de tecnologias da informação na prática pedagógica de professores de ciências. Revista Interdisciplinar de Ciência Aplicada, v. 1, n. 1, p. 22-25, 2016. Disponível em: https://sou.ucs.br/revistas/index.php/ricaucs/article/view/.
SANTOS JUNIOR, Verissimo Barros dos; MONTEIRO, Jean Carlos da Silva. Educação e covid-19: as tecnologias digitais mediando a aprendizagem em tempos de pandemia. Revista Encantar, v. 2, p. 1-15, 2020.
Publicado em 23 de julho de 2024
Como citar este artigo (ABNT)
AMORIN, Aline Fabiana D'Angelo; COIMBRA, Matheus Batista Barboza. Uso de TDIC durante o ensino não presencial no programa Se Liga na Educação. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 24, nº 26, 23 de julho de 2024. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/26/uso-de-tdic-durante-o-ensino-nao-presencial-no-programa-se-liga-na-educacao
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